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Tecido Ósseo

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Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
1 | P á g i n a 
 
Tecido Ósseo 
 
 O tecido ósseo é um tipo especial de 
tecido conjuntivo 
 
Componente principal do esqueleto 
 
Serve de suporte para os tecidos moles 
 
Protege órgãos vitais, como os contidos nas 
caixas craniana e torácica, bem como no canal 
raquidiano 
 
Aloja e protege a medula óssea, formadora das 
células do sangue 
 
Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, 
transformando suas contrações em 
movimentos úteis 
 
Constitui um sistema de alavancas que amplia as 
forças originadas na contração muscular. 
 
Os ossos funcionam como depósito de cálcio, 
fosfato e outros íons (mantendo a 
concentração de líquidos corporais) 
 
Absorvem toxinas e metais pesados, 
minimizando, assim, seus efeitos adversos em 
outros tecidos. 
 
 Formado por células e por material extracelular 
calcificado, a matriz óssea 
 
As células pertencem a duas linhagens 
diferentes: 
 Lnhagem osteoblástica (formadas pelos 
osteoblastos e osteócitos) 
 linhagem osteoclástica (originados 
de monócitos) 
 
Osteócitos 
 Manter a matriz extracelular 
 Situam-se no interior de peças ósseas 
 Ocupam pequenos espaços da matriz, 
denominados lacunas 
 
Osteoblastos 
 Sintetizam a parte orgânica da matriz 
 Localizam-se sempre na superfície de 
peças ósseas 
 
Osteoclastos 
 Células gigantes 
 Móveis 
 Multinucleadas 
 Participando dos processos de 
remodelação dos ossos 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
2 | P á g i n a 
 
 
 
Todos os ossos são revestidos, em suas 
superfícies externas e internas, por membranas 
conjuntivas denominadas, 
respectivamente, periósteo e endósteo 
 
A matriz mineralizada torna o tecido ósseo difícil 
de ser cortado no micrótomo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Osteócitos 
 
Células achatadas 
 
Encontradas no interior da matriz óssea 
 
Ocupam espaços denominados lacunas 
 
Cada lacuna contém apenas um osteócito 
 
Das lacunas partem vários canalículos que 
contêm prolongamentos dos osteócitos, os 
quais fazem contato com prolongamentos de 
osteócitos adjacentes por meio de junções 
comunicantes, por onde podem passar 
pequenas moléculas e íons de um osteócito 
para o outro. 
 
Não existe difusão de substâncias através da 
matriz calcificada do osso, pois esta é 
impermeável 
 
Nutrição dos osteócitos depende dos 
canalículos que existem na matriz 
 Substâncias que possibilitam as trocas de 
moléculas, íons e gases entre os 
capilares sanguíneos e os osteócitos. 
 
Pequena quantidade de retículo endoplasmático 
granuloso 
 
Complexo de Golgi pouco desenvolvido 
 
Complexo de Golgi pouco desenvolvido 
CÉLULAS 
Fatia de tecido ósseo seco e desgastado até se 
tornar muito delgada 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
3 | P á g i n a 
 
Núcleo com cromatina condensada 
 
 
 
Essenciais para a manutenção da matriz óssea 
 
Sua morte é seguida por reabsorção da matriz 
ao seu redor 
 
 Osteoblastos 
 
Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado 
a lado, em um arranjo que lembra um epitélio 
simples 
 
Quando em intensa atividade sintética, os 
osteoblastos são cuboides, com citoplasma 
muito basófilo 
 
Em estado pouco ativo, tornam-se achatados, e 
a sua basofilia citoplasmática é pouco intensa. 
 
Células que sintetizam a parte orgânica da 
matriz óssea (colágeno tipo I, proteoglicanos e 
glicoproteínas) e fatores que influenciam a 
função de outras células ósseas. 
 
Concentra fosfato de cálcio 
Participando da mineralização da matriz. 
 
Após sintetizar matriz extracelular, o osteoblasto 
é aprisionado pela matriz orgânica recém-
sintetizada e passa a ser chamado de osteócito 
 A matriz, então, deposita-se ao redor do 
corpo da célula e de seus 
prolongamentos e passa por deposição 
de cálcio, formando as lacunas que 
contêm os osteócitos e os canalículos – 
túneis compostos pelos prolongamentos 
celulares dos osteócitos 
 
Em fase de síntese mostram as características 
ultraestruturais das células produtoras de 
proteínas 
 
A matriz óssea recém-formada, adjacente aos 
osteoblastos ativos e ainda não calcificada, 
recebe o nome de osteoide. 
 
