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O brasileiro, candidato a cargo eletivo, deve estar no pleno exercício de seus direitos políticos, por determinação do art. 12, § 3º, II. Adiante, em item especifico, analisaremos as situações em que pode haver perda ou suspensão dos direitos políticos.
O brasileiro, em gozo de direitos políticos, deverá estar alistado junto à Justiça Eleitoral, e estar regularmente inscrito, ou filiado, em partido político (art. 12, § 3º, III e V).
O domicílio eleitoral do brasileiro, em exercício de seus direitos políticos, alistado eleitoralmente e filiado a um partido político, deve ser na circunscrição, quer dizer, onde pretende ser eleito. Por exemplo, se for candidato à Prefeitura Municipal, deve ter domicílio eleitoral no Município, se pretender o governo de Minas Gerais, há de ter seu domicílio neste estado. 
Cumpridas todas estas condições de elegibilidade, o postulante a cargo eletivo deve, ainda obedecer ao critério da idade, conforme o inciso VI do parágrafo 3º do art. 14. 
Requer-se a idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; trinta anos para os Chefes do Executivo estadual e do Distrito Federal; vinte e um anos para Deputados,. (Câmara Federal e Assembléias Legislativas e Distrital) e Chefes de executivo municipal, além de cargo judiciário, ou seja, para Juiz de Paz.
Finalmente, os postulantes a cargos no legislativo municipal devem ter, no mínimo, dezoito anos.
1.8 - Inelegibilidade
Inelegibilidade significa um impedimento prévio ao direito de ser eleito. É diferente de incompatibilidade, que ocorre durante o mandato. Mesmo sendo alistados eleitoralmente, e cumprindo as condições de elegibilidade, como vimos acima, o cidadão poderá ser impedido de ser eleito, sendo portanto inelegível, caso se configurem as hipóteses arroladas nos parágrafos 4º até 8º do art. 14 do texto fundamental.
A inelegibilidade pode ser absoluta (quando insanável, retirando do cidadão a possibilidade de ser eleito para qualquer cargo eletivo) ou relativa (quando a restrição diz respeito a elegibilidade apenas para alguns cargos).
Diz o parágrafo 4º que são inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Inalistáveis são os estrangeiros e os conscritos. Os analfabetos podem votar, mas não podem ser eleitos para cargo algum, tratando-se aqui de inelegibilidade absoluta.
O parágrafo 6º determina que os Chefes de Executivo de todos os níveis federativos podem, também, postular outro cargo político eletivo (nos Legislativos ou até para Executivos, mas a Constituição impõe de modo bastante claro a obrigatoriedade da renúncia do cargo que exercem, até seis meses antes de eleição. Neste caso, há inelegibilidade relativa. Assim, por exemplo, o Governador de Estado pode candidatar-se a Deputado Federal ou a Presidente da República, mas deve renunciar ao cargo que exerce até seis meses antes da data do pleito. 
Portanto, se ele perder a eleição para o cargo que postula, não voltará a exercer o que ocupava, porque a renúncia é definitiva.
O território de jurisdição do titular é o espaço territorial onde o candidato pretende ser eleito. Exemplificativamente, a jurisdição do Governador do Estado de Minas Gerais é o território mineiro, a do Prefeito Municipal é o Município, etc. 
O parágrafo 7º aponta inelegibilidades em razão de parentesco: os cônjuges (concubinos), não parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República (cuja jurisdição é o território nacional), do Governador de Estado, de Território ou do Distrito Federal, ou do Prefeito, não podem ser eleitos na jurisdição em que estes exercem seus mandatos, exceto se já tivessem sido eleitos antes da eleição das autoridades que nomeamos e se estiverem pleiteando a reeleição.
É de se chamar a atenção para o fato de que também os parentes daqueles que, nos seis meses que antecedem as eleições, substituíram (impedimento temporário do titular) ou sucederam (vacância no cargo, sendo definitiva) as autoridades acima nomeadas, tomam-se inelegíveis. Assim, por exemplo, o filho de um Vice-Prefeito, que tenha substituído o Prefeito devido à doença deste, quando faltavam cinco meses para a eleição municipal, não pode candidatar-se à Vereador naquele município, a menos que esteja tentando ser reconduzido ao cargo pela reeleição.
O militar alistável (inalistável é o conscrito, como mencionamos acima), pode ser eleito, mas sob algumas condições, estipuladas pelos incisos I e II do parágrafo 8º do art. 14.
Se o militar estiver a menos de dez anos em sua profissão, deve afastar-se espontaneamente da atividade, em prejuízo de sua carreira, porque o afastamento é definitivo: perdendo a eleição, não voltará à vida militar. 
Se o militar estiver há mais de dez anos na profissão, ele será agregado pela autoridade superior a partir da filiação partidária. 
Se ele for eleito, no ato mesmo da diplomação, o militar passa para a reserva, saindo da atividade militar. 
A Emenda Constitucional de Revisão n° 4, de 1994, introduziu dispositivo constitucional, o parágrafo 9º do art. 14, dando competência à lei complementar para estabelecer outros casos de inelegibilidade, de grande importância, visando a moralizar os pleitos: os outros casos de inelegibilidade deverá considerar a vida pregressa do candidato, a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou abuso de exercício de função, cargo ou emprego na administração pública direta ou indireta.
