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Direito do Trabalho – Resumo *CONTEXTO HISTÓRICO: A noção de trabalho está diretamente associada à noção de bem estar do homem, e a origem da palavra, tripalium, um instrumento de tortura, sendo visto como algo penoso e é visto de duas maneiras distintas, pelo aspecto sociológico é tratado como um fator de estabilidade dos grupos sociais e na visão aristotélica é visto com desprezo, pois a atividade filosófica exigia autonomia de ações e liberdades. *LOCAÇÃO DE COISAS: O aumento da população e a complexidade das relações sociais e humanas fizeram com que os senhores passassem a se utilizar da mão de obra de escravos de outros senhores, arrendando-lhes os serviços, sendo regida por meio da locação de coisas, definida como o ajuste consensual por meio do qual uma pessoa se obrigava a fornecer a outrem, o uso e o gozo de uma coisa, a prestação de um serviço ou de uma obra em troca de um preço que a outra parte se obrigava a pagar. > Locatio operarum: Implicava a prestação de serviço por uma pessoa (locator), cuja remuneração era fixada tendo em vista o tempo gasto na sua execução e não o resultado do trabalho, arcando o credor do trabalho com os riscos advindos da prestação. Havia uma ampla liberdade contratual, a qual poderia alterar o quadro jurídico existente, inclusive regras sobre a indivisibilidade da jornada, que era fixada de sol a sol, os repousos festivos deveriam ser respeitados, a morte das partes (ou de uma delas) constituía causa da extinção da locatio operarum. NÃO SE ADMITIA RESILIÇÃO ANTECIPADA E NEM A SUBSTITUIÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS>> ANTECEDENTE DO CONTRATO DE TRABALHO. > Locatio operis faciendi: O objetivo era o resultado de determinada obra que uma pessoa (conductor) se comprometia a executar para outrem (locator) mediante um preço e assumindo os riscos de tal execução >> ANTECEDENTE DE EMPREITADA. *CONCEITO: Três CORRENTES > Subjetiva: Em geral realçam a condição do empregado como economicamente fraco na relação jurídica. “O sistema jurídico de proteção aos economicamente fracos” > Cesarino Júnior > Objetiva: Toma como referência a prestação de trabalho subordinado, objeto do contrato de trabalho. “A parte do direito que tem por objeto as relações de trabalho subordinado” > La Roggia “O conjunto de princípios e normas jurídicas que regem a prestação de trabalho subordinado ou a ele similar, bem como as relações e os riscos que dela se originam” > Messias Donato. > Misto: As definições mistas harmonizam os sujeitos do contrato de trabalho com o seu objeto que é a prestação de serviço subordinado. “O conjunto de princípios e normas que regulam as relações de empregadores e trabalhadores e de ambos como estado, para efeitos de proteção e tutela do trabalho” > Perez Botija. “Conjunto de princípios e normas jurídicas que regulam as relações jurídicas oriundas da prestação de serviço subordinado e outros aspectos deste último, como consequência da situação econômico-social das pessoas que o exercem” > Evaristo de Moraes Filho. #Conceito de Volia Cassar Bonfim (utilizado pela professora em aula) O direito do trabalho é um sistema jurídico, permeado por institutos, valores, regras e princípios, dirigido por trabalhadores subordinados e assemelhados, aos empregadores, empresas coligadas, tomadores de serviços, para a tutela do contrato mínimo de trabalho, das obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam à proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios constitucionais, principalmente o da dignidade da pessoa humana. * DIVISÃO: O direito do trabalho divide-se em individual e coletivo. > Individual: Conjunto de leis que consideram individualmente o empregado e o empregador, unidos numa relação contratual. > Coletivo: Conjunto de normas que consideram os empregados e empregadores coletivamente reunidos principalmente na forma de entidades sindicais. *FLEXIBILIZAÇÃO: A flexibilização no campo do trabalho, historicamente, tem sido uma reivindicação empresarial identificável com uma explícita solicitação de menores custos sociais e maior governabilidade do fator