Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Um projeto mantido por: Idealização: e-commercebrasil EXCELÊNCIA EM E-COMMERCE w w w .ecom m ercebrasil.com .br R EV IS TA E-C O M M ER C E B R A S IL 10 www.ecommercebrasil.com.br Agosto 2012 / Ano 02 > Edição 10 ACESSIBILIDADE Uma loja online que tem a acessibilidade como um pilar alcança mais consumidores e, consequentemente, vende mais. Sim, acessibilidade também faz parte da visão estratégica de uma empresa online. E-MAIL MARKETING Ferramenta importante e seu uso tem crescido em importância, tornando-se ainda mais decisivo e influente no processo de compra. Quem não seguir essa tendência certamente perderá. B R A S IL R $ 34 ,0 0 R EV IS TA B R A S IL EI R A D E CO M ÉR CI O E LE TR Ô N IC O R EV IS TA E -C O M M ER CE B R A S IL TECNOLOGIA O uso de APIs no e-commerce tem sido cada vez mais comum, e isso força uma revisão de conceito que engloba componentes importantes e necessários. GESTÃO Comparado ao varejo tradicional, o e-commerce ainda é um embrião mas o seu rápido crescimento tem atraído muitos olhares. É preciso entender os novos paradigmas e as mudanças que ele traz. ATENDIMENTO – PILAR INDISPENSÁVEL Oferecimento: Faça os cursos da Internet Innovation. A Internet Innovation oferece toda agilidade, dinamismo e flexibilidade para seu aprimoramento profissional. Seja por EAD ou Presencial, é eficácia na máxima extensão de conteúdo em menor tempo de apredizagem. Gestão em Marketing Digital | Gestão em e-Commerce | SEO Google Analytics | Google Adwords | Mobile Marketing Central de Matrículas: (11) 3031-1131 | cursos@internetinnovation.com.br TEM LUGARES QUE SÓ A INTERNET INNOVATION PODE TE LEVAR. C M Y CM MY CY CMY K An_E_Commerce.pdf 1 7/19/11 9:50 AM Faça os cursos da Internet Innovation. A Internet Innovation oferece toda agilidade, dinamismo e flexibilidade para seu aprimoramento profissional. Seja por EAD ou Presencial, é eficácia na máxima extensão de conteúdo em menor tempo de apredizagem. Gestão em Marketing Digital | Gestão em e-Commerce | SEO Google Analytics | Google Adwords | Mobile Marketing Central de Matrículas: (11) 3031-1131 | cursos@internetinnovation.com.br TEM LUGARES QUE SÓ A INTERNET INNOVATION PODE TE LEVAR. C M Y CM MY CY CMY K An_E_Commerce.pdf 1 7/19/11 9:50 AM pág. 8 pág. 14 pág. 16 pág. 22 pág. 26 pág. 28 pág. 32 pág. 34 pág. 36 pág. 38 pág. 44 pág. 46 pág. 48 pág. 52 pág. 56 pág. 58 pág. 60 pág. 62 pág. 64 pág. 66 pág. 68 pág. 70 pág. 72 pág. 76 pág. 78 conteúdo SUMÁRIO tel: +55 11 3926-0174 www.zupidesign.com expediente PUBLISHER Tiago Baeta CORPO EDITORIAL Rina Noronha (editora), Mariana Anselmo, Nathália Torezani, Tiago Baeta e Vivianne Vilela ZUPI DESIGN Projeto Gráfico / Design JORNALISTA RESPONSÁVEL Rina Noronha (MTB. 2759-ES) COLABORADORES Aildo Torres, Albert Deweik, Alexandre Soncini, André Ghion, Augusto Rocha, Bernardo Carneiro, Carlos Castilho Azevedo Jr., Daniel Fonseca, Daniel Rabinovich, Danilo Fernandes, Felipe Martins, Gabriel Lima, Gerson Ribeiro, Graziela Rodrigues, João Costa, Maurício Bastos, Renata Fortes, Renato Martin, Rodrigo Fadel, Romero Rodrigues, Stellamaris Cabral, Victor Popper. EXECUTIVOS DE NEGÓCIO Fernanda Fruet, Rafael Ribeiro, Tiago Baeta e Vivianne Vilela EMPRESAS PARCEIRAS Abril, Accurate, All in Mail, Aunica, Buscapé, Buy Buy, Café Azul, Certisign, Chaordic, Ciashop, ClearSale, CNTLog, Cobre Bem, Completa Logística, Dotstore, dp6, eNext, ExactTarget, Experian Virtual Target, Finch, GPMídia, hybris, Internet Innovation, IBM, Jet E-Commerce, KPL Soluções, LeadMedia, Locaweb, MercadoLivre, MercadoPago, Moip, NeoAssist, PayPal, Profite, Pukis, Responsys, Sieve, Site Blindado, Softvar, Uniconsult Sistemas, VTEX, WB4B ORGANIZAÇÃO Grupo iMasters ILUSTRAÇÃO André Luiz Massayuki Ota e Lucas Freitas Lobo. PUBLICIDADE +55 (11) 3063 5941 contato@ecommercebrasil.com.br EDITORA ZUPI: A revista E-Commerce Brasil é uma publicação da Editora Zupi em parceria com site iMaster > 4.000 EXEMPLARES > ISSN 2179-7315 www.ecommercebrasil.com.br redacao@ecommercebrasil.com.br Twitter: @Ecommerce_Br Facebook: www.facebook.com/EcommerceBrasil ENDEREÇO: Alameda Santos, 2395, 1º andar - Jardim Paulista, São Paulo, SP - CEP: 01419-002 Eskenazi Indústria Gráfica ENTREVISTA Acessibilidade GESTÃO O fim do comércio eletrônico CAPA Atendimento – pilar indispensável VENDAS 18 dicas para ter comentários e opiniões sobre produtos em sua loja online E-MAIL MARKETING A influência na decisão de compra GESTÃO DE RISCO A gestão completa contra a fraude MÉTRICAS Ferramentas para aumentar a taxa de conversão ESTRATÉGIA Desconto como ferramenta de fidelização SOCIAL COMMERCE Como vencer a batalha do social commerce GESTÃO Novos paradigmas do comércio eletrônico VENDAS Experiência de compra E-MAIL MARKETING O futuro do e-mail marketing CASE Erotika Toys USABILIDADE Personalização é tendência no e-commerce TENDÊNCIAS A moda agora é comprar pela internet SEGURANÇA Proteja seus dados e não perca vendas MARKETING Aumente suas vendas com remarketing GESTÃO Abandono de carrinho e as soluções de pagamento SEGURANÇA Quanto mais segurança, melhor E-MAIL MARKETING Marketing e entregabilidade ATENDIMENTO Atender e entender seu cliente TECNOLOGIA A revolução das APIs chega ao e-commerce GESTÃO A chef, o maestro, o lutador e o gestor OPINIÃO A questão do tracking DIRETÓRIO Catálogo de fornecedores 6 Editorial A esta altura você já viu na webtv, no portal, nos eventos regionais, nos cursos on line e presenciais e nas nossas páginas a interseção de conhecimentos que tem por assinatura E-commerce Brasil. Várias pessoas – gente como eu e você – compartilharam experiências, angústias, estimularam reflexões e discussões, ofereceram dicas preciosas. Está tudo compartilhado de forma simples, porém instigante, em doses que surpreendem e fazem pensar e repensar a gestão e a operação de um e-commerce no dia-a-dia. Chegamos em agosto, mais da metade do ano já passou; é um bom momento de repensar paradigmas, afinal o comércio eletrônico vive um momento exponencial no mundo, quando tudo o mais parece estar numa fase ruim. Este é um momento transformacional. E as lojas online também precisam se transformar, dia-a-dia, para atender e se relacionar de fato e de direito com os seus clientes. Estamos vivendo a Era do Relacionamento, tudo é uma questão de entender de gente. Quais têm sido os seus critérios quanto a isso? A diversidade de autores, disciplinas, conhecimentos e abordagens desta edição foi apenas mais uma maneira que encontramos de aumentar as combinações de conceitos e vamos fazer isso também, de forma presencial, no decorrer da 3ª edição do Fórum E-Commerce Brasil. Atendimento, geração de conversas, conversão, social commerce, acessibilidade, são apenas alguns dos temas da conversa deste bimestre. E todas elas apontam para um mesmo lugar: a excelência. E essa tal excelência não é algo fácil, corriqueiro, muito menos um milagre; tampouco uma conquista permanente. O e-commerce, temum lado efêmero, pois ele muda a todo instante. Não temos uma receita, uma fórmula ou os “dez passos” para você chegar lá. Mas, com nosso conteúdo rico, ímpar e diversificado, com nossa conexão profunda com seus interesses, sabemos que, em muitos momentos vamos ajudar você a chegar nestes momentos de excelência. E aí, quando isso acontecer, divida conosco, no Grupo de Discussões do nosso portal ou na nossa página no Facebook. Se preferir, escreva e dê notícias: que conteúdo desde janeiro mais o ajudou no seu dia-a-dia na sua loja virtual? Nosso e-mail está aberto: redacao@ecommercebrasil.com.br Bons negócios! Vivianne Vilela Diretora Executiva – E-Commerce Brasil 8 ENTREVISTA ENTREVISTA Por Rina Noronha - Redação E-Commerce Brasil Acessibilidade é o termo usado para indicar a possibilidade de qualquer pessoa usufruir de todos os benefícios da vida em sociedade, entre eles o uso da Internet. É o acesso a produtos, serviços e informações de forma irrestrita. Uma exigência do decreto 5.296, publicado em dezembro de 2004, torna obrigatória a acessibilidade nos portais e sites de administração pública, garantindo a todos o pleno acesso aos conteúdos disponíveis. Porém, nem todos os sites - governamentais ou não - são desenvolvidos para serem acessíveis. E as lojas virtuais não estão fora dessa estatística que só faz afastar o internauta. Sim, é fundamental ter uma plataforma adequada, um bom back office, se preocupar com atendimento e o SEO da sua loja. Da mesma forma, a acessibilidade e a usabilidade são fatores primordiais e que mostram, acima de tudo, visão estratégica. Qual a melhor definição de ‘acessibilidade’? Acessibilidade significa promover o acesso às pessoas com deficiência, mas acho que isso vai além. Acessibilidade significa permitir o acesso de TODAS as pessoas, independentemente de alguma deficiência. Acredito que a melhor forma de definir esse termo é um ambiente digital sem barreiras de acesso às pessoas, independentemente de alguma limitação, tanto física como tecnológica. Qual é a diferença entre acessibilidade e usabilidade? Como a aplicação conjunta delas contribui para uma inclusão efetiva? Acredito que ambas são importantes para a inclusão de todas as pessoas e se complementam. Algumas ações que promovemos em nossas páginas pensando na acessibilidade acabam melhorando a usabilidade também. Por exemplo, em campos de formulários “radiobox” ou “checkbox”, quando relacionamos seus nomes corretamente com seus campos, não precisamos mais clicar somente