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Acionamentos de motores Sociesc

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ACI 
ACIONAMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elaborado por: Wilerson Sturm 
 Revisado por: Lílian R. K. Schultz 
 
 
 
 
 REV.00 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
2 
SUMÁRIO 
 
1. Transformadores ......................................................................................................... 5 
1.1 - Princípio de funcionamento ................................................................................. 5 
1.2 - Relação de espiras .............................................................................................. 6 
1.3 - Relação de tensões ............................................................................................. 7 
1.4 - Potência do transformador .................................................................................. 8 
1.5 - Aparência e símbolo do transformador ................................................................ 8 
AUTO-TRANSFORMADOR .......................................................................................... 11 
1.6 - ECONOMIA DO AUTOTRANSFORMADOR COM RELAÇÃO AO 
TRANSFORMADOR ................................................................................................... 13 
1.7 - OBJETIVOS DA MELHORIA DO FATOR DE POTÊNCIA ................................ 15 
Leis de Movimento ........................................................................................................ 18 
Constituição de um Motor de Corrente Contínua .......................................................... 20 
Tipos de motores de corrente continua ......................................................................... 22 
Princípio de funcionamento ........................................................................................... 24 
Quadro comparativo de motores de corrente contínua ................................................. 24 
Avarias típicas de um motor de Corrente Contínua ....................................................... 26 
Manutenção ................................................................................................................... 28 
TIPOS DE MOTOR DE PASSO .................................................................................... 29 
1.8 - Motores de Relutância Variável ...................................................................... 29 
1.9 - Motores de Passo Bipolares ........................................................................... 31 
1.10 - Motores Multifases ........................................................................................ 32 
CONTROLE LÓGICO DE UM MOTOR DE PASSO ...................................................... 32 
1.11 - GERANDO OS SINAIS ................................................................................... 33 
CONTATOR .................................................................................................................. 39 
1.12 - INTRODUÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 39 
1.13 - Contatos .......................................................................................................... 39 
1.14 - Botoeira - botão liga e desliga ......................................................................... 41 
Relé Bimetálico .............................................................................................................. 41 
1.15 - Funcionamento ............................................................................................... 41 
Prática ........................................................................................................................... 43 
1.16 - Diagrama Principal .......................................................................................... 43 
1.17 - Diagrama de Comando ................................................................................... 43 
1.18 - Diagrama Multifilar .......................................................................................... 44 
1.19 - Diagrama Unifilar ............................................................................................ 44 
1.20 - Simbologia Elétrica ......................................................................................... 44 
CARGA TRIFÁSICA EM ESTRELA E TRIÂNGULO ..................................................... 45 
1.21 - Objetivo ........................................................................................................... 45 
1.22 - Introdução Teórica: ......................................................................................... 45 
1.23 - Carga Trifásica Estrela .................................................................................... 46 
1.24 - Triângulo ......................................................................................................... 47 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
3 
1.25 - Esquema do Wattímetro Monofásico .............................................................. 48 
MOTOR MONOFÁSICO ................................................................................................ 48 
1.26 - Introdução Teórica .......................................................................................... 48 
1.27 - Prática ............................................................................................................. 50 
1.28 - Diagrama Principal .......................................................................................... 50 
1.29 - Diagrama de Comando ................................................................................... 51 
1.30 - Diagrama de inversão do motor monofásico. .................................................. 51 
1.31 - Diagrama Principal .......................................................................................... 51 
1.32 - Diagrama de comando .................................................................................... 52 
LIGAÇÃO SUBSEQUENTE AUTOMÁTICA DE MOTORES ......................................... 53 
1.33 - Introdução Teórica .......................................................................................... 53 
1.34 - Prática ............................................................................................................. 54 
1.35 - Diagrama Principal .......................................................................................... 54 
1.36 - Diagrama de Comando ................................................................................... 54 
INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTACÃO .................................................................... 54 
1.37 - Introdução Teórica .......................................................................................... 54 
1.38 - Prática ............................................................................................................. 55 
1.39 - Diagrama Principal .......................................................................................... 55 
1.40 - Diagrama de Comando ................................................................................... 56 
LIGAÇÃO DE UM MOTOR TRIFÁSICO EM ESTRELA E TRIÂNGULO ....................... 56 
1.41 - Introdução Teórica .......................................................................................... 56 
1.42 - Partida de Motores com Chave Estrela - Triângulo. ........................................ 56 
1.43 - Prática ............................................................................................................. 58 
1.44 - Diagrama Principal .......................................................................................... 58 
1.45 - Diagrama de Comando ................................................................................... 58 
1.46 - Diagrama de Comando ...................................................................................59 
1.47 - COMANDO AUTOMÁTICO POR CHAVE COMPENSADORA (AUTO - 
TRANSFORMADOR) .................................................................................................. 59 
1.48 - Introdução Teórica .......................................................................................... 59 
1.49 - Prática – Diagrama Principal ........................................................................... 61 
1.50 - Diagrama de Comando ................................................................................... 61 
1.51 - COMANDO AUTOMÁTICO PARA DUAS VELOCIDADES ( DAHLANDER) .. 62 
1.52 - Introdução Teórica .......................................................................................... 62 
1.53 - Prática ............................................................................................................. 63 
1.54 - Diagrama Principal .......................................................................................... 63 
1.55 - Diagrama de Comando ................................................................................... 64 
COMANDO AUTOMÁTICO PARA COMPENSADOR ................................................... 64 
1.56 - Introdução Teórica .......................................................................................... 64 
1.57 - Prática ............................................................................................................. 65 
1.58 - Diagrama Principal .......................................................................................... 65 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
4 
1.59 - Diagrama de Comando e Auxiliar ................................................................... 66 
COMANDO AUTOMÁTICO ESTRELA – TRIÂNGULO COM REVERSÃO ................... 66 
1.60 - Introdução Teórica .......................................................................................... 66 
1.61 - Prática ............................................................................................................. 67 
1.62 - Diagrama de Comando e Auxiliar ................................................................... 67 
COMANDO AUTOMÁTICO PARA DUAS VELOCIDADES COM REVERSÃO ............. 68 
1.63 - Introdução Teórica .......................................................................................... 68 
1.64 - Prática ............................................................................................................. 68 
1.65 - Diagrama Principal .......................................................................................... 68 
INVERSORES DE FREQÜÊNCIA ................................................................................. 68 
1.66 - O CONTROLE ESCALAR ............................................................................... 68 
1.66.1 - Boost ........................................................................................................... 71 
1.66.2 - IxR ............................................................................................................... 71 
1.66.3 - Escorregamento .......................................................................................... 71 
1.67 - O MODO DE CONTROLE VETORIAL ............................................................ 72 
1.68 - CONCLUSÃO ................................................................................................. 73 
I . Introdução .................................................................................................................. 74 
1.69 - II . Operação Física do IGBT ........................................................................... 76 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
5 
 
1. TRANSFORMADORES 
1.1 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 
Vimos anteriormente que a indução corresponde a geração de uma corrente elétrica a 
partir do deslocamento de um campo magnético próximo a um condutor, ou vice-versa. 
Figura 1. 
Quando tem-se uma corrente elétrica circulando em uma bobina, um campo 
magnétrico é gerado. Se a corrente elétrica for variável o campo magnético também 
será variável. Sendo assim, existe um movimento do campo magnético em relação ao 
condutor. Este movimento relativo provocará a indução de uma tensão/corrente elétrica 
na própria bobina, pois as linhas de força estão “cortando” as espiras da bobina . Esta 
tensão/corrente é conhecida como força contra-eletromotriz (fcem). 
A fcem é de polaridade oposta a corrente elétrica que a criou (corrente indutora). Se a 
corrente indutora está surgindo, a fcem irá se opor a este surgimento. Se a corrente 
indutora está desaparecendo, a fcem tentará mante-la. 
Se próxima a esta bobina (primeira bobina ou bobina indutora) houver uma segunda 
bobina, esta também será cortada pelas linhas de força. Em consequência surgirá 
nesta segunda bobina uma tensão (figura 2 e 3). Esta tensão é conhecida por tensão 
induzida, e seu valor depende de: 
 
Intensidade da tensão aplicada na bobina indutorra; 
Número de espiras da bobina indutora (primeira bobina); 
Número de espiras da segunda bobina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.1 – Indução eletromagnética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2 – Campo magnético devido a uma 
corrente elétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
6 
 
 
 
Fig. 3 – Indução de uma tensão na bobina 
secundária devido a estar próxima de uma 
bobina indutora. 
 
 
Um transformador consiste em duas (ou mais) bobinas enroladas sobre um núcleo de 
material magnétrico ou, então, próximas de modo que as linhas de fluxo de uma bobina 
(bobina indutora ou bobina primária) cortem as espiras de outra bobina (bobina 
induzida ou bobina secundária). Figura 4. 
 