 Osteoclastos 
 
Convivem com os osteoblastos e osteócitos 
 
São derivados de monócitos 
 fundem-se para formar os osteoclastos 
multinucleados 
 
Células móveis 
 
Tamanho muito grande e multinucleadas 
 
Responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo 
 
Têm citoplasma de aspecto granuloso (algumas 
vezes contendo vacúolos), fracamente basófilo 
nos osteoclastos jovens e muito acidófilo nos 
maduros. 
 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
4 | P á g i n a 
 
situam-se na superfície do tecido ósseo ou em 
túneis no interior das peças ósseas 
 
Nas áreas de reabsorção, são encontrados 
frequentemente ocupando pequenas 
depressões da matriz escavadas pela atividade 
dessas células e conhecidas como lacunas de 
Howship 
 
Atividade funcional 
 A superfície ativa dos osteoclastos está 
voltada para a superfície óssea 
 apresenta inúmeros prolongamentos 
irregulares com formato de folhas ou 
pregas que se ramificam 
 Na área de prolongamentos há uma 
região de citoplasma, a zona clara, que é 
pobre em organelas, mas contém 
muitos filamentos de actina 
 zona clara é um local de adesão do 
osteoclasto à matriz óssea e cria um 
microambiente fechado entre a 
superfície ativa da célula e a superfície 
óssea, no qual ocorre a reabsorção 
 Os osteoclastos secretam ácido para o 
interior desse microambiente sob a 
forma de íons de hidrogênio (H+), além 
de colagenase e outras hidrolases que 
atuam localmente, tanto digerindo a 
matriz orgânica como dissolvendo os 
cristais de sais de cálcio 
 A atividade dos osteoclastos é 
coordenada por citocinas (pequenas 
proteínas sinalizadoras que atuam 
localmente) e por hormônios, como a 
calcitonina, produzida pela glândula 
tireoide, e o paratormônio, 
secretado pelas glândulas paratireoides. 
 Algumas dessas ações não são diretas 
sobre os osteoclastos, mas são 
desencadeadas por meio de osteócitos. 
 
 
 
 
 
Constituída de uma parte orgânica e de 
uma parte inorgânica 
 
Cerca de 95% da parte orgânica da matriz é 
formada por fibras colágenas constituídas 
principalmente por colágeno do tipo I, e o 
restante, por proteoglicanos e glicoproteínas 
 
Em virtude de sua riqueza em fibras colágenas, 
a matriz óssea descalcificada cora-se pelos 
corantes seletivos do colágeno e, em cortes 
corados por HE, é corada em vermelho-rosa 
por eosina 
 
Dentre as glicoproteínas e sialoproteínas, 
destacam-se 
 Osteonectina, que parece ser 
importante para o mecanismo de 
calcificação da matriz 
 Osteopontina 
 
Vários fatores de crescimento fazem parte da 
matriz orgânica 
 Proteínas morfogenéticas 
ósseas (BMP, bone morphogenetic 
proteins) 
MATRIZ ÓSSEA 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
5 | P á g i n a 
 
 fator de crescimento de fibroblastos 
(FGF, fibroblast growth factor) 
 Fator de crescimento derivado de 
plaquetas (PDGF, platelet-derived growth 
factor) 
 
A parte inorgânica representa cerca de 50% 
do peso da matriz óssea 
 
Os íons mais encontrados são o fosfato e o 
cálcio 
 
Há também bicarbonato, magnésio, potássio, 
sódio e citrato em pequenas quantidades 
 
Cristais que se formam pelo cálcio e pelo 
fosfato têm a estrutura do mineral 
hidroxiapatita, com a seguinte composição: 
 Ca10(PO4)6(OH)2 
 
Os cristais mostram imperfeições e não são 
idênticos à hidroxiapatita encontrada em rochas 
 
Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita 
são hidratados, existindo, portanto, uma camada 
de água e íons em volta dele, a qual é 
denominada capa de hidratação, que facilita a 
troca de íons entre o cristal e o líquido 
intersticial. 
 
