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Experiência 2 – Amplificadores Operacionais - Aplicações Básicas Instituto Federal de Santa Catarina Campus Florianópolis Departamento Acadêmico de Eletrônica CST em Sistemas Eletrônicos Amplificadores Operacionais Matias De Andrea Novembro, 2013 2 Sumário 1. Introdução ............................................................................................................ 5 2. Objetivo ................................................................................................................ 6 3. Desenvolvimento .................................................................................................. 7 3.1. Procedimentos gerais: .................................................................................... 7 3.1.1. Materiais utilizados .................................................................................. 7 3.2. Conceitos teóricos sobre amplificadores operacionais................................... 8 3.2.1. Terra virtual e curto-circuito virtual ........................................................... 9 3.2.2. Circuitos com AMPOP ........................................................................... 11 3.2.3. Saturação .............................................................................................. 13 3.2.4. Função de Transferência ....................................................................... 14 3.3. Aplicações básicas com amplificadores operacionais ........................... 15 3.4. Analise dos Circuitos Propostos ................................................................... 18 3.4.1. Circuito somador inversor...........................................................................18 3.4.2. Circuito Integrador......................................................................................23 3.4.3. Circuito Derivador.......................................................................................30 4. Considerações Finais ......................................................................................... 34 5. Referencias ........................................................................................................ 35 6. Anexos ............................................................................................................... 36 3 Sumário de Figuras Figura 1 - Diagrama de um amplificador operacional .................................................. 9 Figura 2 - Demonstração de Terra Virtual ................................................................. 10 Figura 3 - Demonstração de um curto-circuito virtual ................................................ 11 Figura 4 - Representação do AMPOP sem realimentação ........................................ 12 Figura 5 - Imagem com AMPOP utilizando realimentação positiva ........................... 12 Figura 6 - Imagem com AMPOP utilizando realimentação negativa ......................... 13 Figura 7 - Gráfico de saturação de AMPOP comum ................................................. 14 Figura 8 - Exemplo de diagrama de blocos ............................................................... 14 Figura 9 - Circuito de um AMPOP somador inversor ................................................ 15 Figura 10 - Circuito derivador .................................................................................... 16 Figura 11 - Circuito integrador ................................................................................... 17 Figura 12 - Circuito somador inversor no Proteus ..................................................... 19 Figura 13 - Circuito somador inversor com divisor de tensão no Proteus ................. 20 Figura 14 - Circuito somador inversor, exemplo 1 - Proteus ..................................... 20 Figura 15 - Circuito somador inversor, exemplo 2 – Proteus .................................... 21 Figura 16 - Circuito somador inversor, exemplo 2 - Teste em bancada .................... 21 Figura 17 - Circuito somador inversor, exemplo 3 – Proteus .................................... 21 Figura 18 - Circuito somador inversor, exemplo 3 – Teste em bancada ................... 22 Figura 19- Circuito somador inversor, exemplo 4 - Proteus ...................................... 22 Figura 20 - Circuito somador inversor, exemplo 4 – Teste em bancada ................... 