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Planejamento e Gestão Tributária - Aulas

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Planejamento e Gestão Tributária
	O processo de globalização iniciado há 20 (vinte) anos, com a queda do muro de Berlim, impôs profundas alterações ao perfil da Administração Pública, dentre as quais, a redução da atividade estatal na economia, fato que restringiu as receitas públicas, basicamente, àquelas provenientes da arrecadação tributária. 
No Brasil, o tema ganhou especial relevância, haja vista o expressivo incremento da carga tributária verificado desde então, nas três esferas de Governo (Federal, Estadual e Municipal).
A elevada carga tributária brasileira apresenta-se ainda mais custosa quando se leva em consideração a complexidade do sistema tributário hoje em voga, refletida no excessivo número de tributos e na quantidade desproporcional de procedimentos e deveres tributários acessórios atribuídos aos contribuintes, acompanhados de igualmente numerosa e complexa legislação tributária, composta não apenas por leis, mas por milhares de atos administrativos esparsos (Portarias, Instruções Normativas, Atos Declaratórios etc.).
	É imperioso, portanto, que os contribuintes estejam atentos aos reflexos da tributação em suas atividades, contratos e operações, não apenas com a finalidade de evitar cobranças indevidas ou o surgimento de contingências passivas com o Fisco, mas também, para buscar, dentro da legalidade, a redução lícita do eventual custo tributário, ou seja, identificar possibilidades de elisão fiscal (Planejamento Tributário).
Aula 01: Introdução ao Sistema Tributário Brasileiro: visão sistêmica do contexto tributário brasileiro
Objetivos:
1- Identificar o Sistema Tributário Brasileiro;
2- Reconhecer a estrutura das competências tributárias;
3- Relacionar o Sistema Tributário Brasileiro e o desenvolvimento econômico;
4- Verificar as normas e as diretrizes do Ordenamento Tributário Brasileiro.
Conceito de Direito Tributário e Direito Financeiro
	As principais diferenças entre Direito Tributário e Direito Financeiro é que o Tributário regula a atividade financeira do Estado, no que se refere à tributação. É o ramo do direito público que rege as relações entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas - tributos.
	Possui também, normas que instituem, arrecadam e fiscalizam a tributação Natureza do Direito Tributário. É obrigacional; é a relação jurídica entre um sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo (contribuinte ou responsável), envolvendo uma prestação (tributo).
	O Financeiro regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere à tributação e a fiscalização.
	Podemos conceituar o Direito Financeiro como o ramo do Direito Público que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as relações jurídicas decorrentes de sua atividade financeira que se estabelecem entre o Estado e o particular.
	Abrange o Direito Financeiro o estudo da despesa pública, da receita pública, do orçamento público e do crédito público. Daí Ricardo Lobo Torres ensinar que o Direito Financeiro deve ser dividido nos seguintes ramos:
Receita Pública (Direito Tributário, Direito Patrimonial Público e Direito de Crédito Público);
Despesa Pública (Direito da Dívida Pública e Direito das Prestações Financeiras);
Direito Orçamentário.
Para melhor definir Crédito podemos citar o texto extraído desse link:
“Crédito nada mais é que a captação de recursos pecuniários, na figura de empréstimos, para pagá-los, supervenientemente, no prazo e nas condições avançadas, a curto, a médio e a longo prazo. Documenta-os o Estado em papéis de crédito público de vários tipos, tais como Bônus do Tesouro, Letras do Tesouro, Apólices da Dívida Pública, Títulos da Dívida Agrária etc.”.
Para compreender o Sistema Tributário Nacional, faz-se necessário entender o mecanismo do Poder Público de utilizar de suas prerrogativas de Direito Público, através do cumprimento das normas, obrigando o particular a entregar valores aos cofres públicos, independentemente de sua vontade. Também faz parte deste contexto um planejamento orçamentário que deverá corresponder não só à obtenção de receitas, mas também à administração das despesas e créditos.
E para melhor entendimento sobre a atividade financeira a nossa Carta Magma dedica o capítulo II do Título VI (arts 163 a 169) às finanças públicas, bem como nos arts 21, 23 e 30, pertinentes à discriminação da despesa pública; arts 21, VII, 22, VI e 48, IV, relativos à emissão de moeda e prescrição de medidas necessárias à sua estabilidade; art 31, sobre a fiscalização dos Municípios; arts 70 a 75, a respeito da fiscalização orçamentária; art 99, sobre o orçamento do Poder Judiciário; art 100, concernente à dívida pública; e arts 211 a 213, no que tange às prestações financeiras. Observando que todo procedimento realizado pelo Poder Público em relação à atividade financeira está determinada em lei.
