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Tecido Ósseo

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Histologia e Citologia 
Características Gerais: 
• Componente principal do esqueleto 
• Serve de suporte para os tecidos moles e protege 
órgãos vitais, como os contidos nas caixas 
craniana e torácica, bem como no canal 
raquidiano. 
• Aloja e protege a medula óssea 
• Constitui um sistema de alavancas que amplia as 
forças geradas na contração muscular. 
• Os ossos funcionam como depósito de cálcio, 
fosfato e outros íons, armazenando-os ou 
liberando-os de maneira controlada 
• São capazes ainda de absorver toxinas e metais 
pesados, minimizando assim seus efeitos 
adversos em outros tecidos. 
• É um tipo especializado de tecido conjuntivo 
• Formado por células e material extracelular 
calcificado, a matriz óssea. 
- As células são: os osteócitos, que se situam em 
cavidades ou lacunas no interior da matriz; os 
osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da 
matriz e localizam-se na sua periferia; e os 
osteoclastos, células gigantes, móveis e 
multínucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, 
participando dos processos de remodelação dos 
ossos. 
• Os osso são revestidos por membrana conjuntiva 
que contém células ostrogênicas 
- Superficie externa: periósteo 
- Superficie interna: endósteo 
Osteócitos: 
• Os osteócitos são as células encontradas no 
interior da matriz óssea, ocupando as lacunas 
das quais partem canalículos 
- Canalículos: possibilitam as trocas de moléculas 
e íons entre os capilares sanguíneos e os 
osteócitos. 
- Dentro dos canalículos os prolongamentos dos 
osteócitos estabelecem contatos por meio de 
junções comunicantes 
• Os osteócitos são células achatadas, que exibem 
pequena quantidade de retículo endoplasmático 
granuloso, complexo de Golgi pouco 
desenvolvido 
• Os osteócitos são essenciais para a manutenção 
da matriz óssea. 
Osteoblastos: 
• Os osteoblastos são as células que sintetizam a 
parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e 
glicoproteínas) da matriz óssea. 
• Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. 
- Osteonectina facilita a deposição de cálcio e 
osteocalcina estimula a atividade dos 
osteoblastos. 
- Parte da osteocalcina produzida é transportada 
pelo sangue, atua tanto nos osteoblastos locais 
como nos localizados à distância. 
• Os osteoblastos são capazes de concentrar 
fosfato de cálcio, participando da mineralização 
da matriz 
• Quando em intensa atividade sintética, são 
cuboides. 
• Em estado pouco ativo, tornam-se achatados 
• Aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o 
osteoblasto passa a ser chamado de osteócito. 
• A matriz se deposita ao redor do corpo da célula 
e de seus prolongamentos, formando assim as 
lacunas e os canaliculos. 
• A matriz óssea recém-formada, adjacente aos 
osteoblastos ativos e que não está ainda 
calcificada, recebe o nome de osteoide. 
Osteoclastos: 
• São células móveis, multinucleadas e 
extensamente ramificadas 
• As ramificações são muito irregulares 
• Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo 
encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, 
em depressões da matriz escadas pela atividade 
dos osteoclastos, as lacunas de Howship 
• Essas células se originam de precursores 
Mononucleados provenientes da medula óssea. 
que ao contato com o tecido ósseo, unem-se para 
formar os osteoclastos Multinucleados 
Gabrielle Peixoto
Tecido Ósseo 
Histologia e Citologia 
 
Matriz Óssea: 
• A parte inorgânica representa cerca de 50% do 
peso da matriz óssea. 
• Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio 
que formam cristais de hidroxiapatita 
• Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita 
são hidratados, existindo, uma camada de água e 
íons em volta do cristal. 
- Essa camada é denominada capa de hidratação, 
e facilita a troca de íons entre o cristal e o 
líquido intersticial. 
• A parte orgânica da matriz é formada por fibras 
colágenas (95%) constituídas de colágeno do tipo 
I e por pequena quantidade de proteoglicanos e 
glicoproteínas. 
- As glicoproteínas do osso podem ter alguma 
participação na mineralização da matriz. 
• A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas 
é responsável pela rigidez e resistência do tecido 
ósseo. 
