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Indexada na base de dados LILACS
ISSN 1519-7522
volume 17, NÚmeRo 1, jaNeiRo/maRço de 2010
VI DIretrIzes BrasIleIras De HIpertensão
Capítulo 1 – Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
Capítulo 2 – Diagnóstico e classificação
Capítulo 3 – Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de risco
Capítulo 4 – Decisão terapêutica e metas
Capítulo 5 – Tratamento não medicamentoso e abordagem multiprofissional
Capítulo 6 – Tratamento medicamentoso
Capítulo 7 – Hipertensão arterial sistêmica secundária
Capítulo 8 – Hipertensão em situações especiais
Capítulo 9 – Hipertensão e condições clínicas associadas
CrItÉrIos eDItorIaIs
ISSN 1519-7522
PUBLICAÇÕES DE 2010
Número 1 – Janeiro / Março
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
Número 2 – Abril / Junho
Prevenção Primária da Hipertensão Arterial
Andréa Araújo Brandão
Número 3 – Julho / Setembro
Metas do Tratamento da Hipertensão Arterial 
Antonio Felipe Sanjuliani 
Número 4 – Outubro / Dezembro
Alterações Comportamentais e Hipertensão Arterial
Emilton Lima Jr.
EXPEDIENTE
Editor
Fernando Nobre
Conselho Editorial
Álvaro Avezum (SP)
Antônio Carlos P. Barreto (SP)
Antônio Carlos P. Chagas (SP)
Antônio S. Sbissa (SC)
Armênio C. Guimarães (BA)
Ayrton Pires Brandão (RJ)
Carlos Alberto Machado (SP)
Celso Amodeo (SP)
Celso Ferreira (SP)
Dalton Vassalo (ES)
Dante M. A. Giorgi (SP)
Décio Mion Júnior (SP)
Edgard P. Melo (PE)
Eduardo B. Coelho (SP)
Eduardo M. Krieger (SP)
Eliudem G. Lima (ES)
Fernanda M. C. Colombo (SP)
Flávio Danni Fuchs (RS)
Gilson Soares Feitosa (BA)
Hélio B. Silva (SP)
Hélio C. Salgado (SP)
Hilton Chaves Jr. (PE)
Ines Lessa (BA)
Joel Heimann (SP)
Jorge Pinto Ribeiro (RS)
José Antonio F. Ramirez (SP)
José Eduardo Krieger (SP)
José Gastão R. Carvalho (PR)
José Márcio Ribeiro (MG)
Marcus V. B. Malachias (MG)
Maurício Wajngarten (SP)
Michel Batlouni (SP)
Miguel Gus (RS)
Odair Marson (SP) 
Osvaldo Kohlmann Jr. (SP)
Oswaldo Passarelli Jr. (SP)
Paulo César B. Veiga Jardim (GO)
Paulo Toscano (PA)
Rafael Leite Luna (RJ)
Robson A. S. Santos (MG)
Rogério Baumgratz de Paula (MG)
Wille Oigman (RJ)
Editores-Assistentes
Celso Amodeo 
Fernanda M. Consolim-Colombo
Marcelo L. G. Correia
Miguel Gus
Secretária Executiva
Aparecida Luiza Rufato
PUBLICAÇÕES DE 2009
Número 1 – Janeiro / Março
Hipertensão Arterial Sistólica
Álvaro Avezum e Hélio Penna Guimarães
Número 2 – Abril / Junho
Pré-Hipertensão
Marcelo L. G. Correia
Número 3 – Julho / Setembro
Distúrbios do Sono e Hipertensão Arterial Sistêmica
Geraldo Lorenzi Filho
Número 4 – Outubro / Dezembro
Interações Medicamentosas 
no Tratamento da Hipertensão
Michel Batlouni
Conselho Fiscal
 Membros Titulares Augusto Elias Zaffalon Bozza
 Enilton Sérgio Tabosa do Egito
	 	 Epotamenides Maria Good God
 
 Membros Suplentes Mauricio Batista Nunes
 Alberto Francisco Piccolotto Naccarato
 Luiz Paulo Rangel Gomes da Silva
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Diretoria (Biênio 2010/2011)
 Presidente Jorge Ilha Guimarães 
 Vice-Presidente Márcia de Melo Barbosa
 Diretor Administrativo Carlos Cleverson Lopes Pereira
 Diretor de Relações Governamentais José Wanderley Neto
 Diretora Financeira Andréa Araujo Brandão
 Diretor de Comunicação Miguel Antonio Moretti
 Diretor de Qualidade Assistencial José Carlos Raimundo Brito
 Diretor Científico Ângelo Amato Vincenzo de Paola
 Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/FUNCOR Dikran Armaganijan
 Diretor de Relações com Estaduais e Regionais Reinaldo Mattos Hadlich
 Diretor de Departamentos Especializados Djair Brindeiro Filho
 Diretor de Tecnologia da Informação Fernando Augusto Alves da Costa
 Diretor de Pesquisa Renato A. K. Kalil
 Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira
 Editor do Jornal SBC Ibraim Masciarelli
 Coordenadora de Normatizações e Diretrizes Maria Eliane Campos Magalhães
 Coordenador de Projetos Fábio Sândoli de Brito
 Coordenador de Registros Luiz Alberto Piva e Mattos
 Coordenador de Educação Médica Continuada Evandro Tinoco Mesquita
 Planejamento Estratégico da SBC Enio Leite Casagrande e Paulo Ernesto Leães
 
 
 
Rua Anseriz, 27, Campo Belo – 04618-050 – São Paulo, SP. Telefone: 11 3093-3300 • www.segmentofarma.com.br • segmentofarma@segmentofarma.com.br
Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretor médico: Marcello Pedreira CRM 65377 Gerente financeiro: Andréa Rangel Gerente comercial: Rodrigo Mourão Gerentes de negócios: 
Claudia Serrano, Eli Proença, Marcela Crespi Editora-chefe: Daniela Barros MTb 39.311 Diretor de criação: Eduardo Magno Coordenadora editorial: Sandra Regina Santana Diretora de arte: Renata Variso 
Designer: Flávio Santana Revisora: Glair Picolo Coimbra Produtor gráfico: Fábio Rangel Cód. da publicação: 10374.05.10
Sociedade Brasileira de Cardiologia / DHA 
Av. Marechal Câmara, 160 – 3o andar – Sala 330 – Centro – 20020-907 – Rio de Janeiro, RJ
Diretoria (Biênio 2010/2011)
 Presidente: Marcus Vinícius Bolívar Malachias (MG)
 Vice-Presidente Miguel Gus (RS)
 Diretor Administrativo Luiz Cesar Nazário Scala (MT)
 Diretor Financeiro Armando da Rocha Nogueira (RJ)
 Diretor Científico Luiz Aparecido Bortolotto (SP)
 Diretora de Relações com as Sociedades Regionais e Estaduais Maria de Fátima Azevedo (RN)
 Assessoria Científica José Fernando Vilela Martin 
 Audes Diógenes de Magalhães Feitosa 
 Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza
 Rui Póvoa 
 David de Pádua Brasil 
 Editor da Revista Brasileira de Hipertensão Fernando Nobre
 Editor da Página do SBC/DHA no Portal Cardiol Eduardo Barbosa 
 Presidência do Congresso SBC/DHA 2010 Flávio Borelli
 Presidência do Congresso SBC/DHA 2011 Ana Lúcia de Sá Leitão Ramos 
 Coordenadoria de Eventos Oswaldo Passarelli Jr 
 Coodenadoria de Ações Sociais Carlos Alberto Machado 
 Projetos Especiais Celso Amodeo 
 Andréa Araújo Brandão
 Marco Antonio Mota Gomes
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Diretoria (Biênio 2010/2011)
 Presidente Jorge Ilha Guimarães 
 Vice-Presidente Márcia de Melo Barbosa
 Diretor Administrativo Carlos Cleverson Lopes Pereira
 Diretor de Relações Governamentais José Wanderley Neto
 Diretora Financeira Andréa Araujo Brandão
 Diretor de Comunicação Miguel Antonio Moretti
 Diretor de Qualidade Assistencial José Carlos Raimundo Brito
 Diretor Científico Ângelo Amato Vincenzo de Paola
 Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/FUNCOR Dikran Armaganijan
 Diretor de Relações com Estaduais e Regionais Reinaldo Mattos Hadlich
 Diretor de Departamentos Especializados Djair Brindeiro Filho
 Diretor de Tecnologia da Informação Fernando Augusto Alves da Costa
 Diretor de Pesquisa Renato A. K. Kalil
 Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira
 Editor do Jornal SBC Ibraim Masciarelli
 Coordenadora de Normatizações e Diretrizes Maria Eliane Campos Magalhães
 Coordenador de Projetos Fábio Sândoli de Brito
 Coordenador de Registros Luiz Alberto Piva e Mattos
 Coordenador de Educação Médica Continuada Evandro Tinoco Mesquita
 Planejamento Estratégico da SBC Enio Leite Casagrande e Paulo Ernesto Leães
 
 
 
 1 CARTA DO EDITOR
 2 PALAVRA DO PRESIDENTE
221 VI DIRETRIzES BRASILEIRAS DE HIPERTENSãO
 4 Apresentação 
 7 Capítulo 1 – Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
 11 Capítulo 2 – Diagnóstico e classificação
18 Capítulo 3 – Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de risco
22 Capítulo 4 – Decisão terapêutica e metas
25 Capítulo 5 – Tratamento não medicamentoso e abordagem multiprofissional
31 Capítulo 6 – Tratamento medicamentoso
44 Capítulo 7 – Hipertensão arterial sistêmica secundária
52 Capítulo 8 – Hipertensão em situações especiais
57 Capítulo 9 – Hipertensão e condições clínicas associadas
61 Declarações de conflitosde interesse dos participantes das 
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI – DBH VIE REVISãO
64 CRITÉRIOS EDITORIAIS
CARTA DO EDITOR 1
O primeiro número de 2010 da Revista Brasileira de Hipertensão traz a íntegra do documento VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI.