A associação de cristais de hidroxiapatitaà 
superfície das fibras colágenas é responsável 
pela rigidez e pela resistência mecânica do 
tecido ósseo 
 
Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm 
sua forma intacta e tornam-se tão flexíveis 
quanto os tendões 
 
a destruição da parte orgânica, que é 
principalmente colágeno, pode ser realizada por 
incineração e também deixa o osso com sua 
forma intacta, porém tão quebradiço que 
dificilmente pode ser manipulado sem se partir. 
 
Calcificação começa pela deposição de sais de 
cálcio sobre as fibrilas colágenas, um processo 
que parece ser induzido por proteoglicanos e 
glicoproteínas da matriz. 
 
A deposição dos sais de cálcio é também 
influenciada pela concentração desses minerais 
em vesículas (vesículas da matriz) que brotam 
do citoplasma dos osteoblastos e são expelidas 
para a matriz. 
 
Existe ainda a possível participação da enzima 
fosfatase alcalina, sintetizada pelos osteoblastos. 
 
 
 
 
A superfície externa e interna dos ossos é 
recoberta por uma camada composta de tecido 
conjuntivo e de células osteogênicas, 
constituindo, respectivamente, o periósteo e 
o endósteo 
 
 
PERIÓSTEO E ENDÓSTEO 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
6 | P á g i n a 
 
 Periósteo 
 
A camada mais externa do periósteo contém 
principalmente fibras colágenas e fibroblastos 
 
As fibras de Sharpey são feixes de fibras 
colágenas do periósteo que penetram o tecido 
ósseo e prendem firmemente o periósteo ao 
osso. 
 
A camada interna do periósteo, justaposta ao 
tecido ósseo, é mais celularizada e apresenta 
células osteoprogenitoras, morfologicamente 
semelhantes aos fibroblastos 
 
Células se multiplicam por mitose e se 
diferenciam em osteoblastos, desempenhando 
papel importante no crescimento dos ossos por 
aposição 
 
Tecido ósseo crece pelo mecanismo de 
aposição, que também é muito importante na 
remodelação óssea e na reparação das fraturas. 
 
 Endósteo 
 
Reveste as superfícies internas do osso 
 
Constituído por uma delgada camada de células 
osteogênicas achatadas, que reveste as 
cavidades do osso esponjoso, o canal medular, 
os canais de Havers e os de Volkmann 
 
Fornece novos osteoblastos para o 
crescimento, a remodelação e a recuperação 
do osso após traumatismos mecânicos, o 
endósteo e, principalmente, o periósteo são 
importantes para a nutrição do tecido ósseo 
em função da existência de vasos sanguíneos 
em seu interior. 
 
 
 
 
 
Osso compacto é formada por tecido ósseo 
sem cavidades visíveis 
 
Osso esponjoso é formado interiormente, por 
uma parte com muitas cavidades 
intercomunicantes 
 
 
 
Essa classificação é principalmente 
macroscópica e não histológica 
 
Nos ossos longos, as extremidades 
ou epífises são formadas por osso esponjoso 
revestido por uma delgada camada superficial 
de osso compacto 
 
OSSO COMPACTO E ESPONJOSO 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
7 | P á g i n a 
 
A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente 
formada por osso compacto, com pequena 
quantidade de osso esponjoso na sua superfície 
interna, delimitando o canal medular. Nos ossos 
longos, o osso compacto é chamado também 
de osso cortical. 
 
Os ossos curtos têm o centro esponjoso e 
possuem em toda a sua periferia uma camada 
de osso compacto. 
 
Nos ossos chatos que constituem a abóbada 
craniana, existem duas camadas de osso 
compacto, as tábuas interna e externa, 
separadas por osso esponjoso que, nessa 
localização, recebe o nome de díploe. 
 
As cavidades do osso esponjoso e o canal 
medular da diáfise dos ossos longos são 
ocupados pela medula óssea 
 
No recém-nascido, toda a medula óssea tem 
cor vermelha, devido à sua grande quantidade 
de sangue, e é ativa na produção de células do 
sangue (medula óssea hematógena) 
 
Pouco a pouco, com a idade, vai sendo infiltrada 
por tecido adiposo, com diminuição da atividade 
hematógena, transformando-se na medula óssea 
amarela. 
 