 
 Bobina do primário – 
 
 
 
 Bobina do secundário – 
 
 
 Núcleo - 
Fig. 4 – Construção simplificada de um transformador. 
1.2 - RELAÇÃO DE ESPIRAS 
A bobina do transformador à qual se aplica a tensão de entrada é denominada 
enrolamento primário. A passagem de corrente por ela estabelece um campo 
magnético que induz a tensão na outra bobina (enrolamento secundário). 
Como a grandeza da tensão induzida depende do número de espiras do secundário, 
em relação ao número de espiras do primário, a relação de espiras é uma 
característica importante do transformador. É definida como a relação entre o número 
de espiras do primário e o número de espiras do secundário. 
 
relação de espiras = Np / Ns [1] 
 
Sendo: 
 
Np o número de espiras do primário; 
Ns o número de espiras do secundário; 
 
 EXEMPLO 1: 
 
 Cosidere um transformador com 345 espiras na bobina primária e 45 espiras na 
bobina secundária. Qual a relação de espiras deste transformador? 
 Sol.: 
 
 
 
 
Transformadores 
elevadores – A bobina 
secundária tem mais 
espiras do que a bobina 
primária. 
Transformadores 
rebaixadores – A bobina 
secundária tem menos 
espiras do que a bobina 
primária. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
7 
 
 
 
 
 
- Uma relação de 1:3, por exemplo, indica que o secundário tem três vezes mais 
espiras do que o primário. - Uma relação de espiras de 20:1, por exemplo, indica que o 
primário tem vinte vezes mais espiras do que o secundário. 
1.3 - RELAÇÃO DE TENSÕES 
 
Como a tensão induzida no secundário de um transformador pode ser maior ou 
menor do que a tensão do primário, o transformador pode ser considerado como um 
dispositivo que muda a tensão. 
Um transformador usado para alimentar um anúncio de néon, por exemplo, produz 
milhares de volts de saída, elevando a tensão da linha ( 115V C.A.). 
Como o valor da tensão induzida numa bobina depende do número de espiras cortadas 
pelo campo magnético, um enrolamento secundário com muitas espiras, terá nele 
induzidauma tensão maior do que em secundário com menos espiras. Se por exemplo, 
o campo magnético induz um décimo de volt para cada espira do secundário, um 
secundário de 2.000 espiras terá uma tensão induzida de 200 volts; um secundário de 
3.000 espiras terá uma tensão induzida de 300 volts. Matematicamente, a relação de 
tensões do primário para o secundário, é igual à relação de espiras: 
 
Ep Np 
----- = ----- 
Es Ns 
 
 
Sendo: 
Np e Ns os números de espiras do primário e do secundário; 
Ep e Es respectivamente, nas tensões do primário e do secundário; 
 
EXEMPLO 2: 
 
 Um transformador recebe em sua entrada uma tensão de 380 V e “entrega” em 
sua saída uma tensão de 15 V. De quanto é a relação de tensão deste transdormador? 
Sol.: 
 
 
 
 
 
EXEMPLO 3: 
 
 Para o transformador do exemplo acima, considere que o enrolamento pimário 
tem 500 espiras. Quantas espiras possuiu o enrolamento secundário? 
Sol.: 
 
[2] 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
8 
 
 
 
 
1.4 - POTÊNCIA DO TRANSFORMADOR 
 
A potência que um transformador “entrega” em seu enrolamento secundário é a mesma 
potência que é recebida em seu enrolamento primário. 
 
 
 Pp = Ps [3] 
 
 
 
 
EXEMPLO 4: 
 
 Um transformador recebe em seu primário uma potência de 5000 W. Qual a 
potência etregue no secundário 
deste transformador? 
Sol.: 
 
 
 
EXEMPLO 5: 
 
 O transformador do exemplo 4 recebe em seu primário uma tensão de 13800 V. 
A relação de espiras é de 1:36. Qual é a tensão no secundário destre trafo? 
 
 
 
EXEMPLO 6: 
 
 Qual a máxima corrente que este transformador poderá fornecer no secundário? 
Qual a corrente absorvida pelo primário? 
Sol: 
 
 
1.5 - APARÊNCIA E SÍMBOLO DO TRANSFORMADOR 
 
As figuras a seguir ilustram alguns tipos de transformadores utilizados em 
eletroeletrônica. 
 
 
 
Onde: Pp - Potência 
absorvida pelo primário; 
Ps – Potência entregue 
pelo secundário. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
9 
 
 
Fig. 5 – Símbolo do trafo 
 
 
No exemplo ilustrado na Fig.1, a tensão induzida no secundário pode ser determinada 
da seguinte maneira: 
 
115 500 
----- = ----- 
Es 1500 
 
115 500 
----- = ----- 
Es 1500 
 
 115 x 1500 
Es = ------- ----- ------- = 345 volts 
 500 
 
Conforme se vê pelo cálculo do secundário é três vezes maior do que a tensão do 
primário o secundário tem três vezes mais espiras do que o primário. Na prática, a 
tensão do secundário é ligeiramente menor do que o valor calculado. Se uma carga for 
ligada ao secundário, a corrente que circula produz uma queda IR na resistência do 
enrolamento secundário. Por conseguinte, a tensão do secundário diminui quando é 
ligada uma carga. Num transformador bem projetado, contudo, essa diminuição é 
desprezível. O projetista do transformador pode calcular essa perda e compensá-la por 
um pequeno aumento de espiras do secundário. 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
10 
 
Um transformador rebaixador. O secundário tem apenas um quarto do número de 
espiras do primário. A tensão do secundário, consequentemente, será igual a um 
quarto da tensão do primário. 
 
 
Ep Np 
----- = ----- 
Es Ns 
 
50 1000 
----- = ----- 
Es 250 
 
 50 x 250 
Es = ------- ----- ------- = 12,5 volts 
 1000 
 
Relação de correntes: 
Embora um transformador possa elevar a tensão, é óbvio que ele não fornece nada 
sem compensação. A elevação de tensão é acompanhada de uma diminuição de 
corrente. A corrente do secundário será determinada pela carga e a ele ligada, mas a 
corrente do primário será maior do que a corrente do secundário, na mesma relação 
em que a tensão do secundário for maior do que a tensão do primário. Se, por 
exemplo, a tensão do secundário for quatro vezes maior do que a tensão do primário, a 
corrente do primário será quatro vezes maior do que a corrente do secundário. Um 
transformador que tem uma relação de tensões elevadora, terá uma relação de 
corrente rebaixadora. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
11 
 
No exemplo ilustrado na figura 3A, a tensão do secundário é três vezes a tensão do 
primário. Se uma carga ligada ao secundário drenar 20 miliampères de corrente, a 
corrente do primário será de 60 miliampères. Na figura 3B a tensão do secundário será 
um quarto da tensão do primário. Se a carga liga ao secundário drenar 200 
miliampères, a corrente do primário será de um quarto deste valor, ou 50 miliampères. 
Matematicamente, a relação de corrente é ligada à relação de espiras da seguinte 
maneira: 
 
Ip Ns 
----- = ----- 
Is Np 
 
Sendo: 
Np e Ns os números de espiras do primário e do secundário respectivamente, Ip e Is as 
correntes do primário e do secundário respectivamente. 
Na prática, a corrente do primário é ligeiramente maior do que o valor calculado, 
porque o primário drena uma corrente adicional para compensar as perdas no núcleo. 
Por esse motivo, a potência de saída do secundário (ES multiplicado por IS) é sempre 
menor do que a potência de entrada do primário (EP multiplicado por IP). A relação 
entre a potência de saída e a potência de entrada é o rendimento do transformador, 
geralmente expresso sob a forma de porcentagem. 
 
 Pot. de saída Es x Is 
% rendimento = ------------------------ x 100 = -------------------------- x 100 
 Pot. de entrada Ep x Ip 
Em transformadores de núcleo de ferro o rendimento geralmente é superior 90%. 
 
AUTO-TRANSFORMADOR 
 
Um autotransformador é um transformador que não dispõe de um enrolamento 
secundário propriamente dito, mas que utiliza o enrolamento primário como secundário. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
12 
A figura nos mostra um esquema de um autotransformador. Consta de um bobinado 
dos extremos A e D, no qual se fez uma derivação no ponto B. 
Chamaremos de primário o bobinado AD e secundário à porção BD para os 
autotransformadores elevadores de tensão, esta denominação ficaria ao contrário. 
 
Podemos observar que o autotransformador intervém somente para modificar a tensão 
de entrada e isto significa que conduzirá uma potência tanto mais reduzida quanto 
menor for a diferença entre as tensões de entrada (Ee) e saída (Es). 
 
Chamando Pu a potência útil na saída do autotransofrmador, a potência transformada 
Pt será dada por uma das seguintes fórmulas, conforme o aparelho trabalhe como 
elevador ou redutor da tensão: 
 
 Ee 
Elevador: Pt = Pu ( 1 - ------ ) 
 Es 
 
 Es 
Redutor: Pt = Pu ( 1 - ------ ) 
 Ee 
 
Esta potência Pt é a que servirá de base para fixar a seção do circuito magnético. 
 
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 
 
Suponhamos um transformador monofásico normal, de dois enrolamentos e de relação 
de transformação 2:1, como é o da figura, 
 
 
Se unirmos eletricamente os bornes P e S, não haverá nenhum inconveniente porque 
estão constantemente ao mesmo potencial. Ao longo do enrolamento primário, 
encontraremos outro ponto cuja voltagem coincida com o borne S do enrolamento 
secundário. Este ponto terá exatamente, desde P, o mesmo n° de espiras que o 
enrolamento secundário, ou seja, a metade do primário, já que a relação de 
transformação é 2:1. 
Unindo-se também estes dois pontos, já que estão ao mesmo potencial não se 
modificam as condições eletromagnéticas de transformação. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
13 
Dessa maneira, reunindo-se os dois enrolamentos, teríamos o esquema da figura 3, 
que é o esquema de um autotransformador. 
 
 
1.6 - ECONOMIA DO AUTOTRANSFORMADOR COM RELAÇÃO AO 
TRANSFORMADOR 
 
Suponhamos que a potência do transformador da figura seja de 1000W. Sendo de 100 
Volts a tensão de entrada, as correntes que circularão nos dois enrolamentos são 10 A 
e 20 A, como mostra a figura. 
 