É material de grande importância e reflete o conhecimento atual em hipertensão 
arterial, organizado e produzido pelas mais destacadas lideranças no assunto de 
nosso país. 
Desde 2006, quando da publicação das DBH V, um grande número de informações 
enriqueceu sobremaneira o conhecimento sobre o assunto.
Mais do que necessário, portanto, era justo que se reunissem essas informações 
em um documento que já é esperado a cada quatro anos pela comunidade científica 
nacional.
A sua publicação, temos certeza, representa a geração de uma fonte de consultas 
e orientação a todos que trabalham com hipertensão arterial.
As tradicionais seções que compõem usualmente a Revista Brasileira de Hiperten-
são deram lugar, neste número, a esse consistente documento para que pudéssemos 
manter o formato e as dimensões de nossa publicação regular.
Temos certeza da importância dessa publicação. Ensejamos que isso possa ser 
também sentido por todos os seus leitores.
Fernando Nobre
Editor
PALAVRA DO PRESIDENTE2
É com grande satisfação que me dirijo aos leitores da Revista Brasileira de Hipertensão, em nome da nova Diretoria do DHA/SBC para o biênio 2010-2011.
Os objetivos maiores de nossa Diretoria são: 1) Congregar médicos e profissionais 
de saúde que atuam na área da hipertensão; 2) Promover a difusão do conhecimento 
científico, por meio de nossa Revista Brasileira de Hipertensão, do lançamento da 
VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, do nosso anual Congresso do Departa-
mento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, dos livros de atualização 
científica e dos vários eventos regionais; 3) Divulgar à população em geral informações 
sobre a importância da prevenção e do controle da hipertensão arterial. 
A cada ano morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à hiper-
tensão, segundo dados do Boletim Global de Doenças Relacionadas à Hipertensão 
(Lancet, 2008). Cerca de 80% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento 
como o Brasil, sendo que mais da metade das vítimas têm entre 45 e 69 anos. 
A hipertensão arterial é responsável, segundo o documento, por 54% de todos os 
casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 47% dos casos de infarto, fatais e não 
fatais, em todo o mundo. Na última década, a hipertensão fez mais de 70 milhões 
de vítimas fatais.
No Brasil, a hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros (36% dos homens 
adultos e 30% das mulheres) e é o mais importante fator de risco para o desenvol-
vimento das doenças cardiovasculares (DCV), com destaque para o AVC e o infarto 
do miocárdio, as duas maiores causas isoladas de mortes no país. Mas a percepção 
da população é outra. Dados da pesquisa Datafolha, de novembro de 2009, revelam 
a percepção errônea, na população, de que o câncer é a principal causa de óbitos 
no Brasil. Quanto à prevenção de doenças, a mesma pesquisa revela que, embora 
90% identifiquem os fatores de risco (hipertensão, tabagismo, colesterol e estresse), 
apenas 3% temem sofrer uma DCV. 
“Eu sou 12 por 8”. Esse é o tema da campanha humanitária de prevenção e 
controle da hipertensão, desenvolvida pelo Departamento de Hipertensão Arterial da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia e que conta com o apoio das Sociedades Brasi-
leiras de Hipertensão e Nefrologia, do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa), da Confederação Nacional da Indústria/Serviço Social da 
Indústria (CNI/Sesi), das associações de hipertensos, entre outros. A campanha visa 
superar os atuais baixos índices de adesão ao tratamento da hipertensão no país.
Vários laboratórios farmacêuticos, tradicionalmente parceiros do DHA/SBC, se 
sensibilizaram com a iniciativa e são apoiadores oficiais da Campanha: AstraZe-
neca, Novartis, Daiichi Sankyo, Boehringer-Ingelheim, Aché, Biolab, Torrent, até o 
momento.
Muitos embaixadores (personalidades) “Eu Sou 12 por 8” têm aderido a causa, 
emprestando seu carisma e seu prestígio, para alertar a população sobre os benefícios 
do controle da hipertensão. A difusão da mensagem “Eu sou 12 por 8” será feita 
por veículos tradicionais (TV, rádio, mídia impressa etc.), mas também por meio de 
“Eu sou 12 por 8”
PALAVRA DO PRESIDENTE 3
novas mídias, como o hotsite www.eusou12por8.com.br e canais sociais (Twitter, 
Facebook, Orkut). Materiais da Campanha estarão nos consultórios, nas drogarias, 
nas publicações, nos corações e nas mentes, em todos os lugares. “Eu sou 12 por 8”, 
diferentemente das campanhas sazonais, será contínua.
Assim, por meio da Campanha, voltada ao público leigo, e do lançamento da VI 
Diretriz Brasileira de Hipertensão destinada à comunidade científica, acredito que 
estejamos, todos juntos, cumprindo nosso papel de propiciar as melhores condições 
para o efetivo controle da hipertensão em nosso meio.
É hora de todos nos unirmos em prol de um objetivo comum para que daqui para 
frente todos possam dizer “Eu sou 12 por 8”! 
Marcus Vinícius Bolívar Malachias
Presidente do Departamento de Hipertensão Arterial (SBC/DHA)
4 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VIVI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI Rev Bras Hipertens vol.17(1):4, 2010.
As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial agora 
publicadas resultam da necessidade de uma atualização de 
sua última versão de 2006, imposta pelo grande número de 
novas informações geradas e disponibilizadas nesse período 
de tempo.
Para a produção dessas VI Diretrizes Brasileiras de 
Hipertensão – DBH VI, foram convocados a participar mais 
de 100 profissionais afeitos a essa área específica do conheci-
mento representando as Sociedades Brasileiras de Cardiologia, 
Hipertensão e Nefrologia, além de outras 10 relacionadas direta 
ou indiretamente ao assunto.
Estabelecido um cronograma de trabalho, em uma primeira 
fase, via Web, foram convidados a opinar sobre temas que agora 
compõem esse documento, divididos em nove grupos com uma 
coordenação geral e um coordenador por grupo.