Diplomação é ato pelo qual o cidadão recebe um diploma da Justiça Eleitoral, onde se afirma que foi eleito e está pronto para tomar posse, cessando assim a participação desta Justiça. Ela pode ser anulada pela Justiça Eleitoral (art. 121, § 4°, IV) caso fique comprovada fraude durante a eleição mas ocorrendo a comprovação após a própria diplomação ou a posse.
O parágrafo 10 do art. 14 abre a possibilidade de impugnação do mandato eletivo ante a Justiça Eleitoral dentro do prazo de quinze dias a contar da diplomação (e não a perda do mandato nos termos do art. 55 da CF/88), motivada por abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
1.9 - Perda e Suspensão dos Direitos Políticos
A Constituição não permite a cassação de direitos políticos. 
No entanto, prevê hipóteses em que tais direitos podem ser perdidos (definitivamente) ou suspensos (temporariamente).
1.10 - Suspensão dos Direitos Políticos
Aqui, há uma privação temporária dos direitos políticos (de votar e ser votado), que subsiste enquanto durar a situação descrita.
A suspensão ocorre nos casos dos incisos II, III e V do art. 15 da Constituição da República. Assim, enquanto perdurar a incapacidade civil absoluta (art. 5º do Código Civil), a condenação criminal já com trânsito em julgado, enquanto durarem seus efeitos (mesmo durante o sursis), e em caso de improbidade administrativa, não há direito de votar nem de ser eleito.
1.11 - Perda dos Direitos Políticos
A perda dos direitos políticos, ao contrário da mera suspensão, tem caráter definitivo. O indivíduo perde todas as suas prerrogativas de cidadania, não pode ser eleitor nem candidatar-se. A Constituição estabelece dois casos de perda, no art. 15,I e IV.
No primeiro caso, como é óbvio, sendo cancelada a naturalização por sentença transitada em julgado (art. 109, X, justiça federal comum), o indivíduo deixa de ser nacional brasileiro, recaindo assim no descumprimento de uma das condições de elegibilidade (art. 14, § 3o, I, nacionalidade brasileira) e de alistabilidade (porque se torna inelegível, art. 14, § 4º).
Na segunda hipótese, perde os direitos políticos todo aquele que, devendo cumprir obrigação a todos imposta (como o serviço militar, etc. 143, caput), se recusa a cumpri-la e se recusa também a cumprir serviço alternativo, art. 143, § 1º e art. 5º, VIII).
No primeiro caso, como é óbvio, sendo cancelada a naturalização por sentença transitada em julgado (art. 109, X, justiça federal comum), o indivíduo deixa de ser nacional brasileiro, recaindo assim no descumprimento de uma das condições deelegibilidade (art. 14, § 3o, I, nacionalidade brasileira) e de alistabilidade (porque se torna inelegível, art. 14, § 4º).
Na segunda hipótese, perde os direitos políticos todo aquele que, devendo cumprir obrigação a todos imposta (como o serviço militar, etc. 143, caput), se recusa a cumpri-la e se recusa também a cumprir serviço alternativo, art. 143, § 1º e art. 5º, VIII).
Conceito – Ramo do Direito Público que regulamenta os direitos políticos, bem como seu processo. É o ramo do Direito que disciplina a democracia em sua manifestação política, preservando a vontade popular expressa no processo eleitoral.
Fontes – Constituição Federal (artigos 14 a 17 e 118 a 121); Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; Lei nº 4.737/65 –Código Eleitoral Brasileiro – CEB; leis complementares; Lei das Responsabilidades de Prefeitos e Vereadores; Lei da Inelegibilidade; Lei dos Partidos Políticos; Lei das Eleições; Lei das Multas Eleitorais e Súmulas do TSE.
Direito ao Voto (art. 2º do Código Eleitoral Brasileiro) – Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e em leis específicas.
Capacidade Política (art. 3º) – Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade.
Capacidade para o voto (art. 4º) – São eleitores os brasileiros maiores de dezoito anos que se alistarem na forma da lei. 
(Artigo 14 da Constituição Federal) –A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: plebiscito; referendo; e iniciativa popular. 
(Art. 14 § 1º) – O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos, e facultativos para: os analfabetos; os maiores de setenta anos; os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
(Art. 14 § 2º) – Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
(Art. 14 § 3º) – São condições de elegibilidade, na forma da lei: a nacionalidade brasileira; o pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral; o domicílio eleitoral na circunscrição; a filiação partidária; a idade mínima de: trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; e dezoito anos para Vereador. 
(Art. 14 § 4º) – São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
(Art. 14 § 5º) – O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos, poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. 
(Art. 14 § 6º) – Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
(Art. 14 § 7º) – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
(Art. 14 § 8º) – O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
ALISTAMENTO
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art 5º do Código Eleitoral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.
Obrigatoriedade de Alistamento e Voto (art. 6º) – O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo: quanto ao alistamento: os inválidos, os maiores de setenta anos e os que se encontrem fora do país; quanto ao voto: os enfermos, os que se encontrem fora do seu domicílio e os funcionários civis e os militares em serviço que os impossibilite de votar.
