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Estudo dirigido Histologia- Tec ósseo e cartilaginoso

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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
 
 
DISCIPLINA: HISTOLOGIA 
ESTUDO DIRIGIDO	
TECIDO CARTILAGINOSO
Cite as principais características do tecido cartilaginoso.
Tecido conjuntivo de suporte
 Avascular
 Não inervado
 Semi-rígido
 Baixa atividade metabólica
Quais são as células do tecido cartilaginoso? Diferencie-as quanto a sua origem, função e morfologia.
Células condrogênicas: podem originar: condroblastos e células osteoprogenitoras
Condroblastos: organelas necessárias a síntese protéica
 Condrócitos: síntese de fibras, GAGs e proteoglicanos da matriz
Explique a origem do tecido cartilaginoso.
As células do tecido cartilaginoso, os condrócitos, têm origem de células mesenquimais (do mesênquima). Quem dá origem aos condrócitos é uma célula chamada de condroblasto. Essas células mesenquimáticas se diferenciam em condroblastos, os quais se proliferam e começam a produzir matriz extracelular. Com o tempo, essa matriz começa a separar essas células uma das outras, até que elas ficam presos nos espaços chamados de lacunas.
Quanto às variedades de cartilagem, responda:
Quais são essas variedades de cartilagem?
-Cartilagem hialina
 -Cartilagem elástica
 -Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem
Quais são as fibras características da matriz de cada cartilagem?
- Cartilagem Hialina: Matriz homogênea com quantidade moderada de fibras colágenas
- Cartilagem Elástica: Além das fibras colágenas, apresenta grande número de fibras elásticas
- Cartilagem Fibrosa: Rica em fibras colágenas
Onde são encontradas estas variedades de cartilagem?
- Cartilagem Fibrosa: Ocorre nos discos intervertebrais, tendões e associadas a algumas articulações
- Cartilagem Elástica: Ocorre no pavilhão auditivo, na tuba auditiva, na epiglote e partes da laringe
- Cartilagem Hialina: Ocorre no nariz, laringe, anéis da traquéia e dos brônquios
O que são grupos isógenos? Em qual cartilagem estão presentes?
Pequenos grupos formando fileiras de condrócitos, estão presentes na Cartilagem Fibrosa.
Conceitue matriz territorial e interterritorial.
A matriz territorial fica mais em contato com os condrócitos. Em volta dela, é onde fica a matriz interterritorial.
Caracterize estruturalmente o pericôndrio e cite sua função.
O tecido cartilaginoso não possui muitos vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Sua nutrição é feita por capilares do conjuntivo que envolvem o tecido, chamado de pericôndrio. O pericôndrio é um tecido conjuntivo denso formado por duas camadas: camada fibrosa, que fica na parte mais superficial do pericôndrio, e pela camada condrogênica, em que é rica em células (quanto mais próximo à cartilagem, mais rico em células o pericôndrio fica!)
Em quais variedades de cartilagem está ausente o pericôndrio.
Cartilagem Fibrosa 
Quais são os principais componentes da matriz cartilaginosa?
A matriz cartilaginosa consiste em fibrilas colágenas (colágeno do tipo II), fibras elásticas e/ou fibras colágenas (colágeno do tipo I), agregados de proteoglicanas e ácido hialurônico e glicoproteínas de adesão.
O que são Agrecanas?
Proteoglicanos contendo hialuronatos grandes encontrados na cartilagem articular. Formam agregados que fornecem tecidos com a capacidade de resistir a forças de alta compressão e tensão.
Quais as duas formas de crescimento da cartilagem? Explique-as.
O crescimento pode ser: intersticial (crescimento dos condrócitos, que dá origem aos grupos isogênicos, por meio de divisão mitótica dos condrócitos preexistentes) e aposicional (crescimento da espessura da cartilagem, a partir das células do pericôndrio).
O que são condroplastos?
TECIDO ÓSSEO
Quais são as principais funções do tecido ósseo?
Caracterize os osteócitos e osteoblastos quanto a sua origem, morfologia e função.
Onde estão presentes as células osteoprogenitoras ou osteogênicas no tecido ósseo? Caracterize-as quanto sua morfologia, origem e função.
Os osteoclastos possuem regiões bem definidas, quais são estas regiões? Caracterize-as. 
