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COMPLEXO DENTINA-POLPA - Parte II

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COMPLEXO DENTINA-POLPA
Parte II
Desenvolvimento da Polpa
A polpa deriva da papila dentária, tendo origem ectomesenquimal.
As mudanças na papila começam na fase de campânula da odontogênese.
O restante da papila é constituído por células indiferenciadas, fusiformes ou estrelados, com numerosos prolongamentos citoplásmaticos e quase desprovidos de organelas
No início da fase de coroa, é evidente a vascularização da papila graças à penetração de ramos da artéria alveolar.
As primeiras fibras nervosas na aparecem, entretanto, mais tarde, quando a fase de coroa está de fato estabelecido.
A transformação da papila em polpa dentária ocorre com a diminuição da concentração de células ectomesenquimais, o aparecimento dos fibroblastos e o aumento gradual das fibrilas colágenas na matriz extracelular.
A transformação da papila em polpa se completa, durante os estágios avançados da erupção dentário
Estrutura
Dentina primária
A dentina formada até o fechamento do ápice radicular denomina-se dentina primária, que compreende, a dentina do manto e a dentina circumpulpar.
Dentina do Manto
Na dentina do manto, a mineralização inicia-se a partir das vesículas da matriz. Porém sua mineralização é menor que a dentina circumpulpar.
Na dentina do manto, os prolongamentos odontoblásticos são rodeados por uma matriz calcificada mais ou menos homogênea, não tendo, portanto, dentina peritubular.
A dentina do manto estabelece, juntamente com o esmalte, a junção amelodentinária.
Dentina circumpulpar
Constitui a maior parte da espessura total da dentina. É constituída pela dentina peritubular e intertubular.
Os túbulos dentinários são túneis originados pela formação de dentina mineralizada em volta dos prolongamentos odontoblásticos.
Na extremidade próxima ao limite amelodentinário, os túbulos ficam como túneis sem prolongamentos, sendo ocupados por um líquido tissular denominado fluido dentinário.
Os túbulos dentinários percorrem toda a espessura da dentina, sendo muito ramificados junto ao limite com o esmalte. Nessaa região os mesmos constituem as terminações “delta”.
O percurso dos túbulos é levemente sinuoso. 
Os túbulos tem um formato “S” alongado, sendo essa sinuosidade mais leve na dentina coronária do que na radicular.
Em razão do trajeto ondulado dos túbulos, o entrecruzamento entre eles ocorre com frequência.
Imagem 7.26
9
Os túbulos ficam mais próximos entre si na região adjacente aos corpos dos odontoblastos do que na região mais externa.
Imagem 7.27 A e B
10
Os túbulos dentinários se comunicam através de canalículos dentinários.
Imagem 7.28
11
Dentina peritubular
Constitui as paredes dos túbulos dentinários, sendo uma dentina hipermineralizada, quando comparada à intertubular.
Imagem 29 A e B
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Observa-se nesta dentina escassas fibrilas colágenas.
Sua formação ocorre durante toda a vida, podendo aumenta por estímulos de atrição, por exemplo.
Imagem 7. 29
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Dentina intertubular
Constitui a maior parte da dentina e ocupa todo espaço entre os túbulos.
Esta dentina difere da dentina peritubular por ter uma matriz orgânica constituída principalmente por fibrilas colágenas, as quais se orientam perpendiculares ao longo eixo dos túbulos dentinários.
Enquanto umas fibrilas circundam os túbulos, formando uma malha ao redor da dentina peritubular que se assemelha a um novelo de lã, outras se dispõem irregularmente nas porções mais centrais. 
Imagem 7.30
14
Correlações clínicas
Durante o condicionamento ácido da dentina, além da remoção parcial da dentina peritubular, ocorre uma exposição dos componentes orgânicos da dentina intertubular, criando espaços que possibilitam a penetração de materiais restauradores adesivos, formando a denominada camada híbrida. Além disso, os adesivos penetram pelo interior dos túbulos e canalículos dentinários, constituindo as projeções resinosas ou tags.
Imagem 7.31
15
Dentina interglobular
São áreas de dentina hipomineralizada localizadas na porção mais externa da dentina coronária, no limite entre a dentina do manto e a circumpulpar.
Embora muitas vezes sejam chamadas de “espaços” interglobulares, na verdade, são pequenas áreas de matriz hipomineralizada e, portanto, não podem ser considerados espaços. 
Imagem 7.32
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Linhas incrementais
A formação da matriz orgânica de dentina e sua subsequente mineralização seguem um padrão rítmico: longas fases de formação de dentina são seguidas por curtos períodos de repouso. 
Isso determina a formação de linhas incrementais perpendiculares ao longo eixo dos túbulos dentinários, denominados linhas de von Ebner.
Imagem 7.33
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Camada granulosa de Tomes
Na porção radicular dos dentes preparados por desgaste, observa-se, na região mais periférica da dentina, uma camada de aspecto granular.
Imagem 7.34
18
Dentina secundária e dentina terciária ou reparativa
A dentina primária se forma até que é completado o ápice radicular.
A deposição de dentina ocorre por toda a vida, embora em um ritmo mais lento. Assim, a camada formada após o fechamento do ápice é denominada dentina secundária.
Correlações clínicas
A constante deposição de dentina sencudária durante a vida do indivíduo provoca maior dificuldade no acesso à câmara pulpar e/ou a canais radiculares durante os tratamento endodônticos realizados em pacientes idosos. 