Sanções (art. 7º) – O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até trinta dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo Juiz Eleitoral. 
Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor: 
– inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles;
– receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subseqüente ao da eleição; 
– participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; 
– obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;
– obter passaporte ou carteira de identidade; 
– renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; 
– praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.
Cancelamento da Inscrição – Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em três eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de seis meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido.
DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
São órgãos da Justiça Eleitoral: O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País; um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território; as juntas eleitorais; e os juizes eleitorais.
DO TRIBUNAL SUPERIOR
Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral, mediante eleição pelo voto secreto: de três juizes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e de dois juizes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; e, por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. 
Competência – Compete ao Tribunal Superior processar e julgar originariamente: 
– o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República; 
– os conflitos de jurisdição entre tribunais regionais e juizes eleitorais de estados diferentes; 
– a suspeição ou o impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;– os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos, cometidos pelos seus próprios juizes e pelos juizes dos tribunais regionais; 
– o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos ministros de estado e dos tribunais regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; 
– as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
– as impugnações a apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República; 
– os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos tribunais regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada;
– as reclamações contra os seus próprios juizes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos; 
– a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado;
– e os recursos interpostos das decisões dos tribunais regionais, inclusive os que versarem sobre matéria administrativa.
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão, mediante eleição pelo voto secreto: de dois juizes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; de dois juizes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e, por nomeação do Presidente da República, de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
Competência – Compete aos Tribunais Regionais processar e julgar originariamente: 
– o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas; 
– os conflitos de jurisdição entre juizes eleitorais do respectivo Estado; 
– a suspeição ou os impedimentos aos seus membros, ao Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria, assim como aos juizes e escrivães eleitorais; 
– os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais; 
– o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juizes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; 
– as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
– os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juizes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo; 
– os recursos interpostos dos atos e das decisões proferidas pelos juizes e juntas eleitorais, das decisões dos juizes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. 
DOS JUIZES ELEITORAIS
Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um Juiz de Direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal. Onde houver mais de uma vara, o Tribunal Regional designará aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral.
Competência – Compete aos juízes eleitorais: 
– cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional; 
– processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais; 
– decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente à instância superior;
– fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e à presteza do serviço eleitoral; 
– tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir; 
– indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral; 
– dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores; 
– expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor; 
– dividir a zona em seções eleitorais; mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa à mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação; 
– ordenar o registro e a cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional; 
– designar, até sessenta dias antes das eleições, os locais das seções; 
– nomear, sessenta dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos cinco dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
		Considere as seguintes normas jurídicas, além da Constituição Federal
e das Leis Complementares Federais:
I. Leis Ordinárias Federais.
II. Leis Complementares Estaduais.
III. Leis Ordinárias Estaduais.
IV. Leis Ordinárias Municipais.
V. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
São fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS
	