Qual a função de um osteoclasto? Como esta célula realiza tal função? Qual sua origem?
Caracterize a matriz óssea quanto a seus componentes orgânicos e inorgânicos.
Cite a função das seguintes glicoproteínas de adesão presentes no tecido ósseo: Sialoproteína, osteocalcina e osteopontina.
Defina estruturalmente endósteo e periósteo.
Dê a classificação macroscópica do tecido ósseo.
Classifique o tecido ósseo histologicamente (classificação microscópica).
Descreva sobre a ossificação intramembranosa e endocondral.
Quando ocorre fratura óssea, de que forma ocorre reposição de tecido ósseo?
Qual a importância do disco epifisário? Quais são suas regiões celulares? Caracterize-as.
Qual a relação dos osteoblastos com o OPGL (ligante osteoprotegerina) e o fator osteoclastoestimulante?
A membrana sinovial é formada por dois tipos celulares. Quais são eles? Cite suas funções.
O que são osteoplastos?
Como atua o hormônio paratireoidiano na reabsorção óssea? 
TECIDO ÓSSEO
É o principal constituinte do esqueleto:
Funções:
- Suporte para partes moles;
- Proteção para órgãos vitais;
- Aloja e protege a medula óssea;
- Proporciona apoio aos músculos esqueléticos;
- Depósito de Cálcio, Fosfato e outros íons.
É um tipo de tecido conjuntivo especializado formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea.
Suas células são:
Osteócitos: Situam-se em lacunas no interior matriz.
Osteoblastos: Produzem a parte orgânica da matriz.
Osteoclastos: Reabsorvem os ossos. 
* Quando os osteoclastos trabalham mais que os osteoblastos ocorre a osteoporose.
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO
Osteócitos
- São células encontradas no interior da matriz óssea e ocupam as lacunas das quais partem canalículos;
- Cada lacuna contém apenas um osteócito, sendo que eles possuem formato de amêndoa;
- Possuem pouca quantidade de Retículo Endoplasmático Rugoso, Complexo de Golgi pequeno e núcleo com cromatina condensada. Isso significa que há pequena atividade sintética, porém os osteócitos são essenciais para a manutenção da matriz óssea. Sua morte é seguida por reabsorção da matriz.
- Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos através de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro. A pequena quantidade de material extracelular presente no espaço entre os osteócitos (e seus prolongamentos) e a matriz óssea também constitui uma via de transporte de nutrientes e metabólitos entre os vasos sanguíneos e os osteócitos.
Osteoblastos
- Sintetizam a parte orgânica da matriz (colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas); 
- Célula osteoprogenitora não tem capacidade de síntese ainda, diferentemente dos osteoblastos. 
- Participam da mineralização da matriz: concentrando fosfato de Cálcio. 
	- Acredita-se que glicoproteínas específicas associam o fosfato de cálcio para que a matriz calcifique. Na cartilagem, acredita-se que elas não estão presentes, pois a composição dos dois é quase igual;
- Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, num arranjo que lembra um epitélio simples;
- Quando em intensa atividade sintética são cuboides e seu citoplasma é muito basófilo. Já em baixa atividade tornam-se achatados e a basofilia citoplasmática diminui. 
- Uma vez aprisionado na matriz passa a se chamar osteócito. A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos. 
- A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de osteóide.
Osteoclastos
- Células gigantes, móveis, extensamente ramificadas, com partes dilatadas que contêm 6 a50 núcleos;
- As ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis;
- Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo (superfície ativa) encontram-se os prolongamentos vilosos. Eles têm a forma de folhas ou pregas que se subdividem. Os prolongamentos são colocados em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de Howship;
- Circundando a área dos prolongamentos existe uma zona citoplasmática, a zona clara, pobre em organelas, porém contendo muitos filamentos de actina. A zona clara é um local de adesão do osteoclasto com a matriz óssea e cria um microambiente fechado, onde ocorre a reabsorção óssea. 
PROCESSO - Os osteoclastos secretam enzimas contidas nos lisossomos originados no complexo de Golgi e íons hidrogênio (H+) também produzidos pelo osteoclasto, que são transferidos para o microambiente fechado confinados do restante de tecido. A acidificação facilita a dissolução dos minerais e fornece o pH ideal para a ação das enzimas hidrolíticas dos lisossomos. São secretadas ainda colagenase e outras hidrolases que atuam localmente digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. 
