Buscar

DOENÇA ULCERATIVA PEPTICA - FARMACOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA GASTROINTESTINAL – DOENÇA ULCERATIVA PEPTICA 
- Inervação Vagal. 
- 5 regiões anatômicas importantes: Cárdia, Fundo, Corpo, Antro e Piloro. 
- Parede gástrica: mucosa, submucosa, muscular e serosa. 
- ácido clorídrico é secretado no estômago pelas células parietais, que se localizam nas glândulas oxínticas do 
fundo e do corpo gástricos. 
- célula parietal transporta ativamente H+ através de suas membranas canaliculares apicais por intermédio das 
H+/K+-ATPases (bombas de prótons), responsáveis pela troca do H+ intracelular pelo K+ extracelular. 
Controlados por: histamina, gastrina e acetilcolina(ACh). 
- Glândulas gástricas: 
 Glândulas da Cárdia: células secretoras de mucina. 
 Glândulas Gástricas ou Oxínticas: encontradas no fundo e no corpo, contém células 
parietais, principais e endócrinas. 
 Glândulas do Antro ou do Piloro: secretoras de mucina e hormônios (gastrina e 
somatostatina). 
- Tipos celulares: 
 Células Mucosas: ocupam glândulas da cárdia e do antro secretando muco e 
pepsinogênio II. As células mucosas presentes no fundo e no corpo secretam 
pepsinogênio I e II. 
 Células Parietais: ½ superior das glândulas gástricas, no fundo e no corpo. Atuam 
secretando H+. 
 Células Principais: estão nas bases das glândulas secretam pró-enzimas proteolíticas 
como pepsinogênio I e II. 
 Células Endócrinas (cél. G e B): presente no fundo, corpo e antro. Atuam secretando 
gastrina e somatostatina. 
- SECREÇÃO ÁCIDA: HCl (3 fases) 
1. Fase Cefálica – Cerebral (envolve resp à visão, paladar, olfato e pensamento do 
alimento) 
2. Fase Gástrica– Ação mecânica (distensões). Nervo Vago. (distensão mecânica do 
estômago e a ingestão de aminoácidos e peptídios) 
3. Fase Intestinal – H+ e gastrina. (envolve a estimulação da secreção gástrica de ác pela 
proteína digerida no intestino) 
- FATORES PROTETORES: 
1. Muco gástrico (glicoproteínas hidrofílicas) (atua como lubrificante p/ proteger as cél 
mucosas de escoriações) 
**As prostaglandinas estimulam a secreção de muco, enquanto os AINE e os agentes 
anticolinérgicos inibem a produção de muco. Além disso, o H. pylori destrói a 
integridade da camada de muco. ** 
2. Bicarbonato gástrico e duodenal (neutraliza o ác gástrico) 
3. Prostaglandinas E2 e I2 (↓secreção ácida, ↑muco e HCO3) 
4. Processo de restituição (reparo da mucosa gástrica, por migração de cel epiteliais 
intactas ao longo da membrana basal, preenchendo os defeitos criados pela 
descamação das células lesadas.) 
5. Fluxo sanguíneo (remoção do ácido em local de lesão) 
- Gastrite: Inflamação da mucosa gástrica podendo ser crônica ou aguda. 
Enquanto a histamina, a gastrina e a ACh aumentam a secreção de ác pelas cél parietais, as cél D secretoras de 
somatostatina e as prostaglandinas limitam a extensão da secreção gástrica de ácido. A somatostatina diminui a 
secreção ác através de três mecanismos: 
(1) inibição da liberação de gastrina das células G por um mecanismo parácrino; 
(2) inibição da liberação de histamina das células ECL e dos mastócitos; 
(3) inibição direta da secreção de ácido pelas células parietais. 
A prostaglandina E2(PGE2) intensifica a resistência da mucosa à lesão tecidual ao: 
(1) reduzir a secreção gástrica basal e estimulada de ácido; 
(2) aumentar a secreção de bicarbonato pelas cél epiteliais, a produção de muco, a renovação celular e o fluxo 
sanguíneo local 
 
