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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC RESUMO ELETROMAGNETISMO – P2 Abaixo o que segue seria a equação do divergente relacionando a função delta de Dirac. ∇ ( �̂� 𝑟2 ) = 4𝜋𝛿³(𝑟) Ou ainda: 1 4𝜋 ( �̂� 𝑟² ) = 𝛿³(𝑟) Onde 𝑟 = 𝑟′ − 𝑟′′ Exemplo 1.16: Calcular a integral: 𝐽 = ∫ (𝑟2 + 2)∇ ( �̂� 𝑟² ) 𝜕𝜏 𝑉 Utilizando a equação de descrição de relação entre o divergente e a função delta de Dirac, temos. 𝐽 = ∫ (𝑟2 + 2)4𝜋𝛿3(𝑟)𝜕𝜏 𝑉 Lembrando algumas condições da função delta de Dirac: 𝛿(𝑟 − 𝑎) { 𝐴 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑢𝑚𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑎. ∫ 𝑓(𝑟)𝛿(𝑟 − 𝑎)𝜕𝜏 𝑉 = 𝑓(𝑎) Assim, sabendo de todos esses dados, temos que o valor de J é: 𝐽 = ∫ (𝑟 + 2)4𝜋𝛿3(𝑟)𝜕𝜏 𝑉 = 8𝜋 Exercícios 1.46 – a) Sabemos que: 𝐸 = 𝜎 2𝜀0 1 4𝜋𝜀0 𝑞 𝑑² = 𝜎 2𝜀0 ∴ 𝑞 = 2𝜎𝑑²𝜋 2.3 - Sabendo que: 𝜕𝐸 = 2 4𝜋𝜀0 ( 𝜆𝑑𝑥 𝑟² ) Temos a seguinte figura: Assim, podemos calcular E pela seguinte integral: 𝐸 = 1 2𝜋𝜀0 ∫ 𝜆𝑧𝜕𝑥 √𝑧2 + 𝑥² 𝐿 0 Que pode ser resumida em: 𝐸 = 1 2𝜋𝜀0 [ 𝜆𝑧𝑥 𝑧²√𝑥2 + 𝑧² ] | 𝐿 0 = 𝜆𝐿 2𝜋𝜀0𝑧2√𝑧2 + 𝐿² Assumindo que, z≫L, temos: 𝐸 = 1 2𝜋𝜀0 𝜆 𝑧 Lei De Coulomb 𝐹 = 1 4𝜋𝜀0 𝑞𝑄 𝑟² �̂� Onde F é a força que a carga q exerce a carga Q a uma certa distância d, e vice-versa. Campo Elétrico 𝐸(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 1 𝑟² �̂�𝜕𝑞 𝑉 𝐸(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 𝜌(𝑟′) 𝑟² �̂�𝑑𝑟′ 𝑉 𝐸(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 𝜎(𝑟′) 𝑟² 𝜕𝑟′ 𝑉 Onde a segunda equação é relacionada a forma de encontrar o campo elétrico através de uma densidade volumétrica de carga, a terceira equação é a forma de se encontrar o campo elétrico através da densidade linear de carga e a primeira equação seria a forma genérica de se determinar o campo elétrico. Lei de Gauss Sabemos que: Φ𝐸 = ∫ 𝐸𝜕𝐴 𝑆 Além disso: ∫ 𝐸𝜕𝐴 𝑆 = 𝑞𝑒𝑛𝑐 𝜀0 Porém além da lei de Gauss ser aplicada através do cálculo integral, podemos utilizá-la pelo cálculo diferencial, através da seguinte equação: ∇𝐸 = 1 𝜀0 𝜌 = ∫ 𝛿3(𝑟 − 𝑟′)𝜌(𝑟′)4𝜋𝜕𝑟′ 𝑉 Para relembrar o divergente da função E seria: ∇𝐸 = 𝜕𝐸 𝜕𝑥 + 𝜕𝐸 𝜕𝑦 + 𝜕𝐸 𝜕𝑧 Assim através do divergente de E podemos encontrar o valor da densidade de carga. É importante também citar que o fluxo elétrico também pode ser encontrado pela seguinte equação: ∫ ∇𝐸𝜕𝜏 = 𝑞𝑒𝑛𝑐 𝜀0𝜏 = ∫ 𝐸𝜕𝐴 𝑆 O ROTACIONAL DE E Temos que o rotacional do campo elétrico é definido como ∇𝑥𝐸 = 0 Isso ocorre devido ao teorema de Stokes e a demonstração do por que isso ocorre será mostrada abaixo. ∫ 𝐸𝜕𝑙 𝑏 𝑎 = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 𝑞 𝑟² 𝜕𝑟 𝑏 𝑎 = 1 4𝜋𝜀0 ( 𝑞 𝑟𝑎 − 𝑞 𝑟𝑏 ) Como as duas distâncias r são iguais, evidentemente o valor do divergente é igual é