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Automação com CLP Electra

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C e n t r o d e F o r m a ç ã o P r o f i s s i o n a l
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WWW.ESCOLAELECTRA.COM.BR
AUTOMAÇÃO COM CLP
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
ÍNDICE 
 
1 – INTRODUÇÃO - 5 
 
2 – FUNÇÕES LÓGICAS/INTRODUÇÃO A LINGUAGEM LADDER - 6 
 2.1 – Função E ou AND 
 2.2 – Função OU ou OR 
 2.3 – Função NÃO ou NOT 
 2.4 – Funções Derivadas 
 2.4.1 – Função NÃO E ou NAND/Função NÃO OU ou NOR 
 2.5 – Funções Combinacionais 
 2.5.1 – Função OU EXCLUSIVO ou EXOR 
 2.5.2 – Função COINCIDÊNCIA ou NÃO OU EXCLUSIVO ou EXNOR 
 
3 – CIRCUITOS COMBINACIONAIS - 14 
 3.1 –Expressões Booleanas Obtidas de Circuitos Lógicos 
 3.2 – Circuitos Lógicos Obtidos de Expressões Booleanas 
 3.3 – Tabela da Verdade Obtida de Expressões Booleanas e Circuitos Lógicos 
 3.4 – Expressões Booleanas e Circuitos Lógicos Obtidos a Partir de Tabelas da Verdade 
 3.4.1 – Soma de Produtos 
 3.5 – Simplificação de Circuitos Combinacionais Através do Diagrama de Vietch-Karnaugh 
 3.5.1 – Diagrama para Duas Variáveis 
 3.5.2 – Diagrama para Três Variáveis 
 3.5.3 – Diagrama para Quatro variáveis 
 3.6 – Projetos de Circuitos Combinacionais 
 
4 – CIRCUITOS DE COMANDO ELÉTRICO - 30 
 4.1 – Introdução 
 4.2 – Dispositivos de comando dos Circuitos 
 4.3 – Dispositivos de Proteção 
 4.4 – Funcionamento Básico de um Dispositivo Eletromagnético 
 4.4.1 – Contactores e Chaves Magnéticas 
 4.4.2 – Identificação dos Bornes dos Contactores 
 4.4.3 – Identificação dos Bornes do Relé Térmico 
 4.5 – Circuitos com Comandos Elétricos 
 4.5.1 – Comando dos Contactores 
 4.5.2 – Intertravamento de Contactores 
 4.6 – Dispositivos de Desligamento e Acionamento de Motores 
 4.6.1 – Chave de Partida Direta 
 4.6.2 – Chave de Partida Direta com reversão do Sentido de Rotação 
 4.6.3 – Chave de Partida Triãngulo/Estrêla 
 
5 – DEFINIÇÃO DE CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL - 37 
 5.1 – Introdução 
 5.2 – O Controlador Programável 
 5.2.1 – Processamento do Programa 
 5.2.2 – Tempo de Varredura 
 5.2.3 – Varredura das Entradas e Saídas 
 5.2.4 – Funcionamento 
 5.2.5 – Tamanho Físico 
 5.2.6 – Modularidade 
 5.2.7 – Facilidade de programação 
 5.2.8 – Mapeamento de memória 
 5.3 – Aplicabilidade 
 5.3.1 – Automação Industrial 
 5.3.2 – Automação de Equipamentos 
 5.3.3 – Pasos para Automação de um Processo 
 5.3.4 – Exemplos de Aplicações 
 
6 – COMPOSIÇÃO DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL - 40 
 6.1 – Característica de Hardware 
 6.1.1 – Fonte de Alimentação 
 6.1.2 – Unidade Central de pprocessamento (CPU) 
 6.1.3 – Memórias 
 6.1.3.1 – Memória EPROM 
 6.1.3.2 – Memória do Usuário 
 6.1.3.3 – Memória de Dados 
 6.1.3.4 – Memória Imagem das Entradas e Saídas 
 6.1.4 – Dispositivos de Entradas e Saídas 
 6.1.4.1 – Circuitos das Entradas 
 6.1.4.2 – Circuitos das Saídas 
 6.1.4.3 – Terminal de programação 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
7 – SENSORES E ATUADORES - 48 
 7.1 – Sensores 
 7.1.1 – Sensores Resistivos 
 7.1.2 – Sensores Indutivos 
 7.1.3 – Sensores Capacitivos 
 7.1.4 – Sensores Ópticos 
 7.1.5 – Outros Sensores 
 7.2 – Atuadores 
 7.2.1 – Atuadores Elétricos 
 7.2.2 – Atuadores Hidráulicos 
 7.2.3 – Atuadores Pneumáticos 
 
8 – PROGRAMAÇÃO DO CLP EM LADDER - 53 
 8.1 – Funções de Instruções Básicas 
 8.1.1 – Saída Normal 
 8.1.2 – Saída em Set/Reset 
 8.1.3 – Saída Pulsante 
 8.1.4 – Contato Diferencial 
 8.1.5 – Contato Marcador, Virtual ou Momentâneo 
 8.2 – Instruções de Aplicações 
 8.2.1 – Temporizadores 
 8.2.1.1 – Modo 1 – Retardo na Energização 
 8.2.1.2 – Modo 2 – Retardo na energização com Reset 
 8.2.1.3 – Modo 3 – Retardo na Desenergização 
 8.2.1.4 – Modo 4 – Retardo na Desenergização no Flanco de Subida 
 8.2.1.5 – Modo 5 – Oscilador Simétrico 
 8.2.1.6 – Modo 6 - Oscilador Simétrico com Reset 
 8.2.1.7 – Modo 7 (6P) – Oscilador Assimétrico 
 8.2.2 – RTC (Relógio em Tempo Real) 
 8.2.2.1 – Modo 1 
 8.2.2.2 – Modo 2 
 8.2.2.3 – Modo 3 
 8.2.2.4 – Modo 4 
 8.2.3 – Relé de Contagem 
 8.2.3.1 – Modo 1 
 8.2.3.2 – Modo 2 
 8.2.3.3 – Modo 3 
 8.2.3.4 – Modo 4 
 8.3 – Alguns Projetos em LADDER 
 8.3.1 – Alarme de Primeira Falha 
 8.3.2 – Anunciador de Alarmes 
 
9 – PROGRAMAÇÃO DO CLP EM FBD - 64 
 9.1 – Funções de Instruções Básicas 
 9.2 – Funções de Instruções de Aplicações 
 9.2.1 – Temporizadores 
 9.2.2 – Relé de Contagem 
 9.2.3 – RTC (Relógio em Tempo Real) 
 
10 – CARREGANDO O PROGRAMA - 69 
 10.1 – Carregando o Programa com o PM05 (Cartucho de Memória) 
 10.2 – Carregando o programa com o Clic 02 Edit 
 
11 – PROJETO COMPLETO - 70 
 11.1 – Controle de porta Automática 
 
12 – ALGUNS FABRICANTES DE CLP - 73 
 
 
13 – BIBLIOGRAFIA - 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
1 - INTRODUÇÃO 
 
Definição 
 
Automação industrial pode ser definida como a tecnologia que se ocupa da utilização de sistemas mecânicos, eletroeletrônicos e 
computacionais na operação e controle da produção. Inclui a idéia de usar potência elétrica ou mecânica para acionar algum tipo 
de máquina, adicionando à máquina algum tipo de inteligência para ela executar a tarefa de modo eficiente, seguro e econômico, 
sem ou com a mínima interferência do homem. 
 
Vantagem da máquina sobre o homem 
- Não reclama 
- Não faz greve 
- Não pede aumento de salário 
- Não tira férias 
- Trabalha no escuro, etc 
 
Desvantagem da máquina 
- Capacidade limitada de tomar decisões 
- Precisa de programação para operar 
- Requer ajustes periódicos 
- Requer manutenção periódica 
- Consome energia 
- Custo de propriedades 
 
Automação e mão de obra 
- Automação reduz mão de obra, mas ainda é necessário operador 
- Automação cria alguma outra atividade 
- Em vez de fazer a tarefa diretamente, o operador monitora a máquina que faz automaticamente a tarefa. 
- Altera habilidades e exigências do operador 
 
Quando se faz necessário automatizar o processo 
- Quando a atividade profissional apresenta risco aos operadores 
- Quando se necessita aumentar a produção 
- Quando se necessita reduzir os gastos, mesmo que a médio e longo prazo 
- Quando a atividade exige raciocínio numérico, etc. 
 
 
Classificação da automação industrial 
É possível classificar as diferentes formas de automação industrial em três áreas não claramente delimitadas: a automação fixa, a 
automação programável e a automação flexível. 
 
A automação fixa está baseada numa linha de produção especialmente projetada para a fabricação de um produto específico e 
determinado. É utilizada quando o volume de produção deve ser muito elevado,e o equipamento é projetado adequadamente 
para produzir altas quantidades de um único produto ou uma única peça em forma rápida e eficiente, isto é para ter uma alta taxa 
de produção. Um exemplo de automação fixa é encontrado nas indústrias de automóvel. O equipamento é, em geral, de custo 
elevado, devido a alta eficiência e produtividade. Porém devido à alta taxa de produção, o custo fixo é dividido numa grande 
quantidade de unidades fabricadas. Assim os custos unitários resultantes são relativamente baixos se comparados com outros 
métodos de produção. O risco que se enfrenta com a produção fixa é que, devido ao investimento inicial ser alto, se o volume de 
vendas for menor do que o previsto, então só custos unitários serão maiores do que o previsto, e conseqüentemente a taxa interna 
de retorno de investimento será menor. Outra dificuldade existente ao adotar um sistema de automação fixa é que o equipamento 
é especialmente projetado para produzir um produto ou peça específica, e se o ciclo de vida do produto acabar, por mudanças de 
projeto ou modelo, por exemplo, o equipamento pode tornar obsoleto. Portanto a automação fixa não é adequada para produtos 
com ciclo de vida breve ou para produções de baixo ou médio volume. 
 