Sobrepondo-se os dois enrolamentos, vemos que entreos pontos PS e S', circulam 
duas correntes (10A e 20A) de sentido contrário e a corrente resultante, será a 
diferença entre elas, conforme mostra a figura. 
 
Isto significa que, ao convertermos um transformador em autotransformador, não só 
economizaremos o cobre correspondente ao enrolamento secundário mas é preciso 
aumentar o diâmetro do fio do primário, pois na parte comum circula a mesma corrente 
de antes. 
 
Ao suprimir-se um enrolamento, se reduz o núcleo magnético e portanto as perdas no 
ferro e o tamanho físico. Além disso, o rendimento também melhora. 
Frente a essas vantagens econômicas que acabamos de citar, os autrotransformadores 
tem o inconveniente de manter eletricamente unidos os circuitos primário e secundário. 
 
A utilização principal dos autotransformadores tem lugar quando possuímos um 
determinado aparelho em uma tensão (por ex. 110 Volts) e a tensão da rede é diferente 
(por ex. 220 Volts). 
FATOR DE POTÊNCIA 
 
DEFINIÇÃO: O fator de potência é a defasagem entre a corrente e a voltagem num 
sistema elétrico. 
 
Sabemos que num sistema elétrico, existem dois tipos de energia: 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
14 
- a energia ativa 
- a energia negativa. 
 
Qualquer equipamento que transforma a energia elétrica em outra forma de energia, 
por exemplo: um ferro elétrico que transforma a energia ativa em energia térmica, não 
necessita de energia intermediária fornecida pelo gerador é totalmente utilizada ou 
consumida pelo ferro elétrico. 
Todos os equipamentos que possuem enrolamentos, tais como: transformadores, 
reatores para iluminação fluorescente, reatores para iluminação a vapor de mercúrio, 
etc. necessitam de energia magnetizante, como intermediária da energia ativa, e 
passam a ser consumidor de energia ativa e reativa. Em outras palavras, a energia 
reativa, que é aquela utilizada para criar o campo magnético do circuito, não é 
propriamente consumida como energia ativa. 
CARGAS: ÔHMICA - INDUTIVA – CAPACITIVA 
 
A) CARGA ÔHMICA: 
 
Ligando-se uma fonte de corrente alternada a um resistor ôhmico ( por exemplo, um 
ferro elétrico), a voltagem (U) vai variar senoidalmente, como a voltagem que a 
originou. Sendo o valor da voltagem, num determinado momento, igual a zero, então 
também neste momento não circulará corrente. Quando a voltagem alcança o seu valor 
máximo, o mesmo acontecerá com a corrente, isto faz com que se defina: voltagem e 
corrente estão em igualdade de fase. 
 
Quando a carga é ôhmica, voltagem e corrente crescem e decrescem 
simultaneamente. 
(Fig.5.1) 
 
 
 
B) CARGA INDUTIVA: 
 
Quando uma carga indutiva é ligada a uma fonte de corrente alternada, aparecerá uma 
diferença de fase entre a voltagem e a corrente sofrer um atraso em seu deslocamento 
pela ação da auto-indução. Esta diferença é indicada como ângulo em graus. Quando a 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
15 
carga é indutiva pura, o que significa que o circuito de corrente não apresenta 
resistência ôhmica, a diferença de fase alcança 90 graus. 
 
No caso da resistência indutiva pura, a corrente está atrasada em 90 graus em relação 
à voltagem. (Fig.5.2) 
 
 
C) CARGA CAPACITATIVA: 
 
Uma carga capacitativa motiva, num circuito de corrente alternada, um desfasamento 
entre a voltagem e a corrente, no sentido contrário ao desfasamento da carga indutiva. 
Isto é, a corrente está adiantada de 90 graus em relação à voltagem. 
 
No caso da carga capacitiva pura, a corrente está adiantada, em relação à tensão, de 
90 graus. (Fig.5.3) 
 
1.7 - OBJETIVOS DA MELHORIA DO FATOR DE POTÊNCIA 
 
- Liberação da capacidade do sistema: 
- Crescimento do nível de tensão por redução das perdas nos condutores elétricos. 
As companhias concessionárias de energia elétrica acrescem uma taxa aos 
consumidores que tiverem o fator de potência médio mensal menor que 0,85. 
Por exemplo: Uma conta mensal de energia seria de CR$ 100.000,00, porém o fator de 
potência médio mensal foi de 0,60, então a taxa a ser paga será: 
100.000,00 x 0,85 = CR$ 141.666,66 
Acionamentos 
 
 
 
 
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 0,60 
 
 
MENOR DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES COM ALTO FATOR DE 
POTÊNCIA 
 
O dimensionamento dos condutores, em qualquer circuito elétrico, é determinado pela 
corrente (ampères) que circula pelos mesmos. No exemplo abaixo, podemos verificar 
que num circuito de baixo fator de potência teremos menor corrente circulando que 
num circuito de baixo fator de potência. 
 
Exemplo: Num determinado circuito trifásico, com voltagem de 220V, serão ligados 
10kW de potência. Calcular o consumo em ampères, com o fator de potência corrigido 
(Alto Fator) 0,90 e com baixo fator de potência 0,50. 
 
I= W / V. 1,73.cos 
onde V = Tensão da Rede 
I = Corrente consumida em ampères 
W = Potência do circuito em watts 
1,73 = Constante. 
cos = Fator de potência do circuito. 
 
 
CÁLCULO PARA BAIXO FATOR DE POTÊNCIA 
 
I = 10000 / 220.1,73.0,50 = 52,5 Ampères 
 
CÁLCULO PARA ALTO FATOR DE POTÊNCIA 
 
I = 10000 / 220.1,73.0,90 = 29,1 Ampères 
 
Concluímos que em circuitos de alto fator de potência teremos uma corrente circulante 
menor que em circuitos de baixo fator de potência. Naturalmente isto não implica em 
que o consumo de potência (W) seja menor, porém teremos oportunidade de reduzir o 
dimensionamento dos condutores. Podemos aumentar o fator de potência, nas 
instalações elétricas, utilizando banco de capacitores. No caso de haver a necessidade 
de ampliar a iluminação aconselhamos a utilização de reatores com fator de potência 
corrigida. 
 
 
MOTORES ELÉTRICOS: 
 
1) Tipos de motores elétricos 
Acionamentos 
 
 
 
 
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2) Fatores de seleção 
 
Na seleção do motor vários fatores vão ser determinantes. 
A importância destes fatores depende da utilização a que o motor vai ser sujeito e das possibilidades do 
investidor. 
- Tipo de fonte de alimentação (DC ou AC, monofásico ou polifásico). 
- Condições ambientais (limitações à poluição produzida pelo motor: principalmente sonora) 
- Relação Binário/Velocidade; conseqüência direta das características da carga. 
- Consumo e Manutenção; varia com os interesses econômicos, perspectiva a curto ou longo prazo. 
- Controlabilidade: Posição, Binário, Velocidade, Corrente de arranque; depende das exigências da carga. 
 Um aspecto importante na seleção do motor é o tipo de carga mecânica a que vai estar sujeito. Assim, 
convêm referir e caracterizar os diversos tipos, que são apresentados na figura seguinte acompanhada com 
exemplos ilustrativos. 
 
 
 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
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Conceitos Básicos 
 
 Uma máquina elétrica pode ser definida como uma máquina que transforma 
energia elétrica numa outra forma de energia, ou que transforma a energia elétrica com 
determinadas características, em outra forma de energia com outras características. 
 As máquinas elétricas podem ser agrupadas em dois grandes grupos. Máquinas 
estáticas, nas quais não se encontra qualquer peça em movimento, é o caso dos 
transformadores. O outro grupo é denominado por grupo de máquinas rotativas. As 
máquinas deste grupo são constituídas por duas partes, a parte fixa à qual se chama 
estator e a parte móvel que tem o nome de rotor. Todas as máquinas elétricas, são 
constituídas por um enrolamento (bobina) onde é criado o campo magnético, este 
fenômeno surge na parte fixa da máquina, esta parte fixa quando sujeita a campo 
magnético criado pela corrente elétrica toma o nome de indutor. Ao mesmo fenômeno, 
mas que surge na parte móvel que é o local onde vão surgir as forças eletromotrizes 
(f.e.m.) induzidas tem o nome de induzido. 
 O dínamo é uma máquina que pode ser utilizada, para a obtenção de corrente 
contínua e utilizado em locais onde seja fundamental a utilização deste tipo de tensãopara o funcionamento de determinados equipamentos. Esta é uma máquina que requer 
grande delicadeza na sua construção, dai advém o seu elevado custo. 
O motor de corrente contínua é utilizado quando se pretender um motor com fortes 
apetências para obter uma grande variação de velocidade ou onde se disponha de uma 
tensão contínua para alimentar o motor. 
A Manutenção tem cada vez mais um papel importante a desempenhar nas nossas 
empresas. Esta manutenção é um dos fatores importantes para melhorar a 
produtividade e economizar muitos cifrões nas empresas, pode vir a ser um setor a 
afirmar-se em qualquer empresa quando bem organizada e programada. 
LEIS DE MOVIMENTO 
 
 
Leis de Movimento : Lenz, Faraday e Laplace 
No essencial as leis de Lenz e Faraday dizem que: Sempre que um condutor ou 
espira se movimenta dentro de campo magnético, cortando as linhas de força, surge 
nos seus terminais uma força eletromagnética (f.e.m.) induzida, que tende a opor-se à 
Acionamentos 
 
 
 
 
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causa que lhe deu origem. Se os condutores ou espira forem ligados a uma carga , o 
circuito será percorrido por uma corrente elétrica induzida. 
A causa que origina a f.e.m. é obviamente a variação do fluxo através do condutor ou 
espira provocada pelo seu movimento no compro magnético. 
 