22 Figura 21 - Circuito integrador no Proteus ................................................................ 24 4 Figura 22 - Resultado do osciloscopio no Proteus .................................................... 25 Figura 23 - Resultado oscilocopio digital ................................................................... 26 Figura 24 - Resultado do osciloscopio no Proteus .................................................... 26 Figura 25 - Resultado do osciloscopio digital ............................................................ 27 Figura 26 - Resultado osciloscopio Proteus .............................................................. 28 Figura 27 - Resultado do osciloscopio digital ............................................................ 28 Figura 28 - Resultado osciloscopio Proteus .............................................................. 29 Figura 29 - Resultado osciloscopio digital ................................................................. 29 Figura 30 - Circuito derivador no Proteus .................................................................. 30 Figura 31 - Resultado osciloscopio Proteus .............................................................. 31 Figura 32 - Resultado de osciloscopio digital ............................................................ 32 Figura 33 - Resultado osciloscopio Proteus .............................................................. 32 Figura 34 - Resultado osciloscopio digital ................................................................. 33 5 1. Introdução Os amplificadores operacionais são amplificadores de acoplamento direto, de alto ganho, que usam realimentação para controle de suas características. Eles são hoje encarados como um componente, um bloco fundamental na construção de circuitos analógicos. Estes dispositivos são extremamente versáteis com uma imensa gama de aplicações em toda a eletrônica. No texto a seguir explicaremos detalhadamente as aplicações básicas que os amplificadores operacionais podem nos oferecer conjunto de componentes passivos. 6 2. Objetivo Nossa principal meta é a projeção e analise de circuitos que tenham como circuitos base os amplificadores operacionais, entre eles os modelos de aplicação de AMPOP somador, derivador e integrador. Após isto, também se irá comparar os diferentes resultados teóricos, simulados e práticos, obtidos através desta experiência. Por último, a aquisição de conhecimentos dos amplificadores operacionais por meio desta mesma atividade, que será importante no avanço das nossas noções sobre a eletrônica. 7 3. Desenvolvimento 3.1. Procedimentos gerais: Após a detalhada interpretação das atividades a serem realizadas, começamos a dimensionar os valores dos diferentes resistores que serão usados para conceber o nosso circuito. Tendo os valores dos elementos que vão ser utilizados, prosseguiremos com a simulação do circuito no software “Proteus1” para, por último, realizar a montagem na matriz de contato com os diferentes componentes. Assim completaremos os 3 passos da projeção do circuito: Equacionamento,Simulação e Prática. Todos os valores requisitados nas atividades terão que ser anotados e até em alguns casos medidos através de equipamentos de laboratório, para no fim serem comparados. 3.1.1. Materiais utilizados Resistores de 120K Ω Resistores de 100K Ω Resistores de 12K Ω Resistores de 10K Ω Resistores de 8K Ω Resistores de 4K Ω Resistores de 2K Ω Resistores de 1K Ω Capacitor 1,5 nF Capacitor 3,3 nF Amplificador operacional LM741 Amplificador operacional LM324 1 Proteus: Software de Design Suite da empresa Labcenter Electronics Ltd. (1988) 8 Osciloscópio digital Tektronix TDS 1001C-EDU Gerador de funções Minipa MFG-4201A Fontes de tensão Instrutherm Jumpers 3.2. Conceitos teóricos sobre amplificadores operacionais O amplificador operacional ou simplesmente AMPOP, foi introduzido na década de 40, inicialmente com objetivo de realizar operações matemáticas, necessárias à computação analógica. Em aproximadamente cinco décadas, o AMPOP sofreu inúmeras melhorias, ganhando assim, posição de destaque entre os componentes eletrônicos. Este grande sucesso deve-se à grande variedade de circuitos, executando as mais variadas funções, com um único circuito integrado e poucos componentes externos. Hoje, o mercado disponibiliza milhares de amplificadores operacionais