A automação programável está baseada num equipamento com capacidade para fabricar uma variedade de produtos com 
características diferentes, segundo um programa de instruções previamente introduzido. Esse tipo de automação é utilizado 
quando o volume de produção de cada produto é baixo, inclusive para produzir um produto unitário especialmente encomendado, 
por exemplo. O equipamento de produção é projetado para ser adaptável às diferentes características e configurações dos 
produtos fabricados. Essa adaptabilidade é conseguida mediante a operação do equipamento sob o controle de um programa de 
instruções preparado para o produto em questão. Esse programa, freqüentemente, pode ser introduzido no sistema através de um 
teclado numérico, por meio de um programa de computador, entre outras possibilidades. Assim, a operação do equipamento 
operatriz sempre dependerá das instruções indicadas por esse programa de controle. Em termos de economia, o custo do 
equipamento pode ser diluído num grande número de produtos, mesmo que estes tenham diferentes configurações ou, em alguns 
casos, sejam completamente diferentes. Devido às características de programação e adaptabilidade, vários produtos diferentes 
podem ser fabricados em pequenos lotes ou inclusive em forma unitária. 
 
A terceira classe de automação industrial é a automação flexível, que pode ser entendida como uma solução de compromissos 
entre a automação fixa e a programável e, em geral, parece ser mais indicada para um volume médio de produção. Os sistemas 
de produção baseados na automação flexível têm algumas características da automação fixa e outras da automação programável. 
Assim, por exemplo, um sistema de manufatura flexível pode ser projetado para produzir uma única peça, mas com dimensões 
diferentes, ou diferentes materiais, entre outras variações, certamente limitadas. 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
Uma das características que distinguem a automação programável da automação flexível (embora esta distinção nem sempre 
possa ser estabelecida nos casos práticos), é que, nos sistemas que utilizam à primeira, os produtos são fabricados em lotes. 
Quando a fabricação de um lote é completada, o equipamento é reprogramado para processar o próximo lote. Nos sistemas de 
produção baseados na automação flexível, deferentes produtos podem ser fabricados ao mesmo tempo no mesmo sistema de 
fabricação: é só programar o computador central para desviar as diferentes peças e materiais para as estações de trabalho 
adequadas. Essa característica permite um nível de versatilidade que nem sempre é possível encontrar na automação 
programável, tal como foi definida aqui. 
 
 
2 - FUNÇÕES LÓGICAS / INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LADDER 
 
Neste momento pretendemos revisar as principais funções lógicas, bem como introduzir os conceitos iniciais da linguagem ladder, 
a primeira linguagem destinada especificamente à programação de CLPs. Por ser uma linguagem gráfica baseada em símbolos 
semelhantes aos encontrados nos esquemas elétricos (contatos e bobinas), as possíveis diferenças existentes entre os fabricantes 
de CLPs, quanto à representação das instruções, são facilmente assimiladas pelos usuários, como exemplificados abaixo. 
 
 
 
 
CONTATO NA 
 
 
 
 CONTATO NF 
 
 
 
 CONTATO NA 
 
 
 
 CONTATO NF 
 
 
O nome Ladder deve-se à representação da linguagem se parecer com uma escada (ladder em inglês), na qual duas barras 
verticais paralelas são interligadas pela Lógica de Controle formando os degraus (rung) da escada. Portanto, a cada Lógica de 
Controle existente no Programa de Aplicação dá-se o nome de rung, a qual é composta por Colunas e Linhas, conforme 
apresentado abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Linha 1 
 
 Rung 1 1 1 
 
Linha 2 
 
 
Linha 1 
 2 
Rung 2 
 
 
 
A quantidade de Colunas e Linhas, ou Elementos e Associações, que cada rung pode ter é determinada pelo fabricante do PLC, 
podendo variar conforme a CPU utilizada. Em geral, este limite não apresenta uma preocupação ao usuário durante o 
desenvolvimento do Programa de Aplicação, pois os softwares de Programação indicam se tal quantidade foi ultrapassada, por 
meio de erro durante a compilação do Programa de Aplicação. 
 
 
2.1- FUNÇÃO E ou AND 
 
É aquela que assume valor “0” quando uma ou mais variáveis forem iguais a “0” e só assume valor “1” quando todas as variáveis 
forem iguais a “1”. Podemos dizer que a função em questão executa a operação de multiplicação. A expressão algébrica que 
representa a função é: S = A . B ou AB (para duas variáveis), lida da forma: S = A e B. 
 
O circuito abaixo representa a função de forma análoga: 
 
 
 
Situações possíveis: 
Coluna 
1 
Coluna 
2 
Coluna 
3 
Coluna 
Saída 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
- Chave A aberta (0) e chave B aberta (0), não haverá circulação de corrente e a lâmpada ficará 
 apagada (0); 
- Chave A aberta (0) e chave B fechada (1), não haverá circulação de corrente e a lâmpada ficará apagada (0); 
- Chave A fechada (1) e chave B aberta (0), não haverá circulação de corrente e a lâmpada ficará apagada (0); 
- Chave A fechada (1) e chave B fechada (1), haverá circulação de corrente e a lâmpada ficará acesa (1). 
 
Podemos agora construir uma tabela de estados possíveis das chaves com a respectiva situação da lâmpada, e esse processo 
chamaremos de TABELA DA VERDADE. 
 
A B S 
0 0 0 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 1 
 
Esta tabela representa a função E, onde só haverá resultado “1” quando todas as variáveis forem também “1”. 
Podemos observar que as chaves fechadas ou abertas representam níveis lógicos de dois únicos estados, “0” ou “1” , logo o 
sistema numérico que representa a função é o binário. 
Para representar fisicamente a função vamos observar o símbolo abaixo: 
Os símbolos que representam as funções lógicas são chamados de PORTAS e o caso acima é referente a PORTA E de duas 
entradas que executa a tabela da verdade da função E. 
 
 
 
 
Podemos estruturar portas com mais de duas variáveis de entrada, através de combinações feitas pelas próprias portas de duas 
entradas. Veja o exemplo abaixo: 
S = (A.B).C 
 
A tabela da verdade é assim distribuída: 
 
A B C S 
0 0 0 0 
0 0 1 0 
0 1 0 0 
0 1 1 0 
1 0 0 0 
1 0 1 0 
1 1 0 0 
1 1 1 1 
 
A combinação de portas acima é representada por uma única porta de três variáveis de entrada, como na figura abaixo. É 
importante salientar, que também podemos representar portas com "n" variáveis de entrada. 
 
 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra– Automação Industrial e CLP 
Existem diversos componentes físicos que executam funções lógicas, e estes deverão interpretar o algarismo do sistema numérico 
em questão ou nível lógico, através da quantidade de energia existente em seus terminais, sendo mais objetivo, através da 
diferença de potencial elétrico. Como exemplo veja a situação abaixo: 
- cinco volts contínuos (5VDC) representa o nível lógico “1” e 
- zero volts contínuos (0VDC) representa o nível lógico “0”. 
 
Não necessariamente os componentes seguem os níveis de energia acima para suas representações lógicas, porém nos estudos 
desta apostila iremos sempre considerar o maior valor de energia como nível lógico “1”. 
 
 
Função AND em Linguagem ladder: 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Desenhar a tabela da verdade e escrever a expressão algébrica de uma porta E de quatro entradas: 
 
 
 
02) Complete a tabela da verdade onde A,B, e C representam as entradas de uma porta E: 
 
A B C S 
1 1 1 
0 0 1 
 1 1 1 
1 1 0 
 
 
03) No gráfico abaixo, identifique os estados lógicos nos intervalos t0 a t4: 
 
 
 
 
2.2 FUNÇÃO OU ou OR 
 
É a função que assume o valor “1” quando uma ou mais variáveis forem iguais a “1” e só assume o valor “0” quando todas as 
variáveis forem iguais a “0”. 
Sua representação algébrica fica da seguinte forma: 
 
S = A+B (para duas variáveis) e lê-se: S = A ou B 
 
Vejamos o esquema elétrico abaixo que representa a função OU: 
Para que a lâmpada fique acesa basta uma das chaves estarem fechada (1), e a situação de lâmpada apagada (0) só ocorrerá 
quando as duas chaves estiverem abertas (0). 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
Logo podemos montar a tabela da verdade : 
 
 
A B S 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 1 
 
 
 
A porta que executa a função é a PORTA OU e seu símbolo é assim representado: 
 
Da mesma forma que a porta AND, podemos representar portas OU com mais de duas variáveis de entrada. Para três variáveis a 
tabela da verdade é estruturada da seguinte forma: 
 
A B C S 
0 0 0 0 
0 0 1 1 
0 1 0 1 
0 1 1 1 
1 0 0 1 
1 0 1 1 
1 1 0 1 
1 1 1 1 
 
 
 
Função OR em Linguagem ladder: 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Descreva o trem de pulso de saída da porta abaixo, a partir da forma de onda de entrada: 
 
 
 
02) Desenhe um circuito que executa a função OU de quatro variáveis, a partir de portas OU com duas variáveis de 
entrada. 
 
 
 
 
2.3 - FUNÇÃO NÃO ou NOT 
 
É também chamada de função complemento, pois o seu resultado será sempre o número que falta para se chegar ao último 
algarismo do grupo de algarismos do sistema numérico em questão. Sendo o sistema binário constituído de apenas dois 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
algarismos, podemos dizer que o resultado é o inverso da variável, quando igual a “0”assume o valor “1” e quando igual a “1” 
assume o valor “0”, surgindo então outra denominação que é a de função inversora. 
 
É representada algebricamente da seguinte forma: 
S = A ou S = A' e lê-se: “A” BARRADO ou NÃO “A”. 
 
O circuito a seguir funciona de forma análoga a função NÃO: 
 
Quando a chave está aberta (0) a lâmpada está acesa (1) e quando a chave está fechada (1) a lâmpada esta apagada (0). 
 