- Gastrite Aguda: Neutrofílica 
 Lâmina própria exibe um edema moderado e pouca congestão vascular. Neutrófilos 
presentes. 
 Formas mais graves mostram erosões (exsudatos purulentos com infiltrado inflamatório 
abundante) e hemorragias. 
 possivelmente por defeitos nos mecanismos protetores gástricos 
 Associada: AINES, Álcool, Tabagismo, Quimioterápicos, Isquemia e Choque, Trauma 
Nasogástrico (sondas), Estresse intenso. 
 Associada às doenças do trato gastrointestinal, com correlação às úlceras pépticas. 
 Clínica: muitas vezes assintomática, podendo variar para dores epigástricas de 
intensidades variáveis; hemorragias evidentes (hematêmese) e melena 
- Gastrite crônica: 
 associada a presença de Helicobacter pylori 
 Há inflamação na mucosa que resulta na atrofia da mesma, incluindo metaplasia 
epitelial, displasia, anaplasia, com a formação de carcinomas in situ. 
 Etiologia: H. pylori, Imunológica (auto-imune ), Tóxicas (álcool), Tabagismo e 
Irradiações, Pós-cirurgias: refluxos das secreções duodenais biliares. 
- Ulceras Pépticas: 
 Refere-se a uma perda da integridade do revestimento do estômago ou do duodeno. 
 são causadas por um desequilíbrio entre os fatores protetores e fatores lesivos da 
mucosa gastrintestinal. 
 Lesões crônicas que ocorrem em qualquer local do trato gastrointestinal, inclusive 
estômago, quando exposto à ação agressiva dos sucos pépticos ácidos. 
 Desconforto epigástrico, queimação ou dor contínua. 
 Anemia, hemorragia franca ou perfuração. 
 Dor piora durante à noite. 
 Náuseas, vômitos e perda de peso. 
- Farmacoterapia da Gastrite e Úlcera Péptica: 
1. diminuem a secreção de ácido; 
2. neutralizam o ácido; 
3. promovem a defesa da mucosa 
4. modificam os fatores de risco 
- Fármacos que diminuem a secreção ácida: 
1. Antagonistas de receptores H2 
2. Inibidores da Bomba de Prótons 
3. Antimuscarínicos 
 
ANTAGONISTAS HISTAMINÉRGICOS H2 
Cimetidina, Ranitidina, Famotidina 
Mec de ação - Bloqueio COMPETITIVO do recept H2 da cél parietal e consequente inibição da secreção 
ác. 
- Suprime em 70% a secreção ác por 24hs, predominantemente por inibição da secreção 
basal. 
- antagonistas dos receptores H2 inibem de modo reversível e competitivamente a ligação 
da histamina aos receptores H2, resultando em supressão da secreção gástrica de ácido. Os 
antagonistas dos receptores H2 também diminuem indiretamente a secreção gástrica de 
ácido induzida pela gastrina e pela acetilcolina. 
Farmacocinética - rapidamente absorvidos pelo intestino delgado. 
- Absorção duodenal 
- Concentração plasmática máxima em 1-3 horas 
- Metabolismo hepático 
- Excreção renal 
- Potência: Famotidina >>> Ranitidina >>>>> Cimetidina 
- Ação: Ranitidina = Famotidina > Cimetidina 
- Somente a Famotidina é adm apenas por via oral, enquanto a Cimetidina e a Ranitidina são 
também adm por parenteral (IM e EV), com soro glicosado 5% ou Soro fisiológico 0,9%. 
Indicação - Úlcera péptica 
-Úlcera produzida por estresse agudo (em traumas físicos agudos principalmente em 
pacientes de alto risco em unidades de terapia intensiva), 
- Refluxo gastroesofágico, 
- Síndrome de Zollinger Ellison. 
Efeitos adversos - Diarréia 
- dor de cabeça 
- tontura 
- fadiga 
- dor muscular 
- constipação 
- urticária 
- prurido. 
- A longo prazo, altas doses de Cimetidina tem efeito antiandrogênico (galactorreia nas 
mulheres, e ginecomastia, redução da contagem de espermatozoides e impotência em 
homens). 
Interação med - Cimetidina inibe várias enzimas do citocromo p450 
- Uso deve ser substituído por outro anti-H2 se paciente em uso de lidocaína, fenitoina, 
quinidina, teofilina, varfarina. 
Contraindicação - A cimetidina atravessa a placenta e é secretada no leite materno, razão pela qual não é 
recomendada para uso durante a gravidez ou durante o aleitamento. 
 