de baixo custo, altamente confiáveis e o mais importante, praticamente pronto para o uso. Na teoria, existe o que é chamado de amplificador operacional ideal. Este tipo de circuito só é valido para a teoria e tem as seguintes características: Ganho de tensão diferencial infinito Ganho de tensão de modo comum igual a zero Tensão de saída nula para tensão de entrada igual a zero Impedância de entrada infinita Impedância de saída igual a zero Faixa de passagem infinita Deslocamento de fase igual a zero Deriva nula da tensão de saída para variações de temperatura Na prática, as limitações dos amplificadores operacionais são muitas, ocorrendo, entretanto, um contínuo aperfeiçoamento das características dos mesmos pelos seus fabricantes. 9 Um amplificador analógico é sempre representado como um triângulo em que um dos vértices é a saída. Na figura 1 mostra-se o diagrama esquemático de um Amplificador Operacional com seu modelo mais usual, onde se vê uma resistência de entrada (Rin) e um circuito de saída representado pelo equivalente Thévenin. Neste esquema, a fonte GVin é dependente da corrente através de Rin, e Rout representa a impedância de saída do amplificador. V+ = Entrada não inversora V- = Entrada inversora Vout = Saída Vs+ = +Vcc Vs- = -Vcc 3.2.1. Terra virtual e curto-circuito virtual Existem duas características dos AMPOP’s que são geradas ao criar um circuito com este componente. O nome dado a elas é terra virtual e curto circuito virtual, que resumidamente quer expressar função do curto circuito e do terra reais, mas indicando que estes são apenas imaginários. Figura 1.0 - Diagrama de um amplificador operacional Figura 1 - Diagrama de um amplificador operacional 10 3.2.1.1. Terra Virtual Como já sabemos, o terra real ocorre quando um ponto é ligado ao GND. Mas o terra virtual acontece quando a entrada não inversora do circuito é conectada ao referencial do circuito. Para verificar este fato, basta medir com um voltímetro DC a tensão de entrada com relação a referencia e irá se verificar o que realmente acontece. Na figura 2 se apresenta a simulação deste caso. Figura 2 - Demonstração de Terra Virtual 3.2.1.2. Curto circuito Um curto-circuito real é uma ligação de baixa impedância entre dois pontos de potencias diferentes. O curto-circuito virtual produzido pelo AMPOP, a ddp entre as entradas é de 0V e a corrente é no valor de 0A pela alta impedância da entrada. Na figura 3, se apresenta uma imagem com a anterior afirmação. 11 Figura 3 - Demonstração de um curto-circuito virtual 3.2.2. Circuitos com AMPOP O AMPOP isoladamente executa poucas funções. Os elementos externos como resistores, capacitores e diodos é que determinarão o comportamento do circuito. Basicamente, podemos afirmar que quase todos os circuitos derivam de uma de suas configurações básicas. A seguir apresentaremos resumidamente estes circuitos básicos. 3.2.2.1 Sem realimentação Nesta configuração o amplificador operacional e utilizado sem nenhum componente externo, ou seja, o ganho é estipulado no datasheet pelo fabricante. Sendo assim, tende a saturar com valores um pouco inferiores a +V e –V. A seguir a figura 4 que representa o circuito. 12 Figura 4 - Representação do AMPOP sem realimentação 3.2.2.2 Realimentação positiva Na realimentação positiva, a saída do AMPOP é conectada à entrada não inversora do mesmo. O objetivo deste circuito é basicamente controlar a tensão amplificada. Ainda que com algumas deficiências como instabilidades, este circuito tem funções em aparelhos eletrônicos como multivibradores, osciladores e comparadores com histerese. Em baixo, se mostra na figura 5 uma imagem de tal circuito. Figura 5 - Imagem com AMPOP utilizando realimentação positiva 13 3.2.2.3 Realimentação Negativa Em um sistema realimentado, a saída é amostrada e parte dela é enviada de volta para a entrada inversora. O sinal de retorno é combinado com a entrada original e o resultado é uma relação saída / entrada definida e estável. Na figura 6 se apresenta o circuito que comentamos agora. 