trabalho. Para a realização dessa reivindicação reclama-se uma flexibilidade normativa, que poderá ser atingida sob o prisma legal, regulamentar e convencional, mas assegurando-se garantias mínimas ao empregado. Divide-se em: > Legal: É a própria lei que prevê as exceções e autoriza. > Sindical: Quando as normas coletivas autorizam a diminuição de direitos. > Desregulamentação: Autonomia privada nas relações de trabalho > Pressupõe a substituição das garantias legais pelas garantias convencionais (flexibilização autônoma), com a primazia da negociação coletiva. *FONTES: É a origem do direito, incluídos os fatores sociais, econômicos e históricos, são os meios pelos quais se formam as normas jurídicas. Um conjunto de normas em que as de maior hierarquia constituem fonte das de hierarquia inferior. São classificadas em: > Materiais: Também chamadas de reais ou primárias, são os “substratos fáticos” que imprimem conteúdo à norma, pertencendo mais ao campo da sociologia jurídica e da filosofia do direito do que a ciência jurídica. Contribuem para a formação do direito material. > Formais: Traduzem a exteriorização dos fatos por meio da regra jurídica, pode ser imposta de forma coercitiva, obrigando de maneira geral. São comandos gerais e abstratos, impessoais e imperativos. Subdividem-se em: * Autônomas (Costumes, convenção coletiva, regulamento de empresa, quando bilateral): São elaboradas pelo próprio destinatário da norma, não existindo intervenção estatal. * Heterônomas (Lei, regulamento, sentença normativa e regulamento de empresa, quando unilateral). Sentença normativa: Fatores que conduzem a construção (a emergência) das regras do direito, sendo outra fonte estatal do direito do trabalho. *PRINCÍPIOS GERAIS: Ideias fundamentais sobre a organização jurídica de uma comunidade, emanados de consciência social que cumprem funções fundamentando as interpretativas e supletivas, a respeito de seu total ordenamento jurídico. > Da proteção: Informa que todo o direito do trabalho se estrutura como uma teia de proteção a parte hipossuficiente. Subdivide-se em três subprincípios *In dubio pro operário: Quando houver vários critérios possíveis de interpretação para vários sentidos da norma, o intérprete deve escolher aquele sentido mais favorável ao trabalhador. *Norma mais favorável: Revela o princípio da hierarquia inferior sempre prevalecerá num contrato de trabalho, sobre outra de hierarquia superior, caso seja mais favorável, como exemplo temos o seguinte caso: três DISPOSITIVOS LEGAIS VERSAM SOBRE A HORA NOTURNA; A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DIZ QUE A HORA NOTURNA SERÁ SUPERIOR A DIURNA, A LEI DIZ QUE A HORA NOTURNA VALE 20% A MAIS QUE A HORA DIURNA, E A CONVENÇÃO COLETIVA DOS VIGILANTES DIZEM QUE A HORA NOTURNA VALE 35% A MAIS QUE A HORA DIURNA. No caso concreto a decisão que prevalece para o pagamento de hora noturna é a convenção coletiva dos vigilantes, mesmo que de hierarquia inferior, pois apresenta uma condição mais favorável. *Condição mais benéfica: Aplicação de uma nova norma trabalhista não pode servir ou reduzir as condições de trabalho mais favoráveis já fruídas pelo trabalhador. >Da imperatividade das normas trabalhistas: Prevalece o domínio de regras jurídicas em detrimento de regras dispositivas. >Da indisponibilidade/Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas: Os direitos são indisponíveis no plano material, para proteger o trabalhador devido há uma limitação imposta às partes. >Da inalterabilidade contratual lesiva: Só é permitida alteração nos contratos de trabalho se elasforem de mútuo consentimento e ainda sim se não resultarem direta ou indiretamente prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. É espelhado na pacta sunt servanda, restringe-se a proibição ou supressão e redução de direitos e vantagens dos trabalhadores, e o que ocasionar prejuízo para o empregado tem caráter de ilicitude, salvo mútuo consentimento. >Da intrangibilidade salarial: Estabelece o principio da intangibilidade dos salários que esta parcela justrabalhista merece garantias diversificadas da ordem jurídica, de modo a assegurar seu valor, montante