na “bolinha” ou “quadradinho” para selecionar um campo. Ao clicar no texto ao lado, o campo do formulário também é selecionado. Com isso, ganhamos em usabilidade e em acessibilidade, já que os campos ficarão corretamente identificados com seus rótulos para tecnologias assistivas também. Quando falamos de acessibilidade na Web, lembramos primeiramente de pessoas cegas, mas a questão vai mais além. Que outros tipos de situações se encaixam em uma situação na qual sites “convencionais” não são acessíveis? Além dos cegos, pessoas com baixa visão são beneficiadas com o uso de contraste adequado, por exemplo. Pessoas surdas conseguem compreender um vídeo na Internet desde que tenham legendas, e pessoas com mobilidade reduzida, ou que não têm destreza com o uso do mouse, são beneficiadas quando criamos uma página que não crie barreiras de acesso via teclado. Como disse antes, a acessibilidade beneficia a todas as pessoas. Costumo dizer que em algum momento da nossa vida vamos precisar da acessibilidade em nossas páginas, já que conforme vamos envelhecendo vamos perdendo gradativamente a visão, a audição e a destreza com o uso do mouse. Há leis específicas no Brasil para acessibilidade na Web? Se sim, como é feita a fiscalização? Sim, existem leis para acessibilidade na Web. O decreto Nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (http://bit.ly/ra238D) determina que os websites de órgãos públicos devem ser acessíveis. Infelizmente, segundo pesquisa feita pelo CGI. br/W3C.br em 2010, somente 2% das páginas governamentais são acessíveis (http://bit.ly/ NLfBdZ). A acessibilidade na Web também foi considerada na Lei de Acesso à Informação (http://bit.ly/JS437F). Por que a acessibilidade muitas vezes não é levada em conta na hora de desenvolver um projeto web, como um e-commerce? Acredito que o desconhecimento da importância da acessibilidade seja um dos grandes motivos para que desenvolvedores e gestores acabem Nesta entrevista, Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento web do W3C Brasil, explica um pouco dos fundamentos e da importância de se pensar em acessibilidade ao construir um e-commerce. Reinaldo possui formação em desenho e computação gráfica e é pós-graduado em design de hipermídia. Trabalha há mais de 12 anos com desenvolvimento web, tendo grande experiência em acessibilidade, e é especialista nos padrões web do W3C (HTM, XHTML e CSS). O World Wide Web (W3C) é um consórcio internacional no qual organizações filiadas, uma equipe em tempo integral e o público trabalham juntos para desenvolver padrões para a Web. Liderado pelo inventor da web Tim Berners-Lee, e o CEO Jeffrey Jaffe, o W3C tem como missão conduzir a World Wide Web para que atinja todo seu potencial, desenvolvendo protocolos e diretrizes que garantam seu crescimento em longo prazo. 10 ENTREVISTA não considerando sua implementação em projetos web. Quando um gestor de projeto entender que pessoas com deficiências são consumidores, ele vai considerar o acesso dessas pessoas como importante também. Pode-se dizer que as empresas que possuem um site acessível têm uma visão estratégica. Por quê? Sim, porque elas sabem que uma pessoa com deficiência é um consumidor em potencial. De que forma uma loja virtual pode melhorar a sua acessibilidade? Você pode citar exemplos? Existem alguns cuidados que os sites de e-commerce devem ter, e que servem para todo o tipo de site: cuidar da acessibilidade dos formulários, especialmente os de finalização de compras, descrição das imagens dos produtos, navegação clara e posicionamento adequado de cabeçalhos de página são algumas das boas práticas que ajudam pessoas com deficiências a navegar por uma página. Acessibilidade é apenas para sites desktop, ou sites e aplicativos mobile também podem ser acessíveis? O W3C trabalha com o conceito de uma Web única e em qualquer dispositivo, logo, a acessibilidade deve ser levada, sim, em consideração quando se trabalha em mobile. Tamanho de fontes, peso de página e contraste são alguns exemplos de requisitos de acessibilidade que beneficiam pessoas que estão utilizando um celular, por exemplo, na rua sob incidência de sol e utilizando uma rede de baixa velocidade. Que exemplos temos hoje, no Brasil, de projetos de acessibilidade que tiveram sucesso? É possível encontrar bons exemplos de projetos web acessíveis nos vencedores do primeiro Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web - http:// premio.w3c.br/, divulgados em maio. São projetos que foram premiados, bons exemplos de que é possível fazer um website acessível, sem barreiras de acessos e contemplando todos os públicos. Além disso, existe a cartilha do E-Mag (http://bit. ly/NLnK1V), que é o modelo de acessibilidade do governo eletrônico. Ela foi criada para orientar desenvolvedores e gestores na criação de páginas web acessíveis. O que ainda falta para que as empresas invistam em acessibilidade na Web e em gadgets? Acredito que a falta de informação ainda é uma grande barreira. Existem gestores e desenvolvedores que não fazem ideia de que pessoas com deficiência possam acessar a Web.O W3C Brasil tem trabalhado a conscientização da sociedade para essa questão no Brasil, com palestras e reuniões em todo país para ampliar a discussão sobre o tema. Por outro lado, algumas empresas já notaram que pessoas com deficiência ganharam autonomia no acesso à Web e são consumidoras. Se uma pessoa com deficiência tentar comprar um produto em uma loja virtual e não conseguir por alguma barreira da página, ou ela vai reclamar com a empresa ou vai procurar o concorrente. O princípio para tornar um website acessível é o mesmo para a arquitetura tradicional: é muito mais barato implementar quando pensado no início do projeto do que quando a obra estiver concluída. E quando a acessibilidade faz parte do dia a dia do desenvolvedor, ele já leva isso em consideração no projeto, de forma natural, sem ter que adaptar a página depois. 14 GESTÃO Depois de mais de 10 anos sendo um dos temas mais discutidos em todo o mundo, o comércio eletrônico está morrendo. Longe de morrer como um negócio, mas como um tema que sempre foi tratado de forma isolada nas empresas. Hoje em dia, já devemos considerar uma loja virtual simplesmente como mais um ponto de venda, que não é feito de tijolos e cimento, mas que visa fomentar os negócios para a empresa dentro de um canal online que é a Internet. Além da loja virtual, podemos realizar a venda através de dispositivos móveis, pelas redes sociais, pelo telefone, pela televisão, e daí em diante. Portanto, tudo deve ser tratado simplesmente como comércio, que cada vez mais está multicanal. Não existem mais barreiras entre os mundos físico e virtual. Cada potencial canal de negócio deve ser considerado e explorado dentro das suas particularidades e independentemente do meio por ele utilizado - internet, telefone, celular, televisão, revista etc. Esse caminho está sendo traçado pelos usuários, que estão eles mesmos se tornando cada vez mais multicanal, e o mundo em volta deles precisa se adaptar para poder continuar acompanhando essa evolução. É fato que o canal eletrônico, através do uso da Internet em seus diferentes dispositivos de acesso, cresce a taxas mais altas que os outros canais, e é preciso estar preparado para aproveitar essa oportunidade. E, seguindo as premissas básicas do comércio, as empresas devem sempre buscar uma melhor experiência do usuário para com a sua marca. Isso deve estar na missão de cada empresa e ser aplicado em todo o ciclo de contato com os clientes - loja virtual, SAC, logística, embalagem, políticas de privacidade e troca etc. Com atitudes simples nesse sentido, as empresas podem fidelizar e reter seus clientes, criando um potencial de recompra importante e reduzindo seus custos. Segundo Tom Peters, autor norte-americano muito famoso e guru da gestão de negócios, reter um cliente pode custar 40% a menos que conquistar um novo. Para ir em busca dessa excelência, antigas fórmulas não funcionam mais. Com a concorrência se tornando global e cada vez mais acirrada e os consumidores cada vez mais exigentes, para se destacar no mercado do segundo milênio novas fórmulas terão de ser inventadas. Devemos buscar algo que vai além de somente fidelizar um cliente, algo que seja admirável e faça a diferença. Como fazer com que os clientes sejam comprometidos e engajados com a sua marca? Clientes engajados são clientes fiéis que também ajudam a divulgar sua empresa e criam um ecossistema sustentável e lucrativo. Para ter isso, sua empresa não pode parar de ganhar reputação, focando, cada vez mais, em como melhorar as experiências dos seus clientes em contato com sua marca. Todos os detalhes são importantes. Vejam o exemplo da Apple, que se preocupa muito com o design de suas embalagens, mesmo tendo produtos que são líderes de mercado; em vez de economizar em algo que muitas empresas economizariam, ela está investindo. Então, qual é a nova fórmula para o sucesso? Ainda não sabemos, mas com a velocidade com a qual as coisas estão evoluindo, temos que aprender rápido e tomar as decisões mais rápido ainda. É algo necessário se quisermos manter nossas empresas saudáveis. Certamente o caminho é buscar uma comunicação cada vez mais personalizada para cada perfil, investindo em ferramentas de alta tecnologia que sejam capazes de criar ambientes e ações exclusivas de acordo com o momento e o ciclo do cliente - CEM (Customer Engagement Management). Alexandre Soncini Diretor Comercial / Marketing da VTEX alexandre.soncini@vtex.com.br O FIM DO COMÉRCIO ELETRÔNICO 16 CAPA Quando se pensa em iniciar uma operação de venda online, é preciso estar atento e investir em vários pontos: logística, back office, estoque, entrega, conteúdo, marketing - isso só para citar alguns. Com tantos setores para se pensar e planejar, é provável que algum seja subjulgado e não receba a devida atenção; é o caso do atendimento ao cliente. Mas, felizmente, já se percebe no e-commerce brasileiro uma mudança de atitude, e o atendimento está se tornando a menina dos olhos dos e-varejistas. Isso porque eles descobriram um fator muito importante: é o bom atendimento que ajuda a efetivamente fidelizar o cliente. Após várias tentativas de inovação, de surpreender o cliente e de conquistá-lo com frete grátis, brindes e descontos, os varejistas descobriram que remover os obstáculos na hora do atendimento e fazê-lo de forma rápida e efetiva contribui muito mais para a fidelização. Uma pesquisa publicada na Harvard Business Review, intitulada “Stop Trying to Delight Your Customers” (Pare de Tentar Agradar Seus Clientes) revelou que 89% dos gerentes de callcenter têm como estratégia superar as expectativas do consumidor; por outro lado, 84% dos consumidores dizem que suas expectativas nunca foram superadas. Ainda de acordo com o estudo, os consumidores estão quatro vezes mais propensos a terminar um atendimento sem nenhum tipo de fidelidade. Os primeiros e-commerces (fossem eles um versão virtual das lojas físicas já existentes, ou uma loja que só existisse no meio eletrônico) trouxeram para esse novo forma de venda um antigo modelo de atendimento: o famoso SAC - Sistema de Atendimento ao Cliente, realizado através do telefone. Mas agora o SAC contava com o suporte do e-mail e dos formulários de contato. O que parecia uma boa solução para as reclamações, elogios e dúvidas do consumidor, mostrou-se, ao longo dos anos, ineficiente. Isso porque o e-consumidor deseja um “e-atendimento” - afinal, ele já está cansado de ser transferido para atendentes de diversos setores, de ter que repetir seu problema para cada um deles e de nem sempre ter uma solução. Só que o atendimento precisa ser mais do que um e-atendimento; ele precisa ser rápido, direto e satisfatório. Um maior número de clientes significa um maior número de dúvidas, reclamações e elogios. Desses três pontos, os dois primeiros requerem um feedback - e rápido! A pesquisa da Harvard Business Review mostra que 80% dos clientes esperam uma resposta de e-mail em até 24 horas. Após isso, eles vão pesquisar na concorrência. Mas as equipes de atendimento já não conseguem garantir que esse feedback aconteça dentro do tempo aceitável pelo consumidor. E isso pode causar a perda do cliente e o marketing negativo, já que a mesma pesquisa de Harvard revela que 72% dos compradores online compartilham com amigos experiências negativas de compra. Atendimento eficiente: qual a melhor opção para o meu e-commerce? Se alguns problemas parecem não ter solução, esse não é o caso quando se trata de melhorar o atendimento da sua loja. Existe uma série de opções, que vão desde aumentar o número de profissionais do setor até o investimento em novos canais de atendimento. A solução que parece mais óbvia é aumentar o número de profissionaisque trabalham nesta área, assim, a demanda seria mais bem dividida, e os e-mails poderiam ser respondidos a tempo. Isso também diminuiria o tempo de espera para o cliente ser atendido no canal telefônico. Por esse ângulo, parece simples e a melhor solução, mas nem sempre é. Aumentar o número de mão de obra requer investimento em treinamento e ampliar o local de trabalho - fora os custos mensais que o funcionário gera para a empresa. Sendo assim, ainda é inviável para muitas empresas aumentar o número de profissionais para a quantia necessária de forma a suprir sua demanda - ou para manter turnos fora do horário de comercial. Outra opção, que pode diminuir a demanda com dúvidas dos clientes, é reestruturar o seu site. Isso inclui acrescentar mais informações sobre os produtos, mostrar todas as possibilidades de pagamento - e que isso esteja bem visível para o cliente - e fornecer todas as condições de trocas e devolução. Apesar de ajudar na melhoria do atendimento, essa certamente não pode ser considerada uma solução definitiva para o problema. O clube de compras Privalia, por exemplo, oferece todas as informações no próprio site. Nele, os clientes podem consultar o status do pedido e as condições ATENDIMENTO – PILAR INDISPENSÁVEL Por Mariana Anselmo - Redação E-Commerce Brasil de pagamento, ou solicitar a devolução de uma compra, usando o Devolufácil. De acordo com José Manuel Villanueva, cofundador do Grupo Privalia, essas informações funcionam como um serviço de autoatendimento, respondendo à maioria das dúvidas dos clientes. A loja também combate o marketing negativo realizando atendimento nas redes sociais. Contando com uma equipe de 40 pessoas só no setor de atendimento, a empresa se mostra atenta à rapidez que o cliente exige na hora de ser atendido. No Twitter, por exemplo, a Privalia tem um perfil específico para atender aos consumidores, o @privaliabr_ sas, e no Facebook as demandas são respondidas em até 24 horas, em um aplicativo exclusivo. Como foi dito anteriormente, o e-consumidor deseja um e-atendimento. E uma outra opção para satisfazê-lo é o atendimento via chat. Com ele, o cliente consegue um contato com a empresa sem precisar sair do site e obtém resposta imediata - o que lhe confere uma alta aceitação entre os consumidores. Mas para que o chat cumpra o papel de oferecer um bom atendimento, é preciso que o atendente seja rápido e realize um serviço personalizado. “As ferramentas atuais de chat possibilitam até quatro atendimentos simultâneos. Se o operador não for rápido, a chance de frustrar o cliente é enorme”, afirmou Albert Deweik, diretor de vendas NeoAssist. Sobre o desejo de um atendimento personalizado, Deweik alerta: “Um erro inadmissível das empresas é tentar robotizar esse canal, pois o cliente se sente enganado e frustrado. O chat é um canal humano”. Dentre todas as opções para melhorar o atendimento de um e-commerce, o atendimento inteligente, que é um sistema de interpretação de perguntas, baseado em PLN (Processamento de Linguagem Natural), tem se mostrado um dos mais eficientes. Na prática, o sistema entende o que o cliente pergunta, de forma natural, e responde de forma automática. Todo o processo dura poucos segundos, não requer intervenção manual e o sistema pode ser acessado de qualquer lugar. De acordo com Deweik, o sistema da NeoAssist, empresa especializada em atendimento inteligente, reduz o contato manual em um atendimento em até 70%. “Porém, em alguns casos, chegamos a 87%”, afirma. A NeoAssist também informa, através de relatórios, dados a respeito do comportamento do consumidor, fazendo com que o e-varejista tenha um conhecimento cada vez maior de sua base de clientes. Embora muitas empresas acreditem que seus consumidores preferem ser atendidos por telefone, em vez de através de canais de autoatendimento, pesquisas indicam que para eles é indiferente, desde que consigam ser atendidos de forma rápida e fácil. E um dos maiores benefícios do atendimento inteligente é que o cliente pode tirar suas dúvidas fora do horário comercial - o que não acontece na maioria dos outros canais. Quem aderiu ao sistema de atendimento inteligente foi a Comprafacil.com, uma das mais movimentadas e tradicionais lojas virtuais do País. “Nossa grande necessidade era otimizar o tempo de resposta e atender às solicitações de nossos clientes de forma eficiente, prestando um atendimento personalizado. Anteriormente, utilizávamos plataformas de serviço de chat e e-mail, contudo, as ferramentas não respondiam de forma satisfatória às demandas. Foi então que vimos no Sistema de Atendimento Inteligente a possibilidade de prestar um atendimento rápido, eficaz, de baixo custo e de fácil utilização para nossos clientes”, diz Leandro Siqueira, Diretor de Marketing do Comprafacil.com. Responsável por sanar e solucionar aproximadamente cem mil perguntas por mês, sem intervenção humana, a plataforma responde a questões como acompanhamento do pedido, dúvidas sobre produtos e formas de pagamento.“Pudemos constatar que nossos clientes utilizaram o Sistema de Atendimento Inteligente e demonstraram-se satisfeitos com o retorno dado pela ferramenta, uma vez que não utilizaram o chat ou o e-mail para reiterar pedidos de informação ou solicitações”, explica Siqueira. O executivo da NeoAssist aponta a importância de se ter um sistema completo de atendimento. “O consumidor quer se sentir tão à vontade dentro de um site como se estivesse na loja física predileta. Ou seja, ele quer um atendimento diferenciado, ele quer se sentir importante e saber que ali poderá ter os desejos e as necessidades atendidos”, finaliza Deweik. 