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04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 1 GEOQUÍMICA Q DO PETRÓLEO 1 Aula 10 Prof: Roberto Rosa GEOQUÍMICA DO PETRÓLEO Objetivos: Caracterizar o potencial gerador das rochas geradoras e rastrear as rotas de migração do hidrocarboneto da geradora ao reservatório. 2 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 2 3 Evolução Térmica da Matéria Orgânica 4 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 3 Parâmetros utilizados para a Caracterização Geoquímica da Matéria Orgânica • Carbono orgânico total (COT) • Quantidade de extrato orgânico (querogênio) • Índice de hidrogênio (IH) /Índice de oxigênio (IO) • Reflectância da vitrinita: Ro% • Índice de coloração de polens e espóros: ICE 5 Índice de coloração de polens e espóros: ICE • Taxa de transformação (TT): (S2o – S2r)/S2o • Índice de Produção (IP): S1/(S1+S2) Tipos de amostras utilizadas Amostra de Calha / Testemunhos / Afloramentos 6 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 4 Quantidade de Matéria Orgânica: para analise é necessário o mínimo de 1% COT (folhelhos) e 0,5% COT (calcilutitos), porém as geradoras efetivas de maior interesse sempre apresentam COT > 3%. Qualidade da Matéria Orgânica: Avaliada a partir da definição dos índices de Caracterização Geoquímica de Rochas Geradoras Qualidade da Matéria Orgânica: Avaliada a partir da definição dos índices de hidrogênio e de oxigênio, obtidos na pirólise Rock-Eval e normalmente expressos em diagramas do tipo Van Krevelen 7 Pirólise Rock-Eval mede: Índice de hidrogênio (IH), Índice de oxigênio (IO), Potencial gerador (S2), Temperatura máxima (Tmax) Com a Pirólise se obtém o S1, S2, S3 e o Tmax em S2 Método da Pirólise 8 Esquema geral de pirolise de rochas, parâmetros adquiridos e registro (Lafargue 1998). 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 5 Parâmetros obtidos com a Pirólise S1= Hidrocarbonetos livres existentes na rocha S2= Hidrocarbonetos a serem gerados S3 = CO2 ( presença de oxigênio nos grupos funcionais) total Tmax. = temperatura do máximo de abundância de HCs gerados no S2 9 Para calcular a taxa de produção e de transformação IP = S1/(S1+S2) (Índice de produção) TT = S2o – S2r / S2o (Taxa de transformação) Analisando Perfis Geoquímicos • S1 = Hidrocarbonetos livres não migrados – correlacionam‐se com zonas de progressiva conversão de querogênio hid b tem hidrocarbonetos. S2 = Potencial gerador de hidrocarbonetos – quantificam a capacidade de geração de hidrocarbonetos de um intervalo, – S2/COT: índice de hidrogênio (IH, mg HC/g TOC) 10 S3 = Quantidade de CO2 produzido, – unidade: mg CO2/g rocha – S3/COT: índice de oxigênio (IO, mg CO2/g TOC) 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 6 Através da Pirolise e do COT, obtemos: O tipo de Matéria Orgânica, utilizando o IH e o IO no Diagrama de Van KrevlenIO no Diagrama de Van Krevlen IH = S2/g COT (Índice de hidrogênio) IO = S3/g COT (Índice de oxigênio) 11 Tipo I (amorfa) – Óleo Tipo II (herbácea) – Óleo/Gás Tipo III (lenhosa) - Gás Diagrama Tipo Van Krevelen Tipo I (amorfa) – Óleo Tipo II (herbácea) – Óleo/Gás Tipo III (lenhosa) - Gás Evolução Térmica da Matéria Orgânica IH I II III u Ín di ce d e H id ro gê ni o g p 12 Tissot & Welte, 1980 Razão O/C ou Índice de Oxigênio R az ão H /C o u Metagênese IO 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 7 Quanto maior o índice de hidrogênio (IH) e menor o de oxigênio (IO), melhor a qualidade da matéria orgânica. Caracterização Geoquímica de Rochas Geradoras g ( ) q g Tipo I, Matéria orgânica lacustre e marinha, elevado potencial gerador de hidrocarbonetos (F.C. ~85-90%) Tipo II, Matéria orgânica marinha ou mista, potencial intermediário para óleo e gás (F.C.~65-70%) 13 Tipo III, Matéria orgânica continental, baixo potencial gerador, principalmente para gás (F.C.