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VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS/FUNÇÕES DA LÍNGUA TIPOS DE VARIAÇÃO •Geográfica •Histórica •Social GEOGRÁFICA (REGIONAIS OU DIATÓPICAS) • Ocorrem de acordo com o local onde vivemos. • Culturas • Hábitos • Modos • Tradições EXEMPLOS DE VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS • Diferentes palavras para os mesmos conceitos: jerimum, bergamota, pocar, etc. • Diferentes sotaques, dialetos e falares; • Reduções de palavras ou perdas de fonemas. Procê, docê, etc. HISTÓRICA (TEMPORAL, DIACRÔNICA) •Varia de acordo com a época. •As palavras também caem de moda. •Português arcaico •Português moderno SOCIAIS (DIASTRÁTICAS) • São variações que ocorrem de acordo com os hábitos e cultura de diferentes grupos sociais. Este tipo de variação ocorre porque diferentes grupos sociais possuem diferentes conhecimentos, modos de atuação e sistemas de comunicação. •Gírias próprias de um grupo com interesse comum, como os skatistas. • Jargões próprios de um grupo profissional, como os policiais. SITUACIONAIS (DIAFÁSICAS) • São variações que ocorrem de acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo comunicativo. Há momentos em que é utilizado um registro formal e outros em que é utilizado um registro informal. • São as variações que se dão em função do contexto comunicativo, isto é, a ocasião determina o modo como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal. LINGUAGEM • A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicação verbal, visual, auditiva etc. Damos o nome de fala à utilização que cada membro da comunidade faz da língua, tanto na forma oral quanto na escrita. • “(...) a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal.” (RODRÍGUEZ, 2000) MODALIDADES DA LÍNGUA • NORMA CULTA: • é aquela utilizada em situações formais, principalmente na escrita – mais planejada e bem elaborada. Caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos: um cuidado maior com o vocabulário, obediência às regras estabelecidas pela Gramática, organização rigorosa das orações e dos períodos etc. • “(...) O mais forte e apreciável motivo para um estudo dos assuntos humanos é a curiosidade. Este é um dos traços distintivos da natureza humana. Ao que parece, nenhum ser humano é dele totalmente destituído, apesar de seu grau de intensidade variar enormemente de indivíduo para indivíduo. No campo dos assuntos humanos, a curiosidade nos leva a buscar uma óptica panorâmica, através da qual se possa chegar a uma visão da realidade, tão inteligível quanto possível para a mente humana.” • Arnold TOYNBEE. Um estudo da história. Brasília: EdUnB. 1987. Pág. 47. (com adaptações). LINGUAGEM COLOQUIAL: é adotada em situações informais ou familiares. Caracteriza-se pela espontaneidade, já que não existe uma preocupação com as normas estabelecidas (aceita o uso de gírias e de palavras não dicionarizadas). Embora seja uma linguagem informal, não é necessariamente inculta, pois a desobediência a certas normas gramaticais se deve à liberdade de expressão e à sensibilidade estilística do falante. É facilmente encontrada na correspondência pessoal (msn, e-mail etc.), na literatura, histórias em quadrinhos, nos jornais e revistas. Veja o exemplo: Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando tanto? Me parece que as coisas no fim sempre dão certo. LINGUAGEM TÉCNICA: é utilizada por alguns profissionais (policiais, vendedores, advogados, economistas etc.) no exercício de suas atividades. Exemplo: “Vamos direto ao assunto: interface gráfica ou não, muitas vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo aborrecedor esforçar-se na redigitação de subdiretórios longos ou comando mal digitados”. Revista PC World, ago/2007. p. 98. LITERÁRIA (artística): tem finalidade expressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo). Observe: “O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos óculos menineiros de um grupo negro. Sentaram-me num automóvel de pêsames”. Memórias Sentimentais de João Miramar. Oswald de Andrade Seja um texto literário ou escolar, a redação sempre apresenta alguém que o escreve, o emissor, e alguém que o lê, o receptor. O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso para o receptor é o canal (no nosso caso, o canal é o papel). Os fatos, os objetos ou imagens, os juízos ou raciocínios que o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor utiliza (no nosso caso, obrigatoriamente, a língua portuguesa) constitui o código. •Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma mensagem, que se reporta a um contexto ou referente. • Num CONTEXTO, o EMISSOR (codificador) elabora uma MENSAGEM, através de um CÓDIGO, veiculada por um CANAL para um RECEPTOR (decodificador). FUNÇÕES DA LINGUAGEM • Emotiva/expressiva • Fática • Referencial/informativa/denotativa • Poética • Metalinguística • Conotativa/diretiva (apelativa) FOCOS • ELEMENTO FUNÇÃO contexto → referencial emissor → emotiva receptor → conativa canal → fática mensagem → poética código → metalingüística EMOTIVA/EXPRESSIVA • Serve para expressar atitudes e emoções. Reflete o estado de ânimo do emissor, seus sentimentos e emoções. • É subjetiva • Carregada de pronomes: eu, me, mim, minha • O emissor é enfatizado FÁTICA Objetivos: • Estabelecer uma relação com o emissor. • Verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para estender a conversa • Diálogos, conversa ao telefone CONOTATIVA/APELATIVA • O receptor é posto em destaque • É estimulado pela mensagem • O autor quer influenciar o receptor • Características: • Imperativo • Vocativo REFERENCIAL/INFORMATIVA/ DENOTATIVA • Ênfase no contexto. • Intenção: informar • Linguagem clara, direta, precisa • Procura traduzir a realidade de forma objetiva. • Jornalistas, científicos e didáticos. POÉTICA •Enfatiza a construção da mensagem •Escolha de palavras que realcem a sonoridade •O texto não é objetivo •Prosa e verso METALINGUÍSTICA REFERÊNCIAS • DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de português jurídico. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. • MARTINO, Agnaldo. Português esquematizado. Gramática, interpretação de texto, redação oficial, redação discursiva. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. • www.coladaweb.com.br • www.google.com.br • www.grancursospresencial.com.br • www.normaculta.com.br • www.significados.com.br
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