Periósteo e Endósteo: 
• As superfícies internas e externas dos ossos são 
recobertas por células osteogênicas e tecido 
conjuntivo, que constituem o endósteo e o 
periósteo, respectivamente 
• A camada mais superficial do periósteo contém 
principalmente fibras colágenas e fibroblastos. 
• As fibras de Sharpey são feixes de fibras 
colágenas do periósteo que penetram o tecido 
ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. 
• Funções: 
• O periósteo é mais celular e apresenta células 
osteoprogenitoras. 
- As células osteoprogenitoras se multiplicam 
por mitose e se diferenciam em osteoblastos, 
desempenhando papel importante no 
crescimento dos ossos e na reparação das 
fraturas. 
• O endósteo é geralmente constituído por uma 
camada de células osteogênicas achatadas, que 
reveste as cavidades do osso esponjoso, o canal 
medular, os canais de Havers e os de 
Vollanann. 
• As principais funções do endósteo e do 
periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o 
fornecimento de novos osteoblastos para o 
crescimento e a recuperação do osso. 
Tipos de Tecido Ósseo: 
• Osso compacto: partes sem cavidades visíveis. 
• Osso esponjoso: partes com muitas cavidades 
intercomunicantes 
• Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são 
formadas por osso esponjoso com uma delgada 
camada superficial compacta. 
• A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente 
compacta, com pequena quantidade de osso 
esponjoso na sua parte profunda, delimitando o 
canal medular. 
• Principalmente nos ossos longos, o osso 
compacto é chamado também de osso cortical. 
• Ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo 
recobertos em toda a sua periferia por uma 
camada compacta. 
• Ossos chatos duas camadas de osso compacto, as 
tábuas interna e externa, separadas por osso 
esponjoso que, nesta localização, recebe o nome 
de díploe. 
• As cavidades do osso esponjoso e o canal 
medular da diálise dos ossos longos são 
ocupados pela medula óssea. 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
- No recém-nascido, toda a medula óssea tem cor 
vermelha, devido ao alto teor de hemácias, e é 
ativa na produção de células do sangue (medula 
óssea hematógena). 
- Pouco a pouco, com a idade, vai sendo infiltrada 
por tecido adiposo, com diminuição da atividade 
hematógena (medula óssea amarela). 
• Histologicamente existem dois tipos de tecido 
ósseo: o imaturo ou primário; e o maduro, 
secundário ou lamelar 
• O tecido primário é o que aparece primeiro, 
tanto no desenvolvimento embrionário como na 
reparação das fraturas, sendo temporário e 
substituído por tecido secundário. 
- No tecido ósseo primário, as fibras colágenas se 
dispõem irregularmente, sem orientação 
definida. 
- Porém no tecido ósseo secundário ou lamelar 
essas fibras se organizam em lamelas 
Tecido Ósseo Primário ou imaturo: 
• Em cada osso o primeiro tecido ósseo que 
aparece é do tipo primário (não lamelar), sendo 
substituído gradativamente por tecido ósseo 
lamelar ou secundário. 
• No adulto é pouco frequente 
• Apresenta fibras colágenas dispostas em varias 
direções sem organização definida, tem menor 
quantidade de minerais e maior proporção de 
osteócitos do que o Secundário 
Tecido Ósseo Secundário ou maduro: 
• O tecido osseo secundario (Lamelar) é 
geralmente encontrado no adulto 
• Sua principal característica é conter fibras 
colágenas organizadas em lamelas, que ficam 
paralelas umas as outras 
- Ou se dispõem em camadas concêntricas em 
torno de canais com vasos, formando os 
Sistemas de Havers 
• As lacunas que contem osteócitos estão em geral 
situadas entre as lamelas ósseas 
• Ocorre frequentemente o acumulo de 
Substância Cimentante, que consiste em matriz 
mineralizada, mas com pouco colágeno 
• Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se 
organizam, constituindo os Sistemasde Havers, 
os circunferenciais interno e externo e os 
intermediários. 
• Cada sistema de Havers é um cilindro longo. 
- No centro desse cilindro ósseo existe um canal 
revestido de endósteo, o canal de Havers, que 
contém vasos e nervos. 
