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Roteiro - Consulta Obstétrica no Pronto Socorro

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ROTEIRO DE CONSULTA OBSTÉTRICA NO PRONTO SOCORRO 
Anamnese dirigida e Exame Físico 
 
 Thiago Melanias A. de Oliveira 
 
*NOTA: este é um roteiro que guia uma consulta obstétrica em uma rotina de Pronto 
Socorro, que exige maior agilidade no atendimento devido ao grande número de 
pacientes. Aqui, portanto, estão as condutas básicas do atendimento, mas devem ser 
feitas investigações mais profundas dependendo das condições e dos problemas de 
cada paciente. 
 
1) ANAMNESE 
Identificação 
Neste campo devem ser registrados dados da paciente, como: 
• Nome 
• Idade 
• Paridade  Deve-se registrar na forma “GPA”, indicando o número de 
gestações, de partos e de abortos respectivamente. Por exemplo, se a paciente 
gestante já teve três gestações (contando com a atual), teve um parto e 
também um aborto durante a vida, deve-se registrar “G3P1A1”. 
• Idade Gestacional  Deve ser registrada em semanas. Para o cálculo pode-se 
utilizar como referência a Data da Última Menstruação (DUM) quando a 
paciente tiver certeza dessa informação, o “gestograma” ou também o exame 
de ultrassonografia (fazer o cálculo com base no primeiro ultrassom realizado 
torna o resultado mais fidedigno). Alguns aplicativos de celulares também 
podem auxiliar o médico nesse momento. 
• Tipo Sanguíneo  Muitas vezes está presente na “Caderneta da Gestante”, 
disponibilizada pelo Ministério da Saúde. É muito importante o conhecimento 
sobre esse fator. 
 
Queixa Principal 
Aqui deve-se registrar o motivo que levou a paciente àquela consulta. O registro deve 
ser feito preferencialmente colocando as próprias palavras da paciente. 
 
História da Doença Atual 
Aqui deve-se colocar a descrição cronológica dos problemas da paciente. Algumas 
investigações que não devem faltar são: 
• Se houve ou não sangramento e/ou perda de líquido 
• Questionar sobre as movimentações fetais (ausência ou aumento) 
• Questionar se há ou não queixas urinárias 
• Investigar se há patologias prévias e intercorrências na gestação 
ROTEIRO DE CONSULTA OBSTÉTRICA NO PRONTO SOCORRO 
Anamnese dirigida e Exame Físico 
 
 Thiago Melanias A. de Oliveira 
 
2) EXAME FÍSICO 
Exame físico geral 
Deve-se realizar: 
• Ectoscopia da paciente  avalia o estado geral da paciente, através das 
observações do médico. Em um bom estado geral, a paciente está 
corada/normocorada, hidratada, eupneica, anictérica, acianótica e afebril 
(nesse caso pode ser registrado com as iniciais “CHEAAA”); a ectoscopia da 
paciente também pode abordar outros parâmetros, como os citados na tabela 
1. 
• Aferição da Pressão Arterial (PA) da paciente 
 
Exame físico obstétrico 
Deve-se realizar: 
• Manobras de Leopold  que determinam o fundo do útero, a localização do 
dorso do bebê, a apresentação e a altura da apresentação (Figura 1). 
• Medida da altura do fundo uterino (AFU) (Figura 2). 
• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF)  Os valores normais estão 
entre 120-160 bpm. Deve-se tomar cuidado para diferenciar os batimentos 
cardíacos fetais dos sons do cordão umbilical (estes são mais curtos e mais 
abafados, lembram o som de um fluxo de líquidos). 
 
 
 
 
 
Tabela 1 - Ectoscopia normal da paciente (Bom estado geral) 
Consciente Corada / Normocorada Anictérica 
Orientada (em tempo e espaço) Hidratada Acianótica 
Fácies atípica Afebril Eupneica 
Figura 1 – Manobras de Leopold 
Primeira manobra, determina o fundo uterino. Segunda manobra, determina a situação (longitudinal, oblíqua 
ou transversal) e o dorso do feto (se está para o lado direito ou esquerdo). Terceira, determina a apresentação 
(cefálica, pélvica ou córmica). Quarta, determina a altura do polo cefálico e o grau de flexão e deflexão. 
 
 
 
 
ROTEIRO DE CONSULTA OBSTÉTRICA NO PRONTO SOCORRO 
Anamnese dirigida e Exame Físico 
 
 Thiago Melanias A. de Oliveira 
 
 
 
 
Exame especular 
Com o auxílio do “espéculo”, esse exame deve ser feito se a paciente relatar 
sangramento, perda de líquido ou corrimento. 
 
Toque genital 
Através do toque bidigital, deve-se analisar as características do colo uterino: 
• Grosso ou fino 
• Posterior, centralizado ou anterior 
• Consistência nasal ou labial 
• Dilatação 
 
3) HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E CONDUTA 
Após a realização da anamnese e do exame físico, através das análises obtidas, o 
médico deve estabelecer e registrar a hipótese diagnóstica (HD) e a conduta (CD) que 
foi decidida para a paciente. 
• HD: Hipótese Diagnóstica da paciente 
• CD: Conduta a que o médico submeteu a paciente (internação? 
Medicamentos? Etc.) 
Figura 2 – Medida da Altura de Fundo Uterino (AFU) 
O “zero” da fita métrica deve estar sobre a sínfise 
púbica e o marco da altura uterina deve ser apoiado 
no fundo uterino. 
Figura 3 – Ausculta dos BCF 
O Estetoscópio de Pinard (à 
esquerda) é capaz de detectar os 
BCF a partir da 16ª semana de 
gestação. Já o Sonar Doppler (à 
direita) é capaz de detectá-los a 
partir de 9 a 12 semanas. 
ROTEIRO DE CONSULTA OBSTÉTRICA NO PRONTO SOCORRO 
Anamnese dirigida e Exame Físico 
 
 Thiago Melanias A. de Oliveira 
 
Quadro-resumo da consulta obstétrica em Pronto Socorro 
 
ANAMNESE Identificação 
- Nome 
- Idade 
- Paridade 
- Idade Gestacional (IG) 
- Tipo Sanguíneo (TS) 
 
Queixa Principal (QP)  Motivo que levou a paciente a 
consultar 
 
História da Doença Atual (HDA)  Sangramento, perda de 
líquido, movimentação fetal, queixas urinárias, patologias 
prévias e intercorrências na gestação 
 
EXAME FÍSICO Exame Geral 
- Ectoscopia (bom estado geral: CHEAAA) 
- Aferição da PA 
 
Exame Obstétrico 
- Manobras de Leopold 
- Medida da AFU 
- Ausculta dos BCF 
 
Exame especular  Se houver queixa de sangramento, 
perda de líquido e/ou corrimento 
 
Toque genital 
- Análise do colo (grosso ou fino, posterior, anterior ou 
centralizado, consistência nasal ou labial e dilatação) 
 
HIPÓTESE 
DIAGNÓSTICA (HD) 
- Definir o diagnóstico mais provável da paciente, após as 
análises obtidas da anamnese e do exame físico 
CONDUTA (CD) - Estabelecer a conduta adequada para a paciente 
(internação? Quais medicamentos? Etc.)

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