3.2.3. Saturação O funcionamento de um amplificador operacional é garantido apenas numa gama limitada de tensões na saída, preestabelecida seja durante a sua utilização, através das tensões de alimentação utilizadas, então quando a tensão de saída chega próximo de –V ou +V, acostumamos dizer que o AMPOP satura. Isto é mostrado no gráfico da figura 7 Figura 6 - Imagem com AMPOP utilizando realimentação negativa 14 3.2.4. Função de Transferência Em resumidas palavras a função de transferência é uma equação matemática literal que representa uma relação entre a saída e a entrada de um sistema linear. Um sistema linear pode ser representado por um diagrama de blocos como mostra a figura 8 embaixo. Existem varias funções de transferência, cada uma diferente, pois cada circuito tem valores e componentes diferentes. Figura 8 - Exemplo de diagrama de blocos Onde: E = Entrada S = Saída F.T. = Função de transferência Figura 7 - Gráfico de saturação de AMPOP comum 15 3.3. Aplicações básicas com amplificadores operacionais 3.3.1. Aplicação como somador inversor O circuito a seguir, na figura 9, é feito com o AMPOP com uma configuração que permite a soma algébrica dos sinais de entrada de modo de ser mostrado na saída do amplificador operacional. Esta tarefa pode ser representada a partir a equação 1. Figura 9 - Circuito de um AMPOP somador inversor ( ) Equação 1 Onde: - Rf é o resistor da realimentação; - R1, R2, R3... Rn são os resistores da entrada; - V1, V2, V3... Vn são as tensões aplicadas na entrada; - Vs é a tensão de saída. 16 3.3.2.Aplicação como derivador O circuito derivador pode ser comparado com um Filtro Passa Alta (FPA), dependendo da freqüência do sinal de entrada ele irá atuar como amplificador inversor ou como derivador. O derivativo não é, isoladamente, uma técnica de controle, pois não pode ser empregado separado de uma ação proporcional. A ação derivativa consiste em uma resposta na saída do controlador que é proporcional à velocidade de variação do desvio. A ação derivativa tem o efeito de reduzir a velocidade das variações, evitando que se eleve ou reduza muito rapidamente. O derivativo só atua quando há variação no erro. Se o processo está estável, seu efeito é nulo. Durante perturbações ou na partida do processo, quando o erro está variando, o derivativo sempre atua no sentido de atenuar as variações sendo, portanto, sua principal função melhorar o desempenho do processo durante os transitórios. Este circuito será mostrado na figura 10 embaixo. Figura 10 - Circuito derivador Podemos representar nosso Vo através da equação 2, explicita a seguir: ( ( ) ) Equação 2 Podemos representar a frequência mínima de funcionamento como derivador através da equação 3, explicita a seguir: 17 Equação 3 3.3.3. Aplicação como integrador Na prática o integrador é muito mais utilizado do que o derivador. Aplicando‐se um sinal retangular simétrico na entrada do integrador, obtemos um sinal triangular na saída. Ganho inversamente proporcional freqüência (circuito não sensível a ruídos de alta freqüência). Em baixas freqüências o ganho aumenta consideravelmente, tendendo a infinito. A figura 11 representa o circuito integrador. Figura 11 - Circuito integrador A seguir a equação 4 pela que pode ser descrita o circuito prático: ∫ ( ) Equação 4 18 Para obter um correto funcionamento do circuito integrador, deveremos utilizar uma frequência maior do que fc. O valor de fc é calculo pela equação 5 a seguir: Equação 5 3.4. Analise dos Circuitos Propostos Apresentaram-se três circuitos para executar a experiência de aplicação de circuitos com AMPOP. Entre eles o circuito somador, circuito derivador e circuito integrador. A análise dos circuitos foi feita em duas das três áreas que seria necessária para a projeção dos mesmos: Simulação e prática. Antes de começar com os analises é conveniente esclarecer que nas figuras apresentadas do simulador Proteus e do osciloscópio digital Tektronix TDS 1001C- EDU, majoritariamente utilizamos as mesmas escalas nos sinais. Quando estas escalas estejam diferentes, por motivos de facilidade de visualização, será indicado com uma pequena frase na legenda da imagem. 