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CINÉTICA QUÍMICA Prof. Me. Janaíne Chassot REAÇÃO QUÍMICA reagentes produtos GASTOS FORMADOS Alvejante foi adicionado em um corante laranja. A cor desapareceu com o passar do tempo, pois o corante (REAGENTE) foi consumido na reação com o alvejante (outro reagente). Velocidade de reação É uma grandeza que indica como as quantidades de reagentes e produtos dessa reação variam com o passar do tempo. Velocidade de reação A+ B -> C +D MEDE quão rapidamente um reagente é consumido ou um produto é formado, durante a reação. Define-se velocidade média de formação de um produto e velocidade média de consumo de um reagente, pela expressão: Vm= |∆ quantidade | ∆ tempo Módulo ∆ quantidade = quantidade final – quantidade inicial Quantidade- pode ser expressa em massa, mols, concentração ou volume Velocidade de reação Ex: É possivel verificar, à medida que o tempo passa, o quanto resta de NH3 Considere uma experiência em que se coloca dentro de um recipiente fechado amônia gasosa (NH3) com uma concentração inicial de 8 mol/L. Com o passar do tempo ocorre a reação assim equacionada: 2NH3 -> N2 + 3H2 [NH3] (mol/L) 8,0 4,0 2,0 1,0 Tempo (h) 0 1,0 2,0 3,0 A concentração da amônia decresce com o passar do tempo. Ela está sendo consumida na reação. Calculemos a velocidade de decomposição da amônia: Vm= |Q final – Q inicial| T final – T inicial Vm= |1-8| 3 - 0 Vm= 2,33 mol/L h Efeito da concentração sobre a rapidez Quanto maior for a concentração dos reagentes, maior será a velocidade de uma reação química. Aumento da [ ] dos reagentes Aumento da frequência de colisões entre as moléculas de reagentes Aumento da rapidez da reação Exemplos: Quando abanamos o carvão em brasa em uma churrasqueira, notamos que ele fica mais incandescente. Isso ocorre porque, ao abanarmos, aumentamos a concentração de gás oxigênio (O2, que é reagente na combustão), aumentando a velocidade de reação. O oxigênio (O2) do ar é um dos responsáveis pela deterioração do suco de laranja. Dentro de uma laranja intacta a concentração de O2 é muito baixa, e o suco dura alguns dias. No suco obtido espremendo-se a laranja, passa a haver uma concentração bem maior de O2, e ele estraga muito mais rapidamente. Nem toda colisão é eficaz! Colisão eficaz ou efetiva é aquela que conduz à formação de produto. Só são eficazes aquelas colisões que acontecem com geometria favorável. Se as moléculas colidirem em posições desfavoráveis, não haverá possibilidade de formar o complexo ativado e, portanto, não acontecerá a formação das moléculas de produtos nessa colisão. Complexo ativado: é a espécie química existente no momento da colisão em que a ligação química do reagentes está parcialmente quebrada e a ligação do novo produto parcialmente formada. Para que uma colisão entre moléculas de reagentes seja eficaz é necessário que ela ocorra com geometria adequada e energia suficiente. Colisão eficaz Colisão não-eficaz Efeito da temperatura sobre a rapidez Quando elevamos a temperatura, provocamos um aumento da energia cinética das moléculas, fazendo com que haja maior quantidade de moléculas com energia suficiente para reagir. Quanto maior a temperatura, maior será a velocidade de uma reação. Exemplos: O leite gelado estraga muito mais devagar que o leite à temperatura ambiente. Esse é um exemplo clássico do fato de as reações químicas apresentarem maior velocidade com o aumento da temperatura. Alimentos no freezer (-18 ˚C ) duram mais tempo do que na geladeira (5 ˚C) Aumento da temperatura Aumento da energia cinética molecular Colisões entre moléculas ocorrem com maior energia Aumento da rapidez da reação indica e, por isso, que acarretam Efeito do catalisador sobre a rapidez CATALISADOR: é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química sem ser efetivamente consumida no processo. Catálise é o nome dado ao aumento de velocidade provocado pelo catalisador. O catalisador não é efetivamente consumido no processo CATALISADOR Diminuição da energia de ativação Aumento da rapidez de