- Os canais de Havers comunicam-se entre si, 
com a cavidade medular e com a superfície 
externa de osso por meio de canais transversais 
ou oblíquos, os canais de Volkmann 
- Por não apresentarem lamelas ósseas 
concêntricas. Os canais de Volkmann atravessam 
as lamelas ósseas 
Remodelação do Tecido Ósseo: 
• O tecido ósseo está em remodelação constante. 
• Como cada sistema é construído por deposição 
sucessiva de lamelas ósseas a partir da periferia 
para o interior do sistema, os sistemas mais 
jovens têm canais mais largos e as lamelas mais 
internas são as mais recentes. 
• Os sistemas circunferenciais interno e externo 
são constituídos por lamelas ósseas paralelas 
entre si 
• Entre os dois sistemas circunferenciais 
encontram-se inúmeros sistemas de Havers e 
grupos irregulares de lamelas 
• As lamelas intersticiais (sistemas intermediários), 
que provêm de restos de sistemas de Havers que 
foram destruídos durante o crescimento do osso 
Histogênese 
• O tecido ósseo é formado por um processo 
chamado de ossificação intramembranosa, que 
ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, 
• Ou pelo processo de ossificação endocondral, o 
qual se inicia sobre um molde de cartilagem 
hialina, que gradualmente é destruído e 
substituído por tecido ósseo formado a partir de 
células do conjuntivo adjacente. 
Ossificação Intramembranosa: 
• A ossificação intramembranosa ocorre no 
interior de membranas de tecido conjuntivo. 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
• O processo formador dos ossos frontal, parietal e 
de partes do occipital, do temporal e dos 
maxilares superior e inferior. 
• Contribui também para o crescimento dos ossos 
curtos e para o aumento em espessura dos ossos 
longos. 
• O local da membrana conjuntiva onde a 
ossificação começa chama-se centro de 
ossificação primária. 
• O processo tem início pela diferenciação de 
células mesenquimatosas que se transformam 
em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o 
osteoide (matriz ainda não mineralizada). que 
logo se mineraliza, englobando alguns 
osteoblastos que se transformam em osteócitos 
• A palpação do crânio dos recém-nascidos revela 
áreas moles (as fontanelas) onde as membranas 
conjuntivas ainda não foram substituídas por 
tecido ósseo. 
• A parte da membrana conjuntiva que não sofre 
ossificação passa a constituir o endósteo e o 
periósteo. 
Ossificação Endocondral: 
• A ossificação endocondral tem início sobre uma 
peça de cartilagem hialina 
• Esse tipo de ossificação é o principal responsável 
pela formação dos ossos curtos e longos consiste 
essencialmente em dois processos. 
• Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, 
havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da 
matriz cartilaginosa sua mineralização e a morte 
dos condrócitos por apoptose. 
• Segundo, as cavidades previamente ocupadas 
pelos condrócitos são invadidas por capilares 
sanguíneos e células osteogênicas vindas do 
conjuntivo adjacente. 
- Essas células diferenciam-se em osteoblastos, 
que depositarão matriz óssea 
• A formação dos ossos longos é um processo 
complexo. 
- O molde cartilaginoso apresenta uma parte 
média estreitada e as extremidades dilatadas, 
correspondendo, respectivamente, à diáfise e às 
epífises do futuro osso. 
• Forma-se, assim, tecido ósseo primário sobre os 
restos da cartilagem calcificada. 
- A cartilagem calcificada por ser basófila, 
enquanto o tecido ósseo depositado sobre ela é 
acidófilo. 
- O centro de ossifícação descrito, que aparece na 
parte média da diáfise, é chamado de centro 
primário. 
- Seu crescimento rápido, em sentido 
longitudinal, ocupa toda a diáfise, 
• Desde o início da formação do centro primário 
surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido 
ósseo formado no centro da cartilagem, 
aparecendo, o canal medular, que também cresce 
longitudinalmente à medida que a ossificação 
progride. 
• À medida que se forma o canal medular, células 
sanguíneas multipotentes (células-tronco) dão 
origem à medula óssea. 
- Elas se fixam do interior dos ossos, onde vão 
produzir todos os tipos de células do sangue, 
tanto na vida intrauterina como após o 
nascimento 
- Mais tarde, formam-se os centros secundários 
de ossificação, um em cada epífise, seu 
crescimento é radial. 