e disponibilidade em beneficio do empregado. >Da continuidade da relação de emprego: Informa tal principio que e de interesse do Direito do Trabalho a permanência do vinculo empregatício, com a integração do trabalhador na estrutura e dinâmica empresariais. Apenas mediante tal permanência e integração e que a ordem justrabalhista poderia cumprir satisfatoriamente o objetivo teleológico do Direito do Trabalho, de assegurar melhores condições, sob a ótica obreira, de pactuação e gerenciamento da força de trabalho em determinada sociedade. >Do rendimento: O empregador tem a obrigação de prestar serviços regulares, com disciplina, obediência, devendo direcionar a energia para o crescimento da empresa, caso contrário o contrato pode ser rescindido por justa causa. >Da função social da empresa: Dá prioridade a sobrevivência da empresa em casos de dúvidas acerca de sua continuidade ou encerramento. >Da primazia da realidade fática: A realidade dos fatos prevalece em detrimento de todos os aspectos formais que eventualmente os atestem. *APLICAÇÃO DA LEI TRABALHISTA: Conflitos são resolvidos pelo princípio do efeito imediato onde entrando em vigor a lei se aplica imediatamente aos contratos em curso. Não há retroatividade, ou seja, a lei nova não se aplica aos contratos já terminados. *RELAÇÃO DE EMPREGO: #Empregado: Toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. #Empregador: É a empresa, individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econômica admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. >Equiparam-se ao empregador para os efeitos da relação de emprego, profissionais liberais, instituições de beneficência, associações recreativas e outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados. *REQUISITOS > Pessoalidade: A prestação de serviços deve ser infungível, no que tange ao trabalhador> Obs.: Jamais será intuito personae em relação ao empregador. * A relação de emprego é a relação de trabalho subordinado. > Subordinação (dependência): Pode ser fática, jurídica ou estrutural. > Onerosidade: Contraprestação com conteúdo econômico, mesmo que não haja pactuação de salário > OPÕE-SE AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO. > Alteridade: O empregado trabalha por conta alheia, sendo do empregador os riscos da atividade econômica. >> SEM ALTERIDADE=AUTONOMIA=RELAÇÃO DE TRABALHO > Não eventualidade: É o trabalhador que trabalha de forma repetida nas atividades permanentes da empresa e fixado juridicamente. > Eventualidade: Quando ela ocorre, não é apenas a prestação de trabalho que é eventual e sim a própria relação. # A prova da relação de emprego se dá por meio da CTPS, além de qualquer meio idôneo como, por exemplo, documentos e testemunhas. *EMPREGADO DOMÉSTICO: É aquele que presta serviços de natureza contínua sem finalidade lucrativa, ou seja, limita-se ao uso, à pessoa ou à família no âmbito residencial destas. * Sempre será pessoa física * Inclusão facultativa no FGTS * Não pode descontar alimentação, vestuário e moradia. * Férias anuais de 30 dias com abono de 1/3 a mais sobre o salário * Férias proporcionais e feriados *EMPREGADO RURAL: Toda pessoa física que em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob dependência deste e mediante salário. > Propriedade Rural: Localizada fora do perímetro urbano > Prédio Rústico: Onde se desenvolve atividade agroeconômica *ÍNDIO: Índios e comunidades indígenas ainda não integradas à comunhão nacional ficam sujeitos ao regime tutelar (FUNAI), ou seja, isolados e não celebram contratos. Já os integrados celebram contrato normalmente, desde que preencham alguns requisitos como: Idade mínima de 18 anos a partir do NCC, conhecimento de língua portuguesa, compreensão dos usos e costumes, habilitação para o exercício de atividade útil. *MENOR DE 18 ANOS: Pode firmar contrato a partir dos 16 anos desde que com assistência do representante legal tanto para firmar, quanto para rescindir, porém esta assistência não é necessária para assinar os recibos. >> 3 EXCEÇÕES ESPECÍFICAS > Contrato de aprendizagem: Trabalho especial, com prazo determinado para maiores de 14 e menores de 24 anos, inscritos em programas de aprendizagem, visando uma formação técnico-profissional metódica. > Contrato de estágio > Trabalho educativo GRAU B1 Empregador: Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços > art.2º CLT. Duas correntes 1ª: A CLT é técnica em seu art.2º, pois confunde empresa com empregador e “equiparador” com quem de fato é empregador. 