~30-35%) Tissot & Welte, 1980 Evolução Térmica da Matéria Orgânica 14 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 8 Reflectância da Vitrinita – Ro% (indica o grau de maturidade da M.O.) Ro=0 26% 25 Ro=0.74% Ro=0.26% 15 25 m 25 m Ro=0.9% Fases da geração do petróleo Diagênese , Catagênese, Metagênese • Diagênese (Ro: 0,2 - 0,6%) – baixas profundidades ação microbiana– baixas profundidades, ação microbiana – degradação bioquímica, policondensação – liberação de água, CO2 e compostos heteroatômicos – formação do querogênio • Catagênese (Ro: 0,6-2,0 %) – aumento da temperatura: degradação térmica do querogênio – craqueamento primário: geração de óleo e gás 16 – janela de óleo (Ro: 0,6-1,3 %) e de gás úmido (Ro: 1,3-2,0 %) • Metagênese (Ro > 2,0%) – geração de metano e resíduo carbonoso 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 9 Evolução Térmica da Matéria Orgânica 17ICE > 4.0 (Maturo) e ICE > 8.0 (Senil) • Diagrama tipo Van Krevelen – IH x IO, distribuição indica o tipo de querogênio e é d d d l ã é i Analisando Perfis Geoquímicos dependente da evolução térmica Tmax, Ro: Indicação de maturidade térmica – Zona imatura: Tmax < 440ºC e Ro < 0,6% – Zona matura: 440 ºC < Tmax < 470ºC e 0,6% < Ro < 1,3% 18 1,3% – Zona senil: Tmax > 470ºC, raramente observado porque quando S2 < 2 kg HC/t rocha Tmax não é confiável, e Ro > 1,3% 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 10 COT S2 IH IO Ro Tmax S1 Perfil geoquímico de um poço, mostrando intervalo com elevadomostrando intervalo com elevado potencial gerador entre 600 e 800 m. Entretanto, este intervalo está imaturo, como indicam os dados de Tmax e refletância da vitrinita (Ro). 19 Zona matura está a 1600m 2020 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 11 Taxa de transformação da matéria orgânica IP = S1/(S1+ S2) 2121 (Tissot & Welte, 1984 / Espitalié et al.1985) IP = S1/(S1+ S2) O método das series naturais permite determinar diretamente o inicio da geração e da migração primária e acompanhar a evolução destes processos. Aplicação do Método das Séries Naturais 22 Gonçalves et al., 1997) 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 12 0,7 Aplicação do Método das Séries Naturais 23Gonçalves et al., 1997) Séries Naturais na Bacia de Camamu:Bacia de Camamu: Áreas de geração e expulsão de petróleo 2424Gonçalves et al., 1997) 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 13 CARACTERIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE 25 HIDROCARBONETOS CARACTERIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE HIDROCARBONETOS Métodos Geoquímicos utilizados: Cromatografia liquida Cromatografia gasosa (CG) Espectrometria de Massa (EM) Isótopos Estáveis Todos esses métodos permitem identificar o grau 26 Todos esses métodos permitem identificar o grau de maturidade do HC, a biodegradação e os Biomarcadores. 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 14 COMPOSIÇÃO DO PETRÓLEO A quantidade de parafinas e de outros componentes nos óleos depende da natureza e da origem da matéria â iorgânica. Vários fatores alteram a constituição inicial dos óleos: maturação, migração e biodegradação. Óleos mais evoluídos (maturos) possuem maiores quantidades de parafinas em relação aos aromáticos e aos i ê i f i ê i 27 compostos em nitrogênio, enxofre e oxigênio. Já biodegradação atua de forma inversa, destruindo as parafinas e concentrando nos outros compostos. Análises cromatográficas A Cromatografia é uma técnica, físico-química, de separação dos componentes de uma mistura complexa. A técnica de cromatografia pode ser classificada em função do estado, líquido ou gasoso, da fase móvel que esteja sendo empregada Cromatografia em fase líquidaCromatografia em fase líquida Cromatografia em fase gasosaCromatografia em fase gasosa 28 Na cromatografia em fase líquida, a fase estacionária é um sólido e a fasemóvel é um solvente líquido. 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 15 Roteiro das análises geoquímicas 29 Cromatografia Gasosa –Óleo Total (whole oil) GEO 166 ‐ Roberto Rosa GEO 222 3030 É a primeira análise cromatográfica realizada na amostra 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 16 Óleo Marinho – parafinas de C12-C17 Óleo Continental – parafinas de C15-C25 Óleo Transicional – características bimodais 31 Cromatografia líquida 32 Determina as três frações: - Parafinas normais - Aromáticos e resinas - Asfaltenos 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 17 CARACTERIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE HIDROCARBONETOS Determina as três frações: - Parafinas normais - Aromáticos e resinas Asfaltenos- Asfaltenos 33 • Após a separação das 3 frações se faz necessário separar e identificar os componentes das Frações de Hidrocarbonetos Saturados e Aromáticos. Para a separação e identificação dos compostos: n-alcanos e isoprenóides presentes no óleo utiliza-se a técnica de Cromatografia Gasosa Cromatografia Gasosa no óleo, utiliza-se a técnica de Cromatografia Gasosa. 