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS 
Lansoprazol, Omeprazol, Esomeprazol, Pantoprazol, Rabeprazol 
** antagonistas dos receptores H2 (com a exceção da cimetidina) possuem segurança comprovada durante a 
gravidez, enquanto a segurança dos inibidores da bomba de prótons durante a gravidez não está tão bem 
estabelecida. ** 
Mec de ação - Bloqueio IRREVERSÍVEL da bomba de prótons H+/K+/ATPase da cél parietal e consequente 
inibição da secreção ác. 
- Suprime em 80-95% a secreção ácidapor >24hs, por inibição da secreção basal e reflexa a 
um estímulo. 
- Quando comparados com os antagonistas do receptor H2, os inibidores da bomba de 
prótons são superiores na supressão da secreção de ác e na promoção da cicatrização de 
úlceras pépticas. 
Farmacocinética - Absorção duodenal (cápsulas com grânulos de revestimento entérico) 
- Meia-vida de 1 hora 
- Metabolismo hepático 
- Excreção renal 
- Ação e potência semelhantes 
- + Potente: Ezomeprazol 
- Ação: Lanzoprazol = Rabeprazol > Omeprazol 
- Uso antes das refeições (30 minutos) 
- via intravenosa permite que uma maior quantidade do fármaco alcance o local de ação no 
canalículo da célula parietal sem sofrer degradação. 
- via IV: reservada para pacientes que necessitam de acentuada supressão ácida ou que são 
incapazes de tomar medicações orais (hemorragia gastrintestinal). 
- profármacos que exigem a sua ativação no ambiente ác do canalículo da cél parietal. 
- profármaco é convertido em sua forma sulfenamida ativa no ambiente canalicular ácido, 
e a sulfenamida reage com um resíduo de cistina da H+/K+-ATPase, formando uma ligação 
dissulfeto covalente. A ligação covalente do fármaco inibe irreversivelmente a atividade da 
bomba de prótons, levando a uma supressão prolongada e quase completa da secreção de 
ácido. 
Indicação - Alívio da dispepsia ácido-relacionada 
- Gastrite aguda e crônica, 
- Esofagite de refluxo, refluxo gastresofágico, 
- Síndrome de Zollinger-Ellison, 
- Úlceras gástricas ativas e benignas 
- Úlceras duodenais em combinação aos antimicrobianos (claritromicina e amoxicilina – H. 
pylori) 
- Tratamento de longa duração da esofagite erosiva 
- utilizados no tratamento de úlceras associadas a H. pylori e úlceras hemorrágicas, bem 
como para permitir o uso contínuo de AINE em paciente com úlcera péptica conhecida. 
- inibir o crescimento de H. pylori. 
- efetivos na prevenção de úlceras hemorrágicas recorrentes. 
Efeitos adversos - Cefaleia 
- diarreia 
- rash cutâneo 
- prurido, 
- vertigem 
- fadiga 
- constipação 
- vômitos, Náuseas 
- flatulência 
- artralgia 
- mialgia 
- urticária, 
- xerostomia 
- dor abdominal 
- Aumento do risco de infecções gastrintestinais (supressão da secreção ácida gástrica) 
- Risco de carcinoma gástrico com o uso crônico 
Contraindicação - não se recomenda o uso de inibidores da bomba de prótons durante a gravidez, a não ser 
que a sua administração seja absolutamente necessária. 
 
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS ANTICOLINÉRGICOS 
Diciclomina 
Mec de ação - antagonizam os recept muscarínicos de ACh nas células parietais e, por conseguinte, 
diminuem a secreção gástrica de ácido. 
Indicação - raramente são utilizados no tratamento da doença ulcerosa péptica, visto que não são tão 
efetivos quanto os antagonistas dos receptores H2 ou os inibidores da bomba de prótons. 
- Pouco utilizados na prática 
Efeitos adversos - xerostomia, 
- visão turva 
- arritmias cardíacas 
- retenção urinária 
 
FARMACOS QUE NEUTRALIZAM O ÁCIDO (ANTIÁCIDOS) 
Carbonato de cálcio, Hidróxido de alumínio, Hidróxido de magnésio 
Mec de ação - bases fracas que reagem com o ácido gástrico formando sal e água, diminuindo a acidez 
do estômago. 
Indicação - tratamento da dispepsia 
- alívio sintomático da úlcera péptica. 
Efeitos adversos - hidróxido de magnésio – diarreia; 
- hidróxido de alumínio - constipação. 
Contraindicação - pacientes com doença renal crônica devem evitar antiácidos contendo magnésio, visto que 
podem levar ao desenvolvimento de hipermagnesemia. 
- Os antiácidos que contêm bicarbonato de sódio apresentam grandes quantidades de 
sódio. Nos pacientes com hipertensão ou sobrecarga hídrica, os antiácidos contendo sódio 
podem resultar em retenção significativa de sódio. 
 