A tabela da verdade da função é expressa da seguinte forma: 
 
 
A A 
 0 1 
1 0 
 
 
O bloco lógico que executa a função é chamado de PORTA NÃO ou, mais conhecido, PORTA INVERSORA e sua simbologia é 
assim representada: 
 
 
 
 
 
 
Função NOT em Linguagem ladder: 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Dado o circuito abaixo, qual o nível lógico da saída “S”: 
 
 
 
02) Ainda para o circuito acima, escreva sua expressão algébrica sendo a entrada igual a “B” e a saída retirada no 
segundo inversor: 
 
 
03) Desenhe: 
 
a) Uma porta OU a partir de uma porta AND associada a portas INVERSORAS e 
 
b) Uma porta AND a partir de uma porta OU associada a portas INVERSORAS. 
 
 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
2.4 - FUNÇÕES DERIVADAS 
 
2.4.1– FUNÇÃO NÃO E ou NAND/FUNÇÃO NÃO OU ou NOR 
 
É o complemento (inverso) da função E, e é representada algebricamente como: 
S = AB (para duas variáveis) e lê-se: S = A e B barrados. 
O circuito abaixo demonstra o equivalente elétrico da função: 
 
 
 
A lâmpada só ficará apagada (0) quando as duas chaves estiverem fechadas (1). 
A tabela da verdade da expressão acima é a seguinte: 
 
 A B S 
 0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
 
 
A porta que executa a função é a PORTA NAND e esta poderá ter duas ou mais variáveis de entrada. Sua simbologia é a 
seguinte: 
 
 
 
Função NAND em Linguagem ladder: 
 
 
 
 
 OU 
 
 
 
 
 
É o complemento (inverso) da função OU, e é representada algebricamente como: 
S = BA + (para duas variáveis) e lê-se: S = A ou B barrados. 
Observe abaixo o circuito análogo à função OU: 
 
 
Para que a lâmpada fique apagada (0) basta que uma das chaves esteja fechada (1). 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
A tabela da verdade é assim expressa: 
 
 A B S 
 0 0 1 
 0 1 0 
 1 0 0 
 1 1 0 
 
A porta que representa a função é a PORTA NOR e esta poderá também ter duas ou mais variáveis de entrada. Sua simbologia é 
a seguinte: 
 
Função NOR em Linguagem ladder: 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
01) Qual a porta lógica que representa a tabela da verdade abaixo? 
 
A B C S 
1 1 1 0 
0 0 1 1 
0 0 0 1 
1 0 1 1 
0 1 0 1 
 
 
 
2.5- FUNÇÕES COMBINACIONAIS 
 
2.5.1– FUNÇÃO “OU EXCLUSIVO” ou EXOR 
 
É aquela que assume o valor “1” na saída, quando as duas variáveis de entrada forem diferentes entre si, ou seja, uma das 
entradas deve ser exclusiva. 
 
Sua representação algébrica é a seguinte: 
S = BA⊕ (S = BABA + ) e lê-se: S = A ou exclusivo B 
 
Observe o esquema elétrico abaixo que representa a função EXOR: 
 
 
Para que a lâmpada fique acesa (1), as chaves A e B devem estar em estados diferentes, fechado (1) e aberto (0) ou aberto (0) e 
fechado (1), respectivamente. 
 
A tabela da verdade é assim mostrada: 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
A B S 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 
A porta que executa a função é a PORTA EXOR e sua simbologia é: 
 
 
 
Função EXOR em Linguagem ladder: 
 
 
 
 
 
 
2.5.2 - FUNÇÃO COINCIDÊNCIA ou NÃO OU EXCLUSIVO ou EXNOR 
 
É aquela que assume o valor "1" na saída, quando houver uma coincidência nos valores das duas variáveis de entrada. Podemos 
dizer que a sua expressão é o complemento da função EXOR, ou seja, S = BA⊕ . Porém sua verdadeira representação 
algébrica é assim definida: 
S = A B (S = ABBA +. ) e lê-se: A coincidência B 
 
 
 
 
Abaixo, um circuito elétrico que pode representar a função EXNOR: 
 
Para que a lâmpada fique acesa (1), as duas chaves devem estar no mesmo estado, fechado (1) ou aberto (1). 
 
 
Veja agora sua tabela da verdade: 
 
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
 
A porta que executa a função é a PORTA EXNOR e sua simbologia é assim mostrada: 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
Função EXNOR em Linguagem ladder: 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
1) Explique porque o circuito a seguir não pode representar uma única porta EXNOR de quatro variáveis de entrada. 
 
 
 
 
 
3 - CIRCUITOS COMBINACIONAIS 
 
Até aqui vimos expressões algébricas que descreviam circuitos de uma única porta, apesar de ser algumas portas, a combinação 
de outras. A partir de agora, estudaremos circuitos complexos, com a combinação de duas ou mais portas. 
 
 
Para isso, inicialmente, devemos chamar as expressões algébricas de expressões booleanas, isto porque todas as expressões 
podem ser submetidas ao modelo matemático de George Boole, também conhecido como álgebra de Boole.3.1 - EXPRESSÕES BOOLEANAS OBTIDAS DE CIRCUITOS LÓGICOS 
 
Podemos escrever a expressão booleana que é executada por qualquer circuito lógico. Vejamos, por exemplo, qual a expressão 
que o circuito abaixo executa: 
 
 
 
Vamos dividir o circuito em duas partes: 
 
 
 
Na saída S1, teremos o produto A . B, pois o bloco número 1 é uma porta E, então a expressão de S1 será: 
 S1 = AB 
 
 Esta saída S1 é injetada em uma das entradas da porta OU pertencente ao bloco número 2 do circuito. Na outra entrada da porta 
OU, está a variável "C", e a expressão da segunda parte do circuito será: 
 S = S1+ C. 
 
Para sabermos a expressão final, basta substituir a expressão S1 na expressão acima, ficando então: 
S = (AB)+C 
 
 
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EXERCÍCIO 
 
01) Escreva a expressão booleana dos circuitos abaixo: 
 
a) 
 
 
 
 b) 
 
 
c) 
 
 
 
 
3.2 - CIRCUITOS LÓGICOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS 
 
Podemos também desenhar um circuito lógico que execute uma expressão booleana qualquer, a partir de sua expressão 
característica. Por exemplo, o circuito que executa a expressão S = A+B é uma porta OU e sua representação será: 
 
 
Para circuitos mais complexos devemos observar alguns procedimentos, por exemplo: 
 
 S = (A+B) . C . (B+D) 
 
 
Faremos como na aritmética elementar, iniciaremos pelos parênteses, fazemos primeiramente as multiplicações e após, as somas. 
Dentro do primeiro parêntese, temos a soma booleana A+B, logo, o circuito que executa esse parêntese será a porta OU. 
Dentro do segundo parêntese, temos a soma booleana B+D, logo, o circuito que executa esse parêntese será também a porta 
OU. 
Até aqui teremos: 
 
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Agora, temos uma multiplicação booleana dos dois parênteses, juntamente com a variável "C", e o circuito que executa esta 
multiplicação será uma porta E. Temos então: 
 
 
O circuito completo será: 
 
 
EXERCÍCIO 
 
01) Desenhe o circuito que executa as seguintes expressões booleanas: 
 
 
a) S = ( )CBAABC .++ 
 
b) S = CDBA +. 
 
c) S = ( ) DDCBA .⎥⎦⎤⎢⎣⎡ ++ 
 
 
 
3.3 - TABELA DA VERDADE OBTIDA DE EXPRESSÕES BOOLEANAS E CIRCUITOS LÓGICOS 
 
Uma maneira de se fazer o estudo de um circuito lógico é a utilização da tabela da verdade, que, como vimos, anteriormente, é um 
mapa onde se colocam todas as situações possíveis, de uma dada expressão booleana, juntamente com o valor por esta 
assumida. 
 
Para extrairmos a tabela da verdade de um circuito lógico, devemos primeiramente transforma-lo na sua expressão booleana 
característica. 
 
Já com a expressão booleana em mãos, iremos seguir os procedimentos abaixo: 
 
1º - Montamos o quadro de possibilidades; 
2º - Montamos colunas para os vários membros da expressão; 
3º - Preenchemos essas colunas com seus resultados; 
4º - Montamos uma coluna para o resultado final; 
5º - Preenchemos essa coluna com os resultados finais. 
 
Para esclarecer este processo, tomemos, por exemplo, o circuito: 
 
 
Sua expressão será: 
S = BDAABC ++ 
 
Temos na expressão acima 4 variáveis : A; B; C e D, logo, teremos 24 possibilidades de combinações. 
O quadro de possibilidades ficará da seguinte forma: 
 
 
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A B C D 
1º membro 
ABC 
2º membro 
DA 
3º membro 
B 
Resultado 
final S 
0 0 0 0 0 0 1 1 
0 0 0 1 0 0 1 1 
0 0 1 0 0 0 1 1 
0 0 1 1 0 0 1 1 
0 1 0 0 0 0 0 0 
0 1 0 1 0 0 0 0 
0 1 1 0 0 0 0 0 
0 1 1 1 0 0 0 0 
1 0 0 0 0 1 1 1 
1 0 0 1 0 0 1 1 
1 0 1 0 0 1 1 1 
1 0 1 1 0 0 1 1 
1 1 0 0 0 1 0 1 
1 1 0 1 0 0 0 0 
1 1 1 0 1 1 0 1 
1 1 1 1 1 0 0 1 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Monte a tabela da verdade das expressões booleanas abaixo: 
 
a) S = CBACBACBACBA ........ +++ 
 
 b) S = ( )[ ] ( )[ ]BCDCBA +++ .. 
 
02) Represente a tabela da verdade do circuito a seguir: 
 
 
 
 
 
3.4 - EXPRESSÕES BOOLEANAS E CIRCUITOS LÓGICOS OBTIDOS A PARTIR DE TABELAS DA VERDADE 
 
3.4.1- SOMA DE PRODUTOS 
 
Considere a tabela da verdade abaixo: 
 
ESTAD A B C S 
0 0 0 0 0 
1 0 0 1 1 
2 0 1 0 0 
3 0 1 1 0 
4 1 0 0 0 
5 1 0 1 0 
6 1 1 0 0 
7 1 1 1 1 
 
 
Ela contém as variáveis A, B e C. Note que somente duas combinações de variáveis gerarão uma saída "1". No estado 1, dizemos 
que uma entrada "não A AND não B AND C" ira gerar uma saída "1". A expressão booleana que identifica esta situação é 
CBA .. . A outra combinação de variáveis que ira gerar uma saída "1" é mostrada no estado 7 da tabela. Nesta situação teremos 
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"A AND B AND C e sua expressão será ABC. Essas duas combinações possíveis são, então, submetidas juntas a uma 
operação OR para formar a expressão booleana completa da tabela da verdade. Logo: 
 
S = CBACBA .... + 
A expressão final é chamada forma de soma-de-produtos de uma expressão booleana ou na forma de MINTERMOS (∑ m). 
 