 
 
 
Existem dois tipos de tecido ósseo: 
 Imaturo, primário ou não lamelar 
 Maduro, secundário ou lamelar 
 
Primário, imaturo ou não 
lamelar 
 
No adulto é muito pouco encontrado 
 apenas próximo às suturas dos ossos do 
crânio, nos alvéolos dentários e em 
alguns pontos de inserção de tendões. 
 
Primeiro a ser fomrado, tanto no 
desenvolvimento embrionário como na 
reparação das fraturas 
 
É um tecido temporário 
 
Fibras colágenas dispostas em várias direções 
sem organização definida 
 
 
 
Menor quantidade de minerais 
 
Tem maior proporções de osteócitos 
 
Os osteócitos se dispõem de maneira 
aparentemente desorganizada 
 
A matriz, quando vista em cortes ao 
microscópio, aparece heterogênea, com 
manchas mais escuras 
 
Secundário, maduro ou 
lamelar 
 
Mais encontrada no adulto 
LAMELAR E NÃO LAMELAR 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
8 | P á g i n a 
 
Sua principal característica é ser formado por 
fibras colágenas organizadas em lamelas 
 
 
 
Lamelas 
 são planas ou têm forma de anéis 
 As fibras colágenas são paralelas entre si 
 De lamela para lamela as fibras têm 
direções diferentes 
 
As lacunas que contêm osteócitos estão 
geralmente situadas entre as lamelas ósseas 
 Mas algumas vezes estão dentro das 
lamelas 
 
 
As lamelas ósseas que se reúnem em 
conjuntos de lamelas podem ter dois tipos de 
arranjos espaciais 
 Lamelas planas se dispõem 
paralelamente umas às outras, formando 
pilhas de lamelas de tecido ósseo 
 Lamelas curvas em forma de anéis se 
dispõem em camadas concêntricas em 
torno de um canal central 
 
 
 
Separando conjuntos de lamelas, ocorre 
frequentemente o acúmulo no meio 
extracelular de uma substância cimentante, que 
consiste em matriz mineralizada, porém com 
pouquíssimo colágeno. 
 
Os conjuntos de lamelas organizadas 
concentricamente formam as estruturas 
denominadas sistemas de Havers ou ósteons 
 
No centro desse cilindro ósseo existe um canal 
revestido de endósteo, o canal de Havers, que 
contém vasos e nervos 
 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
9 | P á g i n a 
 
 
 
 
A diáfise dos ossos é quase toda composta de 
osso lamelar e se constitui em um bom material 
para analisar a distribuição e a organização das 
lamelas nesse tipo de osso. 
 
Suas lamelas ósseas organizam-se em arranjo 
bastante característico, formando quatro 
arranjos principais 
 Sistemas de Havers 
 Sistemas circunferenciais interno e 
externo 
 Sistemas intermediários 
 
Esses quatro sistemas são facilmente 
identificáveis em cortes transversais à diáfise 
 
Havers 
 Formados por lamelas dispostas 
concentricamente 
 Três são compostos de pilhas de 
lamelas planas ou levemente curvas 
 Característico da diáfise dos ossos 
longos 
 Constituídos por um número variável de 
lamelas ósseas concêntricas 
 A espressura da oarede é limitada pela 
distância entre os esteócitos mais 
externos 
 Circulam vasos sanguíneos 
 Canais se comunicam entre si 
 Com a cavidade medular e com a 
superfície externa do osso por meio de 
túneis transversais ou oblíquos à diáfise, 
situados no interior do osso, chamados 
de canais de Volkmann 
 
 Sistemas circunferenciais interno e externo 
 Constituídos por lamelas ósseas paralelas 
entre si 
 Formam duas faixas (parte interna do 
osso, em volta canal medular e em 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
10 | P á g i n a 
 
contato com o endósteo, e a outra na 
região mais externa, próxima ao 
periósteo) 
 Sistema circunferencial externo é mais 
espesso do que o interno 
 
Remodelação do tecido ósseo 
na diáfise 
 
O diâmetro dos sistemas de Havers é muito 
variável porque o tecido ósseo está em 
remodelação constante 
 
Cada um é construído por deposição sucessiva 
de lamelas ósseas a partir da periferia para o 
interior 
 
Os sistemas mais jovens têm canaismais 
amplos do que os antigos 
 
As lamelas mais internas são sempre as mais 
recentemente adicionadas 
 
Sistema intermediário 
 Conjuntos de lamelas paralelas 
 Contorno triangular 
 
Esses trechos de lamelas ósseas formam-se a 
partir de restos de sistemas de Havers que 
foram reabsorvidos durante o crescimento do 
osso 
 
 
 
 
Dois processos 
 Ossificação intramembranosa 
 Ossificação endocondral 
 
Ossificação intramembranosa 
 
Ocorre no interior de membranas de tecido 
mesenquimal durante a vida intrauterina e de 
membranas de tecido conjuntivo na vida pós-
natal 
 
Processo formador dos ossos frontal e parietal 
e de partes do occipital, do temporal e dos 
maxilares superior e inferior. 
 