 
 
Esquema de funcionamento 
A Lei de Laplace diz-nos que : Se um condutor ou espira, alimentado por uma fonte de energia elétrica, é colocado no 
meio de um campo magnético, exerce-se sobre ele uma eletromagnética, que o faz deslocar com um determinado sentido. 
 
A força eletromagnética exercida sobre o condutor ou espira é proporcional: 
 
À intensidade de corrente o condutor ou espira. 
Ao valor da indução magnética. 
Ao comprimento do condutor ou espira submetido ao 
campo. 
Ao seno do ângulo formado pela indução e pelo 
condutor ou espira. 
 
 
No caso das máquinas rotativas, existem várias espiras (bobinas), apoiadas num eixo 
(rotor), entrando o conjunto em movimento. 
 
 
 
 
 
Esquema de funcionamento de um motor 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
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Resumindo, quando uma corrente elétrica atravessa um condutor é criado em redor do 
mesmo um campo magnético. Se colocarmos esse condutor no seio de um campo 
magnético fixo aquele ficará submetido a uma força eletromagnética que terá como 
efeito fazer com que o condutor se desloque. Assim surge o princípio de funcionamento 
de uma máquina elétrica elementar. 
 
CONSTITUIÇÃO DE UM MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA 
 
As máquinas de corrente continua, quer geradores, quer motores são constituídos por: 
Indutor, induzido, coletor, escovas. 
 INDUTOR - Tem como finalidade produzir o campo magnético, em que a carcaça (estator) faz parte do circuito 
magnético. Este campo tanto pode ser produzido por um ímã permanente como por um eletroímã, sendo estes 
últimos os mais utilizados , pois podem produzir campos magnéticos reguláveis e mais intensos. 
O indutor é constituído por três partes: A parte externa, denominada por carcaça, pelos núcleos onde são 
implantadas as bobinas indutoras e pelas peças polares, por entre as quais se desloca o induzido. 
 
 
 
Os pólos são aparafusados ao estator e as bobinas são colocadas nas peças polares de forma circular, 
sendo estas enroladas de forma a terem polaridades opostas. Os eletroímãs das bobinas são excitados por corrente 
continua, que passa nas bobinas que envolvem os pólos. Há dois tipos de bobinas indutoras ou de excitação: 
Bobinas shunt ou paralelo, que contem um grande número de espiras de fio fino, e a sua resistência é de 
centenas de ohms. Bobinas série, são constituídas por um pequeno número de espiras de fio grosso, e tem uma 
resistência da ordem das décimas de ohms. 
INDUZIDO - Está sujeito a movimento, é constituído por um certo número de bobinas, bobinas estas que se 
encontram encaixadas em ranhuras existentes na periferia do cilindro, que resultam da junção de várias chapas 
magnéticas, de pequena espessura devidamente isoladas entre si de forma a reduzir as perdas por correntes de 
Foucault. 
COLECTOR - Este elemento é formado por um conjunto de lâminas de cobre que são dispostas lado a lado ficando 
permeio folhas de mica que as isolam entre si. A sua disposição, depois de apertadas formam um cilindro, ficando 
solidárias com o veio. O coletor permite captar as correntes estabelecidas nos condutores do induzido, fazendo-as 
passar para o circuito exterior sob a forma de corrente unidimensional, isto é, corrente contínua. 
Acionamentos 
 
 
 
 
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ESCOVAS - São peças com o formato de um paralelepípedo, sendo fabricadas em grafite, estas peças encontram-
se incorporadas, numa outra peça denominada por porta escovas, onde existe um mola que comprime a escova 
sobre o coletor. Existem vários fatores que influenciam a escolha da grafite como material para a produção de 
escovas de máquinas rotativas. A grafite tem como propriedade de lubrificar, reduzindo assim o atrito com o coletor. 
Resumidamente : 
As máquinas rotativas são constituídas por duas partes distintas; a parte fixa ou estator e a parte móvel ou 
rotor. No estator nós encontramos um indutor, as tampas laterais, onde se encontram fixas nesta as chumaceiras, os 
porta escovas onde estão alojadas as respectivas escovas. O rotor é constituído pelo induzido e pelo coletor. 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
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TIPOS DE MOTORES DE CORRENTE CONTINUA 
 
 
 Neste capítulo, iremos estudar mais aprofundadamente o motor auto excitado de 
excitação em série um vez que é o caso particular a que nos predispomos a estudar 
como caso pratico. Contudo apresentaremos os aspectos principais dos restantes de 
uma forma mais sucinta. 
Quando a corrente de excitação provem de uma fonte de corrente continua independente, por exemplo 
uma bateria de acumuladores ou de um gerador, temos neste caso um motor de excitação separada ou 
independente. Contudo o processo de excitação mais utilizado é quando a corrente que irá produzir o campo 
magnético indutor é obtido através da mesma fonte de alimentação ligada ao induzido, diz-se que o motor é de auto 
excitação ou de excitação própria. 
A classificação dos motores de corrente continua é efetuada quanto ao modo como é feita a excitação da 
máquina, ou seja a forma como é feito o fornecimento da corrente que vai alimentar as bobinas indutoras. Assim 
sendo temos: 
 
 
 
Motor Série; 
Este tipo de motor tem a bobina indutor ligado em série com o induzido, por este motivo às bobinas 
indutoras são constituídas por fio grosso e com poucas espiras, o que faz com este motor seja bastante robusto. 
 
 
 
O binário de arranque é bastante elevado, o que lhe permite atingir rapidamente a 
velocidade normal de funcionamento, podendo arrancar a plena carga sem quaisquer 
dificuldades. Há cuidados que se devem ter em atenção na utilização deste tipo de 
motor, pois quando a carga é nula ou muito reduzida à intensidade pedida à rede è 
baixa e a velocidade atingirá valores muito elevados que poderão destruí-lo, diz-se que 
o motor desarvora. Quando tal situação acontecer deve-se desligar imediatamente o 
Acionamentos 
 
 
 
 
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motor, porque com velocidades muito elevadas a estrutura do motor pode ser 
danificada, ou destruir-se por completo, o que pode trazer problemas econômicos para 
os utilizadores. Contudo é um motor que reagem muito bem ás variações de carga, 
permitindo regular a velocidade com grande facilidade. 
Quanto à variação do sentido de rotação deste motor também tem de se ter especial 
atenção, porque não se deve inverter o sentido de rotação do motor série invertendo a 
polaridade da fonte de alimentação, visto que se inverte simultaneamente o sentidoda 
corrente no induzido e no indutor. Deve-se deixar parar completamente o motor e só 
depois se executa o processo de inversão do sentido da corrente que consta, em se 
inverter o sentido da corrente apenas num dos enrolamentos através de um inversor. 
Resumidamente pode-se concluir que o motor de excitação em série tem um elevado binário de arranque, pode 
arrancar a plena carga, é de fácil regulação de velocidade, tem como inconveniente principal, o fato de que é 
necessário ter muito cuidado para que ele não arranque em vazio, visto que ao embalar pode atingir velocidades 
muito elevadas o que o pode destruir. 
Este tipo de motor é utilizado em locais onde não exista o perigo de arrancar em vazio ou em locais onde 
seja necessário um grande binário de arranque, como é o caso de gruas de elevação de cargas e motores de tração 
elétrica. 
Nota: 
Este pode também funcionar em corrente alterna como motor assíncrono monofásico. 
 
Motor de Excitação Separada; 
O enrolamento indutor é alimentado por uma fonte de alimentação exterior ao motor. 
Os enrolamentos do indutor e do induzido formam circuitos elétricos distintos . 
O motor apresenta uma velocidade constante para qualquer valor de carga. 
Apresenta um inconveniente que é de ser necessária uma fonte de alimentação 
exterior. 
Para se poder inverter o sentido de rotação deste tipo de motor basta inverter a 
polaridade de um das fontes de alimentação. 
Utilização: 
Este tipo de motor é o mais indicado e o mais usado em locais onde se necessite de 
variar freqüentemente o sentido de rotação, mantendo uma velocidade constante. É 
utilizado por exemplo nas antenas parabólicas dos radares. 
 
Motor shunt: 
Tem o indutor ligado em paralelo com o induzido. 
Bobina indutora com elevado resistência devido a ser composta por um número muito 
elevado de espiras de fio fino. Isto porque necessitas-se que a intensidade de corrente 
no indutor seja muito baixa. 
Tem uma velocidade quase constante desde vazio até plena carga. 
Tem um binário de arranque inferior ao motor de excitação em série. 
Para que o arranque deste motor seja rápido é necessário que inicialmente a 
intensidade de corrente no induzido seja baixa e no indutor a intensidade de corrente 
seja máxima. 
Para se inverter o sentido de rotação deve-se inverter o sentido da corrente no induzido 
ou no indutor. 
Usualmente, inverte-se o sentido de corrente no induzido. 
Utilização: 
Acionamentos 
 
 
 
 
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Normalmente é utilizado para acionar equipamentos em que o arranque não seja a 
plena carga e em que se necessite de uma velocidade quase constante. É muito 
utilizado em máquinas de ferramentas. 
Motor Compound; 
 
No motor compound existe dois tipos de excitação, a excitação em série e a excitação em shunt, podendo estes 
enrolamentos ser ligados em longa ou curta derivação. 
 