reação (aumento da velocidade) Lei de Guldberg-Waage ou Lei da velocidade A influência da concentração dos reagentes sobre a velocidade das reações foi enunciada em 1864 pelos cientistas Cato Maximilian Guldberg e Peter Waage, por meio da lei da ação das massas. “A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes, elevadas a expoentes determinados experimentalmente”. Lei da velocidade ou Lei cinética Considere a reação genérica: a A + b B c C + d D V = k [A]a [B]b V = velocidade da reação; k = constante de velocidade; [A]; [B] = concentrações de A e B em mol/L; a = coeficiente de A; ordem da reação em relação a A; b= coeficiente de B; ordem da reação em relação a B; a + b = ordem global da reação Ordem da reação O termo “ordem” vem da matemática onde é utilizado na classificação das equações diferenciais. As leis de velocidade são equações diferenciais. Em cinética química, tais equações são classificadas de acordo com a ordem da reação. Teoria das colisões Reação ELEMENTAR: Reação NÃO-ELEMENTAR: Mecanismos das reações Aquela em que as moléculas dos produtos se formam após uma única colisão entre moléculas reagentes É a que ocorre por meio de duas ou mais etapas elementares. Mecanismo de reação é o conjunto de duas reações elementares que compõe uma reação química Exemplos: O3 + NO -> O2 + NO2 2 NO -> N2O2 NN2O2 + O2 -> 2 NO2 --------------------------------------------- NO + O2 -> 2 NO2 Uma etapa Reação elementar Primeira etapa Segunda etapa Reação global não-elementar que ocorre por meio de um mecanismo de duas etapas Lei cinética para reações elementares aA + bB -> produtos V= K. [A]a . [B]b a e b são os números de moléculas de A e B que sofrem a colisão que resulta em reação Exemplos: Escreva a expressão da lei de velocidade: a)O3 + NO -> O2 + NO2 b) 2NO + H2 -> N2O + H20 V= K. [O3 ]. [NO] V= k. [NO]2 .[H2] Exemplo: Dado a Reação elementar: N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g) Lei da velocidade: V= k [N2] [H2] 3 Ordem da reação: 1+3= 4 então 4ª ordem Lei cinética para reações não-elementares A velocidade da reação global é igual a velocidade da etapa mais lenta do mecanismo. A etapa mais lenta controla a velocidade do processo todo, não adiantando que as demais etapas sejam rápidas. Aplicar a fórmula da velocidade apenas para a etapa mais lenta Exemplo: Dado o mecanismo abaixo: H2(g) + 2NO(g) N2O(g) + H2O(l) (lenta) H2(g) + N2O(g) N2(g) + H2O(l) (rápida) 2H2(g)+2NO(g)N2(g)+2H2O(l) (equação global) Então: V = k [H2] [NO] 2 Tipos de catálise: Catálise homogênea: 2H2O2 (aq) 2H2O (l) + O2 (g) É aquela em que o catalisador e os reagentes estão em uma mesma fase (estado físico), formando um sistema homogêneo. Ex: reagentes e catalisador em meio aquoso. OBS: o catalisador participa da reação, porém não é efetivamente consumido )(aqOH Catálise heterogêna: É aquela em que o catalisador e os reagentes estão em fases diferentes (estados físicos diferentes), formando um sistema heterogêneo. Ex: reagente meio aquoso e catalisador sólido. Tipos de catálise: )( s Ni C2H4 (g) + H2 (g) C2H6 (g) OBS: o catalisador participa da reação, porém não é efetivamente consumido Algumas reações que ocorrem rapidamente dentro do corpo humano, demorariam muito tempo para ocorrer fora, isto porque no corpo humano temos enzimas que são catalisadores. A ação de uma enzima é altamente específica, ou seja, geralmente cada enzima catalisa uma única reação. A enzima maltase, por exemplo, catalisa apenas o processo de transformação da maltose em glicose: C12H22O11 (aq) + H2O 2 C6H12O6 (aq) Outra reação que se não fosse a enzima ptialina (encontrada na saliva) levaria dias para ocorrer é a decomposição do amido. maltase Tipos de catálise: Catálise enzimática: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RUSSEL, J. B. Química Geral. Vol. 2. 2 ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994. MASTERTON, S. S. Princípios de Química. Rio de Janeiro: LTC, 1990. PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 2007.
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