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02-DireitoMatrimonial-1 (2)

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II – DO DIREITO MATRIMONIAL
Leitura recomendada: 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 29ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. v 5, p. 51-403.
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1 – Noções Gerais sobre o Casamento
Leitura recomendada: 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 29ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. v 5, p. 51-80.
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1. Conceito de Casamento
1.1. Conceito
O casamento é o vínculo jurídico entre o homem e a mulher (ou entre pessoas do mesmo sexo – Res. Do CNJ n. 175/2013) que visa o auxílio mútuo ou espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família. (DINIZ, 2014)
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2. Fins do Matrimônio
a) Instituição da família matrimonial;
b) Proteção dos filhos;
c) Legalização das relações sexuais;
d) Prestação de auxílio mútuo;
e) Estabelecimento de deveres entre os cônjuges;
f) Educação da prole;
g) Atribuição do nome ao cônjuge e as filhos;
h) Reparação de erros do passado;
i) Regularização das relações econômicas;
j) Legalização de estados de fato.
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3. Natureza Jurídica do Casamento
3.1. Teoria Contratualista:
O casamento é um contrato civil, regido pelas normas comuns a todos os contratos, aperfeiçoando-se apenas pelo simples consentimento dos nubentes.
Alguns veem nele um contrato especial.
Em razão de seus efeitos peculiares não se lhe aplicam os dispositivos legais dos negócios jurídicos relativos à capacidade das partes e vícios de consentimento.
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3. Natureza Jurídica do Casamento
3.2. Concepção institucionalista:
O casamento é uma instituição social, refletindo uma situação jurídica que surge da vontade dos contraentes, mas cujas normas, efeitos e forma encontram-se preestabelecidos em lei.
É a teoria defendida por Maria Helena Diniz.
3.3. Doutrina eclética ou mista:
O casamento é um ato complexo, ou seja, é concomitantemente contrato (na formação) e instituição (no conteúdo).
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4. Características do Matrimônio
a) Liberdade de escolha do nubente.
b) Solenidade do ato nupcial.
c) Legislação matrimonial é de ordem pública.
d) União permanente.
e) União exclusiva. 
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5. Princípios do Direito Matrimonial
a) Livre união dos futuros cônjuges.
b) Monogamia.
c) Comunhão indivisa.
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6. Esposais ou Noivado
6.1. Conceito:
Segundo Antônio Chaves, os esposais constituem num compromisso de casamento entre duas pessoas desimpedidas, de sexo diferente, com o escopo de possibilitar que se conheçam melhor, que se aquilatem mutuamente suas afinidades e gostos.
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6. Esposais ou Noivado
6.3.	Consequências do inadimplemento culposo ou doloso dos esposais:
Devolução dos presentes trocados, cartas e retratos.
Indenização dos danos patrimoniais e morais. 
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6. Esposais ou Noivado
6.2. Requisitos para haver responsabilidade pela ruptura da promessa de casamento:
Que a promessa de casamento tenha sido feita livremente pelos noivos.
Que tenha havido recusa de cumprir a promessa de casamento por parte do(a) noivo(a) arrependido(a) e não de seus pais.
Que haja ausência de motivo justo.
Que acarrete dano patrimonial ou moral. 
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7. Casamento Civil e Religioso
7.1. Direito Romano:
a) Conventio in manum
Confarreatio (casamento religioso, da classe patrícia).
Coemptio (casamento civil, da plebe).
b) Conventio sine manus
e) Usus 
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7. Casamento Civil e Religioso
7.2. Direito Brasileiro:
a) Casamento religioso até 1889 (católico, misto e acatólico).
b) Casamento civil.
Decreto n. 181, de 24/01/1890.
Decreto n. 521, de 26/06/1890.
CF de 1891 (só casamento civil).
CC/1916 (só casamento civil).
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7. Casamento Civil e Religioso
c) Casamento civil ou religioso com efeitos civis.
CF de 1934
CF de 1946.
Lei 1.110/50.
Lei n. 6.015/73, arts. 71 a 75 (disciplinava o registro do casamento religioso para efeitos civis). 
CF de 1988, art. 226, §§ 1º e 2º.
CC de 2002, arts. 1.515 e 1.516.
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8. Condições necessárias à Existência, Validade e Regularidade do Casamento
8.1.	Condições indispensáveis a existência jurídica do casamento:
Diversidade de sexos (em contrário, STJ – REsp 1.183.378 e Res. N. 175/2013 do CNJ).
Celebração na forma prevista em lei.
Consentimento.
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8.2. Condições necessárias à validade do Casamento
Condições naturais de aptidão física (puberdade, potência, sanidade mental) e intelectual (grau de maturidade e consentimento).
Condições de ordem moral e social (CC, arts. 1.521, I a VII, 1.548, II, 1.523, I, II e IV, 1.519 e 1.550, II).
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8.3. Condições essenciais à regularidade do matrimônio
Celebração por autoridade competente.
Observância das formalidades legais.
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2 - Impedimentos Matrimoniais e 
Causas Suspensivas
Leitura recomendada: 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 29ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. v 5, p. 81-103.
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1. Conceito
Segundo Carlos Tributtati, os impedimentos matrimoniais são “condições positivas ou negativas, de fato ou de direito, físicas ou jurídicas, expressamente especificadas pela lei, que, permanente ou temporariamente, proíbem o casamento ou um novo casamento ou determinado casamento”. (DINIZ, 2014)
A causa suspensiva é um fato que suspende o processo de celebração do casamento a ser realizado, se arguida antes das núpcias. (DINIZ, 2014) 
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2. Impedimentos
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
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3. Causas Suspensivas
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
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4. Oposição dos Impedimentos e das Causas Suspensivas
A oposição é o ato praticado pela pessoa legitimada que, antes da realização do casamento, leva a conhecimento do oficial perante quem se processa a habilitação, ou do juiz que celebra a solenidade, a existência de um dos impedimentos ou de causas suspensivas previstos nos arts. 1.521 e 1.523 do Código Civil, entre pessoas que pretendem convolar núpcias. (DINIZ, 2014)
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4.1. Limitações Pessoais
Os impedimentos podem ser opostos por qualquer pessoa capaz ou ex offício pelo juiz ou oficial do registro (art. 1.522, CC).
As causas suspensivas só podem ser arguidas pelas do art. 1.524 do CC.
	Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins. 
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4.2. Limitações Formais
Quanto à oportunidade os impedimentos podem ser arguidos até a celebração do casamento, e as causas suspensivas dentro do prazo de 15 dias da publicação dos proclamas (art. 1.527, CC).
Quanto ao oponente: - Não poderá ficar no anonimato; - Deverá ser capaz (art. 1.522, CC); - Arguição por escrito (art. 1.529, CC); - Prova do parentesco (causas suspensivas). 
Quanto ao oficial do Registro Civil este receberá a declaração, verificando se apresenta os requisitos legais; dará ciência aos nubentes (art. 1.530, CC) e remeterá os autos ao juízo.
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4.3. Efeitos da oposição de impedimentos e causas suspensivas
Impossibilita a obtenção do certificado de habilitação.
Adiar o casamento.
4.4. Sanções ao oponente de má-fé
Poderá sofrer ações cíveis e criminais movidas pelos nubentes (art. 1.530, CC)
Deverá reparar o dano moral ou patrimonial que causou com sua condita dolosa ou culposa (art. 186 c/c 927 do CC).
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