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FISIOLOGIA DO Sistema nervoso autônomo

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INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA - INTA
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO
SOBRAL- CE
2016
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O SISTEMA NERVOSO AUTONOMO
O sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal, e muitas outras atividades, algumas das quais são quase inteiramente controladas e outras a apenas parcialmente. Uma das características mais acentuadas do sistema nervoso autônomo é a rapidez e a intensidade de como ele pode alterar as funções viscerais. Por exemplo em 3 a 5 segundos ele pode aumentar a frequência cardíaca até valores duas vezes maiores do que o normal e, em 10 a 15 segundos a pressão pode ser duplicada; ou, em outro extremo a pressão arterial em 10 a 15 segundos pode ser reduzida para causar desmaio.
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ORGANIZAÇÃO GERAL DO 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
Uma das principais funções do sistema nervoso autônomo é a manutenção do ambiente interno, ou seja, a manutenção da homeostase. 
Quando estímulos internos sinalizam a necessidade de uma determinada regulação, o SNC ativa o sistema autônomo, que realiza as ações compensatórias. Como exemplo, quando há um súbito aumento da pressão arterial, o conjunto de barorreceptores aciona o sistema nervoso autônomo, para que este possa restabelecer a pressão aos níveis de antes da perturbação.
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O sistema nervoso autônomo apresenta duas divisões principais: 
A simpática e a parassimpática, que frequentemente complementam uma a outra na regulação do funcionamento dos órgãos. A unidade funcional primária dos sistemas nervoso simpático e parassimpático consiste de uma via motora formada por dois neurônios, um pré-ganglionar e um neurônio pós-ganglionar. O neurônio pré-ganglionar tem o corpo celular localizado no SNC, e o neurônio pós-ganglionar tem o seu corpo celular num gânglio autonômico.
Uma terceira divisão do sistema nervoso autônomo, o sistema nervoso entérico, localiza-se em plexos do sistema gastrointestinal. 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA 
NERVOSO AUTÔNOMO
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PARASSIMPATICO
 Tronco encefálico
 (III, VII, IX e X) e
 S2 e S3
SIMPÁTICO
 T1 – L3
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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
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ANATOMIA FISIOLOGICA DO 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
Quando uma pessoa é exposta a uma situação de estresse o sistema nervoso simpático é ativado, em uma resposta conhecida por “luta-ou-fuga”, que inclui o aumento da pressão arterial, do fluxo sanguíneo para ativar os músculos, da taxa metabólica, da concentração de glicose no sangue, da atividade cerebral e do estado de alerta. Apesar de essa resposta, por si, ser raramente empregada, o sistema nervoso simpático atua continuamente para modular as funções de vários órgãos, como o coração, os vasos sanguíneos, o sistema gastrointestinal, os brônquios e as glândulas sudoríparas.
 
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Os neurônios pré-ganglionares estão localizados nos segmentos torácicos e lombares altos da medula espinhal, fazendo com que ele seja também denominado de divisão toracolombar do sistema nervoso autônomo.
Com relação à localização dos neurônios pós-ganglionares, no sistema simpático eles estão localizados nos gânglios paravertebrais ou no pré-vertebrais, que se encontram a alguma distância dos órgãos-alvo. 
ANATOMIA FISIOLOGICA DO 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
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SIMPÁTICO
Íris: contração radiais (midríase)
Músculo ciliar: acomodação à distância
Glând. lacrimal: vasoconstrição
Coração: ↑ FC e força contração
Glândulas salivares: + viscosa
Respiratório: vasoconstrição, broncodilatação
Trato GI: relaxa músculo liso, contrai esfincteres, ↓ secreção glândulas digestivas
Adrenal: secreção Adre, nora
Fígado: ↑ liberação glicose
Rim e baço: vasoconstrição
Pâncreas: ↓ secreção insulina e enzimas digestivas
Bexiga: relaxa parede, contrai esfincter interno (enchimento)
Genitais: ejaculação, retração bolsa escrotal, pênis, grandes lábios
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SN SIMPÁTICO
Outros:
Tecido adiposo: lipólise
Glândulas sudoríparas: sudorese
Músculo piloeretor: piloereção
Vasos Sanguíneos:
Vasoconstrição (α1, α2): pele, mucosas, mesentério
Vasodilatação (β1 e β2, colinérgico): musculatura, coronárias
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ANATOMIA FISIOLOGICA DO 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICOS 
Os neurônios pós-ganglionares são encontrados nos gânglios parassimpáticos que estão próximos ou mesmo localizados nas paredes dos órgãos-alvo.
Os neurônios pré-ganglionares do sistema parassimpático são encontrados no tronco encefálico e na medula espinhal sacral, fazendo com que ele seja também denominado de divisão craniossacral do sistema nervoso autônomo.
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É o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma. Essas ações são: a desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição da adrenalina e açúcar no sangue. O sistema nervoso parassimpático atua assim em oposição ao sistema nervoso simpático, o qual é ativado em situações de excitação, stress, perigo ou em que é necessário um rápido e grande dispêndio energético. 
ANATOMIA FISIOLOGICA DO 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICOS 
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PARASSIMPÁTICO
Íris: contração circulares (miose)
Músculo ciliar: acomodação perto
Glândula lacrimal: vasodilatação e secreção
Coração: ↓ FC e ↓ pouco força contração
Glândulas salivares: ↑ secreção
Respiratório: produz muco, broncoconstrição
Trato GI: contrai músculo liso, relaxa esfincteres, ↑ secreção glândulas digestivas
Fígado: Contrai vesícula biliar
Pâncreas: ↑ secreção insulina e enzimas digestivas
Bexiga: contrai parede, inibe esfincter interno (micção)
Genitais: ingurgitamento e ereção dos órgãos sexuais
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SN PARASSIMPÁTICO
Outros:
Tecido adiposo: não tem inervação
Glândulas sudoríparas: não tem inervação
Músculo piloeretor: não tem inervação
Vasos Sanguíneos:
Vasodilatação (colinérgico): vasos das glândulas lacrimal, digestiva, corpos cavernosos
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MEDULA ADRENAL
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FUNÇÕES DAS MEDULAS ADRENAIS
A medula adrenal produz dois hormônios principais: a adrenalina (ou epinefrina) e a noradrenalina (ou norepinefrina). Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes, produzidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácido tirosina. Quando uma pessoa vive uma situação de estresse (susto, situações de grande emoção etc.), o sistema nervoso estimula a medula adrenal a liberar adrenalina no sangue. Sob a ação desse hormônio, os vasos sanguíneos da pele se contraem e a pessoa fica pálida; o sangue passa a se concentrar nos músculos e nos órgãos internos, preparando o organismo para uma resposta vigorosa. 
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A adrenalina também produz taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso. Essas alterações metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de emergência.
A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.
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O PAPEL DAS MEDULAS ADRENAIS PARA A FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO SIMPATICO
A estimulação simpática das medulas das adrenais faz com que haja a produção de adrenalina ou noradrenalina, também reconhecidas, respectivamente como epinefrina e norepinefrina, ou catecolaminas. A maioria das fibras (80%) libera a adrenalina.  Na medula da adrenal, a liberação é feita diretamente na corrente sanguínea, e não em uma fenda sináptica, o que garante os efeitos do sistema simpático de forma rápida e generalizada no organismo. 
A adrenalina e noradrenalina  são liberadas ao mesmo tempo em que os diferentes órgãos são estimulados pelo sistema simpático. Sendo assim, há uma somação de estímulos sobre os órgãos alvo,
ou seja, eles são diretamente estimulados pelo sistema simpático e, indiretamente, pelas catecolaminas medulares adrenais. 
Uma diferença entre a estimulação simpática e parassimpática  está no tempo de duração; a estimulação promovida pela acetilcolina  dura cerca de 5 a 10 vezes mais que a estimulação adrenérgica do simpático. 
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O SISTEMA SIMPATICO AS VEZES RESPONDE 
POR DESCARGA EM MASSA
Em algumas circunstancias quase todas as porções do sistema nervoso simpático descarregam simultaneamente como como unidade completa, fenômeno chamado “descarga de massa”. Isso ocorre com frequência quando o hipatalomo é ativado por medo ou terror, ou por dor intensa. O resultado é a reação disseminada por todo o corpo chamada de “resposta de alarme” ou de “estresse”.
Em outras ocasiões, a ativação ocorre em porções isoladas do sistema nervoso simpático: Durante o processo da regulação de calor, os simpaticos controlam a sudorese e o fluxo sanguíneo na pele, sem afetar os outros orgãos inervados pelo simpaticos.
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RESPOSTA DE “ALARME” OU “ESTRESSE”
DO SISTEMA NERVOSO
Quando grandes porções do sistema nervoso simpático descarregam ao mesmo tempo, isto é, “por descarga em massa” isto aumenta de muitas formas a capacidade do organismo de exercer atividades musculares vigorosa. Assim:
A pressão arterial aumenta;
Fluxo sanguíneo para os músculos ativos aumentado e ao mesmo tempo o fluxo sanguíneo diminuído para os órgãos não necessários para a rápida atividade motora, tais como o trato gastrointestinal e os rins;
O metabolismo celular aumenta no corpo todo;
Concentração de glicose no sangue aumenta;
Força muscular aumenta;
Atividade mental aumenta;
A soma desses efeitos permite a pessoa exercer atividade fisica com muito mais energia do que seria possível de outra forma.
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O SISTEMA PARASSIMPATICO EM GERAL 
CAUSA RESPOSTAS LOCALIZADAS ESPECIFICAS
As funções controladas pelo sistema parassimpático são com frequência muito especificas. Por exemplo os reflexões cardiovasculares parassimpáticos em geral só agem no coração para aumentar ou diminuir sua frequência de batimentos. De forma semelhante, outros reflexões parassimpático causam secreção principalmente pelas glândulas da boca, e em outra ocasiões de modo majoritário pelas glândulas do estomago. 
Mesmo assim muitas vezes ocorri associação entre funções parassimpáticas intimamente conectadas. Por exemplo, embora a secreção salivar possa ocorrer, independente da secreção gástrica, essas duas muitas vezes também ocorre com frequência no mesmo momento.
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REFERENCIAS
GUYTON, A. C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica . 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
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