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Resumo Farmacologia – 1 etapa Flávia Helena da Silva Farmacodinâmica Conceito: Estudo dos efeitos e dos mecanismos de ação das drogas. Agentes capazes de modificar processos bioquímicos e fisiológicos no organismo. Ligação do fármaco ao receptor, gerando um potencial de ação. Tipos de receptores: Acoplados a proteína G, Canais iônicos (Cálcio, Sódio, Cloreto), Enzimas (acetilcolinesterase, ECA), Carreadores (Receptores de serotonina). Os fármacos necessitam de um receptor para desencadear uma resposta. Fármacos estruturalmente inespecíficos: As ações dessas drogas dependem, em última análise, de suas propriedades físico-químicas tais como a liposolubilidade, o pKa,o poder oxirredutor e a capacidade de adsorção.Ex:Hipertensão intracraniana que regula a pressão por mecanismos osmóticos não tem receptores específicos(MINANTOL). Fármacos estruturalmente específicos: Tem uma interação do fármaco com o alvo especifico e para que haja a interação deve haver a seletividade. Atividade intrínseca: Conjunto de efeitos que foram desencadeados a partir da interação do fármaco com o sitio de ação. É uma medida da capacidade da droga em produzir um efeito farmacológico quando ligado ao receptor AGONISTA: Desencadeia ação efetuadora da atividade intrínseca. Pode ser de 3 tipos. Total: Ativa com grau máximo gera efeitos totais com grande quantidade de receptores. Parcial: Ativa resposta submáxima gera efeitos parciais. Inverso: Inativação de alvos constitutivamente ativos; gera efeito contrário. ANTAGONISTA: Drogas que bloqueiam o receptor e a função celular. Interfere com a ligação destes compostos em seus receptores. REVERSIVEIS: são aqueles que chegaram ao receptor, bloqueiam esse receptor e se deslocam do sitio de ação. IRREVERSIVEIS: chegam ao receptor e permanecem nele, bloqueando a função. Antagonistas fisiológicos e químicos: não necessitam de receptor, eles induzem ou inibem a liberação de alguma substancia do organismo. Antagonismo competitivo: irão competir pelo mesmo sitio de ligação, ira se ligar quem tem maior concentração ou afinidade. Antagonismo não competitivo: O antagonista se liga de maneira irreversível no sitio de ligação, então o agonista não consegue se ligar, diminuindo sua resposta. Antagonismo alastérico: O antagonista se liga em outro local do sitio de ligação, moldando o receptor e não deixando o agonista se ligar. 1- Agonista total 2- Agonista Parcial 3- Agonista Inverso 4- Antagonista Negativo O fenobarbital agiu como um antagonista, bloqueado a função intrínseca do anticoncepcional, não gerando seu efeito farmacológico correto. DESSENSIBILIZAÇÃO E TAQUIFILAXIA: Ocorre quando administrado fármacos em pequenas concentrações em intervalos reduzidos, principalmente em tratamentos prolongados. O receptor para de responder quando o fármaco se aproxima assim o efeito é cada vez menor. Taquifilaxia: Redução dos efeitos do fármaco Dessensibilização: Receptor foi dessensibilizado por ação do fármaco. Indice terapêutico: É a relação da dose que produz toxicidade sobre a dose que produz o efeito terapêutico, é o que dá segurança ao fármaco. A dosagem terapêutica de um fármaco procura manter a concentração plasmática máxima do fármaco abaixo da concentração tóxica e a concentração mínima (mais baixa) do fármaco acima de seu nível minimamente efetivo A toxicidade do fármaco depende: Predisposição genética ou patologias propícias (insuficiência renal, hepática; gravidez; imunodepressão). Uso ou administração inapropriada do fármaco. Um conceito importante na toxicidade de substâncias é que um efeito adverso pode representar um exagero da ação farmacológica desejada, devido a alterações na exposição à substância. Isso pode ocorrer através de um erro deliberado ou acidental de dose, alterações na farmacocinética da substância (por exemplo, devido a doença hepática ou renal ou a interações com outras substâncias) e alterações na farmacodinâmica da interação substância–receptoras, alterando a resposta farmacológica (por exemplo, mudanças no número de receptores). Todas essas alterações podem levar a um aumento na concentração efetiva da substância e, portanto, a um aumento da resposta biológica. AÇÃO TÓXICA: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas teciduais. DL 50: (Dose Letal 50%) ou dose letal média de uma substância expressa o grau de toxicidade aguda de substâncias químicas. Correspondem às doses que provavelmente matam 50% dos animais de um lote utilizados para experiência. São valores calculados estatisticamente a partir de dados obtidos experimentalmente. Com base nas DL50 de várias substâncias, são estabelecidas classes toxicológicas de produtos químicos e farmacológicos, no entanto, para se dizer se uma substância é tóxica ou inócua para o ser humano, devemos também optar por critérios que avaliem se uma substância oferece Risco ou Perigo para um determinado sistema biológico, para um determinado indivíduo ou para a saúde pública. FASES DA INTOXICAÇÃO: O processo de INTOXICAÇÃO pode ser desdobrado, para fins didáticos, em quatro fases. Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou interna do organismo entram em contato com o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introdução, a freqüência e a duração da exposição, as propriedades físicoquímicas, assim como a dose ou a concentração e a susceptibilidade individual. Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco nos diferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As propriedades físicoquímicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminação do organismo. Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, conseqüentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático. Fase Clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo.
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