Passada essa fase, após dois meses de árduo trabalho, uma 
reunião plenária, com mais de 40 participantes e com um dia todo 
de trabalho, reviu todos os textos produzidos e atualizados. 
Todos os cuidados foram tomados para que refletissem, com 
o maior rigor, o estado atual do conhecimento em hipertensão 
arterial.
Apresentação
Os nove grupos de trabalho que foram previamente esta-
belecidos e tiveram a liderança de expressivos representantes 
das principais sociedades envolvidas chegaram ao final com um 
texto abrangente e atual.
Temos convicção de que o melhor trabalho foi realizado no 
formato que ora apresentamos.
A sua publicação, nesse momento, nas principais revistas 
médicas do Brasil diretamente afeitas ao tema Hipertensão Arte-
rial, coroa o trabalho ao tempo em que ele é tornado público.
Esperamos com isso que todo o envolvimento e trabalho dos 
que participaram para a produção das VI Diretrizes Brasileiras 
de Hipertensão – DBH VI sejam, nesse instante, coroados 
pelos benefícios a serem auferidos por seus leitores.
Fernando Nobre
Coordenador Geral, em nome de todos os participantes 
das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão – DBH VI
5VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VIRev Bras Hipertens vol.17(1):5-6, 2010.
Grupo 1 – Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
Coordenadora:
Andréa A. Brandão (RJ)
Secretária:
Maria Eliane Campos Magalhães (RJ)
Adriana Ávila (SP)
Agostinho Tavares (SP)
Carlos Alberto Machado (SP)
Érika Maria Gonçalves Campana (RJ)
Ines Lessa (BA)
José Eduardo Krieger (SP)
Luiz Cesar Scala (MT)Mario Fritsch Neves (RJ)
Rita de Cássia Gengo e Silva (SP)
Rosa Sampaio (DF) – Ministério da Saúde
Grupo 2 – Diagnóstico e classificação
Coordenadora:
Cibele I. Saad Rodrigues (SP)
Secretária:
Kátia Coelho Ortega (SP)
Angela Maria Geraldo Pierin (SP)
Audes Magalhães Feitosa (PE)
César Pontes (CE)
Dante Marcelo Artigas Giorgi (SP)
Décio Mion Júnior (SP)
Emilton de Lima (PR)
Hilton Chaves (PE)
Josiane Lima Gusmão (SP)
Leda Lotaif (SP)
Lilian Soares da Costa (RJ)
Marcio Kalil (MG)
Maria Eliete Pinheiro (AL)
Natalino Salgado Filho (MA)
Tufik José Magalhães Geleilete (SP)
Grupo 3 – Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de risco
Coordenadora:
Fernanda Consolim-Colombo (SP)
Secretário:
Luiz Aparecido Bortolotto (SP)
Alexandre Alessi (PR)
Ayrton Pires Brandão (RJ)
Eduardo Cantoni Rosa (SP)
Eliuden Galvão de Lima (ES)
José Carlos Aidar Ayoub (SP)
José Luiz Santello (SP)
José Márcio Ribeiro (MG)
Luiz Carlos Bodanese (RS)
Paulo Roberto B. Toscano (PA)
Raul Dias dos Santos (SP)
Roberto Jorge da Silva Franco (SP)
Wille Oigman (RJ)
Grupo 4 – Decisão terapêutica e metas
Coordenadora:
Frida Liane Plavnik (SP)
Secretário:
Antonio Felipe Sanjuliani (RJ)
Abrão Cury (SP)
Antonio Carlos Palandri Chagas (SP)
Antônio Felipe Simão (SC)
Carlos Scherr (RJ)
Giovânio Vieira da Silva (SP)
João Carlos Rocha (SP)
José Xavier de Mello Filho (MA)
Marco A. Mota Gomes (AL)
Maria Fátima de Azevedo (RN)
Oswaldo Passarelli (SP)
Paulo César Veiga Jardim (GO)
Rafael Leite Luna (RJ)
Sérgio Baiochi (GO)
Grupo 5 – Tratamento não medicamentoso e abordagem multiprofissional
Coordenador:
Marcus Vinícius Bolívar Malachias 
(MG)
Secretário:
Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza 
(GO)
Ana Maria Pita Lotemberg (SP)
Armênio Costa Guimarães (BA)
Carlos Eduardo Negrão (SP)
Claudia Lucia de Moraes Forjaz (SP)
Heno Lopes (SP)
José Ernesto dos Santos (SP)
Luciana Ferreira Ângelo
Marcelo Lima Gusmão (SP)
Marilda Lipp (SP)
Nárcia Elisa B. Kohlmann (SP)
Rui Póvoa (SP)
Thales Carvalho (SC)
Grupo 6 – Tratamento medicamentos
Coordenador:
Osvaldo Kohlmann Jr. (SP)
Secretário:
Miguel Gus (RS)
Artur Beltrame Ribeiro (SP)
Denizar Vianna (RJ)
Eduardo B. Coelho (SP)
Eduardo Barbosa (RS)
Fernando Antonio Almeida (SP)
Gilson Feitosa (BA)
Heitor Moreno (SP)
Jorge Ilha Guimarães (RS) – SBC
Jorge Pinto Ribeiro (RS)
José Antonio Franchini Ramirez (SP)
José Fernando Vilela Martins (SP)
Robson Augusto S. dos Santos (MG)
Grupo 7 – Hipertensão arterial sistêmica secundária
Coordenador:
Celso Amodeo (SP)
Secretário:
Armando da Rocha Nogueira (RJ)
Adelaide A. Pereira (SP)
Antonio Carlos Cordeiro Jr. (SP)
Armando Nogueira (RJ)
Eduardo Pimenta (SP – Austrália)
Flávio Antonio Borelli (SP)
José Gastão Rocha Carvalho (PR)
Luciano Ferreira Drager (SP)
Pedro Jabur (SP)
Rogério A. Mulinari (PR)
PaRticiPantes PoR GRuPo
6 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI Rev Bras Hipertens vol.17(1):5-6, 2010.
PaRticiPantes da Reunião PlenáRia
Grupo 8 – Hipertensão em situações especiais
Coordenador:
Carlos E. Poli-de-Figueiredo (RS)
Secretário:
Agostinho Tavares (SP)
Elizabete Viana de Freitas (RJ) – SBGG
Emmanuel de Almeida Burdmann (SP)
Ivan Luiz Cordovil de Oliveira (RJ)
Lucélia C. Magalhães (BA)
Nelson Sass (SP)
Nilzete Liberato Bresolin (SC) – SBP
Romero Bezerra (DF)
Vera Koch (SP)
Virginia Genelhu Fagundes (RJ)
Grupo 9 – Hipertensão e condições clínicas associadas
Coordenador:
Sebastião Ferreira Filho (MG)
Secretário:
Rogério Baumgratz de Paula (MG)
Álvaro Avezum (SP)
Gabriel R. de Freitas (SP) – ABN
Emílio Francischetti (RJ)
Marcelo Batista (SP)
Maria Helena Catelli Carvalho (SP)
Maria Tereza Zanella (SP)
Marília de Brito Gomes (RJ) – SBD
Maurício Wajngarten (SP)
Nilson Roberto de Melo (SP) – FEBRASGO
Otávio Rizzi Coelho (SP)
Ricardo M. da Rocha Meirelles (SP) – SBEM
Roberto Miranda (SP)
Rosangela Milagres (MG)
 
 Agostinho Tavares (SP) Fernanda Consolim-Colombo (SP) Maria Eliane Campos Magalhães (RJ)
 Andréa A. Brandão (RJ) Fernando Antonio Almeida (SP) Maria Tereza Zanella (SP)
 Antonio Felipe Sanjuliani (RJ) Fernando Nobre (SP) Maurício Wajngarten (SP)
 Armando da Rocha Nogueira (RJ) Frida Liane Plavnik (SP) Osvaldo Kohlmann Jr. (SP)
 Carlos Alberto Machado (SP) Gilson Feitosa (BA) Osvaldo Passarelli (SP)
 Carlos E. Poli-de-Figueiredo (RS) Heno Lopes (SP) Paulo César Veiga Jardim (GO)
 Carlos Eduardo Negrão (SP) Hilton Chaves (PE) Roberto Jorge da Silva Franco (SP)
 Celso Amodeo (SP) José Luiz Santello (SP) Rogério A. Mulinari (PR)
 Cibele I. Saad Rodrigues (SP) José Márcio Ribeiro (MG) Rogério Baumgratz de Paula (MG)
 Dante Marcelo Artigas Giorgi (SP) Kátia Coelho Ortega (SP) Sebastião Ferreira Filho (MG)
 Décio Mion Júnior (SP) Luiz Aparecido Bortolotto (SP) Weimar Kunz Sebba B. de Souza (GO)
 Denizar Vianna (RJ) Marco A. Mota Gomes (AL) Wille Oigman (RJ)
 Marcus Vinícius B. Malachias (MG)
7VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VIVI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VIRev Bras Hipertens vol.17(1):7-10, 2010.