Frente a diversos fatores, como atrição e cárie, entre outros, é possível verificar a formação de dentina terciária do tipo reacional, que constitui uma tentativa dos odontoblastos em formar uma barreira. Está é irregular.
A dentina terciária do tipo reparativa é formada por células indiferenciadas da polpa, originando-se, na maioria das vezes, um tecido semelhante ao osso primário, considerando-se uma dentina do tipo esteoide.
Imagem 7.35
20
Pré-dentina
Como a formação da dentina é por aposição, durante a dentinogênese, permanece sempre uma camada de matriz orgânica não mineralizada, entre a dentina calcificada e os corpos celulares dos odontoblastos, denominada de pré-dentina.
A pré-dentina evita o contato da dentina mineralizada com a polpa, que poderia reabsorvê-la se esse contato ocorresse.
Correlações clínicas
Em casos de necrose pulpar, a camada de pré-dentina não mais existe. Em virtude de sua natureza orgânica, ela se desintegra durante o processo de degeneração necrótica da polpa.
Imagem 7.36
21
Polpa dentária
Embora a dentina e a polpa sejam consideradas conjuntamente como um complexo estrutural e funcional, se considerarmos apenas a polpa, esta não é mais do que um tecido conjuntivo frouxo com duas camadas de odontoblastos e a região subodontoblástica.
Imagem 7.38
22
Odontoblastos
São células de origem ectomesenquimal responsáveis pela formação da dentina.
Dispõem-se em paliçada, constituindo uma só camada de células colada à pré-dentina, contornando, portanto, a periferia da polpa dentária.
Os odontoblastos têm duas partes nitidamente diferentes: o corpo celular e o prolongamento.
São mais numerosos na porção coronária do que na raiz.
No dente formado, os odontoblastos podem sintetizar e secretar ou estar em estado de repouso, quando então as organelas de síntese e secreção não são tão evidentes.
São células altamente polarizadas com seu núcleo localizado no polo proximal, adjacente à região subodontoblástica.
Imagem 7.40
24
Região subodontoblástica
Encontra-se abaixo da camada de odontoblastos. É dividida em zona pobre em células e outra logo abaixo chamada de zona rica em células.
Imagem 7.45
25
Zona pobre em células
Apresenta numerosos vasos sanguíneos, os quais constituem o plexo capilar, cujas ramificações penetram até a camada odontoblástica. Também é atravessada por fibras nervosas, que se dirigem para a camada odontoblástica, podendo alcançar a pré-dentina e a parte inicial dos túbulos dentinários.
Zona rica em células
É constituída pelos corpos das células em emitem seus prolongamentos para a zona acelular. Estas células têm forma bipolar, apresentando
prolongamentos que se dirigem também para a região central da polpa.
Imagem 7.45
27
Região central da polpa
Sem considerar sua porção periférica, a polpa dentária é constituída por tecido conjuntivo frouxo. Suas células mais abundantes são os fibroblastos, que apresentam seu aspecto fusiforme com núcleo central ovoide e longos prolongamentos.
Macrófagos e linfócitos também são encontrados.
Correlações clínicas
A remoção da polpa e, consequentemente, dos odontoblastos não acarreta a necrose da dentina, possibilitando, portanto, o tratamento endodôntico.
Imagem 7.46
28
Inervação do dente e sensibilidade dentinopulpar
Nervos que contêm fibras sensoriais provenientes do nervo trigêmeo e ramos simpáticos do gânglio cervical superior penetram pelo forame apical e pelos forames acessórios como grossos feixes.
Esses feixes, constituídos tanto por axônios mielínicos, como amielínicos, atravessam a polpa, chegando até a câmara pulpar.
Nessa região ramificam-se para constituí o plexo Raschkow.
Imagem 7.48
29
Prefeitura de São Luís
Técnico Municipal - Área Odontologia ∙ Superior / CESPE / 2008
A polpa dental, um tecido conjuntivo de origem ectomesenquimal, é importante na formação do dente e na sua resposta a agressões. Acerca desse assunto, julgue os itens seguintes.
Durante o processo de odontogênese, a polpa dental se diferencia a partir da papila dental.
Certo
Errado
Prefeitura de São Luís
Técnico Municipal - Área Odontologia ∙ Superior / CESPE / 2008
A polpa dental, um tecido conjuntivo de origem ectomesenquimal, é importante na formação do dente e na sua resposta a agressões. Acerca desse assunto, julgue os itens seguintes.
Durante o processo de odontogênese, a polpa dental se diferencia a partir da papila dental.
Certo
Errado
Prefeitura de Aracajú
Cirurgião Dentista - Área Odontopediatria ∙ Superior / CESPE / 2004
Acerca do processo de amelogênese, processo dinâmico que envolve mecanismos físico-químicos e celulares complexos, julgue os itens seguintes.
Os odontoblastos são as células responsáveis pela formação do esmalte dentário.
Certo
Errado
Prefeitura de Aracajú
Cirurgião Dentista - Área Odontopediatria ∙ Superior / CESPE / 2004
Acerca do processo de amelogênese, processo dinâmico que envolve mecanismos físico-químicos e celulares complexos, julgue os itens seguintes.
Os odontoblastos são as células responsáveis pela formação do esmalte dentário.
Certo
Errado

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