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ANÁLISE NUMÉRICA, um Curso Moderno Peter Albrecht Capítulo 0 PRELIMINARES 0.1 ESPAÇOS VETORIAIS E MÉTRICOS Para que se possa operar com os elementos de um espaço é necessário interrelacioná-los, isto é introduzir estruturas em . Serão usadas duas estruturas: Estrutura Topológica, definindo norma Estrutura Algébrica, definindo espaço vetorial Definição 0.1 Uma métrica ou distância em um espaço é definida pela associação de um número real d(x, y) a cada par de elementos , de modo que: d(x,y) = 0 se e somente se x = y d(x,y) d(x,z) + d(y,z) ; (chamada desigualdade triangular) As condições 1. e 2. implicam as duas outras condições d(x,y) 0 d(y,x) = d(x,y) para todo o Com efeito, para x = y, obtemos da expressão 2., 0 d(x,y) pois, 0 = d(y,y) d(y,z) + d(y,z) = 2 d(y,z) o que fornece 0 d(y,z) o que valida a expressão 3. Para z = x, em 2. vem: d(x,y) = 0 d(x,x) + d(y,x) = d (y,x) e, assim, d (y,x) = d(x,y) o que valida a expressão 4. Exemplos de Métricas no conjunto dos números reais. a) d1(x,y) = b) d2(x,y) = c) d3(x,y) = Definição 0.2 Um espaço munido de uma métrica é chamado de espaço métrico. Definição 0.3 Diz-se que uma seqüência de elementos xn de um espaço métrico converge a quando Com o uso de uma métrica, o conceito de convergência no espaço métrico é levado ao conceito de convergência em . Quando não se conhece o ponto limite da seqüência pode-se, ainda, verificar a condição de convergência com a seguinte definição: Definição 0.4 Uma seqüência de elementos xn de um espaço métrico é chamada de seqüência de Cauchy quando Observe que, se {xn} é uma seqüência de elementos de um espaço métrico e se xn converge para , então, {xn} é de Cauchy. Mas a recíproca não é verdadeira. Exemplos: {xn} , com , n=1, 2, … no espaço definido pelos elementos de (0,1], munido da métrica d1(x,y)= é de Cauchy. O limite é 0, embora este ponto não faça parte do conjunto que define o espaço . {xn} , com xn = n=1, 2, …, definido no espaço dos números racionais, com a mesma métrica. O limite desta seqüência é o numero irracional e: Para que se possam realizar operações entre elementos de um conjunto é necessário que defina, nele, uma estrutura algébrica. Definição 0.5 O conjunto definido sobre o corpo Ҡ dos números complexos forma um espaço vetorial, se os elementos do conjunto formam um grupo comutativo em relação à operaçao de adição, isto é a) x+y = y+x para todo x e y de b) (x+y) + z = x + ( y+z) para todo x , y e z de c) existe um vetor 0 tal que x +0 = x para todo x de d) para cada elemento x de existe um elemento y de tal que x+y = 0 existe uma operação de multiplicação do vetor x de por um escalar Ҡ que satisfaz as leis distributivas a) para todo Ҡ e x,y b) e com Ҡ e x c) 1x=x para todo x Definição 0.6 Em um espaço vetorial pode-se definir uma norma se a cada x fica associado um número real (norma de x) tal que: se e somente se x = 0 (desigualdade triangular) para todo x e Ҡ (homogeneidade) Dessas condições, segue: , pois, na terceira condição, para c = -1 , vem e na segunda condição, com y = - x, vem , o que valida a expressão d). 0.2 OPERADORES Nos seguintes parágrafos consideraremos espaços vetorias X e Y, munidos de uma métrica d. Definição 0.7 Um operador é uma regra que permite associar a cada elemento um único elemento . Os elementos de D são chamados argumentos e os elementos Tx, com são chamdos valores de T. Escreve-se Tx = y; , . No caso particular em que e o operador será chamado de função de em . Mas sempre que for usado o termo função, sem indicação dos espaços D ou B, vamos considerar que estamos no espaço dos números reais, . Definição 0.8 T é chamado operador linear quando T(c1 . x1 + c2 . x2) = c1.Tx1+c2.Tx2; c1 e c 2 Exemplo: No espaço das matrizes A, 2x2, e com x e y vetores de 2 dimensões, podemos escrever: A(2x+3y) = 2Ax + 3Ay, Neste caso, estamos considerando a matriz A como um operador. Definição 0.9 Seja um espaço vetorial com uma métrica d. Então dizemos que T é limitado quando existe um número tal que, para todo , . (0.1) Exemplo: Seja T dado por Tx=2x, , conjunto dos números reais e a distância d(x,y) = . Então, em X, T é limitado pois, d(Tx,Ty) = , . Definição 0.10 O menor número P para o qual essa limitação é verificada é chamado de norma de T e representado por . No exemplo anterior, a norma de T é 2. Obs. Se o espaço é normado, então (0.1) tem a forma . Se, além disso, T é linear, fica Definição 0.11 Um operador T de em B é chamado contínuo quando implicar que , . 