Capítulo 1
Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
1.1 conceituação
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica 
multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de 
pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações 
funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, 
rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com 
consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares 
fatais e não fatais1-4.
1.2 imPacto médico e social da HiPeRtensão 
aRteRial sistêmica
1.2.1 Hipertensão arterial sistêmica e doenças cardiovasculares 
no Brasil e no mundo
A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. 
É considerada um dos principais fatores de risco (FR) modificá-
veis e um dos mais importantes problemas de saúde pública. 
A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta pro-
gressivamente com a elevação da PA a partir de 115/75 mmHg 
de forma linear, contínua e independente1. Em 2001, cerca de 
7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação 
da PA (54% por acidente vascular encefálico [AVE] e 47% por 
doença isquêmica do coração [DIC])4, sendo a maioria em países 
de baixo e médio desenvolvimento econômico e mais da metade 
em indivíduos entre 45 e 69 anos. Em nosso país, as DCV têm 
sido a principal causa de morte. Em 2007, ocorreram 308.466 
óbitos por doenças do aparelho circulatório2 (Figura 1). Entre 
1990 e 2006, observou-se uma tendência lenta e constante de 
redução das taxas de mortalidade cardiovascular (Figura 2). 
As DCV são ainda responsáveis por alta frequência de 
internações, ocasionando custos médicos e socioeconômi-
cos elevados1,3. Como exemplo, em 2007 foram registradas 
1.157.509 internações por DCV no Sistema Único de Saúde 
(SUS). Em relação aos custos, em novembro de 2009 ocor-
reram 91.970 internações por DCV, resultando em um custo 
de R$ 165.461.644,33 (DATASUS)5. A doença renal terminal, 
outra condição frequentemente na HAS, ocasionou a inclusão 
de 94.282 indivíduos em programa de diálise no SUS e 9.486 
óbitos em 20075.
 
 70,6%
29,4%
Doenças cardiovasculares (DCV)
Outras causas
31,4% 30,0%
12,8%
25,1%
AVE DIC HAS Outras 
 causas
Figura 1. Taxas de mortalidade por DCV e suas diferentes causas no Brasil, em 2007 (AVE = acidente vascular encefálico; DIC = doença 
isquêmica do coração; HAS = hipertensão arterial sistêmica).
8 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
Rev Bras Hipertens vol.17(1):7-10, 2010.250
200
150
Ta
xa
 p
or
 1
00
.0
00
 h
ab
ita
nt
es
100
50
1990 1995 2000 2005 2010
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Ano
Figura 2. Taxas ajustadas de mortalidade por doenças do aparelho 
circulatório nas regiões brasileiras, de 1990 a 2006.
1.2.2 prevalência da Hipertensão arterial sistêmica 
Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 
20 anos apontaram uma prevalência de HAS acima de 30%6,7. 
Considerando-se valores de PA ≥ 140/90 mmHg, 22 estudos 
encontraram prevalências entre 22,3% e 43,9% (média de 
32,5%), com mais de 50% entre 60 e 69 anos e 75% acima 
de 70 anos6,7.
Entre os gêneros, a prevalência foi de 35,8% nos homens e 
de 30% em mulheres, semelhante à de outros países8. Revisão 
sistemática quantitativa de 2003 a 2008, de 44 estudos em 35 
países, revelou uma prevalência global de 37,8% em homens e 
32,1% em mulheres8. 
1.2.3 conHecimento, tratamento e controle
Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o tratamento 
e o controle da HAS são fundamentais para a redução dos 
eventos cardiovasculares1. No Brasil, 14 estudos populacio-
nais realizados nos últimos quinze anos com 14.783 indivíduos 
(PA < 140/90 mmHg) revelaram baixos níveis de controle da PA 
(19,6%)7,9. Calcula-se que essas taxas devem estar superesti-
madas, graças, principalmente, à heterogeneidade dos trabalhos 
realizados. A comparação das frequências, respectivamente, de 
conhecimento, tratamento e controle nos estudos brasileiros7,9 
com as obtidas em 44 estudos de 35 países8, revelou taxas se-
melhantes em relação ao conhecimento (52,3% vs. 59,1%), mas 
significativamente superiores no Brasil em relação ao tratamento 
e controle (34,9% e 13,7% vs. 67,3% e 26,1%) em especial em 
municípios do interior com ampla cobertura do PSF7, mostrando 
que os esforços concentrados dos profissionais de saúde, das 
sociedades científicas e das agências governamentais são 
fundamentais para se atingir metas aceitáveis de tratamento 
e controle da HAS. 
1.3 FatoRes de Risco PaRa HiPeRtensão 
aRteRial sistêmica
1.3.1 idade
Existe relação direta e linear da PA com a idade1, sendo a 
prevalência de HAS superior a 60% acima de 65 anos6. Entre 
metalúrgicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, a prevalência 
de HAS foi de 24,7% e a idade acima de 40 anos foi a variável 
que determinou maior risco para essa condição10. 
1.3.2 Gênero e etnia
A prevalência global de HAS entre homens e mulheres é se-
melhante, embora seja mais elevada nos homens até os 50 
anos, invertendo-se a partir da quinta década6,10,11. Em relação 
à cor, a HAS é duas vezes mais prevalente em indivíduos de 
cor não branca. Estudos brasileiros com abordagem simultânea 
de gênero e cor demonstraram predomínio de mulheres negras 
com excesso de HAS de até 130% em relação às brancas11. Não 
se conhece, com exatidão, o impacto da miscigenação sobre 
a HAS no Brasil.
1.3.3 excesso de peso e oBesidade
O excesso de peso se associa com maior prevalência de HAS 
desde idades jovens12. Na vida adulta, mesmo entre indivíduos 
fisicamente ativos, incremento de 2,4 kg/m2 no índice de massa 
corporal (IMC) acarreta maior risco de desenvolver hipertensão. 
A obesidade central também se associa com PA13. 
1.3.4 inGestão de sal
A ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com 
elevação da PA1. A população brasileira apresenta um padrão 
alimentar rico em sal, açúcar e gorduras. Em contrapartida, em 
populações com dieta pobre em sal como a dos índios brasi-
leiros yanomami, não foram encontrados casos de HAS1. Por 
outro lado, o efeito hipotensor da restrição de sódio tem sido 
demonstrado14-18. 
1.3.5 inGestão de álcool 
A ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode 
aumentar a PA1,10 e a mortalidade cardiovascular e geral. Em 
populações brasileiras, o consumo excessivo de etanol se 
associa com a ocorrência de HAS de forma independente das 
características demográficas1,19,20.
1.3.6 sedentarismo
A atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indi-
víduos pré-hipertensos, bem como a mortalidade1,21 e o risco 
de DCV. 
Fonte: Dasis/SVS/Ministério da Saúde
9VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
Rev Bras Hipertens vol.17(1):7-10, 2010.
1.3.7 Fatores socioeconômicos
A influência do nível socioeconômico na ocorrência da HAS é 
complexa e difícil de ser estabelecida22. No Brasil, a HAS foi mais 
prevalente entre indivíduos com menor escolaridade6. 