• A porção central do osso formado nos centros 
secundários (nas epífises) também contém 
medula óssea. 
• Quando o tecido ósseo ocupa as epífises, o 
tecido cartilaginoso torna-se reduzido a dois 
locais: 
- a cartilagem articular, que persistirá por toda a 
vida e não contribui para a formação de tecido 
ósseo 
- e a cartilagem de conjugação ou disco epifisário. 
Esta é constituída por um disco cartilaginoso 
que não foi penetrado pelo osso em expansão e 
que será responsável, pelo crescimento 
longitudinal do osso. 
- A cartilagem de conjugação fica entre o tecido 
ósseo das epífises e o da diáfise. 
- Seu desaparecimento por ossificação, 
aproximadamente aos 20 anos de idade, 
determina a parada do crescimento longitudinal 
dos ossos. 
• Na cartilagem de conjugação, distinguem-se as 
cinco zonas: 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina 
sem qualquer alteração morfológica 
Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na 
qual os condrócitos dividem-se rapidamente e 
formam fileiras ou colunas paralelas de células 
achatadas 
Zona de cartilagem hipertrófica: zona que 
apresenta condrócitos muito volumosos, com 
depósitos citoplasmáticos 
- Os condrócitos entram em apoptose 
Zona de cartilagem calcificada: zona em que 
ocorre a mineralização de matriz cartilaginosa e 
termina a apoptose dos condrócitos 
Zona de ossificação: zona em que aparece tecido 
ósseo. 
- Capilares sanguíneos e células 
osteoprogenitoras originadas do periósteo 
invadem as cavidades deixadas pelos 
condrócitos mortos. 
- A s células osteoprogenitoras se diferenciam em 
osteoblastos. 
- Sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os 
osteoblastos depositam a matriz óssea. 
- A matriz óssea calcifica-se e aprisiona 
osteoblastos, que se transformam em osteócitos. 
• A calcificação começa pela deposição de sais de 
cálcio sobre as fibrilas colágenas, um processo 
que parece ser induzido por proteoglicanos e 
glicoproteínas da matriz. 
• Existe ainda a participação da enzima fosfatase 
alcalina, sintetizada pelos osteoblastos. 
Crescimento dos Ossos: 
• O crescimento dos ossos consiste na formação 
de tecido ósseo novo, associada à reabsorção 
parcial de tecido já formado; deste modo, os 
ossos conseguem manter sua forma enquanto 
crescem. 
• Os ossos chatos crescem por formação do tecido 
ósseo pelo periósteo situado entre as suturas e 
na face externa do osso. 
• Havendo deficiência no crescimento do encéfalo, 
a caixa craniana será pequena. 
- Em contrapartida, nas crianças com 
hidrocefalia, por exemplo, cujo encéfalo é muito 
volumoso, a caixa craniana é também muito 
maior do que o normal 
• Nos adultos também existe remodelação dos 
ossos, um processo fisiológico que ocorre 
simultaneamente em diversas partes do 
esqueleto. 
- É muito mais lenta. 
• Nos ossos longos, as epífises aumentam de 
tamanho em razão do crescimento radial da 
cartilagem, acompanhado por ossificação 
endocondral. 
• A reabsorção interna aumenta o do canal 
medular. 
• Apesar da sua resistência às pressões e da sua 
rigidez, o tecido ósseo é muito plástico, sendo 
capaz de remodelar sua estrutura interna em 
resposta a modificações nas forças a que está 
submetido. 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
Plasticidade do Tecido Ósseo Alveolar: 
• As fraturas nos ossos longos de crianças: 
- Quando os dois pedaços do osso não são 
ajustados perfeitamente,o defeito é corrigido 
durante o crescimento da criança, pela 
remodelação do tecido ósseo com neoformação 
e reabsorção coordenadas de tal modo que a 
forma do osso é reconstituída com sucesso. 
Consolidação das fraturas: 
• Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia, 
pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição de 
matriz e morte de células ósseas. 
• Para que a reparação se inicie, o coágulo 
sanguíneo e os restos celulares e da matriz 
devem ser removidos pelos macrófagos. 
