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ANATOMIA VASCULAR DO TRATO GASTROINTESTINAL TÉCNICA OPERATÓRIA – GRUPO C PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ LONDRINA 2017 Discentes: Ana Maria Grispan, Ana Júlia Oliveira, Bruno Henrique Camilo, Luiz Otávio Rosina, Rebecca Amaral Pires Moura, Sabrina Hernandes Conceição. 1 TRATO GASTROINTESTINAL ESÔFAGO ESÔFAGO Tubo muscular de aproximadamente 25 cm de comprimento e diâmetro médio de 2 cm, que conduz o alimento da faringe para o estômago. Dividido em três porções: cervical, torácica e abdominal. Apresenta três constrições no seu trajeto: constrição cervical (esfíncter superior do esôfago), constrição broncoaortica (torácica) e constrição diafragmática (hiato esofágico – T10). No abdome forma um ângulo agudo com a curvatura maior do estomago (incisura cárdica ou ângulo de His). SUPRIMENTO ARTERIAL DO ESÔFAGO Parte cervical: ramos das artérias tireóideas inferiores (cada artéria da origem a ramos ascendentes e descendentes que se anastomosam entre si através da linha mediana) - ramo da artéria subclávia. SUPRIMENTO ARTERIAL DO ESÔFAGO Parte torácica: Artérias esofágicas (ramo da aorta); Ramos brônquios (ramos da aorta). SUPRIMENTO ARTERIAL DO ESÔFAGO Parte abdominal: Artéria gástrica esquerda (ramo do tronco celíaco); Artéria frênica inferior esquerda (ramo da aorta). DRENAGEM VENOSA DO ESÔFAGO Parte cervical: veias das partes cervical do esôfago são tributarias das veias tireóideas inferiores; Parte torácica: veias esofágicas que entram na veia ázigo; DRENAGEM VENOSA DO ESÔFAGO Parte abdominal: Através da veia gástrica esquerda para o sistema porta; ESTÔMAGO OMENTO MENOR OMENTO MAIOR LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO LIGAMENTO HEPATODUODENAL ESTÔMAGO ANTERIORMENTE: diafragma, lobo esquerdo do fígado e parede abdominal anterior; POSTERIORMENTE: bolsa omental e pâncreas. INFERIOR E LATERAL: colo transverso. OBS: O leito do estômago é formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental. De superior para inferior, é formado por: cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e grândula suprarrenal esquerdos, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. SUPRIMENTO ARTERIAL DO ESTÔMAGO O suprimento arterial tem origem no tronco celíaco e em seus ramos. TRONCO CELÍACO: é o ramo anterior da aorta abdominal que irriga o tubo digestório anterior. Inicia-se na aorta abdominal abaixo do hiato aórtico do diafragma anteriormente à parte superior da vértebra L1. Divide-se em: - Artérias Gástricas Esquerda; - Artéria Esplênica; - Artéria Hepática Comum Também pode ser chamada artéria gastroepipllóica ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA ARTÉRIA GASTRODUODENAL ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA: IRRIGA A CURVATURA MENOR DO ESTÔMAGO E ANASTOMOSA-SE COM A ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA ATINGE A MARGEM INFERIOR DA PARTE SUPERIOR DO DUODENO ARTÉRIA GASTROMENTAL DIREITA: PASSA AO LONGO DA CURVATURA MAIOR DO ESTÔMAGO E ANASTOMOSA-SE COM A ARTÉRIA GASTROMENTAL ESQUERDA ARTÉRIA PANCREÁTICODUODENAL SUPERIOR ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA RAMOS SUPERIORES ESOFAGIANOS DOBRA-SE A DIREITA E DESCE AO LONGO DA CURVATURA MENOR DO ESTÔMAGO NO OMENTO MENOR. IRRIGA AMBAS AS SUPERFÍCIES DO ESTÔMAGO NESSA ÁREA E ANASTOMOSA-SE COM A ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA. ARTÉRIA ESPLÊNICA APROXIMA-SE DO BAÇO ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS: PASSAM ATRAVÉS DO LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO PARA IRRIGAR O FUNDO DO ESTÔMAGO ARTÉRIA GASTROMENTAL ESQUERDA: TORNA-SE À DIREITA E ACOMPANHA A CURVATURA MAIOR DO ESTÔMAGO, ANOSTOMOSANDO-SE COM A GASTROMENTAL DIREITA ARTÉRIAS POSTERIORES: IRRIGAM O FUNDO GÁSTRICO E A PARTE SUPERIOR DO CORPO GÁSTRICO ESTÔMAGO A maior parte do sangue provém de anastomoses formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e esquerda, e ao longo da curvatura maior pelas artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico recebem sangue das artérias gástricas curtas e posteriores. DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO Também pode ser chamada veia gastroepipllóica VEIAS TRIBUTÁRIAS DA VEIA PORTA INCLUEM: VEIAS GÁSTRICAS DIREITA E ESQUERDA: DRENAM A CURVATURA MAIOR DO ESTÔMAGO E ESÔFAGO ABDOMINAL VEIAS CÍSTICAS VEIAS PARAUMBILICAIS *** DRENAM PARA A VEIA PORTA *** VEIAS TRIBUTÁRIAS À VEIA ESPLÊNICA SÃO: VEIAS GÁSTRICAS CURTAS DO FUNDO E DA PARTE ESQUERDA DA CURVATURA MAIOR DO ESTÔMAGO VEIA GASTROMENTAL ESQUERDA: ORIUNDA DA CURVATURA MAIOR DO ESTÔMAGO VEIAS PANCREÁTICAS VEIA MESENTÉRICA INFERIOR *** DRENAM PARA A VEIA ESPLÊNICA *** VEIAS TRIBUTÁRIAS ACESSÓRIAS DA VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR VEIA GASTROMENTAL DIREITA: DRENA A PARTE DIREITA DA CURVATURA MAIOR DO ESTÔMAGO VEIAS PANCREÁTICODUODENAIS INFERIORES ANTERIOR E POSTERIOR *** DRENAM PARA VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR *** OBS: UMA VEIA PRÉ-PILÓRICA ASCENDE SOBRE O PILORO ATÉ A VEIA GÁSTRICA DIREITA; UTILIZADA PARA IDENTIFICAÇÃO DO PILORO FÍGADO Face diafragmática - anterior Face visceral - posterior Face diafragmática Face visceral FÍGADO VACULARIZAÇÃO DO FÍGADO O fígado tem dupla vascularização: uma de origem venosa dominante e uma arterial menor. A veia porta traz 75-80% do sangue para o fígado, já que o sangue porta contém 40% a mais oxigênio do que o sangue que retorna ao coração pelo circuito sistêmico. Esse sangue portal sustenta o parênquima hepático. A veia porta conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo trato alimentar para os sinusóides hepáticos, com exceção dos lipídios. O sangue da artéria hepática representa apenas 20-25% do sangue recebido pelo fígado, é distribuído para estruturas não parenquimatosas, especialmente os ductos biliares intra-hepáticos. SUBDIVISÃO FUNCIONAL Divisão independente partindo do ponto de vista funcional, divididos em parte esquerda e parte direita. Cada parte recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática e veia porta e é drenada por seu próprio ducto hepático. O lobo caudado tem vascularização independente da bifurcação da tríade portal, pois recebe vasos dos dois feixes e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas que entram diretamente na VCI distalmente às veias hepáticas principais. Depois das duas divisões (direita e esquerda), o fígado ainda pode ser dividido em 4 divisões e depois em 8 segmentos hepáticos cirurgicamente ressecáveis, já que cada uma deles são irrigados independentemente por veias secundárias e terciárias da tríade portal. TRÍADE PORTAL Adentra na base do fígado Artéria hepática; Veia porta; Ducto biliar. -Veia porta: união das veias mesentérica superior (provém do intestino delgado e partes do grosso, estômago e pâncreas) e veia esplênica (drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso) - A v. porta sobe anterior à veia cava inferior como parte da tríade portal A artéria hepática é um ramo do tronco celíaco, e pode ser dividida em: Artéria hepática comum – do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal; Artéria hepática própria – da origem da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria hepática. Na porta do fígado, a artéria hepática e a veia porta terminam dividindo-se em direita e esquerda, suprindo seus respectivos lados São os ramos primários Nas partes direita e esquerda do fígado, ainda, as ramificações secundárias simultâneas da veia porta e da a. hepática suprem as divisões medial e lateral das partes direita e esquerda do fígado, com três dos quatro ramos secundários sofrendo ramificações terciárias para suprirem independentemente 7 dos 8 segmentos hepáticos Depois de irrigar as diversas partes do fígado, as veias hepáticas direita, intermédia e esquerda, que são intersegmentares em sua distribuição e função e que são formadas pela união das veias coletoras que drenam das veias centrais do parênquima hepático, abrem-se na VCI logo abaixo do diafragma. Além disso, esse formato mantém o fígado em sua posição. Veias centrais Veias coletoras Veias hepáticas Direita Intermédia Esquerda VCI PÂNCREAS PÂNCREAS O pâncreas é a segunda maior glândula do nosso corpo, se encontra na região mesogastrica e se estende ate o flanco esquerdo. É retroperitoneal, situado sobrejacente e transversalmente aos corpos das vertebras L1 e L2. Situa se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. É dividido em quatro regiões: Cabeça, Colo, Corpo e Cauda. SUPRIMENTO ARTERIAL O SUPRIMENTO ARTERIAL DO PÂNCREAS CABEÇA DO PÂNCREAS: É irrigada por 4 arcos, sendo 2 superiores e dois anteriores. Os dois superiores são Artérias anteriores e posteriores pancreáticoduodenais (que saem da artéria gastroduodenal); Os dois inferiores são Artérias anteriores e inferiores pancreaticoduodenais (que saem da mesentérica superior). COLO E CORPO DO PÂNCREAS: É irrigada pelos ramos da artéria esplênica, até 10 ramos saem da esplênica para essa irrigação DRENAGEM VENOSA DRENAGEM VENOSA DO PÂNCREAS CABEÇA DO PÂNCREAS: é drenado superiormente pela veia anterior e póstero superior pancreaticoduodenal; e inferiormente pela veia ântero e póstero inferior pancreaticoduodenal COLO E CORPO: são drenados superiormente pela veia esplênica, inferiormente pela veia pancreática inferior que se junta com a v. mesentérica inferior e desembocam na v. cava inferior. PERITÔNIO Peritônio É uma membrana serosa transparente, contínua, brilhante e escorregadia. Possui duas lâminas: a) Peritônio Parietal: reveste a face interna da parede abdominopélvica. b) Peritônio Visceral: reveste vísceras (como estômago e intestino). Peritônio Parietal Peritônio Visceral (baço) Peritônio Visceral (estômago) Peritônio Parietal: possui a mesma rede vascular que a região da parede que reveste. Parede Abdominal: a) Superficial: Artéria Musculofrênica; Artéria Ilíaca Circunflexa Profunda; Artéria Epigástrica Superficial. A. Musculofrênica A. Epigástrica Superficial A. Ilíaca Circunflexa Profunda b) Profunda: Artéria Epigástrica Superior; 10ª e 11ª Artérias Intercostais; Artéria Subcostal; Artéria Epigástrica Inferior. A. Epigástrica Superior 10ª A. Intercostal 11ª A. Intercostal A. Subcostal A. Epigástrica Inferior Drenagem Venosa da Parede Abdominal: Veia Torácica Lateral; Veia Torácica Epigástrica; Veia Epigástrica Superficial; Veia Epigástrica Inferior. V. Torácica Lateral V. Torácica Epigástrica V. Epigástrica Superficial V. Epigástrica Inferior Peritônio Visceral: possui a mesma vascularização sanguínea que os órgãos que cobre. Baço: artéria esplênica é o maior ramo do tronco celíaco e a veia esplênica é formada por várias tributárias que emergem do hilo do baço. INTESTINO DELGADO INTESTINO DELGADO É composto por duodeno, jejuno e íleo; Estende-se do piloro até a junção ileocecal. DUODENO As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior. Tronco celíaco → artéria hepática comum → artéria gastroduodenal → artéria pancreaticoduodenal superior → irrigação do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco (parte descendente do duodeno). Artéria mesentérica superior → artéria pancreaticoduodenal inferior → irrigação do duodeno distal à entrada do ducto colédoco. A anastomose das artérias pancreaticoduodenais superior e inferior ocorre entre a entrada do ducto colédoco e a junção das partes descendente e horizontal do duodeno. O local é um importante marco na transição da irrigação do sistema digestório: na parte proximal, estendendo-se oralmente até inclusive a parte abdominal do esôfago, o sistema digestório é irrigado pelo tronco celíaco; na região distal, estendendo-se aboralmente até a flexura esquerda do colo, o sangue provém da artéria mesentérica superior. Essa é o local da junção do intestino anterior com o intestino médio. As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a veia porta, algumas diretamente e outras indiretamente, pelas veias mesentérica superior e esplênica. JEJUNO E ÍLEO As artérias que irão irrigar o jejuno e o íleo originam-se na artéria mesentérica superior. Artéria mesentérica superior: A artéria mesentérica superior origina-se na parte abdominal da aorta (nível de L1), cerca de 1 cm abaixo do tronco celíaco. Seus ramos são: a. pancreaticoduodenal inferior, a. cólica média, a. cólica direita, aa. jejunais e ileais, e a. ileocólica JEJUNO E ÍLEO Artéria mesentérica superior → 15 a 18 ramos para o jejuno e o íleo (artérias jejunais e ileais) → alças ou arcos arteriais → artérias retas. No íleo também temos ramos que se originam da artéria ileocecal. As veias do jejuno e íleo acompanham as artérias, e drenam para a veia mesentérica superior. Essa termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se une à veia esplênica para formar a veia porta. INTESTINO GROSSO INTESTINO GROSSO Composição: Ceco Apêndice vermiforme Colo ascendente Flexura Hepática Colo transverso Flexura Esplênica Colo descendente Colo sigmóide Reto (STANDRING, 2010) SUPRIMENTO ARTERIAL DO INTESTINO GROSSO O suprimento arterial do intestino grosso é derivado das artérias mesentéricas superior e inferior (STANDRING, 2010 ; NETTER, 2011) SUPRIMENTO ARTERIAL DO INTESTINO GROSSO O ceco, o apêndice vermiforme, o colo ascendente e os dois terços direitos do colo transverso (derivados do intestino médio) são supridos pelas artérias ileocólica, cólica direita e cólica média, ramos da artéria mesentérica superior. (STANDRING, 2010 ; NETTER, 2011) SUPRIMENTO ARTERIAL DO INTESTINO GROSSO A parte esquerda do colo transverso, os colos descendente e sigmoide, o reto e a parte superior do canal anal (derivados do intestino posterior) são supridos predominantemente pela artéria mesentérica inferior através das artérias cólica esquerda, sigmóideas e retal superior, com pequenas contribuições de ramos da artéria ilíaca interna (a artéria retal média) e da artéria pudenda interna (a artéria retal inferior). (STANDRING, 2010) As artérias cólica média e cólica esquerda formam uma arcada marginal chamada arco de Riolan. É uma arcada que vem em torno de todo o cólon e promove anastomose entre a artéria mesentérica superior e inferior, via cólica média e esquerda Arcada de Drummond são as anastomoses entre a artéria ileocólica, cólica direita, cólica média, cólica esquerda e artérias sigmóideas (arco de riolan é a parte deste arco entre a artéria cólica média e cólica esquerda) . DRENAGEM VENODA DO INTESTINO GROSSO A drenagem venosa do intestino grosso ocorre principalmente para a veia porta através das veias mesentéricas superior e inferior, embora uma pequena quantidade da drenagem do reto ocorra através das veias retais médias para as veias ilíacas internas e através de veias retais inferiores para a veia pudenda. As partes do intestino grosso derivadas do intestino médio (ceco, apêndice vermiforme, colo ascendente e os dois terços direitos do colo transverso) são drenadas por ramos cólicos da veia mesentérica superior, enquanto os derivados do intestino posterior (parte esquerda do colo transverso, colos descendente e sigmoide, reto e parte superior do canal anal) são drenados para a veia mesentérica inferior. DRENAGEM VENODA DO INTESTINO GROSSO REFERÊNCIAS MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. STANDRING, S. (Ed.). Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. OBRIGADO!
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