FÁRMACOS QUE PROMOVEM A DEFESA DA MUCOSA 
Agentes de Revestimento 
Sacarose sulfatada + hidróx. Alumínio (Sucralfato), Bismuto coloidal 
Sucralfato 
Mec de ação - formação de gel viscoso sobre o epitélio gástrico, protegendo- o da ação do ácido e da 
pepsina. 
- pouca capacidade de modificar o pH gástrico. 
- pouco solúvel, ocorre pouca absorção sistêmica, com ausência de toxicidade sistêmica. 
Indicação - alívio dos sintomas da doença ulcerosa péptica. 
Efeito adverso - Pode causar constipação. 
- Diminui a absorção de antibióticos quinolona, fenitoína e da varfarina. 
 
Bismuto Coloidal 
Mec de ação - combina-se com glicoproteínas do muco, protegendo o epitélio da ação do ácido e da 
pepsina, estimula a síntese de PGE2 e de bicarbonato. 
- impede o crescimento do H. pylori; 
- com freqüência, esse fármaco é utilizado como parte de um esquema de múltiplos 
fármacos para a erradicação das úlceras pépticas associadas ao H. pylori 
Indicação - doença ulcerosa péptica associada a H. pylori - bacteriostático. 
Efeito adverso - escurecimento dos dentes e da língua 
 
PROSTAGLANDINAS 
Misoprostol (Cytotec) 
Mec de ação - bloqueia a secreção ácida do estômago por inibição da via AMPc, estimulada por histamina 
e gastrina; aumento da prod de muco e bicarbonato pelas células parietais; aumento dofluxo 
sanguíneo. Tem ação estimulante da musculatura uterina (abortivo). 
Indicação - Tratamento e profilaxia de úlceras gástricas e duodenais associadas ao uso crônico de anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs); 
- interrupção de gravidez com morte fetal intraútero. 
- indução do trabalho de parto 
- modificação da cérvice uterina e manejo de hemorragia pós parto. 
Farmacocinética - A via de adm é oral, rapidamente absorvido 
- atinge concentração plasmática máxima em 30 minutos. 
- A presença de alimentos interfere na abs oral, reduz a concentração plasmática e diminui 
a incidência de efeitos adversos sistêmicos. 
Efeitos adversos - diarreia 
- náuseas 
- contrações uterinas. 
Contraindicação - mulheres que estão (ou que podem estar) grávidas, devido à possibilidade de produção de 
contrações uterinas, passíveis de resultar em aborto 
 
Modificadores dos fatores de risco 
Dieta, Tabaco e Álcool 
- evitar o consumo de produtos contendo cafeína, devido à sua capacidade de aumentar a secreção de ácido. 
- evitar o consumo de álcool e o fumo 
- ingestão excessiva de álcool é diretamente tóxica para a mucosa e está associada a gastrite erosiva e 
incidência aumentada de úlceras pépticas. 
- tabagismo diminui a produção de bicarbonato duodenal e reduz o fluxo sanguíneo da mucosa, levando a uma 
demora na cicatrização das úlceras. 
Tratamento da Infecção por H. pylori 
- tratamento da infecção por H. pylori utiliza antibióticos de amplo espectro, como amoxicilina ou tetraciclina, 
combinada com metronidazol ouclaritromicina, juntamente com citrato de bismuto e um inibidor da bomba de 
prótons ou ranitidina. 
- esquemas comuns envolvem: 
 terapia tríplice com amoxicilina, claritromicina e um inibidor da bomba de prótons. 
 terapia quádrupla com tetraciclina, metronidazol, um inibidor da bomba de prótons e bismuto. 
- Os efeitos adversos do tratamento para a infecção por H. pylori incluem reações de hipersensibilidade a 
análogos da penicilina, náusea, cefaléia e diarréia induzida por antibióticos causada pela superinfecção por 
Clostridium difficile. 
- Esses efeitos, somados aos esquemas de dosagem complicados associados à terapia tríplice e à terapia 
quádrupla, podem levar a uma não-aderência do paciente ao tratamento. 
 