Motor compound adicional; 
Quando o campo magnético criado nos enrolamentos série e derivação tiverem o 
mesmo sentido, denominando-se por campos adicionais. 
Para além de possuir as mesmas características do motor série, este motor possui um 
binário de arranque maior e nunca embala em vazio. 
Motor compound diferencial; 
Quando os campos magnéticos tiverem sentidos opostos. Para além das 
características já mencionadas anteriormente para o motor shunt, este apresenta uma 
velocidade mais constante e um binário de arranque menor. 
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 
 
Nos motores de corrente continua a parte móvel , portanto o rotor, encontra-se no meio dum campo 
magnético que pode ser produzido por um íman permanente ou por um eletroímã. 
Ao aplicarmos uma tensão continua entre as escovas do coletor, as bobinas do induzido serão percorridas 
por uma corrente continua que criará um campo magnético. Isto provocará uma interação entre os dos campos 
magnéticos criados, o campo do indutor e o campo do induzido, o que irão produzir um binário de forças na periferia 
do rotor que fará com que este apresente um movimento giratório. Com este movimento surge-nos um pergunta que 
é inevitável colocar: Se este movimento representa uma velocidade giratória do rotor, essa velocidade depende de 
quê, quais os fatores que a influenciam ? A resposta pode ser bastante complexa, contudo vamos tentar dar uma 
resposta resumida. 
A velocidade que um motor de corrente contínua apresenta-se dependente sempre da intensidade de 
corrente que atravessa o induzido, variando a tensão aplicada nos terminais do induzido a velocidade pode 
aumentar ou diminuir consoante o caso, o número de espiras das bobinas do induzido também é outro fato a ter em 
atenção, porque faz variar o campo magnético e por conseqüência a velocidade, para além deste três fatores a 
velocidade ainda depende, do fluxo do pólo e do número de pólos do indutor. 
Esta velocidade por vezes tem de ser ajustada ao sistema a que o motor está relacionado. 
Tendo-se em conta o que foi dito anteriormente, verifica-se que podemos variar, ou melhor regular, a 
velocidade do motor se variarmos a tensão a que está sujeito, ou então se o fluxo magnético indutor for variado, a 
velocidade por arrastamento/conseqüência varia também. 
Segundo consulta bibliográfica, alguns autores apresentam duas formas de se fazer variar a velocidade, a 
maneira mais prática que consiste em fazer variar o fluxo magnético do indutor através de um reostato de campo, 
que permite aos operadores variar a intensidade de corrente que atravessa as bobinas indutoras. 
A outra maneira, embora menos prática consistem em adicionar ao sistema uma resistência variável em 
série com o induzido, que terá com finalidade fazer variar a tensão aplicada aos terminais do motor. 
QUADRO COMPARATIVO DE MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA 
 
Tipo Binário de arranque Velocidade Utilização 
Excitação separada Fraco Constante Rodar 
Série Elevado 
Variável 
 (embala em vazio) 
Aparelhos elevatórios 
Tração mecânica 
Acionamentos 
 
 
 
 
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Shunt Fraco Constante Máquinas ferramentas 
Compound Adicional Elevado Pouco variável Aparelhos elevatórios 
compound diferencial Fraco Constante 
Máquinas ferramentas 
Máquinas de tecidos 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
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AVARIAS TÍPICAS DE UM MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA 
 
Qualquer máquina de corrente contínua quando em funcionamento permanente ou não, fica sujeita a que 
surjam algumas avarias. Estes defeitos de funcionamento podem ser agrupados do seguinte modo: 
Produção de faíscas entre o coletor e as escovas. 
Aquecimento anormal dos órgãos dum motor. 
O motor não arranca. 
Funcionamento ruidoso. 
 
Produção de faíscas entre o coletor e as escovas 
 
As escovas podem estar em má posição ou o contacto com o coletor pode ser defeituoso; a sua qualidade 
pode ser má ou a montagem no porta escovas pode não ser a mais correta, podendo também ser um problema da 
mola que pressionar a escova contra o coletor. Como o coletor necessita de um ajuste perfeito com as escovas, se 
existir neste um mau estado de conservação, por exemplo sujo e com irregularidades ou com micas salientes. 
Para além disto uma outra situação que pode influenciar as faíscas é o caso das bobinas indutoras se 
encontrarem em curto-circuito, também pode acontecer que as bobinas dos pólos auxiliares estejam com defeito na 
ligação, portanto mal ligados ou em curto-circuito. 
O curto-circuito no indutor e a inadequada ligação das bobinas do induzido às lâminas do coletor podem 
também provocar faíscas. Se houver falta de isolamento entre as lâminas do coletor pode-se provocar um curto-
circuito que mais uma vez pode ser a causa das ditas faíscas que surgem no coletor. A sobrecarga e a velocidade 
excessiva também influenciam o aparecimento deste fenômeno. 
 
Aquecimento anormal dos órgãosdum motor 
 
Aquecimento do induzido 
Este aquecimento pode ser provocado pela sobrecarga ou pelo curto circuito, sendo também de considerar 
as perdas exageradas por histerese e pelas correntes “parasitas" ou correntes de Foucoult ou ainda defeitos de 
fabrico. Como a máquina quando está em funcionamento é considerada um todo, se houver aquecimento de outros 
órgãos da máquina este aquece, como conseqüência. O defeito de isolamento em relação à carcaça devido à 
umidade ou o curto circuito entre espiras ou entre as extremidades das espiras provoca uma redução brusca da 
resistência do circuito fazendo elevar a temperatura do mesmo. 
 
Aquecimento do indutor 
A corrente de excitação que passa nas bobinas indutoras quando excessivas provoca um aquecimento. Devido a 
este aquecimento quando a temperatura começa a ser preocupante pode provocar quebras no isolamento 
(derretendo o verniz que isola espiras entre elas) provocando um curto-circuito. 
 
Aquecimento do coletor 
O aquecimento do coletor pode ser provocado pela pressão exagerada das escovas ou pela defeituosa 
colocação das mesmas em relação ao coletor ou um mau dimensionamento das escovas para o coletor em questão. 
A sobrecarga e o mau isolamento entre as lâminas do coletor devido à sujidade também são fatores que influenciam 
o aumento de temperatura. 
 
Aquecimento dos apoios 
Se a máquina tiver em funcionamento e lubrificação não for efetuada regularmente e de uma forma eficaz, 
ou por qualquer motivo o óleo que se destinava à lubrificação estiver em falta ou ainda se estiver em mau estado ou 
impróprio, ou também é possível que os anéis de lubrificação estejam em mau funcionamento ou defeituosos, assim 
a máquina começa a girar comprimindo "ferro com ferro" provocando um aquecimento. Se o sistema a que o motor 
está ligada não for adequado para as suas características este fica sujeito a uma tensão excessiva tendo também 
como conseqüência um aquecimento exagerado. 
 
Motor não arranca 
Caso o motor não arranque deve-se verificar se existe falta de tensão e se o circuito elétrico até ao motor 
se encontra em pleno estado de conservação e de funcionamento. No entanto, deve-se verificar se o reostato de 
arranque está em perfeito estado de funcionamento e senão possui nenhuma interrupção no seu circuito elétrico, 
podendo também existir erros de ligação do reostato. Um outro motivo pelo qual o motor pode não arrancar deve-se 
à interrupção ou curto-circuito nos enrolamentos indutores ou à má posição das escovas. No caso de existir um 
defeituoso isolamento do motor este poderá também não funcionar. 
Funcionamento ruidoso 
Acionamentos 
 
 
 
 
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O funcionamento ruidoso do motor pode dever-se a um curto-circuito ou à falta 
de carga que poderá levar o motor a atingir velocidades muito elevadas. A sobrecarga, 
o mau estado do coletor e das escovas, o choque do induzido contra as peças polares, 
o induzido desequilibrado, defeitos nos apoios do veio, parafusos desapertados, 
rolamentos mal lubrificados e defeitos no acoplamento da correia de transmissão são 
fatores que farão certamente com que o motor funcione de uma forma ruidosa. 
 
