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Flávia Helena da Silva – 3ºperíodo 2017/2 ALEITAMENTO MATERNO É a nutrição ideal nos primeiros 6 meses de vida de um bebê. É indispensável à sua saúde e desenvolvimento. AME: Aleitamento Materno Exclusivo; quando a criança recebe apenas o leite materno. AMP: Aleitamento Materno Predominante; quando a criança recebe o leite materno e também outros LÍQUIDOS, como água, chás, sucos. AMM: Aleitamento Materno Misto; quando a criança recebe o leite materno e também outros tipos de leite. AMC: Aleitamento Materno Complementado; quando a criança recebe leite materno, e também alimentos sólidos ou semi-sólidos, como frutas e papinha. VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O LACTENTE Atende completamente as necessidades nutricionais do lactente até os 6 primeiros meses. Fornece fontes nutricionais e calóricas para o seu crescimento. Evita sobrecarga de proteína e carboidratos não afetando a filtração renal do bebê; Diminuição: da mortalidade; doenças respiratórias; diarreias; otite média; bacteremia; meningite; infecção urinária; doenças imunológicas; desnutrição; obesidade. Melhora a desenvolvimento cognitivo; Fortalece o vínculo mãe – filho; Menor risco de desenvolver alergias; Previne doenças crônicas: DM; colite ulcerativa; doença de Crohn; linfoma. HA; VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A MULHER Previne hemorragias pós parto; Promove involução uterina; Favorece perda de peso; Diminui risco de anemia; Aumenta o espaçamento entre as gestações com menor risco de ovulação e consequentemente menor risco de gravidez. Melhora remineralização óssea; Diminui risco de câncer de mama e ovário; CAUSAS DO DESMAME PRECOCE Medo; insegurança, dor; por parte da mãe; Surgimento de alimentos que substituem o leite materno; Necessidade de a mãe ter que voltar ao trabalho precocemente; PROGRAMA DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO – 1981 Iniciativa de criação de propagandas em todos os locais, incentivando as gestantes ao aleitamento materno. Em 1980 foi publicada uma portaria “Alojamento Conjunto”, possibilitando às mães o direito de ficar com seu filho na maternidade, facilitando a amamentação. Em 1992, criou-se o HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA, que estabelece os 10 passos para o sucesso da amamentação. 1- Ter uma norma escrita sobre AM, a qual dever ser transmitida a toda equipe; 2- Treinar toda equipe, capacitando-a, a escutar e ajudar as puérperas; 3- Informar todas as gestantes atendidas, as vantagens e o manejo da amamentação; 4- Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto; 5- Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação; 6- Não dar ao RN outro alimento ou bebida até que tenha indicação médica; 7- Praticar o alojamento conjunto; 8- Não dar bicos artificiais como chupetas, estimulação o AM sob livre demanda; 9- Orientar as nutrizes sobre o método da amenorreia lactacional e outros métodos contraceptivos durante a amamentação; 10- Orientar às mães os riscos de uso de fórmulas infantis para a saúde do lactente. MANEJO DA AMAMENTAÇÃO Uma boa técnica de abordagem e aconselhamento em amamentação, conseguem atingir bons níveis de AM pelas nutrizes. A sucção deve ser feita e estimulada pelo RN, até esvaziar toda a mama, porque no início da mamada, o leite é mais diluído, rico em anticorpos. E no final da mamada, o leite é mais concentrado em lipídeos (conteúdo responsável pelo crescimento e saciedade do lactente). Quanto mais a criança mamar, maior será a produção de leite pela mãe. Colocar a criança para mamar, assim que demonstrar sinais de fome: choro, despertar, agitação. Nos primeiros dias de vida, recomenda –se 8-10 mamadas a cada 24horas. A “pega” é determinante para uma boa mamada, a criança deve abocanhar o mamilo e boa parte da aréola para fazer uma boa ordenha dos seios. O RN costuma evacuar toda vez que mama, podendo ser fezes líquidas, explosivas, pastosas ou esverdeadas. FASES DA LACTAÇÃO COLOSTRO: Secretado nos primeiros 3-5 dias, possuindo alta concentração de IgA e lactoferrina. (Ralo e doce). LEITE DE TRANSIÇÃO: 6-10 dias, alta concentração de vitaminas hidrossolúveis, lactose e proteína (caseína). LEITE MADURO: 15 dias, alto teor de lipídeos e lactose. DIFICULDADE NO ALEITAMENTO MATERNO E AFECÇÕES MAMARIA Além do desconforto, a dor pode interferir na relação mãe-filho e tornar o AM uma experiência ineficaz. Muitas vezes a dor e as lesões como fissuras, são consequências de má técnica de amamentação, por isso a técnica da pega deve ser bem orientada. Não se deve usar sabonete nos mamilos, e deve expô-los ao sol sempre que possível, para secar as lesões e ser eficiente na recuperação. Mastite: Estase do leite ou uma infecção por S. aureus, é tratada com uso de antibióticos e não é contra indicada para amamentação. Galactocele: Cistos em meio ao tecido mamário; Abcessos: Formação de nódulo palpável de pus e presença de febre. Realiza-se drenagem e tratamento com antibiótico. Candidíase: Prurido e dor. Tratamento com nistatina, miconazol/cetoconazol por 14 dias e tratamento da criança. CONTRAINDICAÇÕES DE ALEITAMENTO MATERNO Relacionadas à mãe: HIV Doenças terminais/graves Uso diário e abusivo de álcool Uso de drogas ilícitas Uso de drogas radioativas, imunossupressores. Psicose puerperal HTLV-I; HTLV –II Galactosemina Fenilcetonúria Herpes com presença de vesículas herpéticas na mama Varicela Doença de Chagas em fase aguda FISOLOGIA DA AMAMENTAÇÃO Durante a gravidez, estrogênio e progesterona atuam para que a glândulas mamárias estejam prontas para a lactação. Progesterona: Estimula o crescimento dos alvéolos galactâmicos e os lóbulos. Estrogênio: Estimula a proliferação dos ductos lactíferos e suas ramificações. A mulher não secreta leite enquanto ainda está grávida, porque a presença da placenta no útero, estimula a produção de lactogênio placentário, que faz a inibição da prolactina e da secreção de leite. Com o nascimento do RN e saída da placenta, os efeitos do lactogênio sob a prolactina cessam e a secreção de leite é aumentada e estimulada. Após o parto, no 3-4 dia, ocorre a descida do leite sem depender da sucção do mamilo, este processo chama-se APOJADURA. Em seguida ocorre a GALACTOPOIESE, que é a manutenção da produção e ejeção do leite sob total dependência da sucção do mamilo. Se a mãe estiver em estado de estresse, baixa autoestima, dor ou medo, o reflexo de produção e ejeção do leite é inibido, pois eles são mediados pela adrenalina. ANTICONCEPÇÃO E AMAMENTAÇÃO Enquanto a mulher estiver em amenorreia lactacional (sem menstruação durante a lactação), e se ela amamentar de forma exclusiva, mais de 8 vezes a cada 24 horas, inclusive a noite, ela terá 98% de proteção contra uma nova gestação, até os 6 meses pós parto. Para outras nutrizes que desejam associar outros métodos contraceptivos, indica-se uso de preservativos, DIU, diafragmas ou anticoncepcionais orais e injetáveis compostos apenas por progesterona. Os anticoncepcionais que contém estrógeno, diminuem a produção de leite materno e passam sua composição ao bebê por meio da amamentação.
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