Note que a expressão pode ser descrita através de portas lógicas com um padrão bastante familiar AND-OR: 
 
EXERCÍCIO 
 
01) Desenhe os circuitos lógicos, a partir das tabelas da verdade abaixo. 
 
a) 
A B C S 
0 0 0 1 
0 0 1 0 
0 1 0 1 
0 1 1 0 
1 0 0 0 
1 0 1 1 
1 1 0 0 
1 1 1 1 
 
 b) 
 
A B C D S 
0 0 0 0 0 
0 0 0 1 1 
0 0 1 0 1 
0 0 1 1 0 
0 1 0 0 1 
0 1 0 1 1 
0 1 1 0 1 
0 1 1 1 1 
1 0 0 0 0 
1 0 0 1 0 
1 0 1 0 0 
1 0 1 1 1 
1 1 0 0 1 
1 1 0 1 1 
1 1 1 0 1 
1 1 1 1 1 
 
3.5 - SIMPLIFICAÇÃO DE CIRCUITOS COMBINACIONAIS ATRAVÉS DO DIAGRAMA DE VEITCH-KARNAUGH 
 
Os diagramas de Veitch-Karnaugh permitem a simplificação de expressões características com duas, três, quatro ou mais 
variáveis, sendo que para cada caso existe um tipo de diagrama mais apropriado. 
Este modelo de simplificação trabalha com padrão de função AND-OR ou OR-AND. Para não complicarmos muito adotaremos o 
padrão AND-OR. 
 
Exemplo: 
 
 
 
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Desta forma, todos os padrões de funções lógicas, devem ser inicialmente transformados em um dos dois padrões citados acima. 
Esta sistemática torna-se inviável em determinadas simplificações, pois passamos a ter dois procedimentos complexos ao invés de 
um, para situações assim, o melhor é utilizar somente o modelo de Boole para simplificações. 
Exemplo: 
 
1) S = )()()( BABABA +++ 
 
Passando para o padrão AND-OR, temos: 
 BABABA ... ++ 
 Podemos observar que a transformação foi simples, portanto viável. 
 
 
2) S = ( )ACDCDBAC .+⎟
⎠
⎞⎜
⎝
⎛ ++ 
Aplicando o 2º Teorema de De Morgan, temos: 
( ) ( )ACDCDCBA .+ 
 Também podemos aplicar o 1º Teorema De Morgan: 
).()( DCACDCBA +++ 
Aplicando a propriedade distributiva: 
DCCCCADCBA +++ 
Se CC. = 0, então, por fim: 
DCCADCBA ++ 
 
 
Este tipo de expressão exigiu uma complexibilidade de manobras para chegarmos a uma expressão AND-OR, uma pessoa que 
consegue chegar com facilidade até este ponto, significa que a mesma possui um bom domínio de álgebra de Boole, dispensando 
assim, a alteração do processo de simplificação para o modelo de Veitch-Karnaugh. 
 
 
3.5.1 - DIAGRAMA PARA DUAS VARIÁVEIS 
 
Vejamos inicialmente as possibilidades que duas variáveis podem fornecer: 
 
ESTADO A B 
0 0 0 
1 0 1 
2 1 0 
3 1 1 
 
Estes estados deverão ser distribuídos racionalmente nas quadrículas do modelo geométrico de Veitch-Karnaugh. 
 
 
Substituindo por seus valores lógicos, temos: 
 
 
Através dos conceitos de transformação em MINTERMOS, podemos ainda substituir os valores por expressões. Devemos ter 
consciência de que chegaríamos ao mesmo objetivo com MAXTERMOS, porém para este assunto todas as transformações 
estarão baseadas em MINTERMOS. 
Logo: 
 
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 Veja na figura a seguir, que para cada dupla de quadrículas possuímos uma variável em comum. 
 
 
Após todas as observações, notamos que cada linha da tabela da verdade possui sua região própria no diagrama e essas regiões 
são, portanto, os locais onde devem ser colocados os valores de saída (S) que a expressão assume nas diferentes possibilidades. 
 
Para entendermos melhor o significado deste conceito, vamos observar o exemplo: 
 
A tabela da verdade abaixo mostra o estudo de uma função de duas variáveis e ao lado sua expressão não simplificada. 
 
A B S 
 
S = ABBABA ++ 
 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 1 
 
Primeiramente vamos colocar no diagrama, o valor que a expressão assume em cada estado. 
 
Uma vez entendida a colocação dos valores no diagrama, assumidos pela expressão em cada estado, vamos verificar como 
podemos efetuar a simplificação. 
 
Para isto, utilizamos o seguinte método: 
Tentamos agrupar as regiões onde "S" é igual a "1", no menor número possível de pares. As regiões onde "S" é "1", que não 
puderem ser agrupadas em pares, serão consideradas isoladamente. 
 
Assim, temos: 
Notamos que um par é o conjunto de duas regiões onde "S" é "1", que tem um lado em comum, ou seja, são vizinhos. O mesmo 
"1" pode pertencer a mais de um par. 
 
Feito isto, escrevemos a expressão de cada par, ou seja, a região que o par ocupa no diagrama. 
O "Par 1" ocupa a região A e sua expressão será: Par 1 = A 
O "Par 2" ocupa a região B e sua expressão será: Par 2 = B 
 
 
Agora basta unirmos as expressões ao operador OU, para obtermos a expressão simplificada "S", logo: 
S = Par 1 + Par 2 
S = A + B 
 
 
Como podemos notar, esta é a expressão de uma porta OU, pois a tabela da verdade também é da porta OU. 
 
 
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É evidente que a minimização da expressão, simplifica o circuito e consequentemente, diminui o custo e a dificuldade de 
montagem. 
 
 
EXERCÍCIO: 
01) Simplifique o circuito que executa a tabela da verdade abaixo, através do diagrama de Veitch-Karnaugh. 
 
A B S 
0 0 1 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 
 
3.5.2 - DIAGRAMA PARA TRÊS VARIÁVEIS 
 
Para três variáveis temos o diagrama com a seguinte distribuição dos estados: 
 
 
 
Podemos também substituir por seus valores lógicos: 
 
 
E por expressões: 
 
Notamos que para cada quadrupla de quadrículas existe uma variável em comum. 
 
 
Como no estudo para duas variáveis, podemos agrupar as quadrículas formando duplas. Porém, agora podemos também formar 
quádruplos de quadrículas adjacentes ou em sequência, e ainda podemos utilizar as duplas laterais, pois estas se comunicam. 
Veja os exemplos de possíveis quadras: 
 
Para melhor compreensão, vamos transpor para o diagrama, a tabela da verdade: 
 
 
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A B C S Expressão extraída da tabela sem simplificação: 
 S = CBACBACBACBACBACBA ............ +++++ 0 0 0 1 
0 0 1 1 
0 1 0 0 
0 1 1 1 
1 0 0 1 
1 0 1 1 
1 1 0 1 
1 1 1 0 
 
 
Transpondo para o diagrama. 
 
Para efetuarmos a simplificação, primeiramente, localizamos as quadras e escrevemos suas expressões, estas quadras podem ter 
quadrículas comuns. Feita a localização das quadras, agora localizaremos os pares e também escrevemos suas expressões. Não 
 
devemos considerar os pares já incluídos nas quadras, porém pode acontecer de termos um ou mais pares formados com um 
elemento externo à quadra e um outro interno. Por fim, localizamos e escrevemos as expressões dos termos isolados. 
 
Sendo assim, destacamos os seguintes grupos: 
 
 
 
 
Escrevendo suas expressões temos: 
 
Quadra = B 
Par 1 = CA 
Par 2 = CA 
 
A expressão final minimizada será a união das expressões encontradas através do operador OU: 
 
S = CACAB ++ 
 
O circuito que executa a tabela será então desenhado na forma a seguir: 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
01) Ache a expressão simplificada das tabelas da verdade abaixo, através dos diagramas de Veitch-Karnaugh, a partir 
das saídas "1" das tabelas. 
 
a) b) c) 
 
A B C S A B C S A B C S 
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 
0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 
0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 
0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 
1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 
1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 
1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 
1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 
 
 
02) Simplifique a expressão S = CBACBACBACBACBA .......... ++++ através do diagrama de Veitch-
Karnaugh, utilizando o padrão AND-OR. 
 
 
 
3.5.3 - DAGRAMA PARA QUATRO VARIÁVEIS 
 
Para quatro variáveis, os estados são distribuídos no diagrama na forma abaixo: 
 
 
Substituindo por seus valores lógicos, temos: 
 
 
E por suas expressões: 
 
 
Observamos que para cada grupo de oitavas, existe uma variável em comum. 
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Além das duplas e quadras que podemos formar para este número de variáveis podemos também agrupar oitavas adjacentes 
horizontais e verticais utilizando até mesmo as quadras laterais e superiores com as inferiores, pois as laterais e os extremos se 
comunicam. Vejamos os exemplos de grupos de oitavas: 
 
 
 
 
 
 
 
Para elucidarmos melhor as regras acima, vamos transpor para o diagrama de Veitch-Karnaugh a seguinte tabela da verdade: 
 
 
 
A B C D S 
 
 
Expressão extraída da tabela sem simplificação: 
 
0 0 0 0 0 
0 0 0 1 1 
0 0 1 0 0 
0 0 1 1 0 
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0 1 0 0 1 
 S = 
DCBADCBADCBADCBADCBA
DCBADCBADCBADCBADCBA
...............
...............
++++
+++++
 
 
 
0 1 0 1 1 
0 1 1 0 1 
0 1 1 1 1 
1 0 0 0 0 
1 0 0 1 1 
1 0 1 0 0 
1 0 1 1 0 
1 1 0 0 1 
1 1 0 1 1 
1 1 1 0 1 
1 1 1 1 1 
 
Transpondo para o diagrama 
 
Para efetuarmos a simplificação, seguimos o mesmo procedimento dos diagramas de três variáveis, a única observação é que 
para quatro variáveis o principal agrupamento será a oitava. 
 