18 CAPA O processo de atendimento é fundamental para qualquer e-commerce, mas é preciso conhecer cada canal para utiliza-lo corretamente, de forma a alcançar a sua maior eficiência. Também é necessário estudar o seu consumidor, de forma a escolher a forma que melhor se adequa ao perfil. Chat: Há uma grande variedade de ferramentas especializadas em chat online hoje no mercado, cada uma com funcionalidades diferentes, mas sempre com o objetivo de melhorar vendas, deixando o cliente satisfeito. A funcionalidade mais comum do chat é o atendimento reativo, no qual basta clicar no link disponível e falar com um atendente. Outra forma interessante é o chat proativo, na qual a ferramenta identifica, pela navegação do usuário, a necessidade do atendimento. Telefone: O tradicional canal demanda um bom treinamento dos atendentes para alcançar resultados satisfatórios. Alguns diferenciais que as ferramentas especializadas oferecem são, por exemplo, a disponibilização de relatórios dos atendimentos, muitas vezes com conversão, e um sistema de gravações automatizadas para direcionar as ligações para os lugares corretos e até mesmo dar informação relevantes que nem necessitem que um atendente fale com este usuário. Este canal também pode ser acoplado com o chat. E-mail: Este canal apresenta uma grande facilidade de uso, tanto do lado do cliente quanto do atendente. Existem empresas hoje focadas nisso, com ferramentas muito interessantes que possibilitam o contato com o cliente em diversos momentos e podem realmente fazer a diferença na hora da recuperação da venda ou no pós venda. Alguns sistemas permitem a inserção de gatilhos de reação para cada acontecimento no ato da compra. Isso permite que estabelecer um conjunto de e-mails para cada caso. Pensando em compras já realizadas, é possível que sejam enviados e-mails de cross-selling, ou e-mails para clientes que não compram há mais de seis meses, por exemplo. O sistema pode rastrear as compras realizadas e estabelecer um protocolo de ações (ofertas, promoções exclusivas, vale desconto, entre outras) até queo cliente volte a comprar na loja, ou seja, o envio do e-mail é feito baseado em intenção de compra. FAQ: O FAQ mais comum é o de perguntas e respostas, no qual basicamente as empresas elencam as perguntas mais comuns com suas respostas e publicam no site, porém esta ferramenta pode ser muito mais do que isso. Estas perguntas podem ser geradas de forma dinâmica e inteligente, de acordo com as perguntas que os usuários fazem, criando um banco de dados capaz de interpretar o que é digitado de forma natural, apresentando respostas imediatas, sem intervenção humana. Esse serviço diminui a necessidade de uma grande quantidade de atendentes e diminui o custo para o varejista. Redes sociais: É importantíssimo que se use as redes sociais também como uma ferramenta de atendimento ao cliente, agindo ativamente. É essencial o uso de ferramentas de monitoramento que possibilitem saber tudo que está sendo falado sobre um determinado assunto, ou sobre a loja online, por exemplo. Qual tipo de atendimento você usa em sua loja online? Quais resultados tem alcançado? Participe do nosso Fórum de Discussões e deixe sua opinião http://bit.ly/KLgXZC (Fonte: eNext Blog - http://bit.ly/OoCyrS) Confira a pesquisa Stop Trying to Delight Your Customers, da Harvard BusinessReview: http://s.hbr.org/LztKh3 22 VENDAS Um dos princípios fundamentais do comércio social é que ele só funciona bem para sua empresa se funciona para os consumidores. Comentários, resenhas e opiniões de produtos são capazes de aumentar as vendas de sua loja online se elas forem úteis para os consumidores, transmitindo confiança e principalmente mais informação para ajudá-lo na tomada de decisão de compra. Diversas pesquisas publicadas revelam que “comentários convertem”, você já deve saber disso, mas como fazer os comentários venderem mais em sua loja online? Seguem algumas dicas: 1. Adicione comentários à sua loja Para muitos isso é obvio, mas para aquele que está perdido ou que ainda não tem área de comentários em sua plataforma vale a dica. Deixe os consumidores escreverem comentários sobre produtos em sua loja. Com o conteúdo exclusivo e palavras-chave dos próprios consumidores, esses comentários serão apresentadas nos SERPs do Google com maior relevância. Use o máximo do SEO e principalmente RichSnippets para que o Googlebot analise corretamente a estrutura dos dados de marcação. O planejamento e a gestão dessa plataforma de comentários são muito importantes, crie regras e uma política com termos de uso. Apresente os comentários de forma intuitiva e inteligente - lembre que esses eles têm que ajudar seus consumidores na tomada de decisão de compra. Crie um formulário que permita a ele escrever os prós e os contras, faça perguntas, explique que é para escrever sobre o produto, e não sobre a loja ou a entrega, por exemplo. 2. Pergunte Um restaurante que busca surpreender clientes está sempre preocupado em saber se você gostou ou não do prato que lhe foi servido. Essa é uma prática presente no dia a dia, mas quantas vezes você foi abordado por fabricantes ou varejistas perguntando sobre suas experiências de consumo dos produtos que você comprou? Pergunte ao seu cliente, ele vai gostar de saber que a opinião dele é importante e principalmente que estará formando opinião para outros consumidores que vão comprar o mesmo produto em sua loja. 3. Envie um e-mail 90% dos comentários recebidos em produtos em uma loja online são frutos de um e-mail enviado ao cliente 15 dias após a compra, solicitando que ele conte o que achou do produto¹. Consumidores estão acostumados a escrever passivamente sobre produtos apenas quando não estão satisfeitos. Com essa prática, você terá um equilíbrio entre os comentários positivos e negativos em seu site, e esse equilíbrio converte. Se o cliente não responder seu e-mail, pergunte novamente, demonstre que percebeu que ele não enviou sua opinião e que está preocupado em saber se ele está satisfeito ou não. Você se surpreenderá com os resultados! 4. Facilite Muitos consumidores gostariam de fazer um comentário em sua loja, mas, ao clicarem em “Comentar”, são direcionados para aqueles formulários de cadastro nada intuitivos, solicitando muitos dados, perguntando se ele quer receber newsletter etc. Ele desiste. Facilite e crie meios de verificar se o consumidor que está comentando é realmente aquele que comprou em sua loja. Isso é importante para que o consumidor confie nos seus comentários. Crie novas experiências, mas não dificulte. 18 DICAS PARA TER COMENTÁRIOS E OPINIÕES SOBRE PRODUTOS EM SUA LOJA ONLINE Carlos Castilho Azevedo Jr. Analista de Marketing Estratégico da WB4B Negócios Online 24 VENDAS 5. Faça o comentário valer a pena Imagine que você recebeu um e-mail de pós-venda e, ao clicar no link, é direcionado para uma página e começa a escrever um comentário sobre a câmera fotográfica que comprou. Na mesma página, há diversas recomendações de acessórios, com um conteúdo explicando os benefícios deles para sua câmera, ou até dicas de produtos que você poderá gostar para comprar no futuro. Focando o consumidor, através dos comentários, você pode extrair muitas informações, basta usá-las com inteligência e uma boa estratégia. 6. Crie infográficos Através dos dados adquiridos por meio dos comentários, você pode criar diversos infográficos e poderá enviá-los em uma newsletter ou publicar no blog etc. Consumidores gostam de análises baseadas em opiniões de outros consumidores. Mostre que sua loja se preocupa com essas opiniões e apresente-as através de infográficos. 7. Mostre a classificação geral Ao apresentar um produto, mostre a classificação geral dos comentários (estrelas). O ideal é que, além de apresentar a classificação das estrelas e a porcentagem de pessoas que aprovam o produto, sejam mostrados também as características individuais, o desempenho, a aparência etc., a fim de que isso o ajude na tomada de decisão. Essas informações devem ser solicitadas quando ele estiver escrevendo seu comentário, e não precisam ser obrigatórias. 8. Grupos focais Essa técnica de pesquisa bastante utilizada no marketing pode virar um ótimo conteúdo para sua loja. Reunindo comentários e analisando- os, você poderá criar ótimos conteúdos voltados para o consumidor, acrescentando suas sugestões, conclusões e principalmente suas recomendações, que podem ser dicas de novos produtos, a melhor forma de usar, produtos complementares, entre outros. As descobertas através dessas análises podem gerar muitas ideias. Dê asas à imaginação! 9. Deixe seu consumidor espalhar Estamos na era do curtir, espalhar, compartilhar, +1 etc. Seu consumidor pode gostar muito de um comentário de outro consumidor e querer compartilhar através das redes sociais - facilite para que isso aconteça. Muitas vezes, ele mesmo quer escrever um comentário em sua loja sobre o produto que comprou para compartilhar com os amigos e a família nas redes sociais. Aproveite ao máximo esse momento. 10. Incentive Envie amostras de uma forma inteligente. Ao vender um perfume, você pode enviar amostras de outros perfumes para esse cliente e pedir a opinião dele. Desenvolva um material e/ou embalagem solicitando que ele escreva sobre as amostras. Além de ele ficar muito feliz com esse presente, fatores como conhecer um novo produto, voltar à loja pela segunda vez, escrever e ler outros comentários, sentir que a opinião dele é importante, entre outras sensações, ficarão marcadas em sua mente de uma forma especial, e você pode ter certeza de que esse cliente irá comprar novamente em sua loja. E, mesmo que o comentário seja negativo, lembre- se de que isso é honesto e o que é ruim para um é bompara o outro. Pesquisa da Reevoo² revela que 95% dos clientes não acreditam em uma loja que tenha somente comentários positivos, 68% confiam nas opiniões do site quando existem comentários positivos e negativos e 4 vezes mais é o tempo que o consumidor passa no site pesquisando comentários negativos. 