1.3.8 Genética
A contribuição de fatores genéticos para a gênese da HAS está 
bem estabelecida na população23. Porém, não existem, até o 
momento, variantes genéticas que possam ser utilizadas para 
predizer o risco individual de desenvolver HAS23. 
1.3.9 outros Fatores de risco cardiovascular
Os FR cardiovascular frequentemente se apresentam de forma 
agregada. A predisposição genética e os fatores ambientais 
tendem a contribuir para essa combinação em famílias com 
estilo de vida pouco saudável1,6. 
1.4 PRevenção PRimáRia
1.4.1 medidas não medicamentosas 
As mudanças no estilo de vida são entusiasticamente recomen-
dadas na prevenção primária da HAS, notadamente nos indiví-
duos com PA limítrofe. Mudanças de estilo de vida reduzem a PA, 
bem como a mortalidade cardiovascular24-26. Hábitos saudáveis 
de vida devem ser adotados desde a infância e a adolescência, 
respeitando-se as características regionais, culturais, sociais e 
econômicas dos indivíduos. As principais recomendações não 
medicamentosas para prevenção primária da HAS são: alimenta-
ção saudável, consumo controlado de sódio e de álcool, ingestão 
de potássio e combate ao sedentarismo e ao tabagismo.
1.4.2 medidas medicamentosas
Estudos foram realizados com o objetivo de avaliar a eficácia 
e a segurança de medicamentos na prevenção da HAS. Nos 
estudos TROPHY27 e PHARAO28, a estratégia medicamentosa 
foi bem tolerada e preveniu o desenvolvimento de HAS em 
populações jovens de alto risco. Para o manejo de indivíduos 
com comportamento limítrofe da PA, recomenda-se considerar 
o tratamento medicamentoso apenas em condições de risco 
cardiovascular global alto ou muito alto. Até o presente, ne-
nhum estudo já realizado tem poder suficiente para indicar um 
tratamento medicamentoso para indivíduos com PA limítrofe 
sem evidências de doença cardiovascular1,29.
1.4.3 estratéGias para implementação de medidas de prevenção
Implementação de medidas de prevenção contra a HAS repre-
senta um grande desafio para os profissionais e gestores da área 
de saúde. No Brasil, cerca de 75% da assistência à saúde da 
população é feita pela rede pública do SUS, enquanto o Sistema 
de Saúde Suplementar Complementar assiste aproximadamente 
46,5 milhões30. A prevenção primária e a detecção precoce são 
as formas mais efetivas de evitar as doenças e devem ser metas 
prioritárias dos profissionais de saúde. 
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10 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Conceituação, epidemiologia e prevenção primária
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11VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VIVI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VIRev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.
Capítulo 2
Diagnóstico e classificação
2.1 medida da PRessão aRteRial
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é diagnosticada pela 
detecção de níveis elevados e sustentados de pressão arterial 
(PA) pela medida casual. A PA deve ser realizada em toda 
avaliação por médicos de qualquer especialidade e demais 
profissionais da saúde.
2.1.1 medida da pressão arterial 
Os procedimentos de medida da pressão são simples e de 
fácil realização. Contudo, nem sempre são realizados de forma 
adequada1,2. Algumas condutas podem evitar erros, como, por 
exemplo, o preparo apropriado do paciente, o uso de técnica 
padronizada e de equipamento calibrado3-5. Os procedimentos 
que devem ser seguidos para a medida correta da PA estão 
descritos na tabela 1.
2.1.2 equipamentos para medida da pressão arterial
A medida da PA pode ser realizada pelo método indireto, com 
técnica auscultatória e com uso de esfigmomanômetro de 
coluna de mercúrio ou aneroide devidamente calibrados, ou 
com técnica oscilométrica pelos aparelhos semiautomáticos 
digitais de braço validados, estando estes também calibrados. 
Os aparelhos aneroides não são os de primeira escolha, pois 
se descalibram mais facilmente6,7. Atualmente, entretanto, 
há uma forte tendência para a substituição dos aparelhos de 
coluna de mercúrio por equipamentos semiautomáticos ou 
aneroides em razão do risco de toxicidade e contaminação 
ambiental pelo mercúrio, de acordo com a Norma Regula-
mentadora – NR 15 (125.001-9/I4) do Ministério do Trabalho, 
encontrada no site http:∕∕www.mte.gov.br∕legislacao∕normas_
regulamentadoras∕nr_15_anexo13.pdf. A escolha do aparelho 
semiautomático deve ser criteriosa, sendo recomendados 
somente aqueles validados8. Os aparelhos de medida no punho 
e no dedo não são recomendados para a prática clínica, embora 
já existam aparelhos de punho validados9.
Para a escolha do aparelho semiautomático, recomenda-se 
consultar os sites: http://www.dableducational.org/sphygmoma-
nometers/devices_2_sbpm.html e http://www.bhsoc.org/bp_mo-
Tabela 1. Procedimentos recomendados para a medida da pressão 
arterial (D)
Preparo do paciente: 
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo 
menos cinco minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não 
conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas 
antes ou após o procedimento
2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
está com a bexiga cheia•	
praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos•	
ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos •	
fumou nos 30 minutos anteriores •	
3. Posicionamento do paciente:
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados 
no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar 
na alturado coração (nível do ponto médio do esterno ou quarto 
espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão 
voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido
Para a medida propriamente:
1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a 
medida, selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço*
2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital
3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria 
braquial
4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. 
O seu reaparecimento corresponderá à PA sistólica 
5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o 
diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva
6. Inflar rapidamente até ultrapassar em 20 a 30 mmHg o nível 
estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação
7. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo)
8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff), que é em geral fraco, seguido de batidas regulares, e, após, 
aumentar ligeiramente a velocidade de deflação
9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase 
V de Korotkoff)
10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar 
seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa
11. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão 
diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar 
valores da sistólica/diastólica/zero
12. Sugere-se esperar em torno de 1 minuto para nova medida, embora 
esse aspecto seja controverso10,11
13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente
14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço no qual 
a pressão arterial foi medida
* A tabela 2 indica o manguito apropriado em conformidade com as dimensões do 
braço do examinado.
12 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Diagnóstico e classificação
Rev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.
nitors/automatic.stm. Todos os aparelhos devem ser validados por 
protocolos estabelecidos na literatura pela AAMI (Association 
for the Advancement of Medical Instrumentation) e BHS (British 
Hypertension Society) e devem, também, ser verificados uma vez 
por ano, de preferência nas dependências dos órgãos da Rede 
Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ (IPEMs – 
Institutos de Pesos e Medidas Estaduais) ou em local designado 
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial − Inmetro )http://www.inmetro.gov.br/consumidor/
produtos/esfigmo2.asp) e, se necessário, calibrados. 
Tabela 2. Dimensões da bolsa de borracha para diferentes 
circunferências de braço em crianças e adultos (D):
Denominação do 
manguito
Circunferência 
do braço (cm)
Bolsa de borracha (cm)
Largura Comprimento
Recém-nascido ≤ 10 4 8
Criança 11-15 6 12
Infantil 16-22 9 18
Adulto pequeno 20-26 10 17
Adulto 27-34 12 23
Adulto grande 35-45 16 32
2.1.3 medida da pressão arterial em crianças, idosos e Gestantes
2.1.3.1 Crianças
A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação 
clínica12, após os 3 anos de idade, pelo menos anualmente, como 
parte do seu atendimento pediátrico primário, devendo respeitar 
as padronizações estabelecidas para os adultos (Tabela 1) (D). 
A interpretação dos valores de PA obtidos em crianças e 
adolescentes deve levar em conta: a idade, o sexo e a altura. 
Para avaliação dos valores de PA de acordo com essas variá-
veis, consultar tabela disponível em www.sbh.org.br, no texto 
completo das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI. 
Hipertensão arterial nessa população é definida como 
pressão igual ou maior ao percentil 95 de distribuição da PA. 