A atividade dos osteoclastos é coordenada por citocinas (pequenas proteínas sinalizadoras que atuam localmente) e por hormônios como calcitonina, um hormônio produzido pela glândula tireóide, e paratormônio, secretado pelas glândulas paratireóides.
Assim, a matriz é removida e capturada pelo citoplasma dos osteoclastos, onde possivelmente a digestão continua, sendo seus produtos transferidos para os capilares sanguíneos. 
Osteoclasto
MATRIZ ÓSSEA
Parte inorgânica: 
- Representa 50% do peso da matriz óssea.
- Possui bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato;
- Os íons mais encontrados são fosfato e o cálcio. Eles formam cristais que estudos de difração de raiox X mostraram ter a estrutura da hidroxiapatita (encontrada nos minerais das rochas);
	- Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são hidratados, existindo, portanto, uma camada de água e íons em volta do cristal. Essa característica é denominada capa de hidratação. Ela facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial.
Parte orgânica:
- Constituída por 95% de fibras colágenas do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanas e glicoproteínas (específicas no processo de calcificação da matriz). Outros tecidos ricos em colágeno tipo I, mas que não contêm essas glicoproteínas, normalmente não se calcificam. 
- Curiosidade: A associação de hidroxiapatita com fibras colágenas é responsável pela dureza e resistência do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se flexíveis quanto os tendões. A destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada por incineração, e também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado sem se partir. 
PERIÓSTEO E ENDÓSTEO
Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas que possuem células osteogênicas, o periósteo e o endósteo.
- Nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e recuperação do osso. 
Periósteo:
- Na sua camada mais superficial encontram-se principalmente fibras colágenas e fibroblastos. As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram no tecido ósseo e prende firmemente o periósteo ao osso. 
- Na porção profunda, o periósteo é mais celular e apresenta células osteoprogenitoras. Elas se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação de fraturas.
Endósteo:
- Constituído por uma camada de células osteogênicas achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Volkmann.
 
TIPOS DE TECIDOS ÓSSEOS
Classificação anatômica:
- Ossos compactos: formado por partes sem cavidades visíveis (diáfise, com exceção da parte profunda que possui osso esponjoso);
- Ossos esponjosos: possui partes com muitas cavidades intercomunicantes (epífises, apesar de haver uma delgada camada superficial compacta);
- As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea. Nos jovens, a medula óssea é bem vermelha. Com a idade há menos células do sangue e maior deposição de tecido adiposo (medula amarela).
Classificação histológica:
- Tecido ósseo imaturo ou primário;
- Tecido ósseo maduro, secundário ou lamelar. 
TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO
- Aparece primeiro: no desenvolvimento embrionário e na reparação de fraturas;
- É temporário, sendo substituído gradativamente por tecido ósseo secundário;
- Permanece somente próximo as suturas do crânio, alvéolos dentários e alguns pontos de inserção dos dentes;
- Fibras de colágeno se dispõem irregularmente, sem orientação;
- Menor quantidade de minerais e maior proporção de osteócitos.
TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO
- Fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a 7um de espessura (paralelas ou concêntricas);
- Lacunas contendo os osteócitos estão entre as lamelas ósseas;
- Em cada lamela, as fibras colágenas paralelas umas às outras;
- Sistemas de Havers: Formado por 4 a 20 lamelas concêntricas. No centro existe um canal revestido de endósteo, o canal de Havers, que contém vasos sanguíneos e nervos;
- Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann; Estes, não possuem lamelas ósseas concêntricas, só atravessam-nas. 
- O diâmetro dos canais de Havers é muito variável por que o tecido ósseo está em remodelação constante. Como cada sistema é construído por deposição sucessiva de lamelas ósseas a partir da periferia para o interior do sistema, os sistemas mais jovens têm canais mais largos, e as lamelas mais internas são as mais recentes.
- Separando grupos de lamelas, ocorre o acúmulo de substância cimentante: constituída de matriz mineralizada, porém com pouco colágeno. 