zero. 2.12 – O objetivo do exercício é encontrar o campo elétrico E através do cálculo diferencial, em uma esfera uniformemente carregada. Sabendo que: 𝑞𝑒𝑛𝑣 𝜀𝑜 = ∫ 𝐸𝜕𝐴 𝑆 Assim: 𝐴𝑒𝑠𝑓 = 4𝜋𝑟 2 Então: 𝐸 = 1 4𝜋𝜀0 𝑞 𝑟² �̂�, que sem dúvidas é a equação de E em torno de uma esfera condutora. PARA CASA: 2.13 – Calcular o campo elétrico de um fio com densidade linear de carga uniforme λ a uma distância s do fio. Sabendo que: 𝜕𝐸 = 2 4𝜋𝜀0 ( 𝜆𝑑𝑥 𝑟² ) 𝐸 = 2𝜆𝑠 4𝜋𝜀0𝑠² �̂� Pode se notar que o valor de 2λs = q assim satisfazendo a equação do campo elétrico em um fio semicondutor qualquer. 2.14 – Calcular o campo elétrico em uma esfera com densidade de carga ρ=kr, sendo k uma constante. Notando que: 𝜕𝐸 = 1 4𝜋𝜀0 𝜌𝜕𝑟 𝑟² E que: ∫𝜌𝜕𝑟 = ∫(𝑘𝑟−3)𝜕𝑟𝜕𝜃𝜕𝜙 = 4𝜋𝑟4𝑘 4𝜀0 = 𝜋𝑟4𝑘 𝜀0 𝐸 = 1 4𝜋𝜀0 𝜋𝑘𝑟²�̂� POTENCIAL ELÉTRICO Sem mais delongas, temos que o potencial elétrico em um percurso qualquer pode ser calculado por: ∇𝑉 = 𝐸 → 𝑉 = ∫ 𝐸𝜕𝑙 𝑟 0 2.20 – Verificar se a opção abaixo é um campo elétrico na superfície dada. a) 𝐸 = 𝑘(𝑥𝑦𝑥 + 2𝑦𝑧�̂� + 3𝑥𝑧�̂�) Para provar tal afirmação, basta calcular o divergente da função dada assim determinando que o campo elétrico existe. 𝜕𝑉 𝜕𝑥 = 𝑦, 𝜕𝑉 𝜕𝑦 = 2𝑦, 𝜕𝑉 𝜕𝑧 = 3𝑥 Assim, E é igual a soma de todos os termos diferenciáveis, portanto: 𝐸 = 3𝑦 + 3𝑥 EQUAÇÕES DE POISSON E LA PLACE Sem mais delongas podemos definir a equação de Poisson e La Place, respectivamente como sendo: ∇2𝑉 = − 𝜌 𝜀0 ∇2𝑉 = 0 Onde o operador definido acima é dado por: ∇2𝑉 = 𝜕2𝑉 𝜕𝑥2 + 𝜕2𝑉 𝜕𝑦² + 𝜕2𝑉 𝜕𝑧2 O rotacional de um gradiente é sempre zero, através disso podemos provar a equação de La Place. ∇𝑥𝐸 = ∇ 𝑥 (−∇𝑉) CÁLCULO DO POTENCIAL O potencial elétrico de uma carga elétrica puntiforme pode ser calculado através da seguinte equação: 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 𝑞 𝑟 Recorrendo ao princípio da superposição (3ª lei de newton) temos que: 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∑ 𝑞𝑛 𝑟𝑛 𝑗 𝑛=1 Para uma distribuição contínua de carga, temos: 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 1 𝑟 𝜕𝑞 Para uma distribuição volumétrica de carga, temos: 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 𝜌(𝑟′) 𝑟 𝜕𝑟′ CONDIÇÕES DE CONTORNO NA ELETROSTÁTICA Começando por: 𝐸𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 ⊥ − 𝐸𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ⊥ = 1 𝜀0 𝜎 Logo: 𝐸𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 ∥ = 𝐸𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 ∥ Assim podemos definir 2 equações importantes: 𝑉𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − 𝑉𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = ∫ 𝐸𝑑𝑙 𝑏 𝑎 𝜕𝑉 𝜕𝑛 = ∇𝑉. �̂� Isso prova que V, o potencial elétrico é constante e mais a fundo