0.3 ITERAÇÕES Seja X um espaço vetorial munido de uma métrica d e seja T um operador de em X. Procuramos, a seguir, encontrar um ponto , chamado de ponto fixo de T, que tem a propriedade u = T u Essa solução pode ser obtida usndo-se a iteração , , n = 0, 1, ... quando o operador está definido em um conjunto completo e limitado que contém o ponto fixo u tal que e quando, para ele, vale: , com . (0.2) Exemplo: O operador definido por Tc=(c2+2)/3 tem o ponto fixo u = 1 (verifique) que pode ser obtido pela seqüência cn+1=(cn2+2)/3, como pode ser visto a seguir: > ... Assim, Tu=u, com u=1. Observação 1: Pode ser verificado que esta função de iteração tem outro ponto fixo, u=2. Para este ponto fixo, esta função não converge. Observação 2: Esta iteração foi obtida a partir de uma modificação no polinômio , fazendo-se . Observação 3: Pode-se obter uma outra função de iteração, . Ela converge para a raiz, u=2 e não converge para u=1. Observação 4: Pode-se representar graficamente o problema desenhando a reta y(x) = x e a curva y(x) = e vendo que elas se encontram: têm pontos comuns, que são os ponto fixos. Observação 5: Pode-se verificar se a função de iteração é ou não convergente calculando-se a taxa de convergência ou a sua derivada nos pontos fixos. Veja que o valor dessas duas quantidades é o mesmo. Veja como funcionam os conceitos das observações acima. Funcionamento da função de iteração cn+1=(cn2+2)/3 1 ] = = ... ... … ... ... ... ... ... ... 2 ... ... ... > __________________________________________________________________________________________ Análise Numérica, um Curso Moderno, P. Albrecht, Th. Costa, cap.0, pág.� PAGE �11� _1066562988.unknown _1143468705.unknown _1143468872.unknown _1153735694.unknown _1423900531.unknown _1424505685.unknown _1454138996.unknown _1454139166.unknown _1454139485.unknown _1437984622.unknown _1437985336.unknown_1424505827.unknown _1424505574.unknown _1424505595.unknown _1424505492.unknown _1153735723.unknown _1153735737.unknown _1153735718.unknown _1143469573.unknown _1143470048.unknown _1143470141.unknown _1153735691.unknown _1143470161.unknown _1143470085.unknown _1143469717.unknown _1143469795.unknown _1143469596.unknown _1143469459.unknown _1143469488.unknown _1143469354.unknown _1143468834.unknown _1143468836.unknown _1143468837.unknown _1143468835.unknown _1143468832.unknown _1143468833.unknown _1143468830.unknown _1143468831.unknown _1143468829.unknown _1143468828.unknown _1066566469.unknown _1076154997.unknown _1076155366.unknown _1140614178.unknown _1140614499.unknown _1140614539.unknown _1140614625.unknown _1140614203.unknown _1140613938.unknown _1140613996.unknown _1076155636.unknown _1076155086.unknown _1076155110.unknown _1076155048.unknown _1066566822.unknown _1076154847.unknown _1076154882.unknown _1066566873.unknown _1066566601.unknown _1066566674.unknown _1066566528.unknown _1066563637.unknown _1066565568.unknown _1066565828.unknown _1066564024.unknown _1066565073.unknown _1066563006.unknown _1066560213.unknown _1066561549.unknown _1066561568.unknown _1066562606.unknown _1066562751.unknown _1066562478.unknown _1066560447.unknown _1066561428.unknown _1066561493.unknown _1066560393.unknown _1066560058.unknown _1066560161.unknown _1066551724.unknown _1066559958.unknown _1066551470.unknown
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