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Curso: Agronomia Turma: 4º Fase Disciplina: Mecanização Agrícola Professor: Fabricio Masiero Alunos: Elison de Souza, Gabriela Hoffmann, Gabriel Ganancini Zimmermann, Gustavo Medeiros, Ilson Moratelli, Josué Andreas Vieira, Leonardo Kestring, Sandra Block. RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA REGULAGENS DE PULVERIZADOR AGOSTO/2016 RIO DO SUL – SC INTRODUÇÃO No dia 30 de agosto de 2016 no laboratório de Mecanização Agrícola do Instituto Federal Catarinense Campus Rio do Sul, ministrado pelo professor Fabrício Masiero, foram realizadas as regulagens e calibragem de um pulverizador de barras. Os pulverizadores são máquinas aplicadoras de defensivos que utilizam a pressão hidráulica na subdivisão do líquido em gotas, podem ser manuais, motorizados e aéreos. (BALASTREIRE, 1987). Durante o período de uma safra são necessárias diversas aplicações de produtos químicos para obtenção de uma produtividade satisfatória, independentemente do tipo de cultura a ser cultivada, evitando assim perda por doenças ou pragas. Os defensivos são aplicados sobre o solo ou as plantas e para garantir que o ingrediente ativo atinja toda a superfície alvo é necessário que o equipamento esteja distribuindo uniformemente a quantidade correta do produto por área. A quantidade de ingrediente ativo aplicado deve ser correta para evitar falha de controle ou danos à cultura. Para que isto ocorra de maneira eficiente e eficaz faz-se necessário realizar manutenções e a devida regulagem, para regular um pulverizador o produtor deve estar atento a questões como o tipo de cultura, a altura e o volume de copa da planta. O produtor deve sempre consultar um engenheiro agrônomo para definir a regulagem do equipamento e definir, por exemplo, o tipo de bico a ser usado, com objetivo de distribuir uniformemente a dose correta do produto na área, evitando desperdício e perdas no rendimento devido à toxicidade causada à cultura. MATERIAL E MÉTODOS O setor de mecanização agrícola disponibilizou o trator Valmet 785 4x2 e o pulverizador de barras, onde realizou-se a pratica de calibragem, juntamente com a instrução do professor Fabricio Masiero, onde a mesma foi iniciada com uma inspeção de equipamento observando-se os filtros que estavam em dia, porem estava ocorrendo vazamentos no tanque, devido ao desgaste de borrachas de vedação. Para registrar a vazão foram utilizados copos de regulagens/medidas. O experimento didático foi feito utilizando água. A calibração adequada do pulverizador é o primeiro passo para garantir o sucesso da aplicação de agroquímicos, haja visto, ser esta a tarefa que irá determinar as melhores condições operacionais da máquina (GANDOLFO & OLIVEIRA, 2006). A calibração de pulverizadores de barra montado foi realizada em duas etapas onde uma era com o trator em movimento e com o trator estacionado. Trator em movimento: Demarcou-se um percurso de 50 metros em linha reta em solo não pavimentado para o trator percorrer, já com a velocidade de trabalho pré determinada para a realização da pulverização (6 km/h) se fez a regulagem da rotação da TDP para 540 rpm. Com o trator um pouco afastado da marcação de 50 metros se deu início ao trajeto fazendo a cronometragem do tempo necessário para o percurso bem tomando como referência o mesmo ponto de partida e de chegada do trator. O trajeto foi todo percorrido com o tanque do pulverizador cheio de agua. Trator estacionado: Com a mesma rotação da TDP, coletou-se em cada um dos bicos a quantidade de agua no tempo determinado pelo percurso do trator. Obteve-se assim os seguintes dados: Bicos Vazão/ml 01 360 02 350 03 380 04 380 05 350 06 370 07 350 08 360 09 370 10 360 11 340 12 380 Média Total: 362,5 mL. RESULTADOS E DISCUSSÃO Determinamos os seguintes valores: o tempo necessário para percorrer 50 metros foi de 30 segundos. A média total de calda que caiu dos bicos foi de 362,5 ml. E a velocidade média foi feita dividindo os 50 metros pelo tempo, em seguida multiplicando-se por 3,6 para termos em km/h, e a velocidade média foi de 6km/h. Obtendo-se esses valores o cálculo seguinte foi feito para sabermos o valor da vasão. Segue o cálculo: 32,4” ------- 362,5 ml 60” -------- x x= 671,30 ml/ min ou x=0,6713 L/min Em seguida realizamos o cálculo de taxa de aplicação. Segue o cálculo: 𝑄 = 600. 𝑞 𝑉. 𝐸 Q= 600.0,6713 6.0,5 Q= 134,26 L/ha Gráfico de dispersão dos bicos Constatamos alguns erros nos bicos, como falta de filtro ou filtro inadequado, sendo que influenciou no bico número 11 principalmente o que teve maior erro. a) O que fazer para obter 200L/ha de taxa de aplicação? Q=(600.q)/V.e 200=(600.0,6713)/V.0,50 V= 4,027 Km/h Pensando em aumentar a taxa de aplicação para 200L/ha o melhor resultado será diminuir a velocidade para 4Km/h. b) Taxa de aplicação com o Bico 2 (azul, α 110º, 3 galão/min) Q=(600.q)/V.e Q=(600.0,560)/6.0,5 Q= 112 L/ha CONCLUSÃO Com essa prática de regulagem vimos à necessidade de fazer uma inspeção periódica e de manter toda a manutenção do pulverizador em dia. A regulagem está diretamente ligada a uma melhor qualidade de aplicação, pois em cada pulverização, 30% atinge o solo, 40% deriva ou evapora e somente 30% atinge o alvo biológico, que pode ser a cultura principal, os insetos ou plantas daninhas. Com isso podemos concluir que é muito importante realizarmos a inspeção completa do pulverizador antes de uma aplicação, verificar se há sujeira nos bicos, realizar a regulagem, verificar também mangueiras e funcionamento em geral do trator, para se ter uma maior eficiência na aplicação tanto economicamente quanto ambientalmente. REFERÊNCIA BALASTREIRE, Luiz Antonio. Máquinas agrícolas. São Paulo: Manole, 1990. 310p. GANDOLFO, M.A.; OLIVEIRA, A.B. Aplicação de sucesso. Revista Cultivar Máquinas. N 53 Junho de 2006 pg 06-09.
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