Contribui para o crescimento dos ossos curtos 
 
Contribui aumento em espessura dos ossos 
longos 
 
O local da membrana onde a ossificação 
começa chama-se centro de ossificação 
primária 
 
O processo tem início pela diferenciação de 
células mesenquimatosas que se transformam 
em grupos de osteoblastos e sintetizam 
o osteoide (matriz ainda não mineralizada), que 
logo se mineraliza 
 
Osteoblastos que acabam sendo totalmente 
envolvidos pela matriz passam para a categoria 
de osteócitos 
HISTOGÊNESE 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
11 | P á g i n a 
 
Surgem quase simultaneamente no centro de 
ossificação, há confluência de pontes ou traves 
de tecido ósseo recém-formadas, mantendo 
espaços entre si preenchidos por células 
mesenquimais, células osteoprogenitoras e 
vasos sanguíneos, o que confere ao osso uma 
estrutura esponjosa 
 
As células mesenquimatosas presentes nesses 
espaços dão origem à medula óssea 
 
Nos ossos chatos do crânio, principalmente 
após o nascimento, verifica-se um predomínio 
acentuado da formação sobre a reabsorção de 
tecido ósseo nas superfícies interna e externa. 
 Assim, formam-se as duas tábuas de osso 
compacto, enquanto o centro permanece 
esponjoso (díploe) 
 
As regiões superficiais da membrana conjuntiva, 
que não sofrem ossificação, passam a constituir 
o endósteo e o periósteo. 
 
 Ossificação endocondral 
 
A ossificação endocondral tem início sobre uma 
peça de cartilagem hialina, cujo formato é 
semelhante ao do osso que se vai formar, 
porém de tamanho menor 
 
Esse tipo de ossificação é o principal 
responsável pela formação dos ossos curtos e 
longos. 
 
Ela consiste essencialmente em dois processos 
 As células da cartilagem hialina sofrem 
várias modificações, inclusive a hipertrofia 
dos condrócitos, que aumentam muito de 
volume. A matriz cartilaginosa situada entre 
os condrócitos hipertróficos reduz-se a 
finos tabiques e sofre calcificação. Assim, 
ocorre a morte dos condrócitos por 
apoptose 
 As cavidades previamente ocupadas pelos 
condrócitos são invadidas por capilares 
sanguíneos e células osteogênicas vindas 
do tecido conjuntivo adjacente. Essas 
células se diferenciam em osteoblastos, 
que depositarão matriz óssea sobre os 
tabiques de cartilagem calcificada. Os 
osteócitos derivados dos osteoblastos são 
envolvidos por matriz óssea; dessa 
maneira, aparece tecido ósseo onde antes 
havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra 
transformação deste tecido naquele. Os 
tabiques de matriz calcificada da cartilagem 
servem apenas de ponto de apoio para a 
deposição de tecido ósseo. 
 
Formação dos ossos longos 
 
O molde cartilaginoso apresenta uma parte 
média estreitada e as extremidades dilatadas, 
correspondendo, respectivamente, à diáfise e 
às epífises do futuro osso 
 
O primeiro tecido ósseo a aparecer no osso 
longo é formado por ossificação 
intramembranosa no pericôndrio que recobre a 
parte média da diáfise, formando um cilindro de 
tecido ósseo em torno do modelo de 
cartilagem, o colar ósseo. 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
@BiomedicinaS.O.S Giovana 
 
 
12 | P á g i n a 
 
Enquanto o colar ósseo se forma, as células 
cartilaginosas envolvidas por ele e situadas no 
interior do modelo de cartilagem hipertrofiam e 
morrem por apoptose 
 
Vasos sanguíneos partindo do periósteo (antigo 
pericôndrio) do colar ósseo crescem em 
direção à cartilagem calcificada, levando consigo 
células osteoprogenitoras originárias do 
periósteo. As células osteoprogenitoras 
proliferam e diferenciam-se em osteoblastos, 
que formam camadas contínuas nas superfícies 
dos tabiques cartilaginosos calcificados e iniciam 
a síntese da matriz óssea, a qual logo se 
mineraliza. 
 