ANTIEMÉTICOS E ANTINAUSEANTES 
Náusea: sensação incômoda de necessidade de vomitar 
Vômito: expulsão do conteúdo gástrico através da boca, causada por contração forçada e sustentada da 
musculatura abdominal e diafragma. 
Mecanismo da Êmese 
- Centro do Vômito: na zona reticular da medula 
- É ativado por estímulos provenientes da: 
1. Zona de Gatilho de Quimiorreceptor (ZGQ) – na área postrema (fora da barreira hematoencefálica)2. Faringe e trato gastrointestinal superior (estímulos químicos e tóxicos) 
3. Núcleo vestibular (estímulos do labirinto) 
4. Centros corticais superiores (dor, visão, odores e fatores emocionais) 
 
 
Antagonistas dos receptores H1 (Cinarizina) e Antagonistas muscarínicos (Escopolamina) 
Hidroxizina, Cinarizina, Prometazina, Dimenidrato (Dramin), Escopolamina (Buscopan) – agem primariamente 
no centro do vômito, diminuindo a estimulação da ZGQ. 
 
Mec de ação - Na êmese, estão envolvidos neuroreceptores para a dopamina, histamina, serotonina e 
agentes colinérgicos. Consequentemente, antagonistas competitivos desses receptores 
podem exercer ação antiemética. 
- Reduzem a excitabilidade dos núcleos vestibulares aos estímulos aferentes. 
Indicação - Antagonista de receptor muscarínico (escopolamina), e os antagonistas de receptor H1 
(dimenidrinato, meclizina e ciclizina), são muito úteis na doença do mov, mas são ineficazes 
contra subst. que atuam diretamente na zona disparadora quimiorreceptora (CTZ). 
- êmese requer controle porquê, além do desconforto, pode causar complicações sistêmicas, como 
desidratação, alcalose hipoclorêmica e pneumonia aspirativa. 
Antagonistas 
muscarínicos 
- Atuam na Zona de gatilho (ao diminuir a recaptação nesta região), no núcleo do trato 
solitário e aparelho vestibular (diminuindo a estimulação e condução nas vias vestibulares) 
e no trato digestivo (inibição – receptores M e M1). 
- Principal uso: cinetose. 
Anti-
histamínicos H1 
- Atuam no centro do vômito, no núcleo do trato solitário e no aparelho vestibular 
(receptores H1). Agem alterando as vias neurais originadas no labirinto. 
- Usado em distúrbios do labirinto, cinetose, hiperemese gravídica, pós-operatório. 
- Causam sonolência. 
Efeitos adversos - sono 
- xerostomia 
- visão embaçada (midríase) 
- taquicardia 
- constipação 
Contraindicado - pacientes com glaucoma 
 
 
Antagonistas Dopaminérgicos 
Fenotiazinas (náusea e vomito), Clorpromazina, Proclorperazina, Perfenazina (terapia antineoplasica) 
 
Mec de ação - inibe a zona disparadora quimiorreceptora (ZGQ), diminui a estimulação do centro do vômito. 
Indicação - Náusea e vomito severo pós-cirúrgico, anestésicos, quimio e radioterapia. 
Efeito adverso - xerostomia 
- sono 
- SEP 
- tontura 
- hipotensão 
 
Haloperidol, Droperidol 
Mec de ação - bloqueiam o receptor D2 na ZGQ 
Indicação - Pós-operatório, êmese associada com toxinas, quimio e radioterapia 
Efeito adverso - Hipotensão e SEP 
 
Metoclopramida 
Mec de ação - bloqueia receptores de dopamina e serotonina na ZGQ 
- Atuam na zona de gatilho e nos receptores dopaminérgicos periféricos – agem bloqueando 
diretamente a zona de gatilho; há aceleração do esvaziamento gástrico e contração do esfíncter 
esofagiano inferior. 
- antagonizando o efeito inibidor da dopamina nos neurônios motores mioentéricos, os 
antagonistas dos recept da dopamina são eficazes fármacos procinéticos, além disso tem a 
vantagem adicional de aliviar as náuseas e os vômitos por meio do antagonismo aos recep 
dopaminérgicos na zona de gatilho dos quimiorreceptores. 
Indicação - Pós-operatório, quimio e radioterapia 
- cinetose 
- náusea e outros distúrbios do TGI 
Efeito adverso - sedação 
- diarreia em altas doses 
 