	
	
	
	
	IV e V.
	
	
	II e V.
	
	
	I, III, IV.
	
	 
	I, III e V.
	
	 
	I e V.
	
	
	
		2.
		Identifique as assertivas corretas: I  O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Privado Interno. II  A alteração da legislação e do processo eleitoral será feita por lei ordinária, podendo ser aplicada nas eleições que ocorrerem após dois anos contados da alteração. III  A organização e o funcionamento de partidos políticos são disciplinados por lei complementar e não representam um direito político especificamente. IV  A ação popular é uma espécie de direito político, como, por exemplo, o sufrágio. A(s)s assertiva(s) correta(s) é (são):
	
	
	
	
	 
	II, apenas.
	
	
	I, III e IV.
	
	
	I e III.
	
	 
	IV, apenas.
	
	
	I e II.
	 Gabarito Comentado
	
	
		3.
		Considere as assertivas:I. Referendo é uma consulta prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus direitos políticos sobre determinada matéria a ser, posteriormente, discutida pelo Congresso Nacional.II. Plebiscito é uma consulta posterior sobre determinado ato governamental para ratificá-lo, para conceder-lhe eficácia ou para retirar-lhe a eficácia.III. A iniciativa popular é garantida pela CRFB/88. IV. Em razão do sistema representativo, a CRFB adota o voto indireto. Está correto o que se afirma SOMENTE no(s) item(ns):
	
	
	
	
	
	II e III.
	
	 
	III.
	
	
	III e IV.
	
	 
	I e III.
	
	
	II.
	 Gabarito Comentado
	
	
		4.
		No que consiste o princípio da anualidade eleitoral?
	
	
	
	
	 
	As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação e não se aplicam à eleição que ocorra até 01 (hum) ano da data de sua vigência.
	
	
	As leis eleitorais só podem ser aprovadas, uma vez a cada ano.
	
	
	As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publicadas e são complementadas pelas Resoluções do TSE.
	
	 
	As leis eleitorais têm validade de apenas 01 (hum) ano a partir de sua publicação, razão pela qual existem as Resoluções do TSE a cada eleição.
	
	
	As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01(hum) ano depois da eleição para a qual foi publicada.
	 Gabarito Comentado
	
	
		5.
		O professor Alcino Salazar, secretário de justiça da Guanabara, declarou a O Globo que a extensão do voto ao analfabeto é perigosa concessão aos inimigos do regime democrático, fundado na verdade e na pureza do princípio da representação. Adaptado de O Globo, 21/02/1964. Em sua mensagem ao Congresso Nacional em 15 de março de 1964, o presidente João Goulart escreveu: ¿Outra discriminação inaceitável atinge milhões de cidadãos que, embora investidos de todas as responsabilidades (¿) e integrados à força de trabalho, com seu contingente mais numeroso, são impedidos de votar por serem analfabetos¿. ALEIXO, J. C. B; KRAMER, Paulo. Os analfabetos e o voto: da conquista da alistabilidade ao desafio da elegibilidade. Senatus, Brasília, outubro/2000. As declarações do professor Alcino Salazar e do presidente João Goulart foram feitas em um momento de polarização na sociedade brasileira, que culminou na instauração do regime autoritário em 31 de março de 1964. Ambas as declarações expressavam, naquele momento, visões antagônicas relacionadas à seguinte dimensão da cidadania:
	
	
	
	
	
	reparações étnicas
	
	
	igualdade real
	
	
	benefícios sociais
	
	 
	direitos políticos
	
	
	oportunidades econômicas
	 Gabarito Comentado
	
	
		6.
		A implantação do bipartidarismo, representado pela ARENA (controlada pelos integrantes do governo) e do MDB (que reunia os integrantes da oposição) foi característica do Direito Eleitoral brasileiro no período:
	
	
	
	
	 
	Do regime militar de 1964.
	
	 
	Do Estado Novo (Era Vargas).
	
	
	Posterior a 1988.
	
	
	Da Velha República.
	
	
	Colonial.
	 Gabarito Comentado
	
	
		7.
		Dentre os princípios ligados às eleições, podemos destacar ( marque a opção correta):
	
	
	
	
	 
	O princípio da representatividade, que estabelece , dentre outros, a equivalência entre o número de representado e representantes
	
	
	O princípio da anualidade, que impede a alteração das regras eleitorais a menos de seis ( 6 meses) do pleito.
	
	
	O princípio da hierarquia das normas eleitorais, que estabelece a supremacia das normas constitucionais e complementares.
	