O centro de ossificação descrito, que aparece 
na parte média da diáfise, é chamado de centro 
de ossificação primário 
 
 
Desde o início da formação do centro de 
ossificação primário, surgem osteoclastos e 
ocorre absorção do tecido ósseo formado no 
centro do modelo cartilaginoso, resultando na 
formação do canal medular 
 
Mais tarde, formam-se os centros secundários 
de ossificação, um em cada epífise, porém não 
simultaneamente. 
 
 Disco epifisário 
 
Quando o tecido ósseo formado nos centros 
secundários ocupa as epífises, a cartilagem 
hialina do antigo modelo do osso torna-se 
restrita a apenas dois locais 
 Cartilagem articular 
 Disco epifisário ou cartilagem de 
conjugação 
 
Um disco de cartilagem hialina situado entre a 
epífise e a diáfise, que não foi penetrado por 
tecido ósseo durante a ossificação. 
 
Responsável pelo crescimento longitudinal do 
osso após sua histogênese inicial. 
 
Seu desaparecimento, por ossificação, 
aproximadamente aos 18 a 20 anos de idade, 
determina a parada do crescimento longitudinal 
dos ossos 
 
Zona de cartilagem em repouso: na qual existe 
cartilagem hialina sem qualquer alteração 
morfológica 
 
Zona de cartilagem seriada: na qual os 
condrócitos dividem-se rapidamente e formam 
colunas paralelas de células achatadas e 
empilhadas no sentido longitudinal do osso 
 
Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta 
condrócitos muito volumosos, com depósitos 
citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz 
fica reduzida a tabiques delgados situados entre 
as células hipertróficas. Os condrócitos entram 
em apoptose 
Biomedicina Universidade Anhembi Morumbi 
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13 | P á g i n a 
 
Zona de cartilagem calcificada: zona estreita em 
que ocorre a mineralização dos delgados 
tabiques de matriz cartilaginosa. É constituída 
pelos tabiques e pelos espaços entre eles, 
ocupados por restos de condrócitos 
 
Zona de ossificação: zona em que é formado 
tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células 
osteoprogenitoras originadas do periósteo 
invadem os espaços deixados pelos condrócitos 
mortos. As células osteoprogenitoras se 
diferenciam em osteoblastos, que formam uma 
camada contínua sobre os restos da matriz 
cartilaginosa calcificada, onde os osteoblastos 
depositam a matriz óssea 
 
 
 
 
 
 
O esqueleto contém 99% do cálcio (Ca2+) do 
organismo e funciona como uma reserva desse 
íon, cuja concentração no sangue (calcemia) 
deve ser mantida constante para o 
funcionamento normal de inúmeros processos 
no corpo. 
 
Há um intercâmbio contínuo entre o cálcio do 
plasma sanguíneo e o dos ossos 
 
O cálcio absorvido da alimentação, e que faria 
aumentar a concentração sanguínea desse íon, 
é depositado rapidamente no tecido ósseo 
 
Inversamente, o cálcio dos ossos é mobilizado 
quando sua concentração diminui no sangue. 
 
Existem dois mecanismos de mobilização do 
cálcio depositado nos ossos 
 Simples transferência (por diluição) dos 
íons dos cristais de hidroxiapatita para o 
líquido intersticial, do qual o cálcio passa 
para o sangue 
 Mecanismo da mobilização do cálcio é 
de ação mais lenta e resulta da ação do 
hormônio da paratireoide, 
ou paratormônio, sobre o tecido ósseo. 
 
METABOLISMO DO ORGANISMO 
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A calcitonina, outro hormônio produzido pelas 
células parafoliculares da tireoide, inibe a 
reabsorção da matriz e, portanto, a mobilizaçãodo cálcio. 
 