Diagnóstico para detecção de avarias, sintomas e prováveis causas 
 
Sintomas e causas prováveis Soluções 
 
Motor de arranque não arranca ou roda 
devagar 
 
Bateria 
Terminais da bateria defeituosos 
Limpar os terminais e reapertá-los após 
limpeza. 
Cabo de massa defeituoso Limpar e corrigir 
Baixa tensão devido à descarga da bateria Carregar bateria 
Baixa voltagem devido à bateria estragada Substituir bateria 
. 
Interruptor de arranque 
Ponto de contacto do interruptor defeituoso Substituir interruptor 
Ligação de interruptor defeituosa Corrigir 
. 
Interruptor 
Terminais de ligação do interruptor 
defeituosos 
Corrigir 
Placa de contacto queimada ou contacto 
defeituoso 
Substituir interruptor 
Circuito de puxar bobine aberto Substituir interruptor 
Circuito de segurar bobine aberto Substituir interruptor 
. 
Acoplamento 
Escovas defeituosas Revestir ou substituir 
Molas de escovas fracas Substituir molas 
Bobine em curto-circuito Substituir bobina 
Pontas da bobine defeituosas Corrigir 
coletor queimado Corrigir 
Mica mais alta que as laminas do coletor Cotar a mica 
Acionamentos 
 
 
 
 
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Armadura ligada a terra Substituir armadura 
Outras partes gastas Substituir 
. 
Motor de arranque roda continuamente e 
não pára 
 
Interruptor de arranque 
Contacto de interruptor defeituoso Substituir 
Interior de interruptor em Curto-circuito Substituir 
. 
Reostato de arranque 
Pontos de reostato relê derretidos Substituir 
Pontos de reostato em curto-circuito Substituir 
. 
Interruptor magnético 
Placas de contacto derretidas Substituir 
Espiras da bobine em curto-circuito Substituir 
. 
Motor de arranque roda suficiente mas o 
arranque é difícil 
 
Circuito indutor 
Contacto defeituoso Corrigir 
Desalinhamento de contactos Ajustar 
Circuito magnético aberto Substituir 
. 
Interruptor de arranque 
Contacto defeituoso entre interruptor e 
termina 
Substituir 
Contacto do interruptor defeituoso Corrigir 
 
 
MANUTENÇÃO 
 
1º Caso o motor não funcione, verificar o estado energético da bateria. 
2ª Evitar um funcionamento prolongado, a fim de evitar um aquecimento nas bobinas que pode provocar um curto 
circuito devido ao verniz que serve como isolante entre espiras derreter com o calor. 
3ª A lubrificação dos rolamentos e chumaceiras, bem como, a do bendix deve ser constante e adequada evitando 
assim o aquecimento destas peças. 
4º A limpeza e a verificação do estado do coletor também se deve fazer pelo menos uma vez por ano. 
Acionamentos 
 
 
 
 
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5ª A inspeção das escovas, bem como, as das molas dos porta escovas deve ser feita cuidadosamente a fim de 
manter estas em ótimo estado 
6ª Devem-se manter toadas as peças do motor bem limpas, evitando a acumulação de pó que juntamente com a 
umidade poderia provocar um possível curto circuito. 
 
 Observações 
Todo o material isolante exterior é em alumínio tendo como grande vantagem à dissipação do calor. Todas as peças 
são substituíveis, o que quando realizada uma manutenção planejada e eficaz poderá prolongar em muitos anos a 
vida deste motor. 
 
Motor de Passo 
TIPOS DE MOTOR DE PASSO 
 
Os motores de passo são encontrados em 2 tipos: Magnético Permanente (permanent magnet) e 
Relutância Variável (variable reluctance) (existe também os motores híbridos, que são indistinguíveis de magnético 
permanente ou relutância variável de ponto de vista de controle). Motores magnéticos permanente possuem a 
tendência a "agarrar" quando se gira o seu eixo com os dedos (com o motor desligado) e os motores de relutância 
variáveis giram livremente (às vezes eles podem "agarrar" levemente por causa do resíduo magnético no rotor). 
Você geralmente pode identificá-los também com um ohmímetro. Motores de relutância variáveis geralmente 
possuem 3 enrolamentos (às vezes 4), com um retorno comum, enquanto motores magnético permanentes 
possuem 2 enrolamentos independentes, com ou sem fio centrais (center taps). Enrolamentos com fios centrais são 
usados por motores de passo do tipo unipolar. 
Motores de passo vêm em vários escalar de ângulos diferentes. Os motores menos precisos giram 
tipicamente 90° por passo, enquanto os motores de maior precisão são capazes de girar entre 1.8 e 0.72° por 
passo!. Com um controle apropriado, a maioria dos motores de passo de magnético permanente e híbridos podem 
girar em meio-passo (half-steps), e alguns controles podem trabalhar com pequenas frações de passos e 
micropassos.Para ambos motores do tipo magnético permanente e relutância variável, se somente um enrolamento for 
energizado, o eixo irá parar num determinado ângulo e assim ficará "preso" até que o torque exceda o torque do 
motor, nesse ponto, o eixo irá girar, tentando manter sucessivamente a posição de equilíbrio. 
1.8 - MOTORES DE RELUTÂNCIA VARIÁVEL 
Figura 1.1 
Se o motor possuir 3 enrolamentos, tipicamente conectados como mostra a figura acima(figura 1.1), com 
um terminal comum para todos os enrolamentos, este é o tipo mais comum de motores de passo de relutância 
variáveis. Em uso, o fio comum tipicamente vai para o pólo positivo da bateria e os enrolamentos são energizados 
em seqüência. 
O motor exemplo da figura 1.1 é de 30° por passo. O eixo desse motor possui 4 dentes e os enrolamentos 
ficam em volta formando 6 pólos enrolados em volta de dois pólos opostos. Com o enrolamento número 1 
energizado, o dente do eixo marcado com X é atraído para o pólo desse enrolamento. Se a corrente através do 
enrolamento 1 for cortada e o enrolamento 2 for ligado, o motor irá rodar 30° (sentido horário) até que o pólo 
marcado com Y se alinhe com o pólo 2. 
Para rodar esse motor continuamente, nós simplesmente aplicamos energia nos 3 enrolamentos em 
seqüência. Usando lógica positiva, onde for 1 significa passando corrente através do enrolamento do motor, a 
seqüência a seguir irá girar o motor ilustrado na figura 1.1 no sentido horário, 24 passos ou 2 revoluções. 
 
Enrolamento 1 1001001001001001001001001 
Enrolamento 2 0100100100100100100100100 
Acionamentos 
 
 
 
 
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Enrolamento 3 0010010010010010010010010 
tempo --->· 
 
Há ainda motores de passo de relutância variáveis com 4 e 5 enrolamentos, possuindo 5 ou 6 fios. O 
princípio de controle desses motores são os mesmos dos de 3 enrolamentos, mas fica importante trabalhar com a 
ordem correta de energizamento dos enrolamentos para fazer o motor girar satisfatoriamente. 
 
MOTORES DE PASSO UNIPOLARES 
 
 
Figura 1.2 
 
 
Motores de passo, tanto magnético permanente quanto híbridos com 5 ou 6 fios são geralmente 
esquematizados como mostra a figura 1.2, com um fio central em cada um dos enrolamentos. Na prática, 
usualmente o fio central é ligado ao pólo positivo da bateria, e os dois finais de cada enrolamento são levados ao 
pólo negativo alternadamente para reverter a direção do campo magnético proveniente dos enrolamentos. 
A seção do motor mostrada na figura 1.2 é de 30° por passo, magnético permanente ou híbrido -- a 
diferença entre esses dois tipos de motores é irrelevante neste nível de complexidade. O enrolamento número 1 do 
motor é distribuído entre a parte de cima e a de baixo do pólo do estator, enquanto o enrolamento 2 é distribuído 
entre a esquerda e a direita dos pólos do motor. O eixo é um magnético permanente com 6 pólos, 3 suls e 3 nortes, 
colocados em volta da circunferência. 
Para uma faixa angular alta, o eixo provavelmente tem que ter mais pólos. O motor de passo de 30° por 
passo na figura é um dos tipos mais comuns de motores de magnético permanente, entretanto motores com 15 e 
7.5° por passo são facilmente encontrados. Motores de passo de magnético permanente com alta precisão como 
1.8° por passo também são fabricados, motores híbridos são construídos em série de 3.6 e 1.8° por passo, com 
capacidade de até 0.72° por passo. 
Como mostrado na figura, a corrente circulando do fio central do enrolamento 1 até o terminal a causa a 
parte superior do pólo do estator ser pólo Norte enquanto a parte inferior ser pólo Sul. Isso atrai o eixo na posição 
mostrada na figura. Se a energia do enrolamento 1 for desligada e o enrolamento 2 for energizado, o eixo irá girar 
30°, ou um passo. 
 
Exemplo animado do motor da figura 1.2 
Para girar o motor continuamente, nós simplesmente aplicamos corrente nos dois enrolamentos em 
seqüência. Assumindo 1 como lógico positivo, isto é energizando o enrolamento do motor, as seguintes seqüências 
de controle irão girar o motor da ilustração 1.2 no sentido horário, 24 passos ou 4 revoluções. 
 
Enrolamento 1a 1000100010001000100010001 
Enrolamento 1b 0010001000100010001000100 
Enrolamento 2a 0100010001000100010001000 
Enrolamento 2b 0001000100010001000100010 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
31 
tempo ---> 
 
Enrolamento 1a 1100110011001100110011001 
Enrolamento 1b 0011001100110011001100110 
Enrolamento 2a 0110011001100110011001100 
Enrolamento 2b 1001100110011001100110011 
tempo ---> 
Note que os dois lados do mesmo enrolamento nunca são energizados ao mesmo tempo. As duas 
seqüências acima irão girar o motor em um passo de cada vez. A seqüência superior apenas energiza um 
enrolamento por vez, como ilustrado na figura acima; isso gasta menos energia. A seqüência inferior energiza 2 
enrolamentos por vez e geralmente produz um torque 1.4 vezes maior do que a seqüência superior gastando o 
dobro de energia. 
As posições dos eixos do motor nas duas seqüências acima não são as mesmas, como resultado se 
combinarmos as duas seqüências conseguiremos girar o motor em Meio-Passo(half-step). A seqüência combinada 
é: 
 
Enrolamento 1a 11000001110000011100000111 
Enrolamento 1b 00011100000111000001110000 
Enrolamento 2a 01110000011100000111000001 
Enrolamento 2b 00000111000001110000011100 
tempo ---> 
 
1.9 - MOTORES DE PASSO BIPOLARES 
Figura 1.3 
 
Motores de passo bipolares tanto magnético permanente quanto híbridos são construídos com exatamente 
os mesmo mecanismos usados nos motores unipolares, mas os dois enrolamentos são mais simples, sem fio 
central. Isto significa que, o motor é mais simples, mas o circuito eletrônico precisa controlar a reversão da corrente 
para cada enrolamento, isso o torna muito mais complexo. O esquema da figura 1.3 mostra como o motor é 
configurado, enquanto a seção mostrada aqui é exatamente a mesma da seção da figura 1.2. 
O circuito eletrônico para esses tipos de motores são do tipo H-Bridge (pontes com 4 transistores). O motor 
precisa de uma h-bridge para cada enrolamento, isso é discutido com mais detalhes em Controle Eletrônico de um 
Motor de Passo. Basicamente, uma h-bridge permite que a polaridade da energia aplicada em cada ponta de cada 
enrolamento seja controlado independentemente. A seqüência de controle para um passo simples é mostrada 
abaixo usando os símbolos + e - para indicar a polaridade da força aplicada em cada terminal do motor. 
 