3.4.1. Circuito somador inversor Na primeira parte da nossa experiência nos deparamos com o circuito somador inversor. Foi definido um valor de VCC de 10V e VEE de -10V. Como exigido no exercício, foi utilizado resistores nos valores de 8K Ω (2 deste), 4K Ω, 2K Ω e 1K Ω. Por último como componente principal, usamos o amplificador operacional LM324. A página inicial do datasheet de tal AMPOP foi disponibilizada nos anexos no final deste relatório. A seguir na figura 12 apresentamos o circuito simulado no software Proteus: 19 Figura 12 - Circuito somador inversor no Proteus No transcurso da parte prática da experiência, nos deparamos com a dificuldade de gerar uma tensão de 1V pelas fontes disponíveis nos laboratórios do Instituto Federal de Santa Catarina. Para contornar este problema e continuar com os experimentos, seguindo o esquemático abaixo, foi projetado um divisor de tensão onde a tensão do resistor R7 fosse igual a 1V, neste caso utilizamos 1 resistor de 1k como o R7, e como não tínhamos em mãos um resistor de 9k, associamos um resistor de 8.2k em série com um de 820, gerando um valor aproximado ao resistor R6. Utilizando um AMPOP como seguidor de tensão foi possível obter o sinal com exatos 1V. Mostramos a seguir na figura 13, a imagem do circuito somador inversor com o circuito divisor de tensão montado no software Proteus. 20 Figura 13 - Circuito somador inversor com divisor de tensão no Proteus Segue abaixo quatro exemplos de configurações das chaves que validam o circuito somador inversor tanto utilizando o software Proteus tanto com testes em bancada, sendo nas figuras de osciloscópio o sinal de entrada é o amarelo e a saída é o azul: Figura 14 - Circuito somador inversor, exemplo 1 - Proteus 21 Figura 15 - Circuito somador inversor, exemplo 2 – Proteus Figura 16 - Circuito somador inversor, exemplo 2 - Teste em bancada Figura 17 - Circuito somador inversor, exemplo 3 – Proteus 22 Figura 18 - Circuito somador inversor, exemplo 3 – Teste em bancada Figura 19- Circuito somador inversor, exemplo 4 - Proteus Figura 20 - Circuito somador inversor, exemplo 4 – Teste em bancada (Nesta imagem não usamos escalas iguais) 23 A partir dos três primeiros exemplos podemos observar o AMPOP trabalhando de maneira linear, seguindo a equação 1. No exemplo número quatro, podemos observar que o valor de VS utilizando a equação 1 ultrapassa a tensão de VEE, logo podemos observar que a resposta da saída em relação a entrada não é mais linear ficando saturado, sendo um valor próximo do de VEE, sendo que o valor obtido em bancada é sempre um valor mais distante do calculado do que o obtido pelo software Proteus. Abaixo segue uma tabela com todos os valores obtidos até ocorrer a saturação: VR1 VR2 VR3 VR4 Vo Teoria Vo Simulado Vo Bancada 0V 0V 0V 0V 0V 0V ~=0V 0V 0V 0V 1V -1V -1V -0.97V 0V 0V 1V 0V -2V -2V -1.88V 0V 0V 1V 1V -3V -3V -2.59V 0V 1V 0V 0V -4V -4V -3.32V 0V 1V 0V 1V -5V -5V -4.27V 0V 1V 1V 0V -6V -6V -5.18V 0V 1V 1V 1V -7V -7V -6.35V 1V 0V 0V 0V -8V -8V -7.57V 1V 0V 0V 1V -9V -9V -8.37V 1V 0V 1V 0V -10V -9.91V -8.6V Tabela 1 3.4.2. Circuito integrador O circuito a seguir terá aplicado quatro condições diferentes, todas elas com alimentação de VCC 15V e VEE de -15V. Os componentes utilizados foram um amplificador LM741, do qual fornecemos a página inicial do seu datasheet na parte final deste relatório (anexos). Também colocaremos resistores de 10K Ω, 9K1 Ω, 100K Ω e um capacitor de 1,5nF. Ao não possuir resistores comerciais no valor de 9K1 Ω para a validação em bancada, empregamos resistores de 8k2. 24 Para determinar a frequência adequada para o funcionamento correto de nosso circuito integrador, usamos a equação 5, mas com as variáveis substituídas pelos valores utilizados no circuito. Quando a frequência for maior a o valor obtido, o circuito integrador funcionara corretamente. A seguir o cálculo: Equação 6 Na primeira situação apresentada temos uma condição de uma onda quadrada com ±2 de amplitude e uma frequência de 400Hz. Ao montar o circuito no software Proteus com os resistores exigidos inicialmente, obtivemos o circuito da figura 21 com a forma de onda da figura 22, dispostos a seguir. Figura 21 - Circuito integrador no Proteus 25 Figura 22 - Resultado do osciloscopio no Proteus Sendo em azul o sinal de entrada e em amarelo o sinal de saída, é possível observar, que o circuito não chega a efetuar a função de integrador devido a frequência de entrada,que é inferior a frequência mínima para funcionamento como integrador, podendo ser calculado a partir da equação três, já vista anteriormente. Começando a parte prática de nosso experimento, montamos o circuito integrador na matriz de contato para obter o resultado em bancada. Depois de feito este processo, utilizamos um gerador de funções e um osciloscópio digital, fornecidos pelo Instituto Federal de Santa Catarina, com os quais medimos os seguintes resultados. A resposta do circuito real é representada na figura 23 a seguir. 