2ª: Defende o art.2º dizendo que o legislador pretendeu reforçar a ideia de despersonalização. Conceito doutrinário(Alice Monteiro de Barros): Empregador é a pessoa física, jurídica ou o ente que contrata, assalaria e dirige a prestação de serviços do empregado, assumindo os riscos do empreendimento econômico. GRUPO ECONÔMICO: É um conglomerado de empresas que embora tenham personalidade jurídica, estão sob o controle administrativo ou acionário de outra constituindo grupo industrial, comercial ou de outra atividade econômica, sendo solidariamente responsáveis para os efeitos da relação de emprego (art.2º§2º CLT) > REGRA GERAL. GRUPO ECONÔMICO RURAL: Considera-se empregador rural a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. *SEMPRE QUE UMA OU MAIS EMPRESAS, EMBORA TENDO CADA UMA DELAS PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA, ESTIVEREM SOB DIREÇÃO, CONTROLE OU ADMNISTRAÇÃO DE OUTRA, OU AINDA QUANDO MESMO GUARDANDO CADA UMA SUA AUTONOMIA, INTEGREM GRUPO ECONÔMICO OU FINANCEIRO RURAL, SERÃO RESPONSÁVEIS SOLIDARIAMENTE NAS OBRIGAÇÕES DECORRENTES DA RELAÇÃO DE EMPREGO. > LEI 5889/73 Teoria do empregador único > súmula 129 TST > Teoria da solidariedade ativa: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Solidariedade Passiva: Efeito garantidor do crédito trabalhista> O efeito jurídico clássico e incontroverso da figura justrabalhista do grupo econômico é a imposição da solidariedade passiva entre as entidades, componentes do grupo perante os créditos trabalhistas derivados de contrato de trabalho subscrito. Por uma ou alguma dessas entidades. Solidariedade passiva, isto é, por obrigações trabalhistas. >> COM O OBJETIVO DE ASSEGURAR MAIOR GARANTIA AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS EM CONTEXTO SOCIOECONÔMICO DE CRESCENTE DESPERSONALIZAÇÃO DO EMPREGADOR E PULVERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS EMPRESARIAS EM NUMEROSAS ORGANIZAÇÕES JURIDICAMENTE AUTÔNOMAS. >> AS ENTIDADES DO GRUPO ECONÔMICO RESPONDEM PELOS CRÉDITOS LABORAIS DE CERTO CONTRATO DE EMPREGOAINDA QUE FIRMADO ESTE EXCLUSIVAMENTE COM UMA ÚNICA DESSAS ENTIDADES. Sucessão de Empregadores: A sucessão trabalhista resulta da convergência de três princípios informadores do direito do trabalho: Em primeiro plano o princípio da intangibilidade objetiva do contrato empregatício e o princípio da despersonalização da figura do empregador. Em segundo plano se considerada a presença do segundo requisito do instituto sucessório, o princípio da continuidade do contrato de trabalho. Ainda que se altere o sujeito de direito localizado no pólo passivo do contrato(o empregador), sendo esta uma alteração subjetiva, o contrato mantém-se inalterado no que se refere às obrigações e direitos dele decorrentes. A sucessão mantém preservadas as mesmas garantias tradicionais oriundas do antigo empregador em benefício de seu empregado. Por outro lado a lei não se opõe a alteração subjetiva do contrato empregatício desde que efetivada essa alteração apenas no concernente ao pólo passivo do contrato. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: A fundamentação legal da sucessão trabalhista encontra-se exposta nos arts. 10 e 448 da CLT. *QUALQUER ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA JURÍDICA DA EMPRESA NÃO AFETARÁ OS DIREITOS ADQUIRIDOS POR SEUS EMPREGADOS>ART.10 *A MUDANÇA NA PROPRIEDADE OU NA ESTRUTURA JURÍDICA DA EMPRESA NÃO AFETARÁ OS CONTRATOS DE TRABALHO DOS RESPECTIVOS EMPREGADOS>ART.448 TERCEIRIZAÇÃO: É o fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação justrabalhista que lhe seria correspondente por tal fenômeno, insere-se o trabalhador no processo produtivo do tomador de serviços sem que se estendam a este os laços justrabalhistas que se preservam fixados com uma entidade interveniente, em