Tabela 3. Classificação da pressão arterial para crianças e adolescentes (modificada do The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation and 
Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents)
Classificação Percentil* para PAS e PAD Frequência de medida da pressão arterial
Normal PA < percentil 90 Reavaliar na próxima consulta médica agendada
Limítrofe PA entre percentis de 90 a 95 ou se PA exceder 
120/80 mmHg sempre < percentil 90 até < percentil 95
Reavaliar em 6 meses
Hipertensão estágio 1 Percentil 95 a 99 mais 5 mmHg Paciente assintomático: reavaliar em 1 a 2 semanas; 
se hipertensão confirmada, encaminhar para avaliação 
diagnóstica
Paciente sintomático: encaminhar para avaliação 
diagnóstica
Hipertensão estágio 2 PA > percentil 99 mais 5 mmHg Encaminhar para avaliação diagnóstica
Hipertensão do avental branco PA > percentil 95 em ambulatório ou consultório e PA 
normal em ambientes não relacionados à prática clínica
* Para idade, sexo e percentil de estatura. 
PA: pressão arterial; PAD: pressão arterial diastólica; PAS: pressão arterial sistólica.
Crianças também apresentam hipertensão de consultório e 
efeito do avental branco, mas o papel da monitorização ambu-
latorial da pressão arterial (MAPA) é limitado nessa população 
especial, sobretudo pela falta de critérios de normalidade13. 
A classificação da PA em crianças e adolescentes deve seguir 
o que está estabelecido na tabela 3.
2.1.3.2 Idosos
Alterações próprias do envelhecimento determinam aspectos 
diferenciais na PA dessa população, como: maior frequência 
de “hiato auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos 
sons durante a deflação do manguito, geralmente entre o final 
da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando 
em valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente 
altos para a diastólica. A grande variação da PA nos idosos, ao 
longo das 24 horas, torna a MAPA útil. A “pseudo-hipertensão”, 
que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser de-
tectada pela manobra de Osler, ou seja, quando a artéria radial 
permanece ainda palpável, após a insuflação do manguito pelo 
menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial14. 
A maior ocorrência de efeito do avental branco, hipotensão 
ortostática e pós-prandial e, finalmente, a presença de arritmias 
como a fibrilação atrial podem dificultar a medida da PA nesses 
indivíduos15 (D).
2.1.3.3 Obesos
Manguitos mais longos e largos são necessários em pacientes 
obesos, para não haver superestimação da pressão arterial16 (D). 
Em braços com circunferência superior a 50 cm, quando não 
houver manguito disponível, pode-se fazer a medida no antebra-
ço e o pulso auscultado deve ser o radial16 (D). Há, entretanto, 
restrições quanto a essa prática, recomendando-se que sejam 
usados manguitos apropriados. Especial dificuldade ocorre em 
braços largos e curtos, em forma de cone, aos quais esses 
manguitos maiores não se adaptam (D). 
13VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Diagnóstico e classificação
Rev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.
2.1.3.4 Gestantes
A PA deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com 
a mesma técnica recomendada para adultos. Entretanto, a PA 
também pode ser medida no braço esquerdo, na posição de 
decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta não deve diferir 
da posição sentada. O quinto ruído de Korotkoff deve ser con-
siderado como a pressão diastólica17 (D).
2.2 Recomendações PaRa diaGnóstico e 
seGuimento
2.2.1 medida da pressão arterial no consultório
Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos 
os braços e, em caso de diferença, utilizar-se como referência 
sempre o braço com o maior valor para as medidas subse-
quentes (D). O indivíduo deverá ser investigado para doenças 
arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros 
superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/
diastólica, respectivamente18 (D). 
Visita 1
Medida da PA
Anamnese, exame físico e avaliação laboratorial*
Prazo máximo de reavaliação: 2 meses**
Visita 2
PA ≥ 140/90 com risco cardiovascular*** alto,muito alto ou PA ≥ 180/110 mmHg
Sim
ouou
PA = 140-179/90-109
Hipertensão estágio 1 ou 2 e risco cardiovascular* 
** baixo ou médio
Prazo máximo de reavaliação: 2 meses**
Considerar MAPA Considerar MRPAPressão arterial casual de 
consultório
Visita 3
PA vigília 
< 130/85 mmHg
Visita 3
PA < 130/85 mmHg
Visita 3
PA < 140/90 mmHg
Hipertensão 
do avental 
branco
Hipertensão 
do avental 
branco
Normotensão
MAPA/MRPA: 
na suspeita de 
hipertensão 
mascarada
Continuar 
medidas de 
pressão arterial
Hipertensão
MAPA/MRPA: 
na suspeita de 
hipertensão do 
avental branco
Continuar 
medidas de 
pressão arterial
Diagnóstico de 
hipertensão
Diagnóstico de 
hipertensão
Visita 3
PA 24 horas
PAS > 125 mmHg 
ou PAD > 75 mmHg
Visita 3
PAS > 130 mmHg 
ou PAD > 85 mmHg
Visita 3
PAS ≥ 140 mmHg ou 
PAD ≥ 90 mmHg
Não
Emergência/Urgência 
hipertensiva
Diagnóstico de 
hipertensão
Figura 1. Fluxograma para o diagnóstico da hipertensão arterial (modificado de sugestão do Canadian Hypertension Education Program). 
* Avaliação laboratorial recomendada no capítulo 3. ** Vide tabela 4 (seguimento). *** Estratificação de risco cardiovascular recomendado no 
capítulo 3. (PA: pressão arterial; PAD: pressão arterial diastólica; PAS: pressão arterial sistólica; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão 
arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial).
Em cada consulta, deverão ser realizadas pelo menos três 
medidas; sugere-se com intervalo de um minuto entre elas, 
embora esse aspecto seja controverso10,11. A média das duas 
últimas deve ser considerada a PA real (D). Caso as pressões 
sistólicas e/ou diastólicas obtidas apresentem diferença maior 
que 4 mmHg, deverão ser realizadas novas medidas até que se 
obtenham medidas com diferença inferior (D).
A posição recomendada para a medida da PA é a sentada. As 
medidas nas posições ortostática e supina devem ser feitas pelo 
menos na primeira avaliação em todos os indivíduos e em todas 
as avaliações em idosos, diabéticos, portadores de disautonomias, 
alcoolistas e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva (D). 
Novas orientações consideram a utilização da MAPA e da 
monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) como ferra-
mentas importantes na investigação de pacientes com suspeita 
de hipertensão. Recomenda-se, sempre que possível, a medida 
da PA fora do consultório para esclarecimento do diagnóstico, 
identificação da hipertensão do avental branco (HAB) e da 
hipertensão mascarada (HM) (D) (Figura 1 e Tabela 4)19. 
14 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Diagnóstico e classificação
dias26, ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias27, 
realizadas pelo paciente ou por outra pessoa capacitada, du-
rante a vigília, no domicílio ou no trabalho, com equipamentos 
validados. Não há, neste momento, protocolos universalmente 
aceitos para a MRPA. Sua maior utilização pode superar muitas 
limitações da tradicional medida da PA no consultório, sendo 
mais barata e de mais fácil execução que a MAPA, embora 
com limitações, como, por exemplo, a não avaliação da PA 
durante o período de sono. É desejável que a MRPA torne-se 
um componente de rotina da medida da PA para a maioria dos 
pacientes com hipertensão conhecida ou suspeita, contribuindo 
para o diagnóstico28 e o seguimento da HAS. A MRPA não deve 
ser confundida com a AMPA (D)29. Há vantagens e desvantagens 
com o seu uso, do mesmo modo que com a AMPA29-31. Apesar 
de não haver um consenso na literatura em relação a critérios 
de normalidade, são consideradas anormais medidas de PA 
> 130/85 mmHg (B)25,32-34.
2.2.4 monitorização amBulatorial da pressão arterial de 
24 Horas
A MAPA é o método que permite o registro indireto e intermi-
tente da PA durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente 
realiza suas atividades habituais durante os períodos de vigília 
e de sono. 