Devemos ressaltar que neste diagrama, os lados e os extremos se comunicam, ou seja, podemos formar oitavas, quadras e pares 
com as quadrículas localizadas nos lados e nos extremos. 
 
Logo, destacamos os seguintes grupos: 
 
 
 
Escrevendo suas expressões temos: 
Oitava = B 
Quadra = DC. 
 
 
A expressão final será: 
S = Oitava + Quadra 
S = B + DC. 
 
 
O circuito que executa a tabela será assim desenhado 
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EXERCÍCIOS 
 
 
01) Simplifique as expressões que executam as tabelas da verdade abaixo, através do diagrama de Veitch-Karnaugh, a 
partir das saídas "1" das tabelas. 
 
 
a) b) c) 
A B C D S A B C D S A B C D S 
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 
0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 
0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 
0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 
0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 
0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 
0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 
1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 
1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1 
1 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 
1 01 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 
1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 1 
1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 
1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
 
 
 
02) Simplifique a expressão abaixo através do diagrama de Veitch-Karnaugh, utilizando o padrão AND-OR. 
 
S = 
DCBADCBADCBADCBADCBA
DCBADCBADCBADCBADCBADCBA
...............
..................
++++
++++++
 
 
 
3.6 - PROJETOS DE CIRCUITOS COMBINACIONAIS 
 
Podemos utilizar um circuito lógico combinacional para solucionar problemas em que necessitamos de uma resposta, quando 
acontecerem determinadas situações, situações estas, representadas pelas variáveis de entrada. Para construirmos estes 
circuitos, necessitamos de uma expressão característica, como vimos em estudos anteriores. 
Precisamos então, obter uma expressão que represente uma dada situação. Para extrairmos uma expressão de uma situação, o 
caminho mais fácil será o de obtermos a tabela da verdade desta situação e, em seguida, levantamos a expressão. 
Esquematicamente temos: 
 
Tomemos como exemplo a figura abaixo: 
 
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A figura representa o cruzamento das ruas A e B. Neste cruzamento, queremos instalar um sistema automático para 
semáforos, com as seguintes características: 
 
1ª - Quando houver carros transitando somente na rua B, os semáforos 2 deverão permanecer verdes para que estas viaturas 
possam trafegar livremente. 
2ª - Quando houver carros transitando somente na rua A, os semáforos 1 deverão permanecer verdes pelo mesmo motivo. 
3ª - Quando houver carros transitando nas ruas A e B, devemos abrir os semáforos para rua A, pois é a preferencial. 
 
Para solucionarmos este problema, podemos utilizar um circuito lógico. Para montarmos este circuito, necessitamos de sua 
expressão. Vamos agora, analisando a situação, obter sua tabela da verdade. 
Primeiramente, vamos estabelecer as seguintes convenções: 
 
a) Existência de carro na rua A → A=1 
b) Não existência de carro na rua A → A=0 
 
c) Existência de carro na rua B → B=1 
d) Não existência de carro na rua B → B=0 
e) Verde dos sinais 1 acesos → V1=1 
f) Verde dos sinais 2 acesos → V2=1 
g) Quando V1=1, o vermelho estará apagado → Vm1=0 
h) Quando V2=1, o vermelho estará apagado → Vm2=0 
Vamos montar a tabela da verdade: 
 
SITUAÇÃO A B V1 Vm1 V2 Vm2 
0 0 0 
1 0 1 
2 1 0 
3 1 1 
 
A situação "0" representa a ausência de veículos em ambas as ruas. Se não temos carros, tanto faz os sinais permanecerem 
abertos ou fechados. Logo podemos preencher a primeira linha da seguinte forma: 
 
SITUAÇÃO A B V1 Vm1 V2 m2 
0 0 0 Ø Ø Ø Ø 
 
A situação "1" representa a presença de veículo na rua B e ausência de veículo na rua A, logo, devemos acender o sinal verde 
para a rua B. Temos então na linha dois a distribuição: 
 
SITUAÇÃO A B V1 Vm1 V2 Vm2 
1 0 1 0 1 1 0 
 
A situação 2 representa a presença de veículo na rua A e ausência de veículo na rua B, logo, devemos acender o sinal verde para 
rua A. Temos então: 
 
SITUAÇÃO A B V1 Vm1 V2 Vm2 
2 1 0 1 0 0 1 
 
A situação 3 representa a presença de veículos em ambas as ruas, logo, devemos acender o sinal verde para rua A, pois esta é a 
preferencial. Temos então: 
 
SITUAÇÃO A B V1 Vm1 V2 Vm2 
3 1 1 1 0 0 1 
 
A tabela totalmente preenchida é vista a seguir: 
 
SITUAÇÃO A B V1 Vm1 V2 
0 0 0 Ø Ø Ø 
1 0 1 0 1 1 
2 1 0 1 0 0 
3 1 1 1 0 0 
 
Vamos transpor as saídas para o diagrama de Veitch-Karnaugh e retirar a expressão simplificada para cada caso. 
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Notamos que as expressões de V1 e Vm2 são idênticas, o mesmo ocorrendo com V2 e Vm1. 
 
O circuito, a partir destas expressões, é assim desenhado: 
 
EXERCÍCIOS 
 
01) Deseja-se utilizar um amplificador de uma única entrada para ser conectado a três aparelhos: um toca-fitas, um toca-
discos e um rádio. Vamos elaborar um circuito lógico que nos permitirá ligar os aparelhos ao amplificador, obedecendo as 
seguintes prioridades: 
 
1ª - Toca discos. 
2ª - Toca-fitas. 
3ª - Rádio. 
 
02) Deseja-se em uma empresa, implantar um sistema de prioridade nos seus intercomunicadores, da seguinte maneira: 
 
Presidente: 1ª prioridade. 
Vice-presidente: 2ª prioridade. 
Engenharia: 3ª prioridade. 
Chefe de seção: 4ª prioridade. 
 
03) Desenhe um circuito para, em conjunto de três chaves, detectar um número par destas ligadas. 
 
 
04) Elabore um circuito lógico que permita encher automaticamente um filtro de água de dois recipientes e vela, conforme 
desenho na figura abaixo. A eletroválvula permanecerá aberta quando tivermos nível "1" de saída do circuito, e permanecerá 
desligada quando tivermos nível "0". O controle será efetuado por dois sensores A e B, colocados nos recipientes "a" e "b" 
respectivamente. 
 
 
 
 
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4- CIRCUITOS DE COMANDO ELÉTRICO 
4.1 - INTRODUÇÃO 
 
A cada dia que passa os equipamentos elétricos e mecânicos vão dando lugar aos microprocessadores. Tanto na vida profissional 
como na cotidiana, estamos sendo envolvidos por estes componentes que se juntam a outros, formando os sistemas 
computadorizados. Na indústria, estes sistemas estão sendo empregadas para facilitar e melhorar o serviço. Estamos vivendo na 
“era da automação”. 
 
Na indústria, o computador chegou para aumentar a produção, reduzir gastos e principalmente para automatizar máquinas. Um 
microprocessador, por exemplo, pode tomar decisões no controle de uma máquina, pode ligá-la, desligá-la, movimentá-la, sinalizar 
defeitos e até gerar relatórios operacionais. Mas, por trás dessas decisões, está a orientação do microprocessador, pois elas 
estão baseadas em linhas de programação (código de máquina). 
 
Ocorre que paralelamente aos microprocessadores há a automação industrial obtida através de comando elétrico, o qual consiste 
da interligação de diversos dispositivos eletromagnéticos com a finalidade de acionar um ou mais circuitos e/ou equipamentos. 
Assim nosso estudo de automação industrial tem como ponto de partida os comandos elétricos, até chegarmos no que há de 
maior aplicação na indústria hoje que são os Controladores Programáveis ( CLP ou PLC ). 
 
Os circuitos elétricos são dotados de dispositivos que permitem: 
a) Interrupção da passagem da corrente por seccionamento – São os aparelhos de comando, tais como: interruptores, 
chaves de faca simples, contactores, disjuntores etc; 
 
b) Proteção contra curto-circuito e sobrecargas – Em certos casos, o mesmo dispositivo permite alcançar os objetivos 
acima citados, como os disjuntores. 
 
4.2 - DISPOSITIVOS DE COMANDO DOS CIRCUITOS 
 
a) Interruptores 
Interrompem o fio fase do circuito, podendo ser unipolar, bipolar ou tripolar, de modo a ser possível o desligamento de 
todos os condutores fase simultaneamente. 
 
b) Dispositivos Eletromagnéticos 
São todos os componentes que se aproveitam de um campo magnético gerado a partir da eletricidade, sendo 
encontrados nos mais variados ramos da automação industrial. Como exemplo tem relês, contactoras, chave magnética, 
eletroválvulas, solenóides, etc. 
 
c) Chaves Eletrônicas 
 Utilizam circuitos eletrônicos com SCRs e TRIACs como substitutos dos contatos, embora, necessitem de outra chave 
para iniciar a condução nesses componentes. 
 