34 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 18 BIOMARCADORES Fosseis geoquímicos que guardam a estrutura da matéria orgânica. São altamente resistentes a temperatura e também a biodegradação 35 São quatro tipos de informação obtidos através dos Biomarcadores: Origem (marinha, continental) Estágio de maturação Rotas de migração (correlação óleo/óleo e óleo/rocha geradora) Biodegradação. Indicadores de Origem C t t t di t ( li idi ) Aplicação dos BIOMARCADORES Certos compostos presentes nos sedimentos (geolipidios) guardam uma relação direta com seus precursores biológicos (biolipidios). A distribuição desse geolipidios pode refletir a origem e as condições de deposição do sedimento. Indicadores de Maturação A subsidência dos sedimentos provoca a alteração estrutural 36 A subsidência dos sedimentos provoca a alteração estrutural dos geolipidios em conseqüência do aumento de temperatura e da capacidade catalítica dos constituintes inorgânicos do sedimento. 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 19 Indicadores de Migração O estudo dos biomarcadores junto ao conhecimento geológico da bacia permite o estabelecimento das rotas de Aplicação dos BIOMARCADORES geológico da bacia permite o estabelecimento das rotas de migração. Podendo-se assim rastrear o percurso do óleo chegando a sua geradora. Correlações A correlação óleo-óleo permite estabelecer um paralelo entre óleos, implicando ou não um rocha geradora comum a ambos. 37 A correlação óleo/rochas geradoras potenciais servem para identificar a rocha geradora que definitivamente gerou uma dada acumulação de óleo. A biodegradação de óleos é efetuada por bactérias introduzidas na rocha reservatório pela circulação de águas subterrâneas. Biomarcadores como Indicador de Biodegradação API = 22.0 13C= 24 55‰N C 8 13C= -24.55‰ Sample 9400369-81 N C 9 N C 10 N C 11 N C 12 N C 13 N C 14 N C 15 N C 16 N C 17 PR I N C 18 PH Y N C 19 N C 20 N C 21 N C 22 N C 23 N C 24 N C 25 N C 26 N C 27 N C 28 N C 29 N C 30 API = 20.0 13C= -24.41‰ Sample 9912883-77 N C 8 N C 9 N C 10 N C 11 N C 12 N C 13 N C 14 N C 15 N C 16 N C 17 PR I N C 18 PH Y N C 19 N C 20 N C 21 N C 22 N C 23 N C 24 N C 25 N C 26 N C 27 N C 28 N C 29 N C 30 N C 31 N C 32 API = 15.0 13C= -24.46‰ Sample 0306431-32 38 Sa p e 99 883 API = 17.4 13C= -24.33‰ Sample 0301389-37 N C 9 N C 10 N C 11 N C 12 N C 13 N C 14 N C 15 N C 16 N C 17 PR I N C 18 PH Y N C 19 N C 20 N C 21 N C 22 N C 23 N C 24 N C 25 N C 26 N C 27 N C 28 Sample 0306431 32 API = 12.0 13C= -24.25‰ Sample 0306430-59 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 20 Tipos de Biomarcadores As parafinas ramificadas (isoparafinas) mais importantes do ponto de vista geoquímico são o Pristano e o Fitano. Estes compostos são obtidos a partir do Fitol, por oxidação e descarboxilação (Pristano) e por redução (Fitano)redução (Fitano) 39 Tipos de Biomarcadores Altas razões pristano / fitano indicam rochas geradoras com maior percentual de matéria orgânica terrestres. Baixas razões indicam geradoras com maior quantidade de material marinho.geradoras com maior quantidade de material marinho. 40 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 21 ISÓTOPOS ESTÁVEIS GEO 166 ‐ Roberto Rosa GEO 222 4141 O petróleo, é essencialmente, um dos produtos de transformação da matéria orgânica ISÓTOPOS ESTÁVEIS produtos de transformação da matéria orgânica oriunda da fixação fotossintética, pelo fitoplancton, do CO2 dissolvido na água. Os valores 13C dessa matéria orgânica dependem do meio em que se esta processando a fotossíntese que é a mais rica em 13C no ambiente GEO 166 ‐ Roberto Rosa GEO 222 4242 fotossíntese, que é a mais rica em C no ambiente marinho do que no meio aquático continental. 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 22 ISÓTOPOS ESTÁVEIS 4343 HOPANOS / ESTERANOS > 5< 5 TPP < 0,4 TPP > 0 4 Identificação da Rocha Geradora por Biomarcadores AUSENTE OU LACUSTREMARINHO 13C < -28‰> -28‰ DOCESALGADO OLEANANO MUITO MUITO GAMACERANO EVAPORITICO TPP 0,4 TPP > 0,4 TPP < 0,8 TPP > 0,8 44 POUCO CRETACEO SUPERIOR DOCE TERCIARIO EVAPORITICO Cerqueira, 2003 TPP = Tetraciclos poliprenoides 04/05/2017 GEO 222 ‐ Roberto Rosa 23 Aplicação dos Biomarcadores na Correlação de Bacias 45 Aplicação dos Biomarcadores na Correlação Rocha Geradora x Acumulação de HC 46
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