11. Não suborne Não dê descontos, nem faça promoções culturais e sorteio de brindes em troca de comentários, opiniões e resenhas. Cuidado para não fazer das amostras enviadas uma moeda de troca para ter mais comentários, pois qualquer coisa errada na comunicação pode fazer você perder muitos clientes que ficarão desacreditados ao ler os comentários de sua loja. Faça o cliente se sentir motivado a escrever sem nada em troca. É um grande desafio, mas não é impossível. É melhor ser ético do que estar na capa de um jornal de grande circulação no país. Foi o que aconteceu com a Amazon em janeiro deste ano, que foi parar no New York Times³ devido a uma denuncia por subornar seus clientes em troca de comentários. Ao abrir a embalagem, o consumidor era convidado a escrever um comentário em troca de um vale compras no valor do produto que havia comprado, ou seja, o produto sairia de graça. Não faça isso! 12. Dê opções Oferecer opções pode ajudá-lo a obter um maior volume de comentários. Alguns clientes se sentem mais confortáveis em escrever sobre o produto em uma plataforma de terceiros, como o Comenta ou o Facebook, por exemplo. Outros, sem dúvida, se sentirão mais confortáveis em escrever diretamente para sua loja. Deixe que ele escolha. 13. Compare opiniões Muitas plataformas permitem a comparação para ajudar o consumidor que está em dúvida entre dois produtos, adicione os comentários a essa comparação. Utilize os três últimos ou os prós e os contras com um link para que ele possa ver todos os comentários. É mais um detalhe para ajudar a tirar a dúvida do consumidor, e isso o deixará mais confiante para realizar a compra. 14. Deixe-o filtrar o que quer ler Permita ao consumidor filtrar que tipo de comentário quer ler. Por exemplo, se ele quiser ler somente comentários positivos, negativos, usuários verificados, mais antigos, somente recentes etc., dê essas opções em sua plataforma. Ele certamente passará muito tempo em seu site, e as chances de conversão serão muito maiores. 15. Responda Pesquisa da Harris Interactive⁴ mostra que a resposta ao feedback negativo ou a opiniões oferecem às marcas a chance de reconquistar clientes. Depois de uma resposta, 34% dos clientes removeram seus comentários negativos, 33% mudaram e postaram um comentário positivo e 18% tornaram- se clientes fieis da loja e da marca, passando a comprar novamente. A expectativa do consumidor na esperança de uma resposta da loja é muito baixa - surpreenda-o. 61% dos consumidores ficariam surpresos ao receber uma resposta a um comentário negativo, diz a pesquisa. Nunca deixe um cliente sem resposta, principalmente se ele fez uma pergunta ou escreveu um comentário negativo. São esses formadores de opinião que você precisa cativar para conquistar mais clientes. 16. P&R (perguntas & respostas) Transforme seus clientes em vendedores. Mantenha um banco de dados de perguntas e respostas na página do produto para que os usuários possam pesquisar e adicionar suas perguntas, permitindo que os próprios consumidores respondam as dúvidas de seus clientes. Certifique-se de não decepcioná- los deixando-os sem resposta. Lembre-se de que uma pergunta feita em sua plataforma pode ser a dúvida de muitos outros consumidores que chegarão ao seu site através de SERPs. Para muitos, o Google é um mecanismo de perguntas e respostas, e seu site pode estar cheio delas. 17. Agradeça Agradeça seu cliente após ele deixar um comentário, não apenas com uma mensagem básica de “Obrigado!” depois que ele clicar no botão enviar. Deixe-o saber o quanto esse comentário significa para você e crie formas para ele continuar navegando após enviar. Aqueles infográficos de comentários podem ser usados nessa hora. Valorize esse momento, pois ele pode estar super empolgado para escrever um comentário e você pode aproveitar isso. 18. Importe e exporte comentários Por mais que você prepare um ambiente perfeito, seguindo estas e outras tantas dicas existentes por aí, ainda pode não alcançar seus objetivos e principalmente aproveitar tudo o que os comentários podem trazer de benefícios para conversão. Uma alternativa seria apresentar os comentários de sua loja em outro local e, tendo a necessidade de mais comentários em seus produtos, outra é importar comentários de outro local. Outra dica é exportar os comentários de sua loja para o Google Shopping. Esses comentários podem dar grande relevância ao SERP do Google. Estas dicas, juntamente com um trabalho contínuo, certamente irão ajudá-lo a colher frutos no caminho da conversão. The Impact of Personalizing Your Post-Transactional E-Mail - PowerReviews: http://goo.gl/GPyLn Bad reviews are good for business - Reevoo: http://goo.gl/tZGm6 For $2 a Star, an Online Retailer Gets 5-Star Product Reviews - The New York Times: http://goo.gl/sKoGU The Retail Consumer Report - Harris Interactive: http://goo.gl/oaN6K Se você é um grande varejista ou tem uma pequena loja, apostar no e-commerce é, sem dúvida alguma, uma ótima estratégia. Além de consolidar a sua marca e apresentar os produtos ao consumidor com maior agilidade, o e-commerce tem se mostrado como um canal crescente para vendas diretas. A 25° edição do relatório WebShoppers, divulgado pela e-bit, comprova esse cenário. De acordo com o levantamento, o e-commerce brasileiro faturou R$ 18,7 bilhões em 2011, valor nominal 26% maior do que o conquistado em 2010. Outro índice interessante: o tíquete médio ficou em importantes R$ 350,00. Ou seja, os consumidores gastaram com compras na internet quase a metade de um salário mínimo. Esse é um cenário que vem se alterando rapidamente. Há dez anos, se alguém fizesse essa previsão, certamente seria chamado de louco, mas hoje já podemos considerar o comércio eletrônico como um fenômeno consolidado. Ainda segundo o e-bit, no último ano, surgiram nove milhões de novos e-consumidores, dos quais 61% pertencem à classe C, ou seja, um novo mercado consumidor está surgindo e, com ele, um grande universo a ser explorado e conquistado. Esse aquecimento do e-commerce está embasado principalmente na questão do preço. O índice FIPE/ Buscapé revelou, por exemplo, que tivemos uma deflação nos preços do comércio eletrônico em março deste ano de 0,88%. Nos 14 meses anteriores, presenciamos esse mesmo movimento, com exceção de apenas dois: agosto de 2011, com crescimento de 0,59%, e janeiro de 2012, com elevação de 0,90%. Esse cenário, sem dúvida alguma, motiva as pessoas a comprarem. Afinal, o e-commerce oferece todos os elementos desejados: preços baixos, variedade de produtos e a facilidade de compra com apenas um clique. Com o crescimento do mercado, o desafio das lojas online não é mais somente oferecer produtos variados. Agora, mais do que nunca, é preciso se comunicar com os consumidores da maneira adequada, levando em conta o perfil dos usuários, suas reais necessidades e utilizar toda a tecnologia disponível para impactar o público-alvo. A influência do e-mail marketing Uma das ferramentas mais eficazes disponíveis no mercado é, sem dúvida alguma, o e-mail marketing. Com esse recurso, todas as etapas descritas acima são alcançadas com êxito, uma vez que os consumidores estão aptos a receber novidades em sua caixa de entrada. Estudo realizado pela associação de marketing digital Econsultancy confirma essa realidade. De acordo com o levantamento, 36% dos entrevistados foram, em algum momento,influenciados pelo e-mail marketing na hora de adquirir um produto. Trata-se de um número muito interessante e com grandes chances de crescimento, se alguns conceitos forem colocados em prática. Uma das principais estratégias para quem envia e-mail marketing é investir na entregabilidade, ou seja, adotar processos que facilitem a entrega do e-mail na caixa de entrada dos usuários. Vale destacar que as ferramentas de envio têm uma parcela de 30% de responsabilidade nesse processo. Esse percentual engloba aspectos relacionados a 26 E-MAIL MARKETING Victor Popper CEO da All In Mail victor@allin.com.br A INFLUÊNCIA DO E-MAIL MARKETING NA DECISÃO DE COMPRA features, inteligência orientada, estrutura limpa, configurações corretas e acompanhamento de blacklists, entre diversos outros pontos. Estes são elementos que configuram as chamadas “Boas Práticas para Envio de E-mail Marketing”, cada vez mais necessárias. Nesse contexto, promover a limpeza de bases, excluindo os contatos que não passaram por um processo de cadastro 100% opt-in agrega reputação às suas ações, uma vez que somente receberão mensagens os usuários que de fato autorizarem tal procedimento. Se no processo de entregabilidade 30% são creditados à ferramenta, os outros 70% são fruto das ações protagonizadas diariamente pelas próprias lojas. Nesse percentual, incluo a utilização correta de uma ferramenta e a busca pelas certificações de e-mail marketing, cada vez mais exigidas pelos provedores de e-mails. Aposte no conteúdo segmentado... A Econsultancy mostra ainda outro dado interessante: 50% dos entrevistados reclamaram que recebem mensagens com conteúdo sem relevância. Isso ocorre, provavelmente, porque muitas empresas ainda não estão dando importância à segmentação, ou seja, não estão empenhadas em detectar os interesses de seus consumidores e acabam enviando e-mails generalizados. Isso acaba irritando os usuários, que, mesmo tendo solicitado as mensagens, não ficam satisfeitos em receber ofertas de produtos que não lhe interessam. ...mas tenha também como foco as pesquisas de grupos Para se destacar no e-commerce e vender mais, é