 
 
4.3 - DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 
 
Os condutores e equipamentos que fazem parte de um circuito elétrico devem ser protegidos automaticamente contra curto-
circuitos e contra sobrecargas (intensidade de corrente acima do valor compatível com o aquecimento do condutor e que poderiam 
danificar a isolação do mesmo ou deteriorar o equipamento) e outras anormalidades. Dentre eles podemos citar: 
 
a) Fusível 
É uma resistência devidamenteprotegida e que deve fundir com a passagem da corrente excessiva. Sua ação pode ser 
imediata ou com retardo. Existe fusível tipo rolha, cartucho (virola ou faca), etc 
 
b) Disjuntor 
Pode servir como protetor contra curto-circuito e sobrecarga, além de estabelecer ou romper a passagem da corrente 
pela ação direta do operador. Internamente, o disjuntor é composto por dois elementos metálicos com coeficiente de dilatação 
diferentes (latão e aço) soldados, que se torcem, desligando o disjuntror, quando há aquecimento provocado pela sobrecarga ou 
curto-circuito. 
 
c) Dispositivo DR (Diferencial Residual) 
Tem a finalidade de proteger vidas humanas contra choques provocados no contato acidental com redes e equipamentos 
elétricos energizados. Oferecem também proteção contra incêndios que podem ser provocados por falha de isolamento dos 
condutores e equipamentos. 
 
d) Relés de máxima e mínima tensão 
Interrompem o circuito, na falta de fase, mantendo-o desligado mesmo com a normalização do circuito, para evitar que o 
pico de tensão, ao retorno da fase, danifique o equipamento. Ou desliga o circuito sempre que a tensão fique acima ou abaixo de 
um valor determinado. 
 
Nota: Alguns dispositivos de proteção ao desligarem o ramal de alimentação da carga com problema pode religar o ramal, após a 
verificação do problema que ocasionou o desligamento, ou até para desativar provisoriamente para a substituição, ou manutenção, 
de componentes do ramal. Este é o caso dos disjuntores, chaves seccionadoras com fusível e Diferencial Residual (DR). Porém, 
alertamos que esses dispositivos de forma alguma podem substituir os interruptores, botoeiras ou quaisquer outros dispositivos de 
comando ou manobra. 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
4.4 - FUNCIONAMENTO BÁSICO DE UM DISPOSITIVO ELETROMAGNÉTICO 
 
Os relés consistem em chaves eletromagnéticas que tem por função abrir ou fechar contatos a fim de conectar ou interromper 
circuitos elétricos, sendo constituído por bobina ou solenóide, núcleo de ferro, contatos e armadura. 
 
Os outros dispositivos eletromagnéticos têm funcionamento semelhante ao relé. 
Existem dois tipos de contatos: 
 
- Normalmente Aberto (NA ou NO) 
Quando a bobina ou solenóide é energizada ele se fecha. 
 
- Normalmente Fechado (NF ou NC) 
Quando a bobina ou solenóide é energizado ele se abre. 
 
 
4.4.1 CONTACTORES E CHAVES MAGNÉTICAS 
 
Muitas vezes, temos necessidade de comandar circuitos elétricos à distância (controle remoto), quer manual, quer 
automaticamente. 
 
Contactores e chaves magnéticas são dispositivos com dois circuitos básicos, de comando e de força que se prestam a esse 
objetivo. 
 
O circuito de comando opera com corrente pequena, apenas o suficiente para operar uma bobina, que fecha o contato do circuito 
de força. 
 
O circuito de força é o circuito principal do contactor que permite a ligação do motor, da máquina operatriz; utiliza correntes 
elevadas. 
 
Esquematicamente, podemos representar o circuito de uma chave magnética da maneira apresentada na figura a seguir: 
 
 
 
 Diagrama de ligação de uma chave magnética Eletromar 
 
 
Neste esquema temos uma chave magnética trifásica. Ela serve para ligar e desligar motores ou quaisquer circuitos, com 
comando local ou à distância (controle remoto). O comando pode ser um botão interruptor, chave unipolar, chave-bóia, 
termostato, pressostato etc. No caso de botões, há um circuito especial que mantém a chave ligada depois que se retira o dedo do 
botão. 
 
 O fechamento da chave S1 faz circular 
uma corrente através do solenóide criando 
um campo magnético que atrai a 
armadura do relé, fechando o contato. 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
Os contactores são semelhantes às chaves magnéticas, porém simplificados, pois não possuem relé térmico de proteção contra 
sobrecargas. 
 
 
4.4.2 – IDENTIFICAÇÃO DOS BORNES DOS CONTACTORES 
BOBINA
PRINCIPAIS AUXILIARES
CONTATOS CONTATOS
2 4 6 14 22
1 3 5 13 21
A2
A1
 
 
 
As bobinas têm os bornes indicados pelas letras A1 e A2 e os contatos são identificados por números, que indicam: 
 
Contatos Principais: os números ímpares são as entradas de força (1,3 e 5) e os números pares as saídas (2,4 e 6). 
 
Contatos Auxiliares: são identificados por um par de algarismos que indicam: 
 
1º algarismo indica a posição sua posição física nos contactores, 1 para o primeiro, 2 para o segundo e assim sucessivamente. 
 
2º algarismo indica o estado do contato: NA ou NO (Normalmente Aberto), 3 na parte superior e 4 na parte inferior. 
 NF ou NC (Normalmente Fechado), 1 na parte superior e 2 na parte inferior. 
 
 
 
4.4.3 – IDENTIFICAÇÃO DOS BORNES DO RELÉ TÉRMICO 
 
2 4 6 96 98
1 3 5 95 97
 
 
Os contatos 1,3 e 5 ficam acoplado nas saídas 2,4 e 6 do contactor e os contatos 2,4 e 6 vão para a carga (motor). Quando há 
uma sobrecarga no circuito o relé desarma e conseqüentemente o contato NA se fechará e o NF abrirá. 
 
 
4.5 – CIRCUITOS COM COMANDOS ELÉTRICOS 
 
De posse da compreensão do princípio de funcionamento dos dispositivos eletromagnéticos, passemos a analisar algumas 
experiências que se utilizam destes componentes. Antes, porém, vejamos certas definições básicas: 
 
• Circuito de Controle 
É um circuito que utiliza baixas correntes e diversos componentes que permitem a energização da bobina de ligação do 
circuito de força. 
 
 
 
 
• Circuito de Força 
É o circuito principal do contactor que permite a ligação do motor, da máquina operatriz. Utiliza correntes elevadas. 
 
• Contato normalmente aberto (NA). 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
É o contato acionado automaticamente pela bobina de ligação; quando a bobina não está energizada ele está aberto. Seus 
símbolos são: 
• Contato normalmente fechado (NF). 
 
É o contato que, quando a bobina não está energizada, ele está fechado. Seus símbolos são: 
 
 
• Botões de comando 
 
Servem para ligar e parar o motor da máquina operatriz; por meio dos botões de comando completa-se o circuito da bobina de 
ligação (botão LIGA) ou interrompe-se o circuito (botão DESLIGA). Seus símbolos são: 
 
 
 
 
• Contato térmico 
Serve para desligar o circuito, quando há sobrecorrente; é também denominado relé térmico ou relé bimetálico. Seu símbolo é: 
 
 
 
 
4.5.1 – COMANDO DOS CONTACTORES 
 
Acompanhando-se o diagrama de ligação abaixo, que representa um contactor trifásico comandado por botoeira e um contato 
auxiliar, nota-se que, quando o contato “L” da botoeira (ligação) é pressionado, fecha-se o circuito de alimentação da bobina “B” e, 
consequentemente fecham-se os contatos principais e o auxiliar. Com o fechamento deste último, formou-se um circuito paralelo 
de alimentação da bobina, de modo que, quando retiramos a pressão do botão de ligação “L”, a alimentação da bobina não é 
interrompida; este contato auxiliar faz o papel de contato de selo. Para o desligamento, faz-se necessário acionar o botão “D” da 
botoeira, que, estando em série com a bobina, interrompe a alimentação da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
Contato fechador 
 
Contato abridor 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
4.5.2 – INTERTRAVAMENTO DE CONTACTORES 
 
 
 
É um sistema elétrico ou mecânico destinado a evitar que dois ou mais contactores se fechem acidentalmente ao mesmo tempo, 
provocando curto-circuito ou mudança da seqüência de funcionamento de um determinado circuito. Intertravamento elétrico 
 
No intertravamento elétrico é inserido um contato auxiliar abridor de um contactor no circuitode comando que alimenta a bobina do 
outro contactor, deste modo, faz-se com que o funcionamento de um dependa do outro. 
 
 
4.6 – DISPOSITIVOS DE DESLIGAMENTO E ACIONAMENTO DE MOTORES 
 
Os motores devem ter uma chave de partida para o seu acionamento e/ou desligamento. As chaves devem conter um 
dispositivo de proteção de proteção contra curto-circuito (fusível ou disjuntor), um dispositivo de comando (contactor) e um 
dispositivo de proteção contra sobrecargas (relé de sobrecarga). 
 
Para motores até 5 CV (e excepcionalmente até 30 CV), ligados a uma rede secundária trifásica, pode-se usar chave de 
partida direta. Acima desta potência, deve-se empregar dispositivo de partida que limite a corrente de partida a um máximo 
de 225% da corrente nominal do motor. 
 
 
4.6.1 – CHAVE DE PARTIDA DIRETA 
 
O circuito abaixo permite partir ou parar um motor, através de dois botões de contato momentâneo (botoeiras). Note o contato 
auxiliar da contactora, usado para manter sua energização após o operador soltar o botão de partida (S1). Já o botão de 
parada (S0) é do tipo normal fechado (NF). Ao ser pressionado ele interrompe o circuito, desenergizando a contactora e, 
portanto, abrindo também o contato auxiliar de auto-retenção. 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
 Diagrama de Força Diagrama de Comando 
 
 
 
Note que este circuito, no caso de interrupção da rede elétrica, se desarma automaticamente. Isso é importante para 
segurança. Caso simplesmente fosse utilizada uma chave 1 pólo, 2 posições para acionar a contactora, ao retornar a energia 
elétrica (no caso de um “apagão”, por exemplo) o motor seria energizado, pois a chave se manteria na posição ligada. 
 
 
 
4.6.2 – CHAVE DE PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO 
 
Neste caso existem dois botões de contato momentâneo para partir o motor (B1 e B2). Um deles faz o motor girar no sentido 
horário e o outro no sentido anti-horário. Um terceiro botão desliga o motor (S0), independentemente do sentido de rotação. 
Note os contatos auxiliares NA das contatoras usados para auto-retenção. Além disso, as contatoras se inibem mutuamente 
através dos contatos auxiliares NF. Assim, se a contactora C1 estiver energizada, a contactora C2 não pode ser energizada, e 
vice-versa. Isso impede que o operador, inadvertidamente, acione simultaneamente os dois sentidos de giro do motor. Caso as 
duas contactoras fossem energizadas simultaneamente, o resultado seria a queima dos fusíveis de força (pois teríamos 
curto-circuito entre as fases invertidas). 
 
 
S
R
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
 
Note que para inverter o giro do motor basta inverter duas fases. 
 
 
 
4.6.3 – CHAVE DE PARTIDA TRIÂNGULO/ESTRÊLA 
 
Neste caso, partimos o motor na configuração estrela, de forma a minimizar a corrente de partida e, após determinado tempo 
especificado no relé temporizado, comuta-se o motor para a configuração triângulo. Ao pressionar B1, energiza-se a contactora 
C3, que por sua vez energiza a contactora C1. Isso liga o motor à rede trifásica na configuração estrela. Após o tempo 
especificado no relé temporizado RT, a contactora C3 é desenergizada e a contactora C2 energizada. C1 continua energizada, 
pois existe um contato auxiliar de C1 para efetuar sua auto-retenção. Com isso, o motor é conectado a rede trifásica na 
configuração triângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R
S
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
 
 
 
 
5- DEFINIÇÃO DE CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL 
 
5.1 - INTRODUÇÃO 
Os avanços tecnológicos ocorridos após metade deste século se mostraram de forma acelerada. Pesquisas realizadas no Instituto 
de Tecnologia de Massachussets nos asseguram que nos próximos cinco anos o desenvolvimento tecnológico será equivalente 
aos que já ocorreram nos últimos trinta anos passados, reforçando a idéia de que o crescimento da tecnologia vem se 
apresentando em progressão exponencial. Os controladores programáveis junto com outros dispositivos inteligentes estão 
inseridos neste quadro de evolução, ocupando uma importante função na área de automação industrial. 
Alguns fatores ligados às necessidades da indústria foram responsáveis pela idealização dos Controladores Programáveis: 
aumento da produtividade e flexibilidade de processo. Uma produção em escala adequada, assegurando a qualidade e o custo 
competitivo e esses fatores associados a uma linha de produção flexível, de fácil ajuste, permitindo uma mudança rápida nas 
características do produto, constituíram razões mais do que suficientes para a criação dos controladores programáveis. Outros 
fatores como economia de energia, espaço físico e tempo de manutenção reforçam o grau de importância desses equipamentos. 
 
Os Controladores Programáveis trazem para as fábricas modernas uma estrutura de processo automatizado, que se apoia em 
dispositivos de hardware e software, combinados de forma organizada, que permite um controle total acerca das informações 
envolvidas, sejam elas operacionais, de supervisão ou estratégicas. 
As variáveis encontradas no nível operacional, denominada “chão de fábrica”, estão diretamente relacionados com os 
Controladores Programáveis, que através de sensores e atuadores, interagem com o processo. 
As variáveis processadas pelos Controladores Programáveis são recebidas pelo nível de supervisão e controle para alimentar, por 
exemplo, as telas de alarmes, os cálculos de engenharia ou para dar base real aos gráficos de monitoramento. 
 
O nível de supervisão permite ao operador navegar na realidade virtual das múltiplas etapas do processo, além de alimentar o 
nível estratégico com informações capazes de orientar a alta gerência no processo decisório. 
 
 
R
S 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
5.2 - O CONTROLADOR PROGRAMÁVEL 
Um sistema de controle de estado sólido, com memória programável para armazenamento de instruções para controle lógico. É 
ideal para aplicações em sistemas de controle de relés e contactores, os quais se utilizam principalmente de fiação, dificultando, 
desta forma, o acesso, possíveis modificações e ampliações do circuito de controle existente. 
O Controlador Programável monitora o estado das entradas e saídas, em respostas às instruções programadas na memória do 
usuário, e energiza ou desenergiza as saídas, dependendo do resultado lógico conseguido através das instruções de programa. 
O programa é uma seqüência de instruções a serem executadas pelo Controlador Programável para executar um processo. A 
tarefa do Controlador Programável é ler, de forma cíclica, as instruções contidas neste programa, interpretá-las e processar as 
operações correspondentes. 
Um Controlador Programável realiza as funções básicas: a) processamento do programa e b) varredura das entradas e saídas. 
Os principais pontos de aplicação dos Controladores Programáveis são: a) máquinas: máquinas operatrizes, máquinas têxteis, 
máquinas para fundição, máquinas para indústria de alimentos etc.; b) indústria: mineração, siderúrgicas, laminadoras etc. 
Na automação industrial, as máquinas substituem tarefas tipicamente mentais, tais como: memorizações, cálculos e supervisões. 
Os Controladores Programáveis dominam os dispositivos pneumáticos, hidráulicos, mecânicos e eletroeletrônicos. Os 
Controladores Programáveis substituem a ação do homem como sistema de controle, e podem controlar grandezas tais como: 
vazão, temperatura, pressão, nível, velocidade, torque, densidade, rotação, voltagem e corrente elétrica (variáveis de controle). 
 
 
5.2.1 – PROCESSAMENTO DO PROGRAMA 
O Controlador Programável processa o programa do usuário em ciclo fechado. O processador executa o programa do usuário e 
em seguida atualiza as entradas e saídas, iniciando novamente o processamentodo programa. (figura 1.1). E, somente executa 
aquilo que foi programado a executar. 
O tempo de ciclo do Controlador Programável é de alguns milissegundos por 1024 bytes de instruções. 
 
 
 Roteiro do Controlador Programável 
 
5.2.2 – TEMPO DE VARREDURA 
O tempo gasto na varredura do programa do usuário é de fundamental importância. A atualização da imagem (E/S) deverá ser 
suficientemente rápida para ser uma réplica da variáveis do processo. Tal fato merece tanto destaque, que um dispositivo interno 
do controlador denominado “cão de guarda” checa os limites de tempo de varredura. 
Em grande parte dos projetos, a varredura do programa e atualização da imagem (E/S) ocorre em tempos alternados. 
 
Entretanto, alguns controladores já admitem o processamento paralelo, objetivando varrer o programa e atualizar a imagem de 
forma independente. 
NOTA: Imagem de processo é o local de memória que armazena estados lógicos dos pontos de entrada e saída do 
processo em questão. 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ciclo do processo 
 
 
5.2.3 – VARREDURA DAS ENTRADAS E SAÍDAS 
Após o Controlador Programável fazer a varredura do programa do usuário, ele transfere os dados da memória-imagem das 
saídas, para o módulo de saída, realiza a leitura do módulo de entrada e atualiza a memória-imagem das entradas. Estas 
entradas e saídas são os pontos de comunicação dos equipamentos com o Controlador Programável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Módulo de Entrada 
 
NOTA: O módulo de entrada é o circuito eletrônico que faz a interface dos vários tipos de dispositivos de entrada, os quais 
informam as condições do equipamento em controle. 
 
 
Módulo das Saídas 
 
NOTA: O módulo de saída é o circuito eletrônico que faz a interface dos vários tipos de dispositivos de saída, os quais são 
controlados pelo CLP. 
 
Bit – Abreviação do dígito binário, a menor unidade de informação no sistema de numeração binário. 
Bit de Controle – Um bit do byte de saída de dados; o byte contém 8 bits. 
 
5.2.4 – FUNCIONAMENTO 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
Vamos pensar somente na linguagem de programação em diagrama de contatos que é usada nos Controladores Programáveis 
instalados nas indústrias. Os técnicos da área elétrica estão habituados com os diagramas elétricos; a programação em 
diagramas de contatos é a mais recomendada, devido à similaridade com a representação real. 
Veja o exemplo abaixo: uma linha de produção simplificada, onde temos a entrada de matéria-prima e a saída do produto final 
acabado. O transporte dessa matéria-prima é feito por uma correia transportadora acionada por um motor elétrico. Entre a 
entrada e a saída dessa linha de produção simplificada, temos três etapas de produção. Essa linha de produção não é controlada 
por um Controlador Programável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Linha de produção sem Controlador Programável 
 
Mas os tempos gastos em cada etapa da produção podem ser diferentes, resultando num produto final acabado perto dos 100% 
desejado. Com um Controlador Programável nesta linha de produção, podemos acionar o motor elétrico de modo que a 
matéria-prima na primeira etapa seja bem concluída, acionando novamente, o motor elétrico para a segunda etapa, onde será 
novamente bem concluída e, assim, para a terceira etapa, onde será concluído o produto final acabado. Desta forma, o 
resultado do produto final acabado será 100% ou bem mais perto disto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Linha de produção com CLP 
 
5.2.5 – TAMANHO FÍSICO 
Esta é uma das vantagens apresentadas pelos Controladores Programáveis, pois no mercado encontramos controladores que 
cabem na palma da mão e são capazes de interagir com vários pontos de entrada e saída, apresentando um número satisfatório 
de instruções, entre elas: temporizadores e controladores. 
 
5.2.6 – MODULARIDADE 
É a capacidade do corpo físico do equipamento poder se dividir em módulos, apresentando flexibilidade de escolha na 
configuração adequada, relativa a cada caso de automatização. Como exemplo, podemos citar os módulos: de entradas e saídas 
digitais, entradas e saídas analógicas, para leitura de termopares, CPU, fonte de alimentação, entre outros. 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
 Módulo Principal Módulo de Expansão 
CLP da WEG 
 
5.2.7 – FACILIDADE DE PROGRAMAÇÃO 
A tendência do mercado é tornar cada vez mais intuitiva a programação e a operação dos equipamentos inteligentes 
programáveis; os Controladores Programáveis estão incluídos neste contexto e admitem desde o início da sua concepção este 
princípio. 
 
 
5.2.8 – MAPEAMENTO DE MEMÓRIA 
Espaço de memória RAM com mapeamento para uso específico na aplicação fim; em outras palavras, é possível afirmar que 
durante o projeto do Controlador Lógico Programável, os seus espaços de memória são previamente organizados durante a 
elaboração do FIRMWARE. Isto ocorre, porque os Controladores Lógicos são equipamentos dedicados a um tipo de aplicação 
específica, admitindo, apenas, serem programados com softwares desenvolvidos especificamente para eles. 
 
 
5.3 – APLICABILIDADE 
 
5.3.1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
Automação Industrial é um conjunto de técnicas destinados a tornar automáticos vários processos numa indústria: o Comando 
Numérico, os Controladores Programáveis, o Controle de Processo e os Sistemas CAD/CAM (Computer Aided Design e Computer 
Aided Manufaturing – projetos e manufaturas apoiados em computador). 
 
O Comando Numérico controla automaticamente máquinas operatrizes: tornos, frezas, furadeiras, etc. Os Controladores 
Programáveis são equipamentos eletrônicos programáveis, destinados a substituir sistemas controlados por dispositivos 
eletromecânicos e interfacear Comandos Numéricos com máquinas operatrizes. Este equipamento substitui o diagrama elétrico, 
os relés e suas interligações por programas que simulam estes componentes. O Controle de Processo visa o controle global de 
um processo, em vez de parcial, como o Controlador Programável e o Comando Numérico (por exemplo, o controle de tráfego de 
trens). 
 
A microeletrônica invade os setores produtivos das indústrias, propiciando a automação. O processo de automatização não 
atinge, apenas, a produção em si, substituindo o trabalho braçal por robôs e máquinas com Comando Numérico Computadorizado 
(CNC); permite enormes ganhos de produtividade ao integrar tarefas distintas como: a elaboração de projetos, o gerenciamento 
administrativo e a manufatura. 
 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
5.3.2 – AUTOMAÇÃO DE EQUIPAMENTOS 
Na automação ou uso real baseado nos exemplos de programação, alguns itens devem ser avaliados: 
• Instalações elétricas compatíveis com pontos de entrada e saída (E/S); 
• chaves de proteção do hardware; 
• tipo e forma de endereçamento; 
• estrutura da palavra; 
• tipo e forma de sinais aceitáveis; e 
• compatibilidade dos equipamentos eletromecânicos. 
 
5.3.3 - PASSOS PARA AUTOMAÇÃO DE UM PROCESSO 
a) Definir pontos de entrada / saída e operandos 
Projetar a instalação do equipamento do CLP, verificando quantas saídas e quantas entradas deverá ter o CLP para a automação 
desses equipamentos. Verificar os operandos, relés de interfaces entre o CLP e equipamentos. 
 
b) Elaboração do programa do usuário 
Projetar o programa que controlará o equipamento, a lógica de diagramas de contatos. Supor os movimentos imprevistos da 
máquina, todas as condições de funcionamento, intertravamentos e emergências. 
 
c) Teste do Programa do usuárioSubmeter o programa elaborado, já com os “operandos” e a interface entre o CLP e equipamentos instalados, a um teste elétrico 
(sem operação do equipamento). Simular todas as condições como se o equipamento estivesse operando. 
 
d) Verificação de funcionamento 
Caso o teste do programa tenha sido positivo, ou seja, se o CLP estiver controlando perfeitamente o equipamento, de acordo com 
a programação em lógica de diagrama de contatos, até mesmo no pior caso de funcionamento do equipamento ou na situação 
mais imprevista, passe para o bloco seguinte. Caso contrário, realize alterações no programa ou projete um outro programa mais 
eficiente, levando em conta o controle que o programa anterior não realizou. É bom lembrar que o programa não está dando bons 
resultados, devido ao fato, da lógica de diagrama de contatos não estar de acordo com a lógica de funcionamento do 
equipamento, (supondo que o CLP esteja funcionando perfeitamente, os cartões de E/S estejam bons, os cabos bem interligados, 
as voltagens de alimentação estejam corretas etc.). 
 
e) Instalação do equipamento e liberação para a produção 
Fazer a listagem do programa (lógica de diagramas de contatos), descrevendo linha a linha as instruções e operações das 
condicionantes e das saídas. Deixar a listagem próxima ao CLP para manutenção ou alterações futuras. 
 
 
5.3.4 –EXEMPLOS DE APLICAÇÕES 
• Sistema de segurança e intertravamento 
Para esclarecer a função de um sistema de segurança e intertravamento, iremos citar um exemplo real que protege o processo 
de uma explosão: considerando que um dado gás, na presença de certa temperatura, seja suficiente para explodir uma área de 
trabalho, e que um Controlador Programável receba em suas entradas os sinais de temperatura e de presença de gás. O 
programa do usuário, em função das condições de entrada, concederá ordem de acionamento de uma saída, tendo em vista 
bloquear a tubulação principal, inibindo desta forma a passagem de gás. 
Se a decisão de fechar a tubulação principal ocorrer em tempo hábil, a explosão será evitada e o objetivo do sistema de 
intertravamento será alcançado, garantindo a segurança do ambiente. 
Estudos estatísticos sobre a eficiência dos Sistemas de Segurança e Intertravamento são constantemente realizados, visando 
calcular a probabilidade de falha em função do número de vezes em que a ação do programa se faz necessários. 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
• Processo em batelada 
Alguns especialistas comparam os processos em batelada à preparação de um bolo caseiro, onde todas as etapas seguem uma 
ordem dentro de um procedimento bem definido (receita). O controle do tempo de batida no reator, a seqüência de entrada das 
substâncias, os valores da temperatura e dos tempos de aquecimento e resfriamento, são de importância decisiva na qualidade 
do produto final. 
Como exemplo, podemos citar a fabricação de cosméticos, produtos farmacêuticos, indústria de alimentos, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Processo em batelada 
 
 
 
6 - COMPOSIÇÃO DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL 
 
6.1 - CARACTERÍSTICAS DE HARDWARE 
 
O Controlador Programável consiste basicamente de: 
• Fonte de alimentação; 
• Unidade Central de Processamento (CPU); 
• Memórias 
• Dispositivos de Entrada e Saída; e 
• Terminal de Programação. 
 
 
 Diagrama em blocos resumido do CLP 
 
 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
6.1.1- FONTE DE ALIMENTAÇÃO 
Fonte de alimentação é um dispositivo que converte a voltagem da rede elétrica local, de corrente alternada, para uma voltagem 
em corrente contínua. O Controlador Programável recebe alimentação da rede elétrica local. Caso falte energia elétrica, a bateria 
mantém o programa do usuário para não perder toda a programação. Quando a energia elétrica retorna, o processador entra em 
operação e reinicia o ciclo de trabalho no programa do usuário. 
 
 
 Diagrama em blocos resumido do sistema de alimentação do CLP 
 
 
6.1.2 – UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO – CPU 
A Unidade Central de Processamento inclui os circuitos de controle da interpretação e execução do programa em memória. A 
CPU do Controlador Programável executa o programa do usuário, atualiza a memória de dados e memória-imagem das entradas e 
saídas (figura 2.3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Diagrama em bloco resumido do CLP 
 
6.1.3 - MEMÓRIAS 
6.1.3.1 - MEMÓRIA EPROM 
A memória EPROM contém o programa que inicia o Controlador Programável, armazena os programas executivos (sistema) e 
gerencia o roteiro de dados e a seqüência de operação. A CPU trabalha junto com este programa já em EPROM, elaborado pelo 
fabricante que apresenta dados referentes a este Controlador Programável (figura 2.4). 
 
 
 
 
 
 
 
Diagrama em bloco resumido do canal CPU e da memória EPROM 
 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
6.1.3.2 – MEMÓRIA DO USUÁRIO 
É uma memória de aplicação, que armazena o programa do usuário. Esta área, reservada ao programa do usuário, contém 
alguns Kbytes de palavras livres que serão processadas pela CPU. Nesta área, entra-se com o programa que se deseja executar 
em relação ao equipamento. A CPU processa este programa, atualiza a memória de dados internos e imagem E/S e retorna 
novamente para esta área de memória. 
A posição da seletora OPR e NOPR indica se o Controlador Programável está ou não operando o programa de operação. 
 
OPR: O Controlador Programável está operando o programa de aplicação. A varredura do programa de aplicação é cíclica, o 
Controlador Programável faz a varredura e a execução do programa de aplicação. As saídas serão energizadas ou 
desenergizadas de acordo com o programa de aplicação. 
 
NOPR: O Controlador Programável não está operando o programa de aplicação. Neste caso, o programador realiza a 
programação, inserindo as instruções do programa de aplicação na memória do Controlador Programável através do terminal de 
programação. As saídas serão desenergizadas nesta posição. 
 
Diagrama em bloco resumido do canal CPU e memória de programa do usuário 
 
6.1.3.3 – MEMÓRIA DE DADOS 
É uma área reservada para controle do programa do usuário. Nesta área se encontram dados referentes ao processamento do 
programa do usuário. Todos os bytes desta área são de controle. É uma tabela de valores manipuláveis. 
 
 
 
 
 
Diagrama em blocos resumido do canal-memória do programa do usuário e memória de dados 
 
6.1.3.4 – MEMÓRIA IMAGEM DAS ENTRADAS E SAÍDAS (E/S) 
Área de memória reservada para interligação entre Controladores Programáveis e equipamentos. Nesta área temos os dados do 
equipamento, seja ele de entrada ou de saída. Todas as informações sobre o equipamento que se refere ao programa estão nesta 
memória. 
Esta memória é a imagem real das entradas e saídas do Controlador Programável. 
Material Didático 
 
Escola Técnica Electra – Automação Industrial e CLP 
 
 
Memória Imagem das E/S 
 
 
6.1.4 – DISPOSITIVOS DE ENTRADAS E SAÍDAS 
 
6.1.4.1 – CIRCUITO DAS ENTRADAS 
São circuitos eletrônicos que recebem informações sobre o equipamento e que as transferem para a memória imagem das 
entradas e saídas. Realiza a interface entre os dispositivos liga/desliga (chaves, seletoras, limitadores) e os níveis lógicos exigidos 
pelo Controlador Lógico Programável. A chave se liga quando o sinal de entrada atinge um limite predeterminado. 
 
 
 
 Módulo das entradas 
 
Se a entrada E1 receber 110V, isso quer dizer que o dado referente a este ponto está ligado ou acionado e o circuito de entrada 
transfere “1” (nível lógico) para

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