Buscar

21 IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA DOS FUNGOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA DOS FUNGOS 
OS FUNGOS COMO DECOMPOSITORES 
Os fungos são organismos extremamente importantes para o equilíbrio da natureza. As 
espécies saprofágicas, juntamente com determinadas bactérias, desempenham o papel de 
decompositores, destruindo cadáveres e restos de plantas e animais. Isso permite que a 
matéria orgânica dos seres mortos possa ser aproveitada pelos novos seres que nascem. 
Entretanto essa mesma atividade decompositora dos fungos pode ter um aspecto negativo, 
destruindo roupas, objetos de couro, cercas, dormentes de madeira das estradas de ferro etc., 
causando ao homem grandes prejuízos econômicos. 
 
FUNGOS E A PRODUÇÃO DE ALIMENTO 
Cerca de duzentos tipos de cogumelo são usados na alimentação humana. Algumas espécies 
são largamente cultivadas, como é o caso do basidiomiceto Agaricus campestris; ascomicetos 
como a Morchella esculenta, depois de secos, constituem finíssima iguaria. 
 
Produção de pão 
As leveduras são fungos microscópicos, utilizados desde a Antiguidade na preparação de 
alimentos e bebidas fermentados. O levedo Saccharomyces cerevisae, empregado na fabricação 
de pão e de bebidas alcoólicas fermenta acúcares para obter energia, liberando gás carbônico e 
álcool etílico. Na produção do pão é o gás carbônico que interessa; as bolhas microscópicas 
desse gás, eliminadas pelo levedo na massa, contribuem para tornar o pão leve e macio. 
 
Produção de bebidas alcoólicas 
A produção dos diferentes tipos de bebida alcoólica varia de acordo com o substrato 
fermentado, com o tipo de levedura utilizada e com as diferentes técnicas de fabricação. Por 
exemplo, a fermentação da cevada produz cerveja, enquanto a fermentação da uva produz 
vinho. Depois da fermentação, certas bebidas passam por processos de destilação, o que 
aumenta sua concentração em álcool. Exemplos de bebidas destiladas são a aguardente, ou 
pinga, obtida a partir de fermentado de cana-de-açúcar, o uísque, obtido de fermentados de 
cereais como a cevada e o centeio, e o saquê, obtido a partir de fermentados de arroz. 
 
Produção de queijos 
Certos fungos são empregados na produção de queijos, sendo responsáveis por seu sabor 
característico. Os fungos Penicillium roquefortii e Penicillium camembertii, por exemplo, são 
utilizados na fabricação de queijos tipos roquefort e camembert respectivamente. 
 
FUNGOS E PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE USO FARMACÊUTICO 
Foi do ascomiceto Penicillium chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos 
primeiros antibióticos a ser empregado com sucesso no combate a infecções causadas por 
bactérias. 
Certos fungos produzem toxinas poderosas, que vêm sendo objeto da pesquisa farmacêutica. 
Muitos fungos produzem substâncias denominadas ciclopeptídios, capazes de inibir a síntese 
de RNA mensageiro nas células animais. Basta a ingestão de um único corpo de frutificação 
(cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte de uma 
pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacêutico foi o ascomiceto Claviceps 
purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se extraiu originalmente o 
ácido lisérgico, ou LSD, substância alucinógena que ficou famosa na década de 1970. 
A ergotina cresce sobre grãos de cereal, principalmente centeio e trigo. Cereais contaminados 
por ergotina causaram, no passado, intoxicações em massa, com muitas mortes. Desde o 
século XVI as parteiras já conheciam uma propriedade farmacêutica da ergotina: se ingerida 
em pequenas quantidades, acelera as contrações uterinas durante o parto. 
 
RELAÇÕES ENTRE FUNGOS E OUTROS SERES VIVOS 
Fungos parasitas 
Os fungos parasitas causam doenças ao homem, aos animais e às plantas. Um fungo parasita 
conhecido é o Candida aIbicans, causador de micoses brandas que atingem os dedos as 
mucosas vaginais. Alguns fungos infecções graves, como a blastomicose e o micetoma, com 
lesões profundas na pele e em órgãos internos. 
Uma doença de plantas causada por fungos é a ferrugem, que ataca o cafeeiro e outras 
plantas economicamente importantes, provocando sérios danos à lavoura. 
 
FUNGOS MUTUALISTAS: MICORRIZAS E LIQUENS 
Certos fungos se associam a raízes de plantas, formando as micorrizas (do grego myketos, 
fungo e rhiza, raiz). Tanto o fungo quanto a planta hospedeira se beneficiam com essa 
associação. O fungo obtém das raízes açúcares, aminoácidos e outras substâncias orgânicas, 
das quais se nutre. Por outro lado, o fungo aumenta a capacidade de a raiz absorver minerais 
escassos no solo, genericamente denominados micronutrientes, fundamentais ao crescimento 
da planta. Trata-se, portanto, de uma associação do tipo mutualismo. 
Os liquens são formados pela associação mutualística entre fungos e algas. Os fungos mais 
comuns nessas associações são os ascomicetos, e as algas componentes são geralmente algas 
verdes unicelulares. Alguns liquens resultam da associação entre fungos e cianobactérias. A 
associação permite que os liquens habitem locais onde nem algas, nem fungos poderiam viver 
separadamente. 
Os liquens se reproduzem assexuadamente por meio de fragmentos especiais, que possuem 
hifas do fungo e células da alga em associação. Esses fragmentos, chamados sorédios, se 
destacam e são carregados pelo vento, constituindo as unidades de disseminação dos liquens. 
 
 Disponível em: http://www.geocities.ws/pri_biologiaonline/importancia_ecolo_econ_fungos.html 
 Acesso em 30/06/2017

Outros materiais