preciso também realizar frequentemente pesquisas junto aos consumidores ou encomendá-las a empresas especializadas. Dessa forma, é possível conhecer, em detalhes, os produtos mais vendidos, o que torna possível o mapeamento do comportamento dos usuários. De acordo com estudo realizado pela Sophia Mind, por exemplo, as mulheres preferem comprar eletrônicos e itens de informática (53%), seguidos por livros e revistas (52%) e eletrodomésticos (39%). Nesse levantamento, produtos de beleza, contrariando o que muita gente imagina, ocupam apenas o quarto lugar, com 34%. Esse dado mostra que, assim como os homens, muitas mulheres também são aficionadas por novidades. Mas será que as lojas de e-commerce estão utilizando essa informação com eficácia? A maioria delas não! Hoje, já não é suficiente identificar características como sexo, idade, cidade e estado dos usuários. É preciso conhecer os desejos, as preferências e se antecipar às necessidades dos consumidores para enviar conteúdos relevantes, que certamente irão despertar o interesse de compra. Dessa forma, o e-mail marketing ganha em importância, tornando-se ainda mais decisivo e influente no processo de compra. Quem não seguir essa tendência certamente perderá mercado. Você quer arriscar? Assumir a responsabilidade da gestão completa em sua loja é um desafio que poucas ferramentas de gestão de risco são capazes de enfrentar, uma vez que nem sempre é fácil que a prestadora de serviço responsável por mitigar a fraude entenda a especificidade do seu negócio virtual. É importante que o lojista perceba que o combate à fraude representa a ponta do iceberg de um processo muito mais completo, que engloba, entre outros, o acompanhamento da evolução dos indicadores da sua loja, a calibração do melhor cenário na obtenção de resultados excelentes e o gerenciamento das taxas de aprovação automática. A gestão completa dos indicadores possibilita que o lojista e a empresa de gestão de risco atuem como um time, em uma relação ganha-ganha, na qual o sucesso de um dos lados favorece naturalmente a outra ponta. Como realizar a gestão dos indicadores? Esse é um processo complexo, por isso recomenda-se a terceirização, que irá definir a melhor estratégia, além de analisar o cenário recomendado ao momento de sua loja. Os mais agressivos podem optar por investir em marketing e entregar mais rápido ao cliente, o que indica a necessidade de aumentar a aprovação automática. Além disso, aprovar um pedido com rapidez permite que o lojista venda mais, atendendo a um dos valores procurados pelos e-shoppers: a comodidade. Se, por outro lado, a sua loja apresentar um perfil mais conservador, o balanceamento dos indicadores tende a priorizar o aspecto financeiro, sendo menos tolerante com pedidos propensos a fraudes – o que pode aumentar o número de cancelamentos. Ainda nessa perspectiva, não se pode esperar fraude zero, uma vez que as ações de cancelamento e a reprovação representam perdas desnecessárias. Os estatísticos da ClearSale estimam que o fantasma da fraude pode reduzir em mais de 10% as vendas legítimas. Quais são as principais vantagens da gestão completa? A partir do momento em que o lojista entende que a inexistência de fraudes não é, necessariamente, um bom sinal, ele começa a vender muito mais. Os resultados são surpreendentes! Assim, é preciso estar consciente de que o prejuízo de deixar de vender a um cliente legítimo pode ser maior do que sofrer uma fraude e o consequente chargeback (o não-reconhecimento da compra pelo verdadeiro dono do cartão de crédito). É válido, nesse sentido, o chavão de que “as aparências enganam”, uma vez que a ausência de fraudes aparenta ser positiva, mas pode estar Renata Fortes Analista de Marketing na ClearSale renataitagyba@gmail.com 28 GESTÃO DE RISCO DO COMBATE SIMPLISTA À GESTÃO COMPLETA CONTRA A FRAUDE sinalizando falhas de gerenciamento. A recusa indevida de um bom cliente é um dos piores pecados que o comerciante virtual pode cometer: reprovar o cliente legítimo pode significar perdê- lo, além de abrir espaço para referências ruins. A negativação da loja pode ser destrutiva no mundo do e-commerce, que se caracteriza por uma concorrência ainda maior do que no mundo físico – os usuários estão a apenas um clique de achar outro produto melhor ou mais barato. Para evitar as consequências desagradáveis, procure no mercado prestadores de serviço antifraude que tenham experiência em gerenciar os indicadores da sua loja para combater o chargeback. É a melhor forma de evitar dores de cabeça e de otimizar resultados. O preço final da gestão também é um diferencial que merece ser citado. O gerenciamento dos indicadores é a melhor opção em termos de custo-benefício: por balancear a quantidade de pedidos, o custo gerado e a perda esperada, de acordo com o cenário de cada cliente, garante o melhor desempenho. Uma gestão bem realizada, comprovadamente, acarreta a diminuição dos chargebacks, a redução dos cancelamentos e mais vendas para as lojas envolvidas. Cases de sucesso do mercado mostram que uma importante loja do setor de magazine conseguiu um aumento do resultado financeiro superior a R$ 200 mil reais/dia (!) ao contratar uma solução especializada em combater a fraude permitindo a gestão dos indicadores do e-commerce. Citando ainda mais vantagens, a expertise na gestão pode erradicar problemas com oscilações no número de pedidos e aumento na demanda. Ainda que o número de transações oscile dentro de um mesmo mês, o que ocorre principalmente em datas comemorativas,a gestão completa terceirizada já estará preparada para o possível aumento no número de pedidos, o que implica em menos problemas ao lojista. A combinação entre tecnologia, score, consultoria estatística de gestão, equipe de análise, auditoria e treinamento é, sim, a melhor maneira de a sua empresa atingir os indicadores ótimos em marketing e finanças. Em outras palavras, é o que gera os melhores resultados a partir da visão do todo. WebChat Atenda com mais qualidade e agilidade, conversando com o público em tempo real pelo seu site. Planos a partir de R$ 49,00/mês. PABX Virtual Sua empresa contrata quantos ramais precisar e pode usá-los em qualquer lugar com acesso à internet. Planos a partir de R$ 29,00/mês. kw ar up .c omUm atendimento ruim estraga sua relação com o cliente. Conheça as soluções Locaweb para profissionalizar seu atendimento: Locaweb.com.br/atendamelhor WebDesk Organize as solicitações de seus clientes e mantenha um histórico centralizado de todas as informações. Planos a partir de R$ 30,00/mês. AN_VOODOO_170x245.indd 1 7/4/12 5:02 PM WebChat Atenda com mais qualidade e agilidade, conversando com o público em tempo real pelo seu site. Planos a partir de R$ 49,00/mês. PABX Virtual Sua empresa contrata quantos ramais precisar e pode usá-los em qualquer lugar com acesso à internet. Planos a partir de R$ 29,00/mês. kw ar up .c omUm atendimento ruim estraga sua relação com o cliente. Conheça as soluções Locaweb para profissionalizar seu atendimento: Locaweb.com.br/atendamelhor WebDesk Organize as solicitações de seus clientes e mantenha um histórico centralizado de todas as informações. Planos a partir de R$ 30,00/mês. AN_VOODOO_170x245.indd 1 7/4/12 5:02 PM 32 MÉTRICAS 5 TIPOS DE FERRAMENTAS PARA AUMENTAR A TAXA DE CONVERSÃO DO SEU E-COMMERCE Gerson Ribeiro CEO da dp6 gerson.ribeiro@dp6.com.br É muito comum lermos reportagens com foco em e-commerce com 5, 10 ou até mesmo 15 dicas para aumentar a taxa de conversão de sua loja online. Apesar de toda essa informação disponível, o cenário que encontramos no dia a dia não é nada animador. Encontramos lojas com taxa de conversão entre 1% e 3%, o que mostra que pelo menos 97% dos nossos visitantes chegam em nossa loja, mas não finalizam a compra. Pelo feeling, sabemos que uso de campos desnecessários, fluxo de venda longo, uso de captcha, pouca informação na landing page, poucos meios de pagamento, falta de selo de segurança, entre muitos outros fatores podem prejudicar e muito a taxa de conversão da nossa loja. Se é digital, é mensurável. Se é mensurável, é otimizável. É nesse momento que entra o web analytics e todas as suas métricas disponíveis, substituindo o feeling e o “acho que”, pela matemática e estatística. Com o objetivo do seu site definido (vendas para e-commerce), começaremos a definir todos os KPIs (key performance indicators) do nosso business, como por exemplo: taxa de conversão, bounce rate, funil de conversão, visibilidade do call to action, uptime do site etc. e quais as ferramentas que iremos utilizar para acompanhar esses KPIs. Abaixo, coloco 5 segmentos de ferramentas imprescindíveis para o sucesso do seu e-commerce: 1. Uso do site A ferramenta mais conhecida no mercado brasileiro nesse segmento é o Google Analytics, mas ela não é a única. Existem diversas outras ferramentas como Site Catalyst, Coremetrics, Webtrends, entre outras. Essas ferramentas deverão fazer parte do dia a dia de qualquer e-commerce, possibilitando as análises abaixo: - Bounce Rate - Qual a porcentagem de usuários do site que nos visitam, mas não se engajam? De qual fonte de tráfego e/ou cidade os usuários que geraram bounce rate no nosso site vieram? Esse tipo de análise é o primeiro passo para aumentarmos nossa taxa de conversão. - Taxa de conversão - Mais do que simplesmente um número, podemos entender qual o índice de pessoas que compram em nosso site e o que todos os demais usuários, que não compram, fizeram, e por que eles não compraram? - Funil de conversão - Em qual parte do fluxo de vendas estamos perdendo os nossos usuários? Mais do que simplesmente olhar a página em que estamos perdendo vendas, é possível, com pequenas customizações na tag, analisar qual campo do nosso cadastro é um ofensor para nossas vendas. Bacana, não? - Análises técnicas - Nosso site está compatível com todos os browsers, sistemas operacionais, resoluções de tela, dispositivos etc.? Qual nosso bounce rate e taxa de conversão para cada tecnologia? Com o crescimento dos acessos via tablets e mobile, essa é uma análise muito importante, que pode justificar o desenvolvimento da versão mobile de seu e-commerce com bastante agilidade. - Uso do site pelo do usuário - Quais conteúdos os usuários consomem em nosso site? É importante criarmos clusters de usuários, por região, fonte de tráfego, tecnologia etc. e entender qual o comportamento de cada cluster. Existem várias outras análises importantes. Para o bom uso dessas ferramentas, é muito importante termos foco em resultado e todos os KPIs mapeados. As métricas não devem ser somente números, mas sim informações para tomada de decisão e otimização das nossas páginas e fluxo de venda. 