26 Figura 23 - Resultado oscilocopio digital Sendo azul o sinal de entrada e amarelo o sinal de saída, podemos observar que o resultado é muito similar ao obtido pelo simulador, o que reforça nossa teoria que este circuito não exerce sua função completamente com uma frequência de 400Hz No segundo caso, as condições do circuito são similares as do anterior apresentado, porem foi sugerido uma frequência de 7KHz de entrada. Sendo o mesmo circuito, este pode ser visto novamente na figura 21. Mas o resultado mostrado pelo osciloscópio do software foi diferente. Tal resultado é demonstrado na figura 24 a seguir. Figura 24 - Resultado do osciloscopio no Proteus (Nesta imagem não usamos escalas iguais) 27 Para validação em bancada, utilizamos o mesmo circuito já montado anteriormente, e alteramos os valores de frequência do gerador de função para 7KHz na entrada. Os resultados são explícitos na figura 25 a seguir. Figura 25 - Resultado do osciloscopio digital Neste resultado é correto dizer que a tarefa a ser executada pelo nosso circuito foi alcançada com sucesso já que observamos a forma de onda triangular formada perfeitamente a parir de um sinal quadrado aplicado na entrada. Isto se deve a que a frequência de entrada é superior a frequência calculada pela equação 6, fazendo assim que o circuito integre e amplifique o sinal de entrada. No terceiro e quarto caso, utilizamos novamente o mesmo circuito, porém, utilizamos um sinal de entrada agora triangular, com as frequência de 7KHz e 400Hz, que detalhamos a seguir. 28 Figura 26 - Resultado osciloscopio Proteus Figura 27 - Resultado do osciloscopio digital 29 Nos resultados dos circuitos anteriores, no simulador Proteus (figura 26) e em bancada (figura 27), foi aplicada uma frequência de 7KHz. Podemos perceber que na saída de tal circuito obtivemos um sinal senoidal de amplitudes similares a nosso sinal triangular de entrada. Figura 28 - Resultado osciloscopio Proteus Figura 29 - Resultado osciloscopio digital (Nesta imagem não usamos escalas iguais) Para a obtenção dos resultados explícitos nas duas figuras anteriores, figura 28 e figura 29, aplicamos a frequência requerida para o quarto caso, 400Hz, e assim obtivemos um sinal saturado, pois este alcançou o valor máximo de VCC e VEE em seus picos (negativo e positivo). Sendo assim, consideramos que nesta frequência utilizada, nosso circuito não alcança a completar sua função de integrador de uma onda triangular. 30 3.4.3. Circuito derivador Nos circuitos a seguir foram aplicadas duas condições diferentes, mas elas serão com VCC de 15V e VEE de -15V em comum. Os componentes utilizados foram um amplificador LM741, do qual fornecemos a página inicial do seu datasheet na parte final deste relatório (anexos). Também colocaremos resistores de 10K Ω, 9K1 Ω, 120K Ω,12K Ω e um capacitor de 3,3nF. Ao não possuir resistores comerciais no valor de 9K1 Ω para a validação em bancada, empregamos resistores de 8k2. O circuito montado no software Proteus pode ser visto na figura 30 a seguir: Figura 30 - Circuito derivador no Proteus Para determinar novamente a frequência adequada para o funcionamento correto de nosso circuito derivador, usamos a equação 3, mas com as variáveis substituídas pelos valores utilizados no circuito. Quando a frequência for menor que o valor calculado, o nosso circuito funcionara de forma correta. A seguir o cálculo: Equação 7 Utilizando em ambas as condições uma onda quadrada de entrada de amplitude de 1V, na primeira condição este sinal de entrada terá como característica singular a frequência de 400Hz. A seguir na figura 31, apresentamos os resultados de tal circuito no software Proteus, sendo o sinal amarelo a entrada e o azul o sinal de saída. 