	
	O princípio da anualidade eleitoral, que estabelece o período das eleições livre e indiretas
	
	 
	O princípio hermenêutico eleitoral, que trata da atividade interpretativa das normas jurídicas, feita direta e exclusivamente pelo legislador
	 Gabarito Comentado
	
	
		8.
		De acordo com as disposições legais e constitucionais vigentes, assinale a opção incorreta.
	
	
	
	
	
	Nem todo cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo.
	
	
	Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal.
	
	 
	Diversamente do que ocorre com as leis em geral, compete ao TSE expedir instruções para a fiel execução do Código Eleitoral e das demais normas eleitorais.
	
	 
	Os analfabetos podem votar e ser votados, desde que tenham realizado o alistamento eleitoral.
	
	
	O Código Eleitoral contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos: precipuamente, os de votar e ser votado.
		.
		Dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores compete ao:
	
	
	
	
	 
	Junta Eleitoral.
	
	 
	Juiz Eleitoral.
	
	
	Tribunal Superior Eleitoral.
	
	
	Tribunal Regional Eleitoral.
	
	
	Corregedor Eleitoral.
	 Gabarito Comentado
	
	
		2.
		O Brasil é considerado um país moderno quanto à forma como realiza as eleições. Alguns países já solicitaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o intercâmbio de informações a respeito de procedimentos eleitorais. Quanto à legislação, esta tem sido substancialmente alterada desde a promulgação da Constituição de 1988. Entretanto, permanece em vigor um documento básico, o Código Eleitoral de 1965. A respeito da estrutura e funcionamento da justiça eleitoral, nos termos do Código Eleitoral (Lei n° 4.737/1965), assinale a opção correta.
	
	
	
	
	 
	Dois integrantes do TSE têm de ser advogados, escolhidos pelo presidente da República a partir de lista sêxtupla indicada pelo STF.
	
	
	Ministro do TSE pode ser casado com a irmã de outro ministro desse tribunal.
	
	 
	Um dos advogados indicados para o TSE deve ser parlamentar, federal ou estadual.
	
	
	É competência originária do TSE expedir o diploma dos eleitos para cargos municipais.
	
	
	Decisão do TSE sobre cassação de registro de partido político exige maioria absoluta de ministros presentes, e maioria simples de votos favoráveis.
	 Gabarito Comentado
	
	
		3.
		O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente dentre os:
	
	
	
	
	 
	Ministros do Supremo Tribunal Federal.
	
	
	Desembargadores.
	
	
	Advogados.
	
	
	Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
	
	
	Juiz do Tribunal Regional Federal.
	 Gabarito Comentado
	
	
		4.
		As atribuições do Corregedor Eleitoral serão fixadas pelo:
	
	
	
	
	
	Congresso Nacional.
	
	
	Tribunal Regional Eleitoral.
	
	
	Presidente da República.
	
	 
	Tribunal Superior Eleitoral.
	
	
	Senado Federal.
	
	
	
		5.
		É orgão da Justiça Eleitoral:
	
	
	
	
	 
	Junta Eleitoral
	
	
	Zona Eleitoral
	
	
	Seção Eleitoral
	
	
	Mesa Receptora
	
	
	Circunscrição
	
	
	
		6.
		Os Tribunais Regionais Eleitorais
	
	
	
	
	 
	terão, dentre outras funções, a de processar e julgar originariamente os crimes eleitorais cometidos por seus próprios membros.
	
	 
	compor-se-ão, dentre outros membros, de dois Juízes, dentre Juízes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça.
	
	
	serão presididos por um dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça que integrarem a sua composição.
	
	
	terão sede em regiões do país, podendo a sua competência estender-se por mais de um Estado da Federação.
	
	
	compor-se-ão, dentre outros membros, de dois Desembargadores de Tribunal de Justiça, nomeados pelo Presidente da República.
	 Gabarito Comentado
	
	
		7.
		Designar os locais das Seções eleitorais compete ao:
	
	
	
	
	
	Junta Eleitoral.
	
	
	Presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
	
	 
	Juiz Eleitoral,
	
	
	Tribunal Superior Eleitoral.
	
	
	Tribunal Regional Eleitoral.
	 Gabarito Comentado
	
	
		8.
		Dividir a respectiva circunscrição em Zonas Eleitorais compete ao:
	
	
	
	
	 
	Presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
	
	 
	Tribunal Regional Eleitoral.
	
	
	Presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
	
	
	Procurador-Regional.
	
	
	Juiz de Direito

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