• O periósteo e o endósteo próximos à área 
fraturada respondem com intensa proliferação, 
formando um tecido muito rico em células 
osteoprogenitoras que constitui um colar em 
torno da fratura e penetra entre as extremidades 
ósseas rompidas 
• Nesse colar surge tecido ósseo primário ou 
imaturo, tanto pela ossificação endocondral, 
como também por ossificação intramembranosa. 
• Esse processo evolui de modo a aparecer, após 
algum tempo, um calo ósseo que envolve a 
extremidade dos ossos fraturados. 
- O calo ósseo é constituído por tecido ósseo 
imaturo que une provisoriamente as 
extremidades do osso fraturado 
• As trações e pressões exercidas sobre o osso 
durante a reparação da fratura causam a 
remodelação do calo ósseo e sua completa 
substituição por tecido ósseo secundário ou 
lamelar. 
• Se essas trações e pressões forem idênticas às 
exercidas sobre o osso antes da fratura, a 
estrutura do osso voltará a ser a mesma que 
existia anteriormente. 
• Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, o 
tecido ósseo, apesar de ser rígido, consolida-se 
sem a formação de cicatriz. 
Papel metabólico do Tecido Ósseo: 
• O esqueleto contém 99% do cálcio do organismo 
• E funciona como uma reserva desse íon, cuja 
concentração no sangue (calcemia) deve ser 
mantida constante, para o funcionamento 
normal do organismo. 
• Há um intercambio contínuo entre o cálcio do 
plasma sanguíneo e o dos ossos. 
• O cálcio absorvido da alimentação e que faria 
aumentar a concentração sanguínea desse íon é 
depositado rapidamente no tecido ósseo. 
• E inversamente, o cálcio dos ossos é mobilizado 
quando sua concentração diminui no sangue 
• Existem dois mecanismos: 
• O primeiro é a simples transferência dos íons 
dos cristais de hidroxiapatita para o líquido 
intersticial, do qual o cálcio passa para o sangue. 
- Ocorre principalmente no osso esponjoso. 
- As lamelas ósseas mais jovens pouco 
calcificadas, que existem mesmo no osso adulto, 
são as que recebem e cedem Ca2+ com maior 
facilidade. 
- Essas lamelas são mais importantes na 
manutenção da calcemia do que as lamelas 
antigas, muito calcificadas e cujos papéis 
principais são de suporte e proteção. 
• O segundo mecanismo: é de ação mais lenta e se 
deve a ação do hormônio da paratireoide, ou 
paratormônio, sobre o tecido ósseo. 
- Este hormônio causa um aumento no número 
de osteoclastos e reabsorção da matriz óssea, 
com liberação de fosfato de cálcio e aumento da 
calcemia. 
- A concentração de fosfato não aumenta no 
sangue, porque o próprio paratormônio acelera 
a excreção renal de íons fosfato. 
- O paratormônio atua sobre receptores 
localizados nos osteoblastos. 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
- Em resposta a esse sinal, os osteoblastos deixam 
de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do 
fator estimulador dos osteoclastos. 
• Outro hormônio, a calcitonina, produzido pelas 
células parafoliculares da tireoide, inibe a 
reabsorção da matriz e, portanto, a mobilização 
do cálcio. 
- A calcitonina tem um efeito inibidor sobre os 
osteoclastos. 
Importância do cálcio na alimentação: 
• Como a concentração de cálcio no sangue e nos 
tecidos deve ser mantida constante, a carência 
alimentar deste mineral causa descalcificação 
dos ossos, que se tornam mais transparentes aos 
raios X e predispostos a fraturas. 
• A descalcificação óssea pode também ser devida 
a uma produção excessiva de paratormônio 
(hiperparatireoidismo), o que provoca intensa 
reabsorção óssea, aumento de cálcio e fosfato no 
sangue, bem como deposição anormal de sais de 
cálcio em vários órgãos, principalmente nos rins 
e na parede das artérias. 
• O oposto ocorre na osteopetrose, doença 
causada por defeito nas funções dos osteoclastos, 
- A osteopetrose causa obliteração das cavidades 
que contêm medula óssea formadora de células 
do sangue, resultando em anemia e deficiência 
em leucócitos (glóbulos brancos), o que reduz a 
resistência dos pacientes às infecções. 