resumo pode se dizer que terceirização é a transferência de atividades de uma empresa para a outra, que passa a funcionar como um terceiro no processo produtivo é uma espécie de locação provisória de mão de obra em atividade meio do tomador. A ordem justrabalhista faz uma distinção entre terceirização lícita e ilícita, mas é importante esclarecer que à medida que o padrão genérico de contratação de força de trabalho no país mantém-se dentro da fórmula empregatícia clássica, conclui-se que as hipóteses de terceirização lícita são excetivas. *TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA: Hipóteses da súmula 331, TST. > A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 6.019/74) > Situações empresariais que autorizem contratação de trabalho temporário > Assim ou trata-se de necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente da empresa tomadora ou se trata de necessidade resultante de acréscimo extraordinário de serviços dessa empresa. > Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados a atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. O mesmo vale para os serviços de conservação e limpeza. > É fundamental para a terceirização, a pessoalidade e a subordinação direta. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA: Qualquer caso diferente da súmula 331 TST Consequências: Setor privado> Reconhecimento de vínculo; Setor público> Responsabilidade subsidiária. Quando o tomador é administração pública ele paga se não fiscalizar. EFEITOS DA TERCEIRIZAÇÃO: • Benéficos: especialização, economia de custos, horizontalização dos empregados, lucratividade. • Danosos: redução salarial do empregado terceirizado, piora nas condições de higiene e segurança do trabalho, rotatividade da mão-de-obra, pulverização sindical, impossibilidade de integração do empregado na empresa. CONTRATO INDIVIDUAL DE EMPREGO Conceito: Leitura conjunta dos arts. 3º 2º e 442 da CLT > É o negócio jurídico expresso ou tácito mediante o qual uma pessoa natural obriga- se perante pessoa natural ou jurídica, ou ente despersonificado a uma prestação pessoal, não eventual, subordinada e onerosa de serviços > É um acordo de vontades entre os sujeitos do contrato individual de emprego mediante uma contraprestação, o serviço prestado é habitual, ocorrendo um trabalho com subordinação. Teorias: Anti-contratualista: A relação de emprego surgiria do fato trabalho, bastando à inserção do trabalhador na empresa; Contratualista: Exsurge da manifestação de vontade das partes (expressa ou tácita). A CLT em seu art.442 tem uma posição intermediária, misturando as duas teorias. O contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Principal: Existe por si só, independentemente de outro par. Bilateral: É a participação do sujeito ativo (empregador) podendo ser pessoa física ou jurídica e do sujeito passivo (empregado), necessariamente pessoa física, portanto é necessário haver duas partes. Podendo o empregador ser coletivo, mas o empregado somente individual. Sinalagmático: É a circunstância de resultarem do contrato empregatício obrigações contrárias, contrapostas. Haveria, assim, reciprocidade entre as obrigações contratuais ensejando equilíbrio formal entre as prestações onerosas > Empregado presta serviço, empregador paga salário. Consensual: O contrato empregatício pode ajustar-se tacitamente sem necessidade de qualquer manifestação oriunda das partes contratuais. Comutativo: Equivalência entre a prestação dos serviços e o salário pago > CONTRÁRIO DE ALTERIDADE De trato sucessivo: As prestações centrais desse contrato (trabalho e verbas salariais) sucedem-se continuadamente no tempo, cumprindo-se e vencendo-se, seguidamente ao longo do prazo contratual. Oneroso: É o contrato em que cada parte contribui com uma ou mais obrigações economicamente mensuráveis. Consiste na previsão de perdas e vantagens econômicas para ambas as partes no âmbito do contrato. Subordinativo: Subordinação jurídica do empregado ao empregador (traço mais marcante da relação jurídica). Não solene: Via de regra não existe forma especial para a sua celebração.
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