Uma das suas características mais específicas é a possi-
bilidade de identificar as alterações do ciclo circadiano da PA, 
sobretudo as alterações durante o sono, que têm implicações 
prognósticas consideráveis35.
Têm-se demonstrado que esse método é superior à medida 
de consultório em predizer eventos clínicos, tais como: infarto 
do miocárdio, acidente vascular encefálico, insuficiência renal 
e retinopatia (B)36.
São consideradas anormais as médias de PA de 24 
horas > 125 x 75 mmHg, vigília > 130 x 85 mmHg e sono 
> 110/70 mmHg (B)37.
Tabela 4. Recomendações para o seguimento: prazos máximos para 
reavaliação*
Pressão arterial inicial (mmHg)** Seguimento
Sistólica Diastólica
< 130 < 85 Reavaliar em um ano
Estimular mudanças de estilo 
de vida
130-139 85-89 Reavaliar em seis meses***
Insistir em mudanças do estilo 
de vida
140-159 90-99 Confirmar em dois meses***
Considerar MAPA/MRPA
160-179 100-109 Confirmar em um mês***
Considerar MAPA/MRPA
≥ 180 ≥ 110 Intervenção medicamentosa 
imediata ou reavaliar em uma 
semana***
* Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente. 
** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento 
recomendado deve ser definido pelo maior nível de pressão. 
*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores 
de risco maiores, doenças associadas e lesão em órgãos-alvo). 
MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização 
residencial da pressão arterial. 
2.2.2 automedida da pressão arterial
A automedida da pressão arterial (AMPA) foi definida pela World 
Hypertension League (1988)20 como a realizada por pacientes 
ou familiares, não profissionais de saúde, fora do consultório, 
geralmente no domicílio, representando uma importante fonte 
de informação adicional. 
A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter 
uma estimativa mais real dessa variável, tendo em vista que 
os valores são obtidos no ambiente onde os pacientes passam 
a maior parte do dia21. 
Na suspeita de HAB ou HM, sugerida pelas medidas da 
AMPA, recomenda-se a realização de MAPA ou MRPA para 
confirmar ou excluir o diagnóstico (D).
Os aparelhos semiautomáticos de braço validados, com 
capacidade de armazenar dados em sua memória, são os dispo-
sitivos mais recomendados para a AMPA pela sua facilidade de 
manejo e confiabilidade (D)22. Aparelhos de coluna de mercúrio e 
aneroide apresentam inconvenientes, dificultando o seu manejo 
por pessoas usualmente não capacitadas no domicílio21.
A padronização de um procedimento para AMPA é funda-
mental para que pacientes e familiares possam ser orientados 
durante a consulta no ambulatório23. As recomendações para 
medida domiciliar devem ser as mesmas adotadas24.
Valores superiores a 130/85 mmHg pela AMPA devem ser 
considerados alterados (D)25 (Tabela 5). 
2.2.3 monitorização residencial da pressão arterial
A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo-
se três medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada 
de medicamento, e três à noite, antes do jantar, durante cinco 
Tabela 5. Valores de pressão arterial no consultório, MAPA, AMPA 
e MRPA que caracterizam efeito do avental branco, hipertensão do 
avental branco e hipertensão mascarada
Consultório 
(mmHg)
MAPA 
vigília25 
(mmHg)
AMPA 
(mmHg)
MRPA1 
(mmHg)
Normotensão 
ou hipertensão 
controlada
< 140/90 ≤ 130/85 ≤ 130/85 ≤ 130/85
Hipertensão ≥ 140/90 > 130/85 > 130/85 > 130/85
Hipertensão do 
avental branco
≥ 140/90 < 130/85 < 130/85 < 130/85
Hipertensão 
mascarada
< 140/90 > 130/85 > 130/85 > 130/85
AMPA: automedida da pressão arterial; MAPA: monitorização ambulatorial da 
pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial.
Rev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.
15VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Diagnósticoe classificação
2.3 classiFicação
comportamento da pressão arterial
Os limites de PA considerados normais são arbitrários. Os 
valores que classificam os indivíduos acima de 18 anos estão 
na tabela 6.
Tabela 6. Classificação da pressão arterial de acordo com a medida 
casual no consultório (> 18 anos)
Classificação Pressão 
sistólica 
(mmHg)
Pressão 
diastólica 
(mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe* 130-139 85-89
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99
Hipertensão estágio 2 160-179 100-109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias 
diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão 
arterial
* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se 
equivalem na literatura. 
2.3.1 eFeito do avental Branco
O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão 
obtida entre a medida registrada no consultório e fora dele, 
desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na 
pressão sistólica e∕ou de 10 mmHg na pressão diastólica (C).
O EAB poderá ser verificado considerando-se a PA fora do 
consultório comparada àquelas da AMPA, MRPA ou medidas 
de vigília pela MAPA38-42 (B).
A prevalência do EAB na população adulta varia entre 18% e 
60%43 (C). Tem componente familiar, sendo mais frequente em 
brancos, mulheres, idosos, pacientes com sobrepeso e obesos 
e mais comum em normotensos que em hipertensos44 (C) e 
em pacientes hipertensos não tratados que nos tratados45 (C). 
2.3.2 Hipertensão 
A linha demarcatória que define HAS considera valores de 
PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg 
em medidas de consultório. O diagnóstico deverá ser sempre 
validado por medidas repetidas, em condições ideais, em pelo 
menos três ocasiões46-48 (D).
A figura 2 mostra as diferentes possibilidades de classifica-
ção do comportamento da PA quanto ao diagnóstico, segundo 
as novas formas de definição.
2.3.3 normotensão verdadeira
Considera-se normotensão verdadeira se as medidas de consul-
tório são classificadas como normais, desde que atendidas todas 
Hipertensão do 
avental branco
9%
51% 12%
28%
Normotensão 
do avental branco
Normotensão 
verdadeira
Hipertensão 
verdadeira
Figura 2. Possibilidades de diagnóstico, de acordo com as medidas de 
pressão arterial casual e MAPA na vigília ou MRPA. Destaque-se que 
os valores de referência nesse estudo, diferentes dos considerados nas 
DBH VI, conferem porcentagens de prevalência a cada uma das formas 
de comportamento de acordo com os valores nele considerados.
Pr
es
sã
o 
de
 c
on
su
ltó
rio
14
0/
90
135/85 mmHg
Pressão MAPA
as condições determinadas nessas diretrizes. Adicionalmente, 
devem-se considerar médias de pressão na AMPA ou MRPA ou, 
ainda, no período de vigília pela MAPA < 130 x 85 mmHg25.
A classificação de normotensão verdadeira pode ser obser-
vada na tabela 525,37,49.
2.3.4 Hipertensão sistólica isolada
Hipertensão sistólica isolada (HSI) é definida com comportamen-
to anormal da PA sistólica com PA diastólica normal.
 A HSI e a pressão de pulso são FR importantes para DCV 
em pacientes de meia-idade e idosos50.
2.3.5 Hipertensão do avental Branco 
Define-se HAB quando o paciente apresenta medidas de PA 
persistentemente elevadas (≥ 140/90 mmHg) no consultório 
e médias de PA consideradas normais seja na residência, pela 
AMPA ou MRPA, ou pela MAPA25,37. Evidências disponíveis 
apontam para pior prognóstico cardiovascular para a HAB em 
relação aos pacientes normotensos51. Até 70% dos pacientes 
com esse comportamento de PA terão HAS pela MAPA e/ou 
MRPA em um período de dez anos52,53.
2.3.6 Hipertensão mascarada
É definida como a situação clínica caracterizada por valores 
normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA 
elevada pela MAPA durante o período de vigília ou na MRPA.
Em diversos estudos, a prevalência de HM variou de 8% a 
48%54-56. Essa condição deve ser pesquisada em indivíduos com 
PA normal ou limítrofe e mesmo nos hipertensos controlados, 
mas com sinais de lesões em órgãos-alvo, histórico familiar 
positivo para HAS, risco cardiovascular alto e medida casual 
fora do consultório anormal26,27 (D). 
Rev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.