Efeitos de deficiências nutricionais: 
• A deficiência de cálcio leva a uma calcificação 
incompleta da matriz orgânica produzida. 
• A deficiência de cálcio pode decorrer da 
carência desse mineral nos alimentos 
- Ou da falta do pró-hormônio vitamina D, que é 
importante para a absorção dos íons de cálcio e 
fosfato pelo intestino delgado. 
• Na criança, a deficiência de cálcio causa o 
raquitismo. 
- Nesta doença a matriz óssea não se calcifica 
normalmente, de modo que as espículas ósseas 
formadas pelo disco epifisário se deformam, por 
não suportarem as pressões normais exercidas 
sobre elas pelo peso corporal e pela ação 
muscular. 
- Em consequência, os ossos não crescem 
normalmente e as extremidades dos ossos 
longos se deformam. 
• No adulto, a falta de cálcio leva à osteomalacia: 
- Que se caracteriza pela calcificação deficiente da 
matriz óssea neoformada e descalcificação 
parcial da matriz já calcificada, com a 
consequente fragilidade óssea. 
Hormônios que atuam nos Ossos: 
• Além do hormônio das paratireoides e da 
calcitonina produzida pela tireoide. 
• A parte anterior da hipófise produz o hormônio 
do crescimento (GH), que estimula o 
crescimento em geral, tendo efeito 
particularmente acentuado sobre a cartilagem 
epifisária. 
- Os efeitos desse hormônio não são diretos. 
- Ele estimula certos órgãos, principalmente o 
fígado, a sintetizar polipeptídios denominados 
somatomedinas, que têm efeito sobre o 
crescimento. 
- A falta desse hormônio durante o crescimento 
produz o nanismo hipofisário. 
- Sua produção excessiva, como ocorre em alguns 
tumores da hipófise, causa o gigantismo, em 
crianças, e a acromegalia, quando aparece em 
adultos. 
- No gigantismo há um desenvolvimento 
excessivo do comprimento dos ossos longos. No 
adulto, como o excesso de hormônio do 
crescimento atua quando já não existem mais as 
cartilagens epifisárias, os ossos não podem 
crescer em comprimento, mas crescem em 
espessura. 
• Os hormônios sexuais, tanto masculino 
(testosterona) como feminino (estrógenos) tem 
efeito sobre os ossos 
- De um modo geral, são estimuladores da 
formação de tecido ósseo. 
- Esses hormônios influem sobre o aparecimento 
e o desenvolvimento dos centros de ossificação. 
- A maturação sexual precoce, causada por 
tumores que secretam hormônios sexuais, 
retarda o crescimento corporal, pois, nestes 
casos, a cartilagem epifisária é substituída 
precocemente por tecido ósseo. 
• Baixa concentração de estrógenos é ainda a 
principal causa da osteoporose. 
- Nesta doença os ossos se tornam menos 
resistentes 
- Na osteoporose a concentração de cálcio na 
matriz orgânica é normal, mas a quantidade de 
tecido ósseo é menor, e o osso apresenta amplos 
canais de reabsorção. 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
- Ocorre principalmente em mulheres após a 
menopausa 
- Tal condição pode ser revertida com a 
suplementação de cálcio e vitamina D e 
principalmente por meio da reposição de 
estrógenos. 
• A deficiência no hormônio da tireoide (tiroxina) 
em crianças, causa o cretinismo, caracterizado 
por retardamento mental e nanismo. 
- Na deficiência do hormônio da tireoide ocorre 
diminuição na produção de hormônio do 
crescimento pela hipófise. 
• O sistema nervoso central participa da regulação 
da remodelação do tecido ósseo. 
- Esse mecanismo regulador envolve a 
participação do hormônio leptina, produzido 
pelo tecido adiposo, e pode ser a explicação para 
o fato de que osossos das pessoas obesas têm 
maior massa e maior concentração de sais de 
cálcio. 
Tumores dos Ossos: 
• Como os ossos contêm tecidos ósseo e 
cartilaginoso, tumores de células cartilaginosas 
também podem aparecer nos ossos. 
• Os benignos são chamados condromas, e os 
malignos, condrossarcomas. 