- Na diáfise dos ossos, os Sistemas de Havers se organizam em circunferenciais internos, externos e intermediários;
	- Os sistemas circunferenciais externos e internos são constituídos por lamelas ósseas paralelas entre si, formando duas faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do canal medulas, e a outra na parte mais externa, próximo ao periósteo. O externo é mais desenvolvido.
	- Entre os dois sistemas circunferenciais encontram-se inúmeros sistemas de Havers e grupos irregulares de lamelas, geralmente de forma triangular, as lamelas intersticiais (sistemas intermediários), que provêm de restos de sistemas de havers que foram destruídos durante o crescimento do osso.
HISTOGÊNESE
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA
- É o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior; Contribui ainda para o crescimento em espessura dos ossos longos;
- No interior da membrana conjuntiva tem-se o início da ossificação, chamado de centro de ossificação primária. 
PROCESSO
Células mesenquimatosas presentes no tec. conjuntivo começam a se diferenciar e transformarem-se em grupos de osteoblastos. Esses sintetizam o osteóide (matriz ainda não mineralizada) que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de ossificação, há confluência das traves ósseas formadas, dando ao osso um aspecto esponjoso.
	- Entre as traves formam-se cavidades que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que irão dar origem à medula óssea.
- Os vários centros de ossificação crescem radialmente acabando por substituir a membrana conjuntiva preexistente. 
OssificaçãoIntramembranosa
- Nos recém-nascidos existem partes onde as membranas conjuntivas ainda não foram substituídas por tecido ósseo, as fontanelas;
- Nos ossos chatos do crânio, principalmente após o nascimento, verifica-se um predomínio acentuado da formação sobre a reabsorção de tecido ósseo nas superfícies interna e externa. Assim, formam-se as duas tábuas de osso compacto, enquanto o centro permanece esponjoso. 
	- A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o periósteo e o endósteo. 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
- Tem início sobre uma peça de cartilagem hialina (mesma forma do osso que vai se formar, porém com tamanho menor);
- Principal tipo de ossificação formadora dos ossos curtos e longos;
PRIMEIRO PROCESSO
- Cartilagem hialina sofre modificações:
(Hipertrofia dos condrócitos;
(Redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques;
(Mineralização da matriz;
(Morte dos condrócitos por apoptose.
SEGUNDO PROCESSO
(Cavidades ocupadas por condrócitos (lacunas) são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas;
(Diferenciação das células osteogênicas em osteoblastos;
(Deposição (pelos osteoblastos) de matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificados.
FORMAÇÃO DE OSSOS LONGOS
- Processo complexo, já que o molde de cartilagem precedente possui uma parte média estreitada e as extremidades dilatadas, correspondendo, respectivamente, à diáfise e às epífises do futuro osso;
- O primeiro tecido a aparecer no osso longo é formado por ossificação intramembranosa do pericôndrio que recobre a parte média da diáfise, formando um cilindro, o colar ósseo.
- Enquanto se forma o colar ósseo, as células cartilaginosas envolvidas pelo mesmo se hipertrofiam (aumentam de volume), morrem por apoptose e a matriz da cartilagem se mineraliza. 
- Vasos sanguíneos, partindo do periósteo, atravessam o cilindro ósseo e penetram na cartilagem calcificada, levando consigo células osteoprogenitoras originárias do periósteo, que proliferam e se diferenciam em osteoblastos.
- Os osteoblastos formam camadas contínuas nas superfícies dos tabiques cartilaginosos calcificados e iniciam a síntese da matriz óssea que logo se mineraliza. Forma-se assim, tecido ósseo primário sobre os restos da cartilagem calcificada. (centro primário de ossificação)
	- O centro primário cresce rapidamente, em sentido longitudinal, e acaba ocupando toda a diáfise. Esse alastramento é acompanhado pelo crescimento do cilindro ósseo que se formou a partir do pericôndrio e que cresce também na direção das epífises;
- Cartilagem calcificada: basófila; Tecido ósseo: acidófilo;
- Desde o início da formação do centro primário surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido ósseo formado no centro da cartilagem, aparecendo, assim, o canal medular, o qual também cresce longitudinalmente à medida que a ossificação progride. 
	- À medida que se forma o canal medular, células sanguíneas, originadas de células hematógenas multipotentes (células tronco), trazidas pelo sangue dão origem à medula óssea. As células tronco hematógenas se fixam no microambiente do interior dos ossos, onde vão produzir todos os tipos de células do sangue, tanto na vida intra-uterina como após o nascimento.