16 VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Diagnóstico e classificação
Os pacientes portadores de HM devem ser identificados e 
acompanhados, pois apresentam risco de desenvolver lesões 
de órgãos-alvo semelhantes a pacientes hipertensos57 (A).
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Capítulo 3
Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de 
risco
3.1 avaliação clínica e laBoRatoRial
3.1.1 oBjetivos
Os principais objetivos da avaliação clínica e laboratorial estão 
apresentados na tabela 1.
Tabela 1. Objetivos da avaliação clínica e laboratorial
Confirmar o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica por medida da 
pressão arterial
Identificar fatores de risco para doenças cardiovasculares
Pesquisar lesões clínicas ou subclínicas em órgãos-alvo
Pesquisar presença de outras doenças associadas
Estratificar o risco cardiovascular global
Avaliar indícios do diagnóstico de hipertensão arterial secundária
Para atingir tais objetivos, é fundamental considerar os as-
pectos apresentados a seguir, levando-se em conta que o tempo 
necessário para a avaliação inicial de um paciente com suspeita 
de hipertensão arterial é de pelo menos 30 minutos1.
3.1.2 avaliação clínica
3.1.2.1 Deve-se obter história clínica completa, com especial 
atenção aos dados relevantes referentes ao tempo e ao trata-
mento prévio de hipertensão, aos fatores de risco, aos indícios de 
hipertensão secundária e de lesões de órgãos-alvo, aos aspectos 
socioeconômicos, às características do estilo de vida do pacien-
te e ao consumo pregresso ou atual de medicamentos ou drogas 
que podem interferir em seu tratamento (anti-inflamatórios, 
anorexígenos, descongestionantes nasais etc.). 
Além da medida da pressão arterial (PA), a frequência 
cardíaca deve ser cuidadosamente medida, pois sua elevação 
está relacionada a maior risco cardiovascular2.
Para avaliação de obesidade visceral, recomenda-se a medi-
da da circunferência da cintura (CC) (IIB), visto que a medida da 
relação cintura-quadril não se mostrou superior à medida isolada 
da CC na estratificação de risco3. Os valores de normalidade da 
CC adotados nessas diretrizes foram os utilizados no NCEPIII4 
(88 cm para mulheres e 102 cm para homens) e previamente 
recomendados pela Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica 
(IIa, C), visto que ainda não dispomos de dados nacionais que 
representem nossa população como um todo5. 
3.1.2.2 O exame físico deve ser minucioso, buscando sinais su-
gestivos de lesões de órgãos-alvo e de hipertensão secundária. 
O exame de fundo de olho deve ser sempre feito ou solicitado na 
primeira avaliação, em especial, em pacientes com hipertensão 
arterial sistêmica (HAS) estágio 3, que apresentam diabetes ou 
lesão em órgãos-alvo6 (Classe IIa, Nível C).
No exame físico, a obstrução do índice tornozelo braquial 
(ITB) pode ser útil. A tabela 2 traz considerações sobre o ITB.
Tabela 2. Índice tornozelo braquial
Indicações8 (Classe I, Nível B)
Idade 50-69 e tabagismo ou diabetes
Idade ≥ 70 anos
Dor na perna com exercício
Alterações dos pulsos em membros inferiores
Doença arterial coronária, carotídea ou renal
Risco cardiovascular intermediário
Para o cálculo do ITB:
utilizar os valores de pressão arterial sistólica do braço e tornozelo, 
sendo considerado o maior valor braquial para cálculo. ITB direito 
= pressão tornozelo direito/pressão braço direito. ITB esquerdo 
= pressão tornozelo esquerdo/pressão braço esquerdo8,9
Interpretação
Normal = acima de 0,9; obstrução leve = 0,71-0,90; obstrução 
moderada = 0,41-0,70; obstrução grave = 0,00-0,408,9
ITB: índice tornozelo braquial.
3.1.3 A investigação laboratorial básica (Tabelas 3 e 4) está 
indicada a todos os pacientes hipertensos.
Tabela 3. Avaliação inicial de rotina para o paciente hipertenso
Análise de urina (Classe I, Nível C)
Potássio plasmático (Classe I, Nível C)
Creatinina plasmática (Classe I, Nível B) e estimativa do ritmo de 
filtração glomerular (Classe I, Nível B)10,11 (Tabela 6)
Glicemia de jejum (Classe I, Nível C)
Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos (Classe I, Nível C)*
Ácido úrico plasmático (Classe I, Nível C)
Eletrocardiograma convencional (Classe I, Nível B)
* O LDL-c é calculado pela fórmula: LDL-c = colesterol total – HDL-c 
triglicérides/5 (quando a dosagem de triglicérides for abaixo de 400 mg/dl).
19VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO – DBH VI
Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de risco
Rev Bras Hipertens vol.17(1):18-21, 2010.
Tabela 4. Cálculo do clearance de creatinina e ritmo de filtração 
glomerular e interpretação dos valores para classificação de doença 
renal crônica de acordo com a National Kidney Foundation (NKF)12
a) Taxa de filtração glomerular estimada (TFGE) pela fórmula de Cockroft-
Gault13: 
TFGE (ml/min) = [140 - idade] x peso (kg)/creatinina plasmática (mg/dl) x 
72 para homens; para mulheres, multiplicar o resultado por 0,85
b) Ritmo de filtração glomerular pela fórmula MDRD14 no link www.kidney.
org/professionals/kdoqi/guidelines _ ckd
c) Interpretação15:
Função renal normal: > 90 ml/min sem outras alterações no exame de 
urina; disfunção renal estágio 1: > 90 ml/min com alterações no exame 
de urina; disfunção renal estágio 2: 60-90 ml/min; disfunção renal estágio 
2: 30-60 ml/min; disfunção renal estágio 4-5: < 30 ml/min
A avaliação complementar é orientada para detectar lesões 
clínicas ou subclínicas com o objetivo de melhor estratificação 
do risco cardiovascular (Tabela 5). Está indicada na presença 
de elementos indicativos de doença cardiovascular (DCV) e 
doenças associadas, em pacientes com dois ou mais fatores 
de risco (FR), e em pacientes acima de 40 anos de idade com 
diabetes1 (Nível evidência I, Classe C).
Tabela 5. Avaliação complementar para o paciente hipertenso – 
exames recomendados e população indicada
a) Radiografia de tórax – recomendada para pacientes com suspeita 
clínica de insuficiência cardíaca (Classe IIa, Nível C)16, quando os demais 
exames não estão disponíveis, e para avaliação de acometimento pulmonar 
e de aorta
b) Ecocardiograma17,18: hipertensos estágios 1 e 2 sem hipertrofia 
ventricular esquerda ao ECG, mas com dois ou mais fatores de risco 
(Classe IIa, Nível C); hipertensos com suspeita clínica de insuficiência 
cardíaca (Classe I, Nível C)
c) Microalbuminúria19-21: pacientes hipertensos diabéticos (Classe I, Nível A), 
hipertensos com síndrome metabólica e hipertensos com dois ou mais 
fatores de risco (Classe I, Nível C)
d) Ultrassom de carótida22: pacientes com sopro carotídeo, com sinais 
de doença cerebrovascular, ou com doença aterosclerótica em outros 
territórios (Classe IIa, Nível B)
e) Teste ergométrico: suspeita de doença coronariana estável, diabético ou 
antecedente familiar para doença coronariana em paciente com pressão 
arterial controlada (Classe IIa, Nível C)
f) Hemoglobina glicada (Classe IIa, Nível B)23. Na impossibilidade de realizar 
hemoglobina glicada, sugere-se a realização do teste oral de tolerância 
à glicose em pacientes com glicemia de jejum entre 100 e 126 mg/dl 
(Classe IIa, Nível B)
g) MAPA, MRPA e medida domiciliar segundo as indicações convencionais 
para os métodos
h) Outros exames: velocidade de onda de pulso (se disponível)24 (Classe 
IIb, Nível C)
i) Investigação de hipertensão secundária, quando indicada pela história, 
pelo exame físico ou pela avaliação