A Atividade Financeira do Estado
A partir do século XX, observamos um crescimento em relação às despesas públicas para manter não só um processo de evolução em relação à manutenção da vida, como por exemplo, a introdução de novas tecnologias, o avanço industrial, o surgimento de novos empreendimentos, a relação internacional com outros Estados no campo da exportação e importação.
A busca do desenvolvimento econômico fez surgir investimentos, gastos, despesas, receitas e para isso, o Estado através do mecanismo de uma atividade financeira pode inserir, no contexto dessa evolução, funções fiscais, tais como:
• Promover ajustamentos na alocação de recursos;
• Promover ajustamentos na distribuição de renda; 
• Manter a estabilidade econômica.
Como a principal finalidade do Estado é promover o bem comum, satisfazendo as necessidades públicas, exerce então funções para cujo custeio é preciso de recursos financeiros ou receitas.
E para obter os recursos necessários utiliza do seu poder soberano, ou seja, o direito de tributar que decorre do seu poder pelo qual pode fazer derivar para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua administração, que podemos denominar de receitas derivadas (Mas, não é só de receitas derivadas que sobrevive o Estado para suprir uma demanda em relação às despesas públicas, o mesmo utiliza de receitas originárias, que advêm do patrimônio do Estado, quando explora seu próprio patrimônio, através de aluguéis, vendas, leilões etc. Ao abordar o tema sobre Receita Pública, observa-se uma análise da esfera administrativa do Poder Público em gerir o erário, que é definido da melhor forma possível, significa Ingresso Público, ou seja, a inserção de dinheiro aos cofres públicos pelo entes da federação através da arrecadação).
O Poder Público quando realiza o Ingresso Público, busca a realização de um fim que é a concretização do Bem Comum, promovendo à sociedade - criação de hospitais públicos, obras públicas, serviços públicos, contratos administrativos para execução de serviços, obras e aquisição de bens para satisfação do interesse público.
Com isso, associa-se que gerar receita pública, é justamente para o Estado satisfazer seus gastos, suas despesas, porque quando promove o Bem Comum, está realizando gastos que deverão ser devolvidos aos Cofres Públicos.
É a chamada "mão invisível do Estado" sob o patrimônio da sociedade.
Receita Pública
“A receita pública se compõe dos ingressos financeiros que, em tese, têm um único objetivo indiscutível que é a satisfação das despesas públicas.”.
Então, a Receita Pública é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos, arrecadados para atender às despesas públicas, cuja classificação econômica da receita orçamentária é estabelecida pela Lei nº 4.320/64 para sustentar o conceito com base no ingresso de recursos financeiros e não pelo reconhecimento do direito.
Agora que entendemos o que são receitas públicas, ou seja, inserimos dinheiro aos cofres públicos, como podemos compreender sobre as despesas públicas, isto é, já que o Estado arrecada dinheiro para realizaçãodo cumprimento do Bem Comum, que caracteriza para os cofres como despesa, para onde vai o dinheiro arrecadado? O que faz o Poder Público com o nosso dinheiro?
A despesa pública nada mais é que a utilização de dinheiro do erário público para objetivos públicos e podemos classificar como despesa corrente.
Fator Gerador da Obrigação Tributária
Analisar o fato gerado da obrigação tributária e remetermos ao estudo dos artigos 113 ao 118 do Código Tributário Nacional, conforme fonte pesquisada:
Fato Gerador da Obrigação Principal: É a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência, a saber: a) Situação: é um fato ou conjunto de fatos, uma situação jurídica; b) Definida em Lei: é matéria de reserva legal. Só lei em sentido estrito pode descrever, definir, situação cuja ocorrência gera Obrigação Tributária principal; c) Necessária: é indispensável que ocorra a situação descrita em lei, para surgir a Obrigação Tributária; d) Suficiente: basta ocorrer o fato previsto em lei para que surja a Obrigação Tributária principal.
Fato Gerador da Obrigação Acessória: é qualquer situação que na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal. (artigo 115 do CTN). É uma situação que pode ser definida pela “legislação tributária”, não apenas pela lei, não é matéria de reserva legal. Do fato de vender mercadorias, podem decorrer duas obrigações: a) obrigação principal: pagar o ICMS; b) obrigação acessória: emitir nota fiscal.
Fato Gerador da Obrigação Acessória: Hipótese de Incidência designa a descrição contida na lei, da situação necessária e suficiente da Obrigação Tributária.
