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Tópicos Especiais II Materiais para ferramenta E Avarias, desgastes e mecanismos de desgaste das ferramentas de corte UNIVESIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS ENGENHARIA DE MATERIAIS Discente: Hanna Barros da Costa INTRODUÇÃO A ferramenta foi um dos primeiros instrumentos a ser utilizado pelo homem, desde eras pré-históricas. Acidentalmente se conseguiu extrair ferro do seu minério, obtendo-se a partir desse o aço. Esse material sofreu varias evoluções e melhoramentos, com diversas aplicabilidades. MATERIAIS PARA FERRAMENTA Agrupados da seguinte forma: Aços carbono: sem elementos de liga ou com baixos teores de liga; Aços rápidos Ligas fundidas; Metal duro; Materiais cerâmicos. Mais utilizados + duro - frágil A seleção de um material para ser utilizado depende de fatores: Material a ser usinado; Natureza da operação de usinagem; Condição da maquina operatriz; Forma e dimensões da própria ferramenta; Custo do material da ferramenta; Emprego de refrigeração e lubrificação. Metal duro Aços rápidos + importantes Aço-carbono para ferramenta Custo mais baixo; Disponibilidade mais fácil; Usinabilidade melhor; Fáceis de temperar à dureza máxima; Menos suscetíveis a descarbonetação de qualquer outro aço para ferramenta; Soldabilidade maior que a de qualquer outro aço para ferramenta Fáceis de ser endurecidos apenas parcialmente. Tenacidade x Dureza 0,50% C – simples tenaz; 0,60% C – muito tenaz, com característicos adequados para tempera e revenido; resistente ao choque; 0,70% C – tenacidade excelente e apresentando ainda gume cortante; resistente ao choque; 0,80% C – tenaz e resistente ao choque; 0,90% C – gume cortante satisfatório, mas tenacidade ainda sendo um fator importante; 1,00% C – gume cortante e tenacidade aproximadamente idênticos; 1,20% C - grande dureza aliada a certa tenacidade; 1,30% C – grande no gume cortante; a tenacidade é fator secundário; 1,40% C – o primeiro requisito é a máxima dureza no gume cortante. Tipo hipo-eutetooide Aços com carbono ate 0,75% Tipo eutetoide Aços com carbono entre 0,75% e 0,90% Tipo hipereutetoide Aços com carbono entre 0,90% e 1,10% Muito frágeis, dependendo da forma de apresentar-se a cementita nos contornos dos grãos Aços com carbono entre 1,10% e 1,40% Outros elementos de adição: Silício: elementos desoxidantes ate 0,50% Manganês Enxofre e Fosforo: geralmente abaixo de 0,03%, resultando em efeito significante Vanádio: máximo de 0,50%, impedir o crescimento de grãos do aço Cromo: melhorar a temperabilidade do aço Aços rápidos AISI Classe 610 – ao tungstênio Classe 620 – ao tungstênio-cobalto Classe 630 – ao molibdênio Classe 640 – ao molibdênio-cobalto Classe 650 – ao tungstênio-molibdênio Classe 660 – ao tungstênio-molibdênio-cobalto Composição de 0,70% a 1,60%. Menor o teor Maior a dureza (estado temperado) Elementos de liga Tungstênio: principal elemento de liga nos aços rápidos Molibdênio: substituto parcial do tungstênio Vanádio: remover impurezas da escoria e reduzir a quantidade de nitrogênio durante a fusão do aço Cobalto: aumentar a dureza a quente, melhorar a eficiência de corte a elevadas temperaturas Propriedades de maior influencia Dureza a quente Resistencia ao desgaste Tenacidade Aços semi- rápidos Maior resistência ao desgaste Menor dureza a quente Ligas fundidas cobalto-cromo-tungstênio com carbono acima de 1,5%. grande diversidade de propriedades físicas alta resistência à oxidação boa resistência à corrosão apresenta maior resistência ao choque não suporta calor tão bem Metal duro Formado por dois constituintes: Um carboneto extremamente duro e de alta resistência ao desgaste; E um elemento aglomerante ou ligador. Propriedades Dureza a temperatura ambiente e elevadas Resistencia ruptura transversal Grupo de aplicações carboneto de tungstênio e cobalto carbonetos de tungstênio, de titânio e de tântalo mais cobalto ISO Grupo P – metais e ligas ferrosas que apresentam cavacos longos e dúcteis Grupo M – metais e ligas ferrosas de cavaco tanto longo como curto Grupo K – metais e ligas ferrosas que apresentam cavacos curtos e materiais não metálicos. Tipo de operação de usinagem Velocidade de corte Condições da maquina ferramenta Fator que também influi na seleção do material é o próprio tamanho de grão. Material cerâmico velocidade de corte excepcionalmente elevadas resistência ao amolecimento elevada dureza resistência a temperatura ambiente baixa condutividade térmica Duas vertentes Alumina sinterizada pura (98%) Mínimo de 90% de alumina com outros elementos É o que mais se aproxima do material ideal Certas aplicações excelentes resultado, outras não tão bons AVARIAS Quebras, trincas, sulcos distribuídos em forma de pente e as deformações plásticas; que ocorrem no gume cortante durante usinagem Quebra Ruptura da ponta ou da aresta cortante Ângulo da ponta ou ângulo de cunha pequeno; Material de corte quebradiço; Corte interrompido; Parada instantânea do movimento de corte sem a retirada previa da ferramenta ferramentas tenazes, com menos resistência à compressão são menos sensíveis a quebra. Trincas Originadas variação de temperatura Fatores contribuintes Variação bruscas de temperatura; Solda da pastilha no cabo da ferramenta Dilata e se deforma desigualmente Sulcos Aparecem no corte interrompido, na usinagem com avanço variável no acesso irregular do refrigerante de corte provocando uma variação de temperatura de corte. os sulcos em forma de pente se apresentam nas duas superfícies ou somente na de saída. sulcos transversais se apresentam somente na superfície de folga DESGASTES Desgaste nas superfícies de saída e de folga da ferramenta. Desgastes convencionais são medidos no plano de medida da ferramenta Originados : Superfície de saída Superfície de folga Deslocamento da aresta cortante Profundidade da cratera Largura da cratera Distancia do centro da cratera à aresta de corte Largura de desgaste Originado pelo desgaste da cunha cortante MECANISMOS DE DESGASTE Decorrência das solicitações térmicas e mecânicas o desgaste é mais rápido. Diversos mecanismos de desgaste agem simultaneamente O mecanismo de abrasão ocorre em toda a faixa de te temperatura. A adesão se limita a velocidade de corte baixa, ao passo que mecanismos de difusão e oxidação só ocorrem de forma acentuada para velocidade de corte elevadas Difusão Transferência de átomos de um metal para o outro, ativada pela temperatura de corte e pela afinidade físico-química dos dois metais envolvidos Aresta de corte a baixas temperaturas de corte ocorre formação de um extrato metálico entre duas superfícies em contato, no qual ocorre a migração de partículas de uma superfície para a outra Oxidação Ocorre a altas temperaturas e na presença de ar e água. Provocando a formação de óxidos porosos na superfície da ferramenta.
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