31 Figura 31 - Resultado osciloscopio Proteus Como é possível ver no resultado obtido, o circuito está exercendo sua função de derivador. Isto é devido à frequência aplicada na entrada não é superior que a frequência definida pela equação 7, que é a frequência de funcionamento como derivador. Para realizar o teste em bancada, foi montado o circuito em uma protoboard para prosseguir com conclusões. Para chegar a efetuar tais conclusões utilizamos uma fonte de tensão simétrica, um gerador de função para aplicar o sinal de entrada e um osciloscópio digital para visualizar o sinal de saída. Estes materiais foram fornecidos pelo Instituto Federal de Santa Catarina. O resultado obtido no osciloscópio digital é mostrado a seguir na figura 32 onde o sinal de entrada esta em laranja e o sinal de saída está em azul. 32 Figura 32 - Resultado de osciloscopio digital A segunda condição, utilizando o mesmo cenário de teste, foi apenas alterado a frequência do sinal de entrada, sendo alterado de 400Hz para 7kHz, o sinal de saída e de entrada no software Proteus pode ser visto na figura 33 abaixo sendo o sinal amarelo a entrada e o azul o sinal de saída. Figura 33 - Resultado osciloscopio Proteus (Nesta imagem não usamos escalas iguais) 33 Figura 34 - Resultado osciloscopio digital (Nesta imagem não usamos escalas iguais) O resultado obtido nas práticas (mostrado na figura 32 e na figura 34) é um pouco diferente na amplitude referente ao resultado do mesmo circuito na parte da simulação. O motivo pelo qual aconteceu este fato é a limitação do gerador de função fornecido pelo Laboratório de Protótipos do IFSC. Este gerador de função fornece uma amplitude mínima de 1.60V o que não é o ideal para nossa prática sendo que foi exigido uma amplitude de 1V. Mesmo com a dificuldade apresentada, podemos perceber que o resultado de nossos circuitos, independente da amplitude, apresentaram resultados similares aos simulados. No caso da figura 32 se consegue perceber um correto funcionamento devido á frequência menor a calcula pela equação 7 antes explicitada. Na outra situação, figura 34, a forma de onda obtida demostra que com a frequência maior que a calculada na equação 7, consequentemente nosso circuito não funciona corretamente como derivador. 34 4. Considerações Finais Para ultimar esta experiência com diversas atividades, concluímos diferentes conceitos adquiridos através deste processo. Primeiramente desenvolvemos habilidades nas distintas fases das atividades propostas, desde a teoria por médio de referencias bibliográficas, até a prática aplicando os conhecimentos já obtidos de outras experiências, passando pela simulação em um software, tal como o Proteus. Já nos adentrando mais no assunto principal de tal experimento, percebemos a gama de circuitos que podem ser construídos tendo como base os amplificadores operacionais. Desta vez vimos o circuito somador, circuito integrador e circuito derivador e constatamos as aplicações deles, mas também as dificuldades que poderiam surgir se estes chegassem a ser aplicados.Falando um pouco do circuito somador, destacamos que os resultados esperados e os resultados obtidos tem uma baixa porcentagem de diferença entre eles e consequentemente se torna muito efetivo para a sua aplicação. Mas ainda é conveniente lembrar que os circuitos não são ideais e que a porcentagem de erro pode aumentar por diversos motivos, tais como os elementos passivos ou até o mesmo AMPOP. Passando a comentar sobre o circuito integrador e o derivador, vemos que os resultados obtidos nestes, não são tão eficazes. Uma das causas que leva este resultado é a utilização na composição do circuito de um componente passivo (capacitor) que pode gerar um erro maior se não for utilizado em uma faixa de frequência aceitável para o bom funcionamento deste componente. Mesmo o circuito podendo implicar diferenças nos resultados obtidos em relação aos esperados, o circuito integrador e o derivador configurados da maneira correta, podem ter grandes aplicações e utilidades na eletrônica. 35 5. Referencias Amplificadores operacionais I, Disponível em: http://www.clubedaeletronica.com.br/Eletronica/PDF/Amp-OP%20I%20- %20conceitos%20basicos.pdf Acessado 22 de outubro de 2013. Amplificadores Operacionais, Disponível em: ftp://ftp.unilins.edu.br/marcello/CONTROLE%20MD%204%20ANO%202013/SEG%2 0SEMESTRE/PID%20AMP%20OP/AMP%20OP/Amp%20Op%20I%20(Introdu%E7 %E3o).pdf Acessado 26 de outubro de 213 Amplificadores Operacionais, GIACOMIN, João C., UFLA, Disponível em: ftp://ftp.unilins.edu.br/marcello/CONTROLE%20MD%204%20ANO%202013/SE G%20SEMESTRE/PID%20AMP%20OP/AMP%20OP/Amp_Op.pdf Acessado 30 de outubro de 2013. 36 6. Anexos Folha dados do LM324, Disponível em http://www.ti.com/lit/ds/slos066t/slos066t.pdf Acessado 21 de outubro de 2013. 37 Folha de dados do LM324, Disponível em http://www.ti.com/lit/ds/snosc25c/snosc25c.pdf Acessado 21 de Outubro de 2013.
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