Terminal 1a +---+---+---+--- ++--++--++--++-- 
Terminal 1b --+---+---+---+- --++--++--++--++ 
Terminal 2a -+---+---+---+-- -++--++--++--++- 
Terminal 2b ---+---+---+---+ +--++--++--++--+ 
tempo ---> 
 
Note que essas seqüências são idênticas as do motor unipolar, num nível representativo. 
Para distinguir um motor bipolar de um unipolar de 4 fios, meça a resistência entre os terminais. É 
importante observar que alguns motores permanente magnético possuem 4 enrolamentos independentes, 
organizados em uma dupla com 2 cada. Em cada uma, se os enrolamentos são conectados em série, o resultado 
pode ser um motor de passo bipolar de alta voltagem. Se eles estiverem conectados em paralela, o resultado pode 
ser usado como um motor de passo bipolar de baixa voltagem. Se eles forem conectados em série com um fio 
central, o resultado pode ser usado como um motor de passo unipolar de baixa voltagem. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
32 
 
1.10 - MOTORES MULTIFASES 
 
Figura 1.4 
Um tipo menos comum de motores de passo magnético permanente possui seus enrolamentos ligados de 
uma forma cíclica, com um pequeno enrolamento ligando o centro de cada par de enrolamentos formando um 
círculo. O modelo mais comum nessa categoria usa cabeamento de 3-fase e 5-fase. O controle eletrônico requer 1/2 
de um H-bridge para cada terminal do motor, mas esses motores podem gerarmais torque do que um outro motor 
do mesmo tamanho porque todos ou todos exceto um dos enrolamentos são energizados a cada turno de passos. 
Alguns motores de 5-fase possuem resoluções altas na ordem de 0.72° por passo (500 passos por revolução). 
Com um motor de 5-fase, existe 10 passos básicos que se repetem em cada ciclo, como é mostrado 
abaixo: 
 
Terminal 1 +++-----+++++-----++ 
Terminal 2 --+++++-----+++++--- 
Terminal 3 +-----+++++-----++++ 
Terminal 4 +++++-----+++++----- 
Terminal 5 ----+++++-----+++++- 
tempo ---> 
 
Aqui, como no caso dos motores bipolares, cada terminal é conectado hora no positivo hora no negativo da 
bateria. Repare que, a cada passo, somente um terminal muda de polaridade. Essa mudança remove a força de um 
enrolamento anexado no terminal (porque ambos terminais do enrolamento em questão estão na mesma polaridade) 
e aplica força para um enrolamento que estava previamente sem força. Um motor com a geometria da figura 1.4, 
essa seqüência de controle irá girar o motor por 2 revoluções. 
Para distinguir um motor de 5-fase de outro motor com 5 fios, repare que, se a resistência entre 2 terminais 
consecutivos do motor de 5-fase é R, a resistência entre terminais não-consecutivos será 1.5R. 
Repare que alguns motores 5-fase possuem 5 enrolamentos separados, num total de 10 comandos. Esse 
pode ser conectado na configuração estrela mostrada na figura, usando 5 metades de um h-bridge, ou cada 
enrolamento pode ser controlado pelo seu próprio H-bridge. 
CONTROLE LÓGICO DE UM MOTOR DE PASSO 
 
Os motores de passo se comportam diferente de outros motores DC. Primeiramente ele não pode girar 
livremente quando alimentado "classicamente", eles fazem como os seus próprios nomes sugerem: usam passos. 
Um circuito responsável de converter sinais de passo e de direção em comandos para os enrolamentos do motor é o 
controle lógico. Ele recebe os sinais de passos e a direção e gera os sinais para que o motor gire. 
Após esta fase de controle lógico, é preciso o Controle Eletrônico que se encarrega de fornecer a corrente elétrica 
requerida pelos enrolamentos do motor. 
Um exemplo básico do bloco lógico + eletrônico pode ser visto na figura abaixo: 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
33 
 
 
Nela, VLOGIC é a fonte de alimentação do controle lógico, TRANSLATOR é o controle lógico, POWER 
DRIVERS é o controle eletrônico, e VMOTOR é a tensão requerida pelo motor. 
1.11 - GERANDO OS SINAIS 
 
Pode-se gerar os sinais lógicos de 2 maneiras distintas: Por Hardware e por Software. Observe que se 
forem usados microcontroladores, a geração será feita tanto pelo Software(o programa) tanto quanto pelo 
Hardware(o próprio microcontrolador). 
CONTROLE POR HARDWARE 
O controle lógico dos motores de passo servem para qualquer tipo de motor: Unipolar, Bipolar, Magnético 
Permanente, etc... O que se diferencia são os tipos de passo. O tipo de passo mais simples é esse: 
 
E para gerá-lo é mais simples ainda. Basta usar um circuito integrado contador como o CD4017 (esse 
circuito integrado é muito fácil de se encontrar e é barato), basta montá-lo como na figura abaixo e ligar os seus 
terminais 1A, 1B, 2A, 2B no controle eletrônico. 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
34 
Uma forma de passo alternativo, que consome mais energia mais fornece muito mais torque é esse: 
 
Observe que este tipo de passo trabalha alimentando 2 bobinas de cada vez. Para gerar esse sinais pode 
ser usado vários circuitos, os mais comuns usam 2 flip-flops como na figura abaixo: 
 
 
Mas esse tipo de controle não oferece o controle de direção, para resolver este problema são colocados 
portas lógicas que controlam a direção: 
 
 
Com isso, fica fácil definir a direção e os passos do motor. 
Tente utilizar esse tipo de passo, pois ele é melhor que o outro em vários aspectos, tanto em torque quanto 
em controle. Abaixo segue dois esquemas práticos para se gerar esses sinais, observe que nenhum deles foi 
testado. Monte-os primeiro num Proto-Board antes de soldar qualquer coisa. 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
35 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
36 
Esse primeiro exemplo trabalha com alimentação de 12 Volts, usando tecnologia CMOS. 
 
Já esse segundo exemplo usa tecnologia TTL, isto é, só trabalha com no máximo 5 Volts. 
Os motores de passo podem girar basicamente em 2 modos distintos: Passo-completo e Meio-passo. 
Esses dois modos possuem muitas diferenças, por exemplo: 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
37 
 
Passo-completo Meio-passo 
Gasta menos energia 
Gira mais rápido 
É mais simples 
Possui menos torque 
Possui menos precisão 
Gasta o triplo de energia 
Gira mais devagar 
É mais complexo 
Possui 1.4 vezes mais torque 
Possui o dobro da precisão 
 
 
LABORATÓRIO – MOTOR CC 
 
1) Circuito para inversão de um MOTOR CC. 
 
Monte o circuito abaixo. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
38 
 
2) Circuito para controle de velocidade do MOTOR CC. 
 
Monte o circuito abaixo. 
 
Para o TIP 31 ou 41, acionar 
com 12 V+. 
 
 
Para o TIP 32 acionar com 0V 
ou GND. 
 
 
 
 
 
 
 
Transformadores elevadores – 
A bobina secundária tem mais 
espiras do que a bobina 
primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transformadores elevadores – 
A bobina secundária tem mais 
espiras do que a bobina 
primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transformadores elevadores – 
A bobina secundária tem mais 
espiras do que a bobina 
primária. 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
39 
 
CONTATOR 
 
OBJETIVO 
- Comandos através do contator; 
- Diagrama de Comando. 
 
1.12 - INTRODUÇÃO TEÓRICA 
 
Contator é um dispositivo eletromagnético que liga e desliga o circuito do motor. Usado 
de preferência para comandos elétricos automáticos à distância. É constituído de uma 
bobina que quando alimenta cria um campo magnético no núcleo fixo que por sua vez 
atrai o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando alimentação da bobina, 
desaparece o campo magnético, provocando o retorno do núcleo através de molas, 
conforme figura 01. 
 
 
 
 
Fig. 01 – Diagrama interno do contator 
 
1.13 - CONTATOS 
 
No contator temos os contatos principais e auxiliares. Os principais do contator são 
mais robustos e suportam maiores correntes que depende da carga que esse motor irá 
acionar, quanto maior a carga acionada, maior será a corrente nos contatos. (figura 
02). 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
40 
 
Fig. 02 – Contatos Principais do Contator 
 
Os contatos auxiliares, utilizados para sinalização e comandos de vários motores, 
existem o contato NF (normalmente fechado) e NA (normalmente aberto). (figura 03). 
 
Fig. 03 – Contatos Auxiliares do Contator 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
41 
1.14 - BOTOEIRA - BOTÃO LIGA E DESLIGA 
 
 
Fig. 04 – Contatos da Botoeira 
RELÉ BIMETÁLICO 
 
São construídos para proteção de motores contra sobrecarga, falta de fase e tensão. 
Seu funcionamento é baseado em dois elementos metálicos, que se dilatam 
diferentemente provocando modificações no comprimento e forma das lâminas quando 
aquecidas. 
 
