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CASAMENTO

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O conceito de casamento atualmente se dá como “forma paradigmática de constituir família”,
segundo Pereira em seu livro Direito das Famílias, 2021.
Casamento é contrato sui generis, solene, formal, entre duas pessoas, por vínculo de afeto,
interesse comum e livre manifestação de vontade, com reconhecimento do Estado.
No passado casamento era considerado como constituição de família com monopólio
heteroafetivo, pelo qual eram legitimadas as relações sexuais.
Foi somente com o Código Civil de 2002 que a possibilidade de anular o casamento pela
mulher não ser mais virgem, revogou-se.
Casamento X Matrimônio - o matrimônio é indissolúvel e o casamento é solúvel. A
separação dos dois termos se deu com a dissolução do vínculo Igreja/Estado, abrindo a
possibilidade de casamento civil.
DEVERES DOS CÔNJUGES
Previstos no artigo 1566 do CC/2022:
● fidelidade recíproca
● vida em comum, no domicílio conjugal
● mútua assistência
● sustento, guarda e educação dos filhos
● respeito e consideração mútuos
NATUREZA JURÍDICA
A natureza jurídica do casamento é institucional, contratual e mista. No entanto, para
Anderson Schreiber (Manual de Direito Civil Contemporâneo, 2020), casamento “é ato
jurídico complexo e solene que não tem natureza contratual".
EFEITOS JURÍDICOS
● altera o estado civil
● possibilidade de alteração do nome
● consequências pessoais e patrimoniais
● gera vínculo de parentesco
● dissolução por morte, divórcio ou anulação
CAPACIDADE
Será considerado capaz para o casamento maiores de 16 anos. Havendo necessidade de
autorização dos pais para os de 16 anos.
É proibido o casamento para menores de 16, conforme o artigo 1520 da Lei nº 13.811/2019
“proibição do casamento para quem não atingiu a idade núbil”.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência afirma que a deficiência não afeta a plena capacidade
civil da pessoa, inclusive para casar-se e constituir união estável.
IMPEDIMENTOS
Não poderá casar, segundo o artigo 1521 do CC/2022:
● ascendente com descendentes (seja parentesco natural ou civil)
● afins em linha reta
● adotante com ex cônjuge do adotado e vice-versa
● irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais até terceiro grau
● adotado e filho do adotante
● pessoas casadas
● o cônjuge sobrevivente com o condenado por tentativa/homicídio contra o consorte
Os impedimentos podem ser apontados por qualquer pessoa capaz até o momento da
celebração do casamento.
Se o juiz ou oficial de registro tiverem conhecimento do impedimento, são obrigados a
declará-los
São requisitos de validade do casamento razões de ordem moral ou médica - matéria de
ordem pública.
NULO/ANULÁVEL
Será nulo o casamento contraído por infringência de impedimento.
Será anulável o casamento:
● de menor de 16 anos
● do com idade núbil sem autorização do representante legal
● por vício de vontade
● do incapaz de consentir ou manifestar o consentimento - de modo inequívoco
● autoridade celebrante incapaz
● realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação
do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; (pesquisar sobre para
entender melhor)
● em virtude de coação quando o consentimento de um ou ambos os cônjuges vier
mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, saúde, honra, sua
ou de familiar.
Erro essencial - o casamento poderá ser anulado por vício de vontade se houver erro
essencial quanto à pessoa do outro por parte de um dos nubentes. Considera-se erro essencial:
● erro sobre identidade, honra e boa fama, sendo esse erro tal que seu conhecimento
ulterior torne insuportável a vida em comum
● ignorância de crime, anterior ao casamento tornando insuportável a vida conjugal
● ignorância de defeito físico irremediável anterior ao casamento, que não caracterize
deficiência, ou de moléstia grave transmissível por contágio ou herança que coloque
em risco a vida do outro e sua descendência.
● descoberta tardia de impotência sexual, prévia filiação ocultada, prévia cirurgia de
midança de sexo (hipóteses de jurisprudência)
CAUSAS SUSPENSIVAS
De acordo com o artigo 1523, não deverão casar:
● o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer o inventário
dos bens do casal e partilhá-los
● a viúva, ou mulher do casamento anulado/nulo, até 10 mezes depois do começo da
situação
● o divorciado enquanto não homologada ou decidida a separação de bens
● o tutor ou curador e seus descendentes, ascendentes, irmão, cunhado ou sobrinho com
pessoa tutelada ou curatelada enquanto não cessar a tutela/curatela
É possível o casal solicitar ao juiz que tais causas não sejam aplicadas, salvo a segunda sobre
a viúva e mulher separada, provando-se a inexistência de prejuízo para herdeiro, ex cônjuge e
pessoa tutelada ou curatelada.
No caso da exceção, segundo item, a nubente deverá provar nascimento de filho ou
inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
As causas suspensivas podem ser apresentadas por parentes em linha reta, sejam
consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau. É imposto o regime de separação
obrigatória de bens.
CASAMENTO CIVIL
É aquele celebrado diante do oficial do cartório de registro civil. É um contrato sui generis,
iniciado com a habilitação, proclamas e se concretiza com a celebração perante o juiz de
paz.
habilitação + proclamas + celebração por juiz de paz
CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS
Foi atribuído pela Constituição de 1934, incluindo efeitos civis ao casamento religioso diante
de registro.
Art. 1515, CC: "O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do
casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo
efeitos a partir da data de sua celebração”
Registro do ato de celebração em até 90 dias no Cartório de Registro Civil.
CASAMENTO POR PROCURAÇÃO
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com
poderes especiais.
O nubente que não estiver em iminente risco de vida, poderá fazer-se representar no
casamento nuncupativo.
A eficácia do mandato não ultrapassará 90 dias. Só poderá ser revogado por instrumento
público.
CASAMENTO NUNCUPATIVO
Ocorre quando um dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença
da autoridade à qual incumba presidir o ato. Poderá o casamento ser celebrado na presença de
seis testemunhas que não tenham parentesco com os nubentes, em linha reta, ou colateral,
até segundo grau.
As testemunhas deverão comparecer à autoridade judicial em até 15 dias para que seja
registrada a decisão no livro do Registro dos Casamentos.
Conterá a ratificação pelo enfermo convalescente, sem tais formalidades, perante autoridade
competente.
CASAMENTO PUTATIVO
Embora seja nulo/anulável, se contraído de BOA FÉ por ambos os cônjuges, terá todos os
efeitos até a sentença anulatória em relação a estes e seus filhos.
Se apenas um dos cônjuges estava de boa fé, seus efeitos civis serão aproveitados apenas por
ele e seus filhos.
Se ambos estiverem de má-fé, os efeitos serão aproveitados apenas pelos filhos.
CASAMENTO AVUNCULAR
Ocorre entre tio/a e sobrinho/a - colaterais de terceiro grau. Deverão requerer ao juiz
competente a habilitação por médicos que atestem sanidade dos dois, não havendo
inconveniente sob ponto de vista da saúde deles e descendentes na realização do casamento.
CASAMENTO HOMOAFETIVO
Previsto na Resolução 175/2013, CNJ: “Dispõe sobre a habilitação, celebração de casamento
civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo”.
CASAMENTO CONSULAR
Casamento realizado entre brasileiros que residem no exterior, celebrado por autoridade
consular estrangeira.
Geram impedimentos matrimoniais no Brasil.
Deverá ser registrado na repartição consular brasileira e transcrito em Cartório do 1º Ofício
do Registro Civil do domicílio do cônjuge no Brasil ou no Cartório do Distrito Federal.

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