Antagonistas Serotonérgicos 
Ondansetrona, Granisetrona, Palonosetrona 
Mec de ação - bloqueio de recept serotonérgicos na ZGQ e inervação vagal no trato GI superior. 
- bloqueiam seletivamente os receptores 5HT3 na periferia (fibras aferentes vagais viscerais) 
e no cérebro (CTZ). 
Indicação - tratamento da emese relacionada a quimioterapia, principalmente por sua longa duração 
de ação 
Farmacocinética - Oral e IV 
- extensamente biotransformados no fígado, com a hidroxidolasetrona sendo o metabólito 
ativo da dolasetrona 
- eliminação: pela urina 
Efeito adverso - cefaleia 
- diarreia 
- tontura 
- fadiga 
 
Canabinoides 
(Uso restrito) 
Dronabinol, Nabilona 
Mec de ação - agonista dos receptores canabinoides no TGI 
Indicação - pacientes que não respondem as outras terapias antiéméticas 
- adm oral 
Efeito adverso - mudança de humor 
- euforia 
- sonolência 
- xerostomia, 
- Confusão 
- HÁ 
- despersonalização 
- incoordenação 
- lapso de memória 
- taquicardia 
 
Antagonistas de Receptores de Neurocininas NK1 
Aprepitanto 
Mec de ação - bloqueio do receptor NK1 da inervação vagal, no núcleo do trato solitário, e na área 
postrema (ZGQ). 
- Inibem a substância P nas vias ativadas central e perifericamente. 
- atua no receptor de neurocinina no cérebro e bloqueia as ações das substâncias naturais. 
Indicação - êmese induzida pela quimioterapia e radioterapia 
Farmacocinética - adm por via oral com dexametasona e palonosetrona. 
- sofre extensa biotransformação, primariamente pela CIP3A4 
Efeito adverso - constipação 
- fadiga. 
 
Princípios da Terapia para Náusea e Vômito 
- Tratar a causa, se possível 
- Usar combinações, se necessário (+ Corticoides) 
 
Recomendações do NCCN (National Comprehensive Cancer Network) para prevenção de náusea e vômitos 
induzidos pela quimioterapia 
 
1- Quimioterapia altamente emetogênica: 
- associar antagonista de 5-HT3, corticosteroides e inibidores de NK1. 
- Observações: ranitidina ou omeprazol antes da infusão de qualquer quimioterapia é recomendado 
independente do potencial emetogênico da medicação. 
Exemplo: 
· Ondansetrona 8-12 mg, IV no D1 
· Dexametasona 12 mg, no D1 e 8 mg, D2, D3, D4 
· Aprepitanto 125 mg,VO, no D1 e 80 mg, D2 e D3 
2- Quimioterapia moderadamente emetogênica: 
- Antagonista de 5-HT3 e corticosteroide com ou sem inibidores de NK-1 no D1. 
- Nos dias 2 e 3, deve-se escolher uma das três classes 
Exemplo: 
·Ondansetrona 8-12mg, IV 
·Dexametasona 12mg, IV 
· Aprepitanto 125mg, VO 
3- Quimioterapia de baixo potencial emetogênico 
- Deve-se administrar dexametasona 12 mg ou metoclopramida 10 mg antes da quimioterapia. 
4- Quimioterapia de muito baixo potencial emetogênico 
 - Não é recomendada profilaxia. 
 
LAXATIVOS E CATÁRTICOS 
Tratamento da obstipação intestinal: Frequência das dejecções é menor do que a esperada ou as fezes são 
duras, secas e difíceis de expelir. 
LAXATIVOS ESTIMULANTES 
Bisacodil, Fitoterápicos (cascara sagrada, sene) 
Mec de ação - Irritação química: Aumentam a motilidade do TGI 
- Aumento da secreção de água no intestino delgado e grosso 
Senna - via oral 
- evacuação em 8 a 1O horas. 
- causa secreção de água e eletrólitos para o interior do intestino. 
- útil no tratamento das constipações causadas por opioides. 
Bisacodil - Disponibilizado como supositório e comprimidos entéricos (revestidos), é um potente 
estimulante do cólon. 
- atua diretamente nas fibras nervosas na mucosa do cólon. 
- efeitos adversos: espasmos intestinais e o potencial para atonia de cólon no uso prolongado 
- podem causar sua dissolução prematura, no estômago, resultando em irritação gástrica e 
dor. 
 