1.15 - FUNCIONAMENTO 
 
Colocação em funcionamento e indicações para operação: 
1-Ajustar a escala à corrente nominal da carga. 
2-Botão de destravamento (azul): 
 
Antes de por o relé em funcionamento, pressionar o botão de destravamento. O contato 
auxiliar é ajustado pela fábrica para religamento manual (com bloqueio contra 
religamento automático). Comutação para religamento automático: pressionar o botão 
de destravamento e girá-lo no sentido anti-horário, até o encosto, da posição H 
(manual) para A (automático). 
 
3-Botão "Desliga" (vermelho). O contato auxiliar será aberto manualmente, se for 
apertado estebotão. 
4-Indicador Lig./Desl - (verde). Se o relé estiver ajustado para religamento manual, um 
indicador verde sobressairá da capa frontal se ocorrer o disparo (desligamento) do relé. 
Para religar o relé, pressionar o botão de destravamento. Na posição "automático", não 
há indicação. 
5-Terminal para bobina do contator, A2. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
42 
6-Dimensões em mm. 
- com contato auxiliar 1F ou 1A; 
- com contatos auxiliares 1F + 1A ou 2F + 2A; 
- para fixação rápida sobre trilhos suporte conforme DINEN 50022; 
- neste lado do relé, distância mínima de partes aterradas. 
 
 
Fig. 05 – Relé Bimetálico 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
43 
PRÁTICA 
1.16 - DIAGRAMA PRINCIPAL 
 
 
1.17 - DIAGRAMA DE COMANDO 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
44 
1.18 - DIAGRAMA MULTIFILAR 
 
1.19 - DIAGRAMA UNIFILAR 
 
1.20 - SIMBOLOGIA ELÉTRICA 
 
Denominação para os aparelhos nos esquemas elétricos: 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
45 
 
DENOMINACÃO APARELHOS 
b0 Botão de comando - desliga 
b1 Botão de comando - liga 
b2 – b22 Botão de comando - esquerda/direita 
K1 – K2 - K3 - K4 - K5 Contator principal 
d1 – d2 - d3 Contator auxiliar-relé de tempo relé aux. 
F1 – F2 - F3 Fusível principal 
F7 – F8 - F9 Relé bimetálico 
F21 - F22 Fusível para comando 
h1 Armação de sinalização - liga 
h2 Armação de sinalização direita/esquerda 
M1 Motor, trafo - principal 
M2 Auto - trafo 
R S T Circuito de medição-corrente alternada 
CARGA TRIFÁSICA EM ESTRELA E TRIÂNGULO 
1.21 - OBJETIVO 
 
- Sistema trifásico 
- Potência trifásico 
 
1.22 - INTRODUÇÃO TEÓRICA: 
 
Um sistema trifásico é uma combinação de três sistemas monofásicos. 
O gerador ou alternador produz três tensões iguais, mas defasadas 120º com as 
demais. 
As três fases de um sistema trifásico podem ser ligados de duas formas: em estrela (Y) 
ou triângulo (T). 
Uma carga equilibrada tem a mesma impedância em cada enrolamento. 
No sistema trifásico equilibrado o fasor soma as tensões das linhas é zero e o fasor da 
soma das correntes das três linhas é zero. A corrente IN não será nula, quando as 
cargas não forem iguais entre si. 
 
Material Utilizado 
- 3 soquetes 
- 3 lâmpadas 150W - 220V 
- 1 amperímetro AC - 0 - 5A 
- 1 voltímetro AC - 0 - 250V 
- caixa de ferramentas 
 Parte Prática: 
Carga trifásica Triângulo 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
46 
VL = VF 
 
PT = 3 . VF . IF . COS 
PT =3 . VL . IL . COS 
VF = R . IF 
R = V²/P 
 
 
1.23 - CARGA TRIFÁSICA ESTRELA 
 
 
IL = IF 
PY = 3 . VF . IF . COS 
PY = 3 . VL . IL . COS 
VF = R . IF 
R = V2 / P 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.24 - TRIÂNGULO 
No sistema trifásico temos o triângulo de potência e determinamos a potência aparente, 
potência reativa e potência total real. 
P = 3 . VL . IL . COS 
S = 3 . VL . IL 
Q = 3 . VL . IL . SEN 
 
 
P = potência total real W 
S = potência total aparente , VA 
Q = potência total reativa, VAR 
VL = tensão da linha 
VF = tensão de fase 
IL = corrente da linha 
IF = corrente da fase 
 
 
 
 ESTRELA Y TRIÂNGULO T 
 MED. CALC. MED. CALC. 
VL 220V 220V 
VF 
IL 
IF 
 POTÊNCIA Y POTÊNCIA T 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
48 
1.25 - ESQUEMA DO WATTÍMETRO MONOFÁSICO 
 
 
 
 
P total = Prs + Pst 
 
MOTOR MONOFÁSICO 
 
Objetivo 
Aplicação do motor monofásico. 
 
1.26 - INTRODUÇÃO TEÓRICA 
Devido ao baixo preço e a robustez de um motor de indução, sua aplicação faz 
necessário onde há uma rede elétrica trifásica, para produzir um campo magnético 
rotativo são motores de pequenas potência com ligação monofásica a dois fios. A 
partida é dada por meio de um enrolamento auxiliar ao qual é ligado um capacitor em 
série, que provoca uma defasagem da corrente, fazendo o motor funcionar como 
bifásico. Um dispositivo centrífugo desliga o enrolamento auxiliar após ter atingido uma 
certa velocidade. 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
49 
A inversão do sentido de rotação do motor monofásico ocorre quando as ligações do 
enrolamento auxiliar são invertidas, trocando o terminal número 6 pelo número 5, 
conforme esquema. 
 
 
Esquema Motor Monofásico em 110 volts 
 
 
Esquema Motor Monofásico em 220 volts 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
50 
 
 
1.27 - PRÁTICA 
1.28 - DIAGRAMA PRINCIPAL 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
51 
1.29 - DIAGRAMA DE COMANDO 
 
 
1.30 - DIAGRAMA DE INVERSÃO DO MOTOR MONOFÁSICO. 
1.31 - DIAGRAMA PRINCIPAL 
 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
52 
 
1.32 - DIAGRAMA DE COMANDO 
 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
53 
 
 
LIGAÇÃO SUBSEQUENTE AUTOMÁTICA DE MOTORES 
 
Objetivo 
Ligar o motor M1 e após um determinado tempo, acionar o motor M2 utilizando um relé 
temporizado. 
 
1.33 - INTRODUÇÃO TEÓRICA 
Na ligação subseqüente de motores, podemos acionar uma esteira, ponte rolante ou 
um sistema automático industrial, a fim de desenvolver um produto determinado. 
No caso de uma esteira o acionamento é dado por três motores M1, M2, M3. Se um 
dos motores é desligado, por exemplo, devido à sobrecarga, todos motores à frente 
deste, no sentido de condução, serão desligados; é interrompido o fornecimento de 
carga à esteira, enquanto os motores montados anteriormente continuam a funcionar, 
transportando a carga até o descarregamento desta esteira. 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
54 
1.34 - PRÁTICA 
1.35 - DIAGRAMA PRINCIPAL 
 
 
 
1.36 - DIAGRAMA DE COMANDO 
 
 
 
INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTACÃO 
Objetivo 
Comando de um motor nos dois sentidos de rotação. 
 
1.37 - INTRODUÇÃO TEÓRICA 
A reversão automática utilizada para motores acoplados à máquina que partem em 
vazio ou com carga, esta reversão pode-se dar dentro e fora do regime de partida. A 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
55 
sua finalidade dentro de determinados processos industriais tem-se necessidade da 
reversão do sentido de rotação dos motores para retrocesso do ciclo de operação, 
como o caso de esteira transportadora. 
Os contatos para o movimento a direita e para a esquerda, estão intertravados entre si, 
através de seus contatos auxiliares (abridores) evitando assim curto - circuitos. 
 
1.38 - PRÁTICA 
1.39 - DIAGRAMA PRINCIPAL 
 
 
Acionamentos 
 
 
 
 
SOCIESC 
56 
1.40 - DIAGRAMA DE COMANDO 
 
 
LIGAÇÃO DE UM MOTOR TRIFÁSICO EM ESTRELA E TRIÂNGULO 
Objetivo 
Ligação em estrela e triângulo. 
 
1.41 - INTRODUÇÃO TEÓRICA 
Sempre que possível, a partida de um motor trifásico de gaiola, deverá ser direita, por 
meio de contatores. Deve ter-se em conta que para um determinado motor, as curvas 
de conjugados e corrente são fixas, independente da dificuldade da partida, para uma 
tensão constante. 
Nos casos em que a corrente de partida do motor é elevada podem ocorrer as 
seguintes conseqüências prejudiciais: elevada queda de tensão no sistema da 
alimentação da rede. Em função disto provoca a interferência em equipamentos 
instalados no sistema. 
O sistema de proteção (cabos, contatores) deverá ser superdimensionada ocasionando 
um custo elevado. A imposição das concessionárias de energia elétrica que limitam a 
queda da tensão da rede. 
Caso a partida direta não seja possível devido aos problemas citados acima, pode-se 
usar sistema de partida indireta para reduzir a corrente de partida. 
Em alguns casos ainda, pode-se necessitar de um conjugado de partida alto, com 
corrente

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