- Centro de ossificação secundária: forma-se um em cada epífise, porém não simultaneamente; Esses centros são semelhantes ao centro primário da diáfise, mas seu crescimento é radial. Esse centro de ossificação também contém medula óssea;
	- Quando o tecido ósseo é formado nos centros secundários ocupa a epífise, o tecido cartilaginoso fica reduzido a dois locais: a cartilagem articular, que persistirá por toda a vida e não contribui para a formação de tecido ósseo, e a cartilagem epifisária. Esta é constituída por um disco cartilaginoso que não foi penetrado pelo osso em expansão e que será responsável, de agora em diante, pelo crescimento longitudinal do osso. 
	- A cartilagem epifisária fica entre o tecido ósseo das epífises e o da diáfise. Seu desaparecimento por ossificação, aproximadamente aos 20 anos de idade, determina a parada do crescimento longitudinal dos ossos. 
DISCO EPIFISÁRIO
1 - Zona de Repouso: existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica;
2 - Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: Aqui os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso.
3 – Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida à tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose.
4 – Zona de cartilagem calcificada: Nesta zona ocorre a mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos.
5 – Zona de Ossificação: Esta é a zona em que aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea. 
- A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em osteócitos. Desse modo, formam-se as espículas ósseas, com uma parte central de cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário. 
- A calcificação, no geral, inicia com a deposição de sais de cálcio sobre as fibrilas colágenas (induzido, provavelmente, por proteoglicanas e glicoproteínas da matriz). A deposição dos sais de cálcio é também influenciada pela concentração desses minerais em vesículas do citoplasma dos osteoblastos. (vesículas da matriz). A enzima fosfatase alcalina, sintetizada pelos osteoblastos, também participa da calcificação.
CRESCIMENTO E REMODELAÇÃO DOS OSSOS
- A forma dos ossos é mantida durante o seu crescimento graças a formação de tecido ósseo associada à reabsorção parcial de tecido já formado;
- Os ossos chatos crescem por formação do tecido ósseo pelo periósteo situado entre as suturas e na face externa do osso, enquanto ocorre reabsorção na face interna. Sendo extremamente plástico, o tecido ósseo responde, por exemplo, ao crescimento do encéfalo, formando uma caixa craniana do tamanho adequado. Havendo deficiência no crescimento do encéfalo, a caixa craniana será pequena. Ao contrário, nas crianças com hidrocefalia, por exemplo, cujo encéfalo é muito volumoso, a caixa craniana é também muito maior que o normal.
- Nos adultos também existe remodelação dos ossos, um processo fisiológico que ocorre simultaneamente em diversas partes do esqueleto. Nesse caso a remodelação não está relacionada com o crescimento e é muito mais lento. Estima-se que a remodelação nas crianças pequenas seja 200 vezes mais rápida do que nos adultos. 
- Nos ossos longos, as epífises aumentam de tamanho devido ao crescimento radial da cartilagem, acompanhado por ossificação endocondral. A diáfise cresce em extensão pela formação de tecido ósseo na superfície externa da diáfise, com reabsorção na superfície interna. Esta reabsorção interna aumenta o diâmetro do canal medular. 
- Apesar da sua resistência às pressões e da sua dureza, o tecido ósseo é muito plástico, sendo capaz de remodelar sua estrutura interna em resposta a modificações nas forças a que está submetido.
APLICAÇÃO MÉDICA
Plasticidade do tecido ósseo:A posição dos dentes na arcada dentária pode ser modificada por pressões laterais exercidas nos aparelhos ortodônticos. Ocorrem reabsorção óssea no lado em que a pressão atua e deposição no lado oposto, que está sujeito a uma tração. Desse modo, o dente é deslocado na arcada dentária, à medida que o osso alveolar é remodelado.
REPARAÇÃO DE FRATURAS
- Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia, pela lesão dos vasos sanguíneos,destruição de matriz e morte de células ósseas. 