Com base no Código Civil, em seu art. 104, observamos os requisitos necessários para que um negócio jurídico possa ter validade. Por isso, se um ato for realizado por um menor, não terá validade e será ineficaz.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001).
Diferenciando assim situações de fato e de direito.
O Fato Gerador se considera consumado quando ocorre:
a) situação de fato: desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que lhe são próprias (ex.: prestação de serviço);
b) situação jurídica: desde o momento em que tal situação jurídica esteja definitivamente constituída, nos termos do direito aplicável (ex.: ser proprietário de um bem).
Baseando no art. 116, parágrafo único, do CTN, estamos diante de uma norma atielesiva, que caracteriza pelo fato de um contribuinte não querer pagar os tributos ou pretende pagar menos que o devido, praticando um ato que possa descaracterizar a efetivação do fato gerador, simulando situações.
Obrigação Tributária
Quem são as pessoas da Obrigação Tributária? E como são definidas as Responsabilidades quanto à obrigação?
Sujeito Ativo: Com base no artigo 119 do CTN define o sujeito ativo da Obrigação Tributária a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento; é aquele que pode promover execução fiscal, por exemplo.
Pode ter função de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária (artigo 7º do CTN).
Pessoas de Direito Privado e as pessoas naturais não podem ser qualificadas como sujeitos ativos de Obrigação Tributária.
Sujeito Passivo: Com base no art. 121, o Sujeito Passivo da Obrigação Tributária é pessoa natural ou jurídica que tem o dever de cumprir a obrigação principal, que é pagar, contribuir.
O Sujeito Passivo da Obrigação Tributária Principal pode ser:
a) Contribuinte: quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
b) Responsável: quando, sem revestir condição de contribuinte, sua obrigação decorra de Lei.
O Sujeito Passivo da Obrigação Acessória pode ser: o contribuinte ou terceiro. Prestação de fazer, não fazer, tolerar. Vide art. 123 do CTN.
Solidariedade Tributária
Solidariedade na Obrigação Tributária (Arts 124 e 125 do CTN) – são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador. 
A solidariedade tributária não comporta benefício de ordem, ou seja, não é necessária a observância de ordem entre os sujeitos passivos para a execução, sendo que podem ser cobradas de qualquer dos sujeitos passivos, indistintamente a totalidade do débito. O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais.
Capacidade Tributária
Com base no artigo 126 do CTN, o sujeito passivo da Obrigação Tributária, uma pessoa natural (pessoa física) incapaz, na forma da Lei, em face do Direito Tributário, tem ela plena capacidade jurídica.
De igual forma, não afetam a capacidade tributária do sujeito passivo o fato de estar privado ou limitado do exercício de atividades civis, comerciais, profissionais ou da administração de seus bens. Vide o art. 127, CTN do Domicílio Tributário.
Responsabilidade Tributária
É a submissão de determinada pessoa, contribuinte ou não, ao direito do fisco de exigir a prestação da Obrigação Tributária – vide os artigos 123, 128, 136 e 138 do CTN.
No sentido estrito, é a submissão, em virtude de disposição legal expressa, de determinada pessoa que não é contribuinte, mas está vinculada ao fato gerador da Obrigação Tributária, ao direito do fisco de exigir a prestação respectiva. Vide o artigo  art. 121, II do CTN.
Podemos também verificar a Responsabilidade dos Sucessores. Vide artigos 129 a 133 do CTN.
Quem são os Responsáveis Tributários?
1 – Sucessão Imobiliária; 2 – Sucessão Causa Mortis; 3 – Sucessão Comercial (Art. 132 do CTN); e 4 – Responsabilidade de Terceiros (quando houver impossibilidade da exigência da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: a) os pais, pelos tributos devidos pelos seus filhos; b) os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados e curatelados; c) os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; d) o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; e) o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; f) os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de ofício; g) os sócios, no caso de liquidação da sociedade de pessoas.
Não podemos confundir a Obrigação Tributária e o Crédito Tributário. Possuem conceitos distintos e finalidades que resultam no cumprimento da Obrigação Tributária.
Enquanto no campo da Obrigação Tributária, estamos diante da questão tributária ilíquida e incerta, no Crédito Tributário (mas para realizar o Crédito Tributário, faz-se necessário que o Estado realize um procedimento administrativo denominado Lançamento para constituir um crédito em seu favor. A partir do lançamento, poderá exigir o objeto da prestação obrigacional, o pagamento do tributo ou da penalidade, e identificar o sujeito) estamos no campo líquido e certo, materializando a Obrigação Tributária principal.