 
 
 
Para constituir o esqueleto, os ossos unem-se 
uns aos outros por meio de estruturas 
formadas por tecido conjuntivo, as articulações 
 
Diartroses 
 Possibilitam grandes movimentos 
 
Sinartroses 
 Não há movimentos ou, quando 
ocorrem, são muito limitados 
 
Conforme o tecido que une as peças ósseas, 
distinguem-se três tipos de sinartroses: 
 Sinostoses, 
 Sincondroses 
 Sindesmoses. 
 
 
 
 
 
 
Nas sinostoses, que são totalmente desprovidas 
de movimentos, os ossos são unidos por tecido 
ósseo 
 
Encontram-se unindo os ossos chatos do crânio 
em idosos 
 
Em crianças e adultos jovens, a união desses 
ossos é realizada por tecido conjuntivo denso 
 
As sincondroses são articulações nas quais 
existem movimentos limitados, sendo as peças 
ósseas unidas por cartilagem hialina. Encontram-
se, por exemplo, na articulação da primeira 
costela com o esterno 
 
As sindesmoses são, como as sincondroses, 
dotadas de algum movimento, e nelas o tecido 
que une os ossos é o conjuntivo denso. São 
exemplos a sínfise pubiana e a articulação 
tibiofibular inferior. 
 
ARTICULAÇÕES 
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As diartroses são as articulações dotadas de 
grande mobilidade e geralmente são as que 
unem os ossos longos 
 
Nas diartroses existe uma cápsula que liga as 
extremidades ósseas, delimitando uma cavidade 
fechada, a cavidade articular 
 Essa cavidade contém um líquido incolor, 
transparente e viscoso, o líquido sinovial, 
que é um dialisado do plasma sanguíneo 
contendo elevado teor de ácido 
hialurônico, sintetizado pelas células da 
camada sinovial 
 
O deslizamento das superfícies articulares que 
são revestidas por cartilagem hialina, sem 
pericôndrio, é facilitado pelo efeito lubrificante 
dos componentes do líquido sinovial 
 
Um dos elementos mais importantes do líquido 
sinovial, que reduz o atrito entre as superfícies 
articulares, é o proteoglicano lubricina 
 
 O líquido sinovial é uma via transportadora de 
substâncias entre a cartilagem articular 
(avascular) e o sangue presente nos capilares 
da membrana sinovial 
 
Nutrientes e oxigênio (O2) passam do sangue 
para a cartilagem articular, e gás carbônico 
(CO2) difunde-se em sentido contrário 
 
 
 
A resiliência da cartilagem é um eficiente 
amortecedor das pressões mecânicas 
intermitentes que são exercidas sobre a 
cartilagem articular, e um mecanismo similar 
ocorre nos discos intervertebrais 
 
Moléculas de proteoglicanos isoladas ou que 
formam agregados constituem um feltro 
contendo grande número de moléculas de 
água. 
 
A matriz é rica em glicosaminoglicanos muito 
ramificados e hidratados, funcionam como uma 
mola biomecânica 
 
A aplicação de pressão força a saída de água 
da cartilagem para o líquido sinovial, o que 
condiciona o aparecimento de outro 
mecanismo que contribui para a resiliência da 
cartilagem. 
 
repulsão eletrostática recíproca entre os 
grupamentos carboxila e sulfato dos 
glicosaminoglicanos, ambos com carga elétrica 
negativa 
 
 
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As cargas negativas também são responsáveis 
pela separação das ramificações dos 
glicosaminoglicanos, criando espaços que serão 
ocupados pelas moléculas de água. 
 
Quando desaparecem as pressões, a água é 
atraída de volta para os interstícios entre as 
ramificações dos glicosaminoglicanos, e o 
movimento de água com nutrientes e gases 
dissolvidos é desencadeado pelo uso da 
articulação 
 
Esse movimento de líquido é essencial para a 
nutrição da cartilagem e para as trocas de O2 e 
CO2 entre a cartilagem e o líquido sinovial 
 
Cápsulas das diartroses têm estruturas 
diferentes, conforme a articulação considerada. 
Em geral, são constituídas por duas camadas 
 Camada fibrosa 
 Camada ou membrana sinovial 
 
 Membrana sinovial 
 
O revestimento da camada sinovial é composto 
por dois tipos celulares 
 Semelhante aos fibroblastos (células F) 
 Aspecto e atividade funcional 
semelhantes aos macrófagos (células M) 
 
 
 
 
A camada fibrosa da cápsula articular é formada 
por tecido conjuntivo denso 
 
 
 
 
 
 
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