• Os tumores formados de células ósseas são os 
osteomas (osteoblastomas e osteoclastomas) e os 
osteossarcomas. 
- Os primeiros são benignos, mas os 
osteossarcomas são malignos. 
- Os osteossarcomas se caracterizam pela 
existência de osteoblastos pleomórficos 
(morfologia irregular e variada) e que se dividem 
por mitose com muita frequência, associados a 
osteoide por eles sintetizado. 
- A maioria dos casos de osteossarcoma ocorre 
em adolescentes ou adultos jovens. 
- Os locais mais frequentemente acometidos são a 
extremidade inferior do fêmur e as 
extremidades superiores da tíbia e do úmero. 
Articulações: 
• Os ossos unem-se uns aos outros para constituir 
o esqueleto por meio de estruturas formadas por 
tecidos conjuntivos, as articulações. 
• Classificadas em diartroses, que possibilitam 
grandes movimentos dos ossos, e sinartroses, nas 
quais não ocorrem movimentos ou, quando 
ocorrem, são muito limitados. 
• Há três tipos de sinartroses: as sinostoses, as 
sincondroses e as sindesmoses. 
• Nas sinostoses, que são totalmente desprovidas 
de movimentos, os ossos são unidos por tecido 
ósseo. 
- Encontram-se unindo os ossos chatos do crânio 
em idosos. 
- Em crianças e adultos jovens, a união desses 
ossos é realizada por tecido conjuntivo denso. 
• As sincondroses são articulações nas quais 
existem movimentos limitados, sendo as peças 
ósseas unidas por cartilagem hialina 
- Ex.: na articulação da primeira costela com o 
esterno 
• As sindesmoses são dotadas de algum 
movimento, e nelas o tecido que une os ossos é o 
conjuntivo denso. 
- Ex.: sínfise Rubiana e articulação tibiofibular 
inferior 
• As diartroses são as articulações dotadas de 
grande mobilidade; geralmente são as que unem 
os ossos longos. 
- Nas diartroses existe uma cápsula que liga as 
extremidades ósseas, delimitando uma cavidade 
fechada, a cavidade articular. 
- Esta cavidade contém um líquido incolor, 
transparente e viscoso, o líquido sinovial, que 
tem elevado teor de ácido hialurônico, 
sintetizado pelas células da camada sinovial. 
• O líquido sinovial é uma via transportadora de 
substâncias entre a cartilagem articular 
(avascular) e o sangue dos capilares da 
membrana sinovial. Nutrientes e O2 passam do 
sangue para a cartilagem articular 
• A resiliência da cartilagem é um eficiente 
amortecedor das pressões mecânicas 
intermitentes que são exercidas sobre a 
cartilagem articular 
• As cápsulas das diartroses têm estruturas 
diferentes, conforme a articulação considerada, 
sendo, em geral, constituídas por duas camadas, 
uma externa, a camada fibrosa, e uma interna, a 
camada ou membrana sinovial 
Gabrielle Peixoto
Histologia e Citologia 
• O revestimento da camada sinovial é constituído 
por dois tipos celulares. 
- Um parece fibroblasto e o outro tem o aspecto e 
a atividade funcional semelhantes ao macrófago. 
- A camada fibrosa da cápsula articular é formada 
por tecido conjuntivo denso. 
Artrite Reumatoide: 
• É uma doença crônica autoimune, caracterizada 
por um processo inflamatório iniciado na 
membrana sinovial 
- Resultando em deformidade e destruição das 
estruturas articulares (cartilagens e ossos 
subjacentes) além de tendões e ligamentos 
justapostos à articulação. 
• Sintomas: manifestações sistêmicas como rigidez 
matinal, fadiga e perda de peso. 
• Quando envolve outros órgãos (coração, 
pulmões, rins etc), a morbidade é maior. 
• A comete mais as mulheres do que os homens, e 
sua incidência aumenta coma idade. 
• Com a progressão da doença, os pacientes 
podem desenvolver incapacidade de executar 
atividades diárias e profissionais, sendo assim o 
diagnostico precoce e o inicio imediato do 
tratamento fundamentais para previnir ou 
impedir lesão articular permanente e 
irreversível. 
Gabrielle Peixoto

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