A lei descreve a hipótese em que o tributo é devido. Ocorrendo a situação descrita na norma – fato gerador – surge a Obrigação Tributária. O Estado ainda não pode exigir o tributo, nema penalidade decorrente de descumprimento de obrigação acessória.
Crédito Tributário
É o vínculo jurídico, de natureza obrigacional, por força da qual o Estado pode exigir do particular, o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária. Essa parte da matéria estudaremos em aulas futuras, apenas citamos para identificarmos que de uma relação obrigacional nasce um cumprimento do dever.
Constituição do Crédito Tributário é de Competência Privativa da Autoridade Administrativa, ou seja, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Ainda que o sujeito passivo calcule e recolha o tributo, como acontece em determinadas espécies tributárias, faz-se necessária homologação pela autoridade administrativa, que se trata do lançamento por homologação.
Finalizando assim, que o Sistema Tributário é revestido de obrigações e deveres, de determinações de competências e exigibilidade de pagamentos pelo sujeito passivo, a fim de obter receitas que serão inseridas aos cofres públicos, sendo direcionadas para atividades vinculadas ou não, mas que ao final está gerando riqueza ao país, para que aqueles que detém o Poder possam direcionar ao Bem Comum.
Aula 02: Planejamento Tributário
Objetivos:
- Identificar o Planejamento Tributário como ferramenta de criação de valor para o negócio;
- Reconhecer pontos que devem ser avaliados na estruturação do Planejamento Tributário;
- Relacionar o Planejamento Tributário como uma ferramenta auxiliar e não como uma forma de entrave;
- Verificar o gerenciamento de riscos tributários tendo como foco os objetivos: empresariais e gestão de ações para implementação do Planejamento Tributário: estratégias, operacionais, reporting, ação e resultado.
Premissa:
Ao imaginarmos um Planejamento Tributário, devemos fazer uma pequena analogia com o nosso planejamento domiciliar, ou seja, todo mês devemos verificar o quanto de receita obtivermos e quanto de despesas devemos cumprir, tudo para não desorganizar a vida doméstica, e ficar com dívidas ou precisando obter empréstimos financeiros, gerando uma vida de ciclos.
Assim ocorre com o mundo empresarial, o empresário que junto com o setor de Contabilidade não realizar um Planejamento Tributário, objetivando a diminuição da carga tributária ou a compreensão do quanto de tributos deverão pagar ao fisco, dificilmente evitará o processo de falência, até porque não existem apenas os gastos e as obrigações tributárias, mas também as cargas trabalhistas, os fornecedores, as tarifas etc.
Um dos maiores objetivos do Planejamento Tributário é a realização de uma economia, que significa neste contexto como diminuição legal (lícita e determinada em lei) do valor monetário a ser pago, obrigatoriamente, ao Poder Público.
Obrigações estas esclarecidas na aula 01, como sendo os tributos, que atualmente podem ser considerados como um dos maiores custos empresariais, sendo quase exclusivos.
Dentro deste contexto, existe uma pequena explicação, uma relação de causa e efeito sobre este processo que vem aumentando a cada segundo, o qual denomina-se Globalização.
Quanto mais o homem quer satisfazer suas necessidades, suas ambições, mais vai pagar por isso o aumento de produtos e serviços no mercado gera cada vez mais uma espécie de sobrevivência ao mundo dos negócios, significa então que pagamos pelo desenvolvimento econômico, industrial e empresarial.
O Planejamento Tributário significa o empresário racionalizar a carga tributária, mas o que falta para efetivar tal processo é o verdadeiro saber, as informações claras e precisas, o conhecimento das normas que permitem tal procedimento ser lícito e que não venha trazer questionamentos do fisco, alcançando o verdadeiro resultado, caso contrário ocorrerá o pagamento de multas pecuniárias por erros tributários.
Primeiramente, a análise para um perfeito planejamento tributário é observar no detalhe a estrutura da atividade empresarial; que tipo de empreendimento está sendo realizado; a economia da empresa; a finalidade e os objetivos; depois verificar o tipo de tributação (exemplo pelo Lucro Real, Simples ou Presumido) correspondente que mais poderá favorecer o empresário.
Por isso, a participação do contador é primordial, devendo ser responsável por uma análise cuidadosa das diversas opções determinadas em lei pelos entes federais: União, estados e municípios.
Antes de iniciar a explicação sobre Planejamento Tributário, é importante salientar a necessidade da presença do profissional da área contábil.
Tem o dever de cooperar, coordenar e apontar falhas na execução de um Planejamento Tributário, caso contrário, em vez de busca o menor