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RESUMO DO CASO 04, MÓDULO 08 ALUNO: JOÃO PAULO GOMES DA SILVA OBJETIVOS: EMBRIOLOGIA DO CORAÇÃO, ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO, POSOLOGIA E APRESENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS. EMBRIOLOGIA DO CORAÇÃO O sistema cardiovascular é o primeiro sistema a funcionar no embrião, devido à necessidade de um método eficiente de captação de oxigênio e nutrientes e para a eliminação de dióxido de carbono e restos metabólicos, uma vez que com o rápido crescimento do embrião, apenas a difusão é ineficiente. O sistema cardiovascular deriva principalmente do mesoderma extraembrionário esplâncnico, mesodermas intraembrionários paraxial e lateral, mesoderma faríngeo e de células da crista neural. O primórdio do coração é observado no 18º dia de desenvolvimento no mesoderma cardiogênico, região anterior da membrana orofaríngea (derivada da placa precordal), com a formação de dois cordões angioblásticos laterais. Esses cordões angioblásticos se canalizam formando os tubos endocárdicos cardíacos que se aproximam durante o dobramento lateral do embrião no plano horizontal, se fusionando da extremidade cranial (cefálica) em direção a extremidade caudal, resultando em um único tubo cardíaco, o coração primitivo (coração tubular). Neste estágio, o coração primitivo é composto por um tubo endotelial delgado – que dará origem ao endocárdio, revestimento endotelial interno do coração; por um tecido conjuntivo gelatinoso conhecido como geleia cardíaca, que formará a camada subendocardial, e separa o tubo endotelial do miocárdio primitivo, este derivado do mesoderma extraembrionário esplâncnico que circunda a cavidade pericárdica, e dará origem a parede muscular do coração, o miocárdio. O pericárdio visceral ou epicárdio é derivado das células mesoteliais que surgem da superfície externa do seio venoso e se espalham sobre o miocárdio. Conforme o coração se alonga e dobra, ele gradualmente invagina-se para a cavidade pericárdica. Inicialmente, o coração está suspenso pelo mesocárdio dorsal, que logo se degenera, formando uma comunicação entre o lado direito e esquerdo da cavidade pericárdica, o seio pericárdico transverso, ficando o coração aderido apenas por suas extremidades cranial (cefálica) e caudal. Simultaneamente, o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas, ficando dividido em 5 partes: tronco arterioso (extremidade cranial), bulbo cardíaco, ventrículo, átrio primitivo e seio venoso (extremidade caudal). O tronco arterioso (extremidade cranial) é contínuo com o saco aórtico do qual as artérias dos arcos faríngeos surgem. Já o seio venoso (extremidade caudal) é fixado pelo septo transverso. O coração tubular sofre um giro para a direita formando uma alça em forma de U que resulta em um coração com o ápice voltado para a esquerda. À medida que o coração se dobra, o átrio e o seio venoso se tornam dorsais ao tronco arterioso, bulbo cardíaco e ventrículo. A divisão do canal atrioventricular, átrio primitivo, ventrículo e trato de saída de fluxo ocorrem simultaneamente: Septação do canal atrioventricular - Tem início com a formação dos coxins endocárdios, que consistem em massas de tecido da geleia cardíaca, nas paredes ventral e dorsal do canal atrioventricular. Os coxins endocárdicos são invadidos por células mesenquimais levando a um aumento de tamanho destes, resultando na sua aproximação e consequente fusão, dividindo o canal atrioventricular em canais atrioventriculares direito e esquerdo. Septação do átrio primitivo - A septação do átrio primitivo resulta na formação do átrio direito e no átrio esquerdo e tem início com o surgimento do septo primário – septum primum. O septo primário se forma no teto do átrio primitivo, e se desenvolve em um movimento descendente, em direção aos coxins endocárdicos que estão se fusionando. Neste momento, o espaço entre o septo primário descendente e o coxin endocárdico forma o forame primário – foramen primum, que é uma comunicação temporária entre os dois átrios em formação. Imediatamente ao lado do septo primário, haverá a formação do septo secundário – septum secundum, que consiste em uma membrana muscular espessa, que também se desenvolve em um movimento descendente, recobrindo gradualmente o forame secundário, porém sem o fechar. Desta forma, o forame secundário dará origem ao forame oval, e o septo primário aderido aos coxins endocárdicos formará a valva do forame oval. ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Limites do Coração: A superfície anterior: esterno e costelas. A superfície inferior: diafragma. A borda direita: pulmão direito; a borda esquerda: pulmão esquerdo. Limite superior: grandes vasos do coração e posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente. Camadas do coração: pericárdio, epicárdio, endocárdio e miocárdio. O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os Átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os Ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula. O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular. Algumas artérias importantes do corpo humano: 1 – Sistema do Tronco Pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares. Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem capilares, em torno alvéolos nos pulmões. 2 – Sistema da Artéria Aorta (sangue oxigenado): É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente. O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas. A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração. A Artéria Coronária Esquerda passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo circunflexo. A ramo interventricular anterior passa ao longo do sulco interventricular em direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre o ventrículo esquerdo. A Artéria Coronária Direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os ventrículos. Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas: 1 – Tronco Braquiocefálico Arterial 2 – Artéria carótida Comum Esquerda 3 – Artéria Subclávia Esquerda O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: 4 – Artéria Carótida Comum Direita 5 – Artéria Subclávia Direita VIAS DE ADMINISTRAÇÃO, POSOLOGIA, E APRESENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS 1) Via Parenteral:Refere-se à administração da droga por injeção, liberando-a diretamente no líquido tecidual ou no sangue, sem atravessar a mucosa intestinal. • Intramuscular; • Intravenosa; • Subcutânea. 2) Via Enteral • Oral; • Sublingual; • Retal. POSOLOGIA: Posologia é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número de vezes e a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia – que varia em função do paciente, da doença que está sendo tratada e do tipo de medicamento utilizado. A posologia está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica do medicamento em questão. Um esquema posológico racional baseia-se na pressuposição de que existe uma concentração-alvo que irá produzir o efeito terapêutico desejado. APRESENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS As formas sólidas podem ser pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios e óvulos. As formas líquidas são as soluções, xaropes, elixires, suspensões, emulsões, injetáveis, tinturas e extratos. REFERÊNCIAS MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. MOORE, K. Embriologia Básica. 8ª Edição. Elsevier, 2013. RANG, H.P., DALE, M.M, et al. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
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