2. Testes A/B e multivariável Esta ferramenta também deve fazer parte de qualquer e-commerce. É através dos testes que iremos avaliar qual cor, posição, formato, mensagem etc. convertem mais e fazer as otimizações em nossas páginas. Temos diversas opções de ferramentas disponíveis, como o Google Website Optimizer, que é gratuito, o Test&Target da Adobe, que possui integração com o Site Catalyst, o SiteSpect, Optimizely, entre outras. Os testes A/B servem para testar duas variações distintas de páginas e são excelentes para fazer testes em landing pages. Aquela dúvida se a página “x” converte mais do que a página “y” será rapidamente respondida após um simples teste A/B. Já os testes multivariáveis devem ser utilizados para testar uma variação maior de elementos em uma página. Seja na landing page ou mesmo no funil de conversão, alterando posição de campos do cadastro, nome dos campos etc. 3. Behavioral Targeting Quantas vezes você entrou em um site e sentiu que não era para você? Ou recebeu uma comunicação que não fazia nenhum sentido para o seu perfil? Esse é o dia a dia de um e-commerce que não possui métricas em seu DNA: ataca todas as mídias, todas as pessoas e espera para ver qual deu certo! Se você conhece o comportamento do usuário em seu site, ja é possível entregar a página com maior adesão ao perfil do seu visitante, não? Sempre gosto de fazer um comparativo do Brasil com a Europa. Se fizermos uma comunicação em inglês para toda a Europa, certamente teremos diferentes taxas de conversão em cada país, certo? No Brasil, apesar de termos um idioma único, observamos diferentes culturas e hábitos de consumo em cada região, que precisam ser identificados, analisados e utilizados em nosso trabalho de behavioral target, que por sua vez pode ser simples, identificando tecnologias, local de acesso, sexo etc. ou um pouco mais profundo, considerando os hábitos de consumo e o comportamento dos usuários na Internet. Temos diversas ferramentas para trabalhar Behavioral Target: Navegg, BTBuckets, Simpli.Fi, LucidMedia, Audience Science, entre muitas outras! 4. Eye Tracking e Heat Map Estes dois tipos de ferramentas ainda costumam ser novidades na grande maioria dos e-commerces. As ferramentas de Heat Map são mais conhecidas, mas o uso delas nem sempre é correto. Já as ferramentas que simulam Eye Tracking me surpreendem a cada dia com a sua relação como aumento na taxa de conversão dos e-commerces. Existem duas ferramentas para esse tipo de análise: Attention Wizard e Feng-GUI (minha preferida). Basicamente, essas ferramentas simulam qual a atenção do call to action antes da landing page ir para produção, fazendo o teste através de um simples arquivo de imagem (jpg, gif, png etc.). A imagem abaixo mostra o resultado de um teste através do feng-GUI, exibindo exatamente quais são as partes do site que chamam a atenção do usuário: É importante mapearmos antes do teste quais são as mensagens que queremos passar com a nossa página: queremos chamar atenção para o preço (em caso de grande desconto), para marca do produto, para imagem etc. Com essa pré-analise feita, basta rodarmos o teste e avaliar se o que queremos destacar está realmente destacado para o usuário. Já as ferramentas de Heat Map, como Crazy Egg e Click Tale, servem para fazermos testes de usabilidade no site e analisar se estão ocorrendo cliques em imagens não clicáveis, ou se algum elemento da página que não deveria ter destaque está chamando muita atenção do usuário. Importante reforçar que essas ferramentas são para realização de testes, e não para deixar rodando full time em seu e-commerce. 5. Mercado Como aprendemos na faculdade de marketing, a análise do macro ambiente é muito importante para o sucesso da nossa empresa. Na Internet, não é diferente! A utilização de ferramentas como Ibope Nielsen Online e ComScore são excelentes para analisarmos como estão nossos concorrentes e nosso segmento de atuação, o e-commerce, nesse caso. Análises de perfil, sobreposição de audiência e comportamento do mercado podem nos gerar bastante insumo para respondermos ao mercado no tempo certo. Essa mesma ótica serve para detectarmos potenciais veículos para investimento em mídia. Exemplo: se analisarmos a categoria de comparadores de preço, uma das grandes fontes de vendas de qualquer e-commerce, podemos detectar novos players em crescimento para investirmos nosso suado budget de marketing. Mais do que simplesmente analisar a audiência, também podemos analisar o perfil e a sobreposição com a concorrência. Outra grande fonte de receita para os e-commerces são os sites de buscas, tanto com buscas pagas quanto com orgânicas. Com isso, ferramentas como o Hitwise são imprescindíveis para se obter sucesso nas buscas, possibilitando analisar qual o share de visitas pagas x orgânicas da concorrência (gerando insumo para investimento em links patrocinados ou melhorias em SEO), quais as keywords que geram resultado para nossos concorrentes, entre muitas outras análises disponíveis. Claro que, falando de mercado, não podíamos esquecer as redes sociais. Nesse segmento, temos inúmeras ferramentas que possibilitam mensurar o que estão falando sobre nossa marca nas redes sociais. Até aí, quase todo mundo faz, junto com a polaridade da marca: positivo, negativo ou neutro. Mas, como falei no começo deste artigo, as métricas precisam ser mais do que números, elas precisam gerar informações para otimizações. Com isso, podemos utilizar essas mesmas ferramentas para entender não apenas a polaridade, mas também o que estão falando sobre a nossa marca, sobre os nossos concorrentes e sobre nossos consumidores. Esse tipo de análise pode dizer muito sobre os nossos produtos, atendimento e gerar muitos insumos para otimizarmos não apenas do nosso site, mas também da nossa comunicação. Exemplos de ferramentas: Scup, BrandWatch, Sysomos, Radian 6, Buzz Metrics, Adobe Social, iCustumer, entre muitas outras. Com o apoio de toda essa tecnologia e implementação da cultura de métricas no dia a dia de seu e-commerce, sem dúvidas levaremos nossas taxas de conversão para outros patamares. Ainda não começou? Então, “mãos às métricas” e “bons testes”! 34 ESTRATÉGIA O bom momento vivido pelo comércio eletrônico brasileiro, que cresceu 26% em 2011 e faturou R$ 18,7 bilhões, reflete um mercado cheio de oportunidades para as lojas virtuais. Porém, é preciso lembrar que, conforme o consumidor adere a esse mercado e cria o hábito de comprar pela Internet, ele fica cada vez mais exigente. “Investir em logística é um ponto fundamental. Não existe nada mais frustrante para o consumidor do que comprar um produto pela Internet e simplesmente não recebê-lo, ou receber com vários dias de atraso. O cliente que viveu uma experiência ruim não voltará a comprar na mesma loja”, explica Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos. Uma experiência ruim pode significar não somente a perda de uma venda, mas a perda de um cliente, que nunca mais voltará à loja virtual que lhe prestou um serviço ruim. Para acompanhar o ritmo de crescimento do comércio eletrônico, as lojas virtuais devem aumentar a sua estrutura, contratar pessoas capacitadas e gerenciar uma equipe com propriedade. Outro ponto importante é entender que o uso de promoções e cupons de descontos funciona não somente para liquidar estoques, mas para fidelizar clientes. “Sairão na frente as lojas capazes de atender à demanda crescente de clientes com um serviço de qualidade e, de preferência, com um belo desconto”, conta Pedro Eugênio. Black Friday Desde seu início, o comércio eletrônico brasileiro se pautou pelas datas do varejo tradicional para faturar mais. Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia das Crianças e Dia dos Pais continuam gerando bons resultados, porém, a história recente mostra o surgimento no Brasil de datas sazonais próprias do e-commerce. É o caso da Black Friday, que em 2012 acontece pela terceira vez no comércio eletrônico brasileiro. O conceito é inspirado na tradicional data do varejo americano. Nesse dia, durante 24 horas, as mais diversas lojas oferecem descontos acima do normal. A última edição rendeu ao comércio eletrônico brasileiro seu maior faturamento em um único dia: foram R$ 100 milhões, 88% a mais do que em 2010, segundo a consultoria e-bit. Grandes players aderiram ao conceito, como WalMart, Americanas, Dell, Netshoes, Lojas MM, Compra Fácil, Polishop, entre outros. Ainda segundo o e-bit, o gasto médio por compra na Black Friday 2011 foi de R$ 425, ficando acima da média usual do e-commerce, que é de R$ 350. As categorias mais vendidas foram informática e eletrodomésticos, cada uma com 12% do total. Os eletrônicos responderam por 10% das compras e o segmento de moda e acessórios representou 9%. Responsável por importar o conceito ao Brasil, o portal Busca Descontos reuniu ofertas de 53 lojas virtuais, totalizando mais de 68 mil produtos com desconto, em diversas categorias. A edição de 2012 já está com data marcada e acontece durante as 24 horas do dia 23 de novembro. A expectativa é de que a data represente o dia mais lucrativo do ano, assim como aconteceu em 2011, quando o e-commerce brasileiro teve o maior volume de USO DO DESCONTO COMO FERRAMENTA DE FIDELIZAÇÃO Comércio eletrônico brasileiro entende o uso de descontos para atrair e conquistar consumidores e adere a datas como Black Friday, Boxing Day e Dia do Frete Grátis. transações já registrado em um único dia, com mais de 237 mil pedidos realizados em um período de apenas 24 horas. Em 2010, foram 142 mil compras. “A edição de 2011 colocou de vez a Black Friday no calendário do e-commerce nacional. Varejistas que não se prepararem para oferecer boas promoções nesse dia ficarão para trás. Posso afirmar que muitos já estão se preparando para a data”, afirma Pedro Eugênio. O portal estima que a edição 2012 conte com a participação de mais de 90 lojas virtuais. Famosa nos Estados Unidos, a Black Friday acontece na sexta-feira seguinte ao dia de Ação de Graças. A fim de limpar os estoques para as festas do final de ano, sair do vermelho e chegar ao preto(de onde vem o nome), lojas abrem as portas durante as 24 horas do dia e oferecem megapromoções, que em alguns casos chegam até 90% de desconto. Para os comerciantes, o dia funciona como uma ferramenta para alavancar as vendas e atrair novos clientes, que podem ser fidelizados posteriormente. Para os consumidores, uma ótima oportunidade de comprar diversos produtos com preços reduzidos. Nos Estados Unidos, a última edição da data movimentou US$ 816 milhões no e-commerce do país, com crescimento de 26% frente aos gastos da edição de 2010. As informações são da empresa de métricas online comScore. “O Brasil tem se mostrado muito receptivo a datas como o Black Friday, tanto que os resultados foram fantásticos”, explica Pedro Eugênio. O executivo acrescenta que o e-commerce do país começa a caminhar com as próprias pernas, sem depender somente de datas tradicionais e já consolidadas. Prova disso é o próprio Black Friday e o surgimento de outras datas próprias do e-commerce no país, como o Boxing Day, que acontece no primeiro dia útil após o Natal e reúne ofertas de saldão, e o Dia do Frete Grátis, ação também organizada pelo Busca Descontos, que reuniu ofertas de mais de 50 lojas virtuais, sem custo de frete. “Os consumidores estão prontos para comprar, mas precisam de um incentivo. O desconto é, muitas vezes, o detalhe que falta para se concretizar uma venda”, finaliza Pedro Eugênio. Pedir dicas para amigos ou familiares sobre produtos e serviços e fazer compras de vendedores que integram nosso círculo social não é exatamente uma novidade. Empresas como Avon, Natura, Tupperware e Herbalife, apenas para citar algumas, desenvolveram seu modelo de negócios baseado na estratégia do porta a porta e do boca a boca e arregimentaram milhões de vendedores que, munidos de catálogos e produtos, acionam sua rede de contatos para engordar o orçamento doméstico ou mesmo fazer dessa atividade seu principal meio de geração de renda. Com a contínua queda das barreiras entre o real e o virtual e a transposição das relações sociais para o mundo dos negócios digitais, os e-lojistas precisam estar mais do que atentos para a inevitável tendência de recorrer ao poder das mídias sociais para reforçar as vendas ou mesmo estruturar novos empreendimentos com modelos totalmente alicerçados pelo social commerce. Recentes pesquisas apontam que a adoção de estratégias baseadas no comércio social serão determinantes para o sucesso de negócios (sejam eles online ou não). Um levantamento da Nielsen, intitulado Global Trust in Advertising 2012, apontou que para 92% dos entrevistados a recomendação de amigos é a forma de propaganda mais confiável e, em segundo lugar, com 70%, os comentários de consumidores publicados na Web. Outro estudo, do banco Barclays, indicou que em 2021 nada menos do que 41% dos consumidores sofrerão influência das redes sociais para suas decisões de compras ou mesmo deverão comprar através delas. Adepto ferrenho das redes sociais, o brasileiro é o que mais utiliza a Internet na América Latina para trocar impressões sobre marcas, segundo pesquisa da GFK, que concluiu que por aqui 30% dos internautas usam as redes para reclamar ou recomendar empresas e produtos. Portanto, caro leitor, tenha a certeza de que critérios como preço, produto, PDV e promoção não serão (já não são) mais os únicos determinantes para tomada de decisão de compra. Outros fatores, provenientes justamente do fenômeno da socialização do comércio, terão cada vez mais peso em influenciar os consumidores a optar por esta ou aquela loja, por esta ou aquela marca. Ao lado do social commerce, o m-commerce também passará a ter um papel fundamental na disputa pela clientela e permitirá formar uma geração de novos empreendedores no varejo virtual. A integração do comércio social com o comércio móvel desempenhará um importante papel de inclusão social, já que para gerir negócios virtuais bastará ter um celular em mãos conectado às redes sociais. Novos empresários, inclusive da Classe C, que já têm acesso a celulares e smartphones (são mais de 250 milhões de telefones móveis no País, mais do que o número de habitantes), terão a oportunidade de ampliar sua renda representando e revendendo produtos para seus amigos e familiares. As empresas e as marcas, por sua vez, serão beneficiadas na medida em que poderão estruturar, a baixo custo, um time poderoso de vendedores para disseminar ofertas pela Web móvel. Saber recrutar soldados pelas redes sociais para que sejam tanto representantes de vendas como consumidores fiéis passará a ser essencial para vencer no varejo online. Além de cuidar de toda estrutura operacional da loja virtual e das estratégias de marketing digital, os gestores de negócios no e-commerce precisarão implementar táticas de guerrilha para formar um exército motivado para vencer a batalha do viral commerce. Para reforçar as trincheiras digitais, fique atento para estas 7 dicas: COMO VENCER A BATALHA DO SOCIAL COMMERCE 36 SOCIAL COMMERCE Romero Rodrigues Presidente do Buscapé Company Engaje! - De nada adianta criar contas nas redes sociais e não desenvolver interação com sua audiência. Posts com conteúdos e informações relacionados ao universo da sua marca são uma forma de engajar os consumidores. Não deixe seus consumidores sem resposta - Se decidiu incluir seu negócio nas redes sociais, responda às reclamações e sugestões de seus clientes. Não retornar seus comentários é o mesmo ou o pior do que deixá-los pendurados por horas tentando contato pelo call center. Crie ofertas exclusivas para seus seguidores - Consumidores que aceitam se relacionar com sua marca pelas redes sociais querem se sentir diferenciados, exclusivos. Criar ofertas e promoções especiais para eles é uma forma eficaz de fidelizá-los e de ampliar suas vendas. Mantenha uma frequência diária de interação – Um novo post por semana não cria uma interação contínua com os seguidores e deixa de ser relevante em um imenso universo de marcas que disputam a atenção dos consumidores. O ideal é subir posts diariamente, mas cuidado para não cansar sua audiência com conteúdos irrelevantes. Reconheça os seguidores que mais interagem e os coloque na vitrine - Pense em ações promocionais em que os seguidores possam interagir criando e postando seus próprios conteúdos, como textos, fotos e vídeos. Os usuários de redes sociais gostam de ter notoriedade entre seus seguidores. Premie os melhores vendedores do seu social commerce - Crie uma política de incentivo para premiar os vendedores do seu social commerce que alcançarem os melhores resultados de vendas. Isso irá estimular os demais a incrementarem suas vendas para que conquistem a mesma posição de destaque no exército de representantes da sua marca. Esteja aberto para sugestões - Ouvir seus seguidores tem um grande valor. Eles são admiradores da sua marca e sabem o que querem para que seus produtos possam ser melhores e atendam a seus desejos. Esteja sempre aberto e lembre-se: além de ser de graça, as sugestões podem ser úteis para criar novos produtos e serviços que irão ter uma comunidade garantida de consumidores- evangelizadores da sua marca. 38 GESTÃO NOVOS PARADIGMAS E A MUDANÇA TRANSFORMACIONAL DO COMÉRCIO ELETRÔNICO O e-commerce como conhecemos hoje é uma prática relativamente nova e, se levarmos em consideração que seu lastro é o comércio, baseado nas trocas que datam dos primórdios do relacionamento humano, ainda não estamos vendo nem seu embrião. Por outro lado, o rápido crescimento do canal e seu volume cada dia mais expressivo em relação ao varejo como um todo tem atraído bastante atenção – e em especial para alguns varejistas que têm enfrentado
Compartilhar