- Para que a reparação se inicie, o coágulo sanguíneo e os restos celulares e da matriz devem ser removidos pelos macrófagos. O periósteo e o endósteo próximos à área fraturada respondem com uma intensa proliferação, formando um tecido muito rico em células osteoprogenitoras que constitui um colar em torno da fratura e penetra entre as extremidades ósseas rompidas. Nesse colar conjuntivo, bem como no conjuntivo que se localiza entre as extremidades ósseas fraturadas, surge tecido ósseo imaturo, tanto pela ossificação endocondral de pequenos pedaços de cartilagem que aí se formam, como também por ossificação intramembranosa. Podem, pois, ser encontradas no local de reparação, ao mesmo tempo, áreas de cartilagem que aí se formam, como também por ossificação intramembranosa e áreas de ossificação endocondral. Esse processo evolui de modo a aparecer, após algum tempo, um calo ósseo que envolve a extremidade dos ossos fraturados. O calo ósseo é constituído por tecido ósseo imaturo que une provisoriamente às extremidades do osso fraturado. 
- As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno do paciente a suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa substituição por tecido ósseo lamelar. Se essas trações e pressões forem idênticas às exercidas sobre o osso antes da fratura, a estrutura do osso volta a ser a mesma que existia anteriormente. Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser duro, repara-se sem a formação de cicatriz. 
PAPEL METABÓLICO DO TECIDO ÓSSEO
- O esqueleto tem 99% do cálcio do organismo e funciona como uma reserva desse íon, cuja concentração no sangue (calcemia) deve ser mantida constante, para o funcionamento normal do organismo.
- Há um intercâmbio contínuo entre o cálcio do plasma sanguíneo e o dos ossos. O cálcio absorvido da alimentação e que faria aumentar a concentração sanguínea deste íon é depositado rapidamente no tecido ósseo, e, inversamente, o cálcio dos ossos é mobilizado quando diminui sua concentração no sangue.
- Existem dois mecanismos de mobilização do cálcio depositado nos ossos. O primeiro é a simples transferência dos íons dos cristais de hidroxiapatita para o líquido intersticial, do qual o cálcio passa para o sangue. Esse mecanismo, puramente físico, é favorecido pela grande superfície dos cristais de hidroxiapatita e tem lugar principalmente no osso esponjoso. As lamelas ósseas mais jovens, pouco calcificadas, que existem mesmo no osso adulto, devido à remodelação contínua, são as quer recebem e cedem Ca2- com maior facilidade. Essas lamelas são mais importantes na manutenção da calcemia do que as lamelas antigas, muito calcificadas e cujos papéis principais são de suporte e proteção.
- O segundo é de ação mais lenta e decorre da ação do hormônio da paratireoide, ou paratormônio, sobre o tecido ósseo. Este hormônio causa um aumento no número de osteoclastos e reabsorção da matriz óssea, com liberação de fosfato de cálcio e aumento da calcemia. A concentração de (PO4)3- não aumenta no sangue, porque o próprio paratormônio acelera a excreção renal de íons fosfato. Em resposta a esse sinal, os osteoblastos deixam de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do fator estimulador dos osteoclastos.
	- Um outro hormônio, a calcitonina, produzido pelas células parafoliculares da tireoide, inibe a reabsorção da matriz e, portanto, a mobilização do cálcio. A calcitonina tem um efeito inibidor sobre os osteoclastos. 
ARTICULAÇÕES
SINARTROSES
Sinostoses: os ossos são unidos por tecido ósseo e as mesmas são totalmente desprovidas de movimentos. Encontram-se unindo os ossos chatos do crânio, nas pessoas de idade avançada. Na criança e no adulto jovem, a união desses ossos é realizada por tecido conjuntivo denso. 
Sincondroses: são articulações nas quais existem movimentos limitados, sendo as peças ósseas unidas por cartilagem hialina. Encontram-se, por exemplo, na articulação da primeira costela com o esterno.
Sindesmoses: Como as sincondroses, dotadas de algum movimento e nelas o tecido que une os ossos é o conjuntivo denso. Exemplos: sínfise pubiana e articulação tibiofibular inferior. 
DIARTROSES
São as articulações dotadas de grande mobilidade, geralmente encontradas unindo os ossos longos. Nas diartroses existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, delimitando uma cavidade fechada, a cavidade articular. Esta cavidade contém um líquido incolor, transparente e viscoso, o líquido sinovial.

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