LAXATIVOS SALINOS 
Hidróxido de Magnésio (Leite de magnésio), Fosfato de Sódio 
 
Mec de ação - Aumento da pressão osmótica nos intestinos: Maior acúmulo de líquido nos intestinos. 
- Resultam em: Distensão intestinal, peristalse aumentada, e evacuação 
- sais não absorvíveis que retêm água no intestino por osmose. Distende o intestino, 
aumentando a atividade intestinal e produzindo defecação em poucas horas. 
 - Contém sal 
- Sabor desagradável 
- Sistemicamente absorvidos 
- Resultam em: 
 Menor aderência a terapia 
 Risco de desidratação 
- causa menos cólicas e gases do que outros laxantes 
 
ENEMAS 
- Hiperosmótico 
- Solução contendo fosfato de sódio 
- Administrado retalmente 
 
LAXATIVOS FORMADORES DE MASSA 
Muciloidehidrofílico(Metamucil), Metilcelulose e Policarbofila (Muvinor) 
- Absorvem água que aumentam a massa 
- Distendem o intestino e iniciam a ativ reflexa intestinal 
- formam géis no intestino grosso, causando a retenção de água e a distenção intestinal, aumentando assim a 
atividade peristáltica. 
- Não são absorvidos sistemicamente 
- Rico em fibras 
- Recomenda-se alta ingestão de líquidos 
- Podem causar obstrução esofágica ou impactação fecal se ingeridos sem líquidos. 
 
LAXATIVOS LUBRIFICANTES 
Óleo Mineral (Nujol) 
- Óleos lubrificam a massa fecal e as paredes instestinais, favorecendo a eliminação das fezes 
- Causam redução da absorção de vitaminas lipossolúveis 
- Não digerível, nem absorvível 
- óleo mineral deve ser ingerido por via oral em posição ereta (de pé) para evitar a aspiração e uma potencial 
pneumonia lipídica ou lipoide. 
 
AMOLECEDORES 
Docusato de sódio (Humectol) 
- Fármaco surfactante 
- Os fármacos ativos em superfície que se tornam emulsificados com as fezes produzem fezes amolecidas e 
facilitam sua progressão. 
- Permitem a mistura de gorduras e fluidos a massa fecal 
- Efeito depois de alguns dias de uso 
- geral mente são usados na profilaxia, em vez do tratamento agudo 
- não devem ser ingeridos simultaneamente com óleo mineral devido ao risco de absorção do óleo mineral. 
 
SUPOSITÓRIOS 
Glicerina, Bisacodil (Dulcolax) 
- Glicerina: Absorve água dos tecidos, aumentando a massa. 
- Bisacodil: Induz a peristalse por estimular diretamente os neurônios sensoriais. 
 
LACTULOSE 
- Monosacarídeos que não são digeríveis ou absorvíveis 
- Digerido no cólon por bactérias formadoras de ácidos 
- Causam maior saída de água para o cólon 
- dissacarídeo semissintético que também atua como laxante osmótico. Ela é uma substância que não é 
hidrolizada pelas enzimas intestinais. 
 
LAXATIVOS OSMÓTICOS 
Polietilenoglicol 
- Associação com líquido (4 litros em 3 horas) 
- Causa aumento massivo de água a ser retida no cólon 
- Ação rápida (1 hora) 
- Produz diarreia 
 
Uso Crônico de Laxativos 
- Frequentemente resulta em diminuição do tônus intestinal e pode levar a dependência. 
- Promover: 
 Dieta saudável, rica em fibras 
 Ingestão de líquidos 
 
ANTIFISÉTICOS E ANTIDIARREICOS 
ANTIFISÉTICOS 
Dimeticona, Simeticona (Luftal) 
- Muito utilizados 
- Administrados na forma de comprimidos ou soluções 
- Diminuem a tensão superficial dos líquidos e liberam os gases presentes nas bolhas 
 
ANTIDIARREICOS 
Loperamida, Difenoxilato e Atropina 
- Loperamida (Imosec): 
 Derivado da Meperidina, um narcótico 
 Age em receptores opioides ↓ Ach e PG 
- Difenoxilato e Atropina (Lomotil) 
 Fármaco narcótico e anticolinérgico 
 Reduz a motilidade TGI 
 
ANTICOLINÉRGICOS 
Alcaloides de beladonna (Atropina, Escopolamina) 
- atropina e escopolamina diminuem a atividade no receptor colinérgico intestinal e diminuem a motilidade 
- Diminuem o tônus muscular do TGI 
- Resultado: menor movimento fecal através do trato

Continue navegando