ainda que os vetores de potencial elétrico e o vetor n normal ao campo elétrico também é normal ao potencial, assim com seu produto misto entre o gradiente de V e o seu vetor normal é nulo. CARGA IMAGEM Assumindo que: Se 1 carga está a uma distância d da origem, pode se criar uma situação de carga imagem onde se calcula a distância entre cada um de seus pontos e além disso consegue-se calcular seu campo elétrico através da seguinte equação: 𝑉(𝑑) = 1 4𝜋𝜀0 ∑ 𝑞𝑛 𝑑𝑛 𝑖 𝑛=1 Onde d é a distância entre a carga de prova e a carga imagem. DEMONSTRAÇÃO DA EQUAÇÃO: 𝝏𝑽𝒂𝒄𝒊𝒎𝒂 𝝏𝒏 − 𝝏𝑽𝒂𝒃𝒂𝒊𝒙𝒐 𝝏𝒏 = − 𝝈 𝜺𝟎 Sabemos que: −∫ 𝐸𝑑𝑙 𝑏 𝑎 = 𝑉𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − 𝑉𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 (a) 𝐸 = −∇𝑉 (b) 𝐸𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − 𝐸𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = 𝜎 𝜀0 (c) Em uma superfície uniformemente carregada, podemos ver que o campo elétrico total seria o campo elétrico acima dessa superfície e abaixo dela, assim como o potencial elétrico, assumindo que suas outras medidas sejam desprezíveis, portanto: 𝐸 = 𝐸𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − 𝐸𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 (d) 𝑉 = 𝑉𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − 𝑉𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 (e) Derivando a equação (a), e substituindo E por (d), temos: −(𝐸𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − 𝐸𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜) = ∇𝑉𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 − ∇𝑉𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 Agora tomando a primeira expressão antes da igualdade por (c), temos: − 𝜎 𝜀0 = 𝜕𝑉𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝜕𝑛 − 𝜕𝑉𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝜕𝑛 Note que, tomando (b) se obteria um resultado análogo e da mesma forma que, podemos encontrar a densidade de carga de um corpo dessa forma através do cálculo de V. 2.29 - Através de uma substituição simples o problema pode ser resolvido, bastase lembrar da seguinte equação: 𝛿(𝑟 − 𝑎) = 1 |𝑎| 𝛿3(𝑟 − 𝑟′) = ∇21 𝑟 3.6 – Sabemos que: 𝐹 = 1 4𝜋𝜀0 ∑ 𝑞𝑛 √𝑟𝑛2 𝑖 𝑛=1 Assim como temos: 𝐹 = 1 4𝜋𝜀0 ( −2𝑞 (2𝑑)2 + 2𝑞 (4𝑑)² − 𝑞 (6𝑑)2 ) �̂� = 1 4𝜋𝜀0 ( 29𝑞2 36𝑑2 ) 3.7 - a) Demonstração da equação que relaciona o potencial a densidade de carga. Temos que: 𝑉(𝑟, 𝜃) = 1 4𝜋𝜀0 [ 𝑞 (√𝑟2 + 𝑎2 − 2𝑟𝑎 cos 𝜃) − 𝑞 (√𝑅2 + { 𝑟𝑎 𝑅 } 2 − 2𝑟𝑎 cos 𝜃) ] Também temos que: −∇𝑉 = 𝐸 𝐸 = 1 4𝜋𝜀0 𝜎 𝑟 Assim: 𝜕𝑉 𝜕𝑟 4𝜋𝜀0𝑟 = 𝜎 Onde sigma é a densidade de carga. Então: 𝜕𝑉 𝜕𝑟 = − 1 4𝜋𝜀0 [ (2𝑟 − 2𝑎𝑟 cos 𝜃)𝑞 (√𝑟2 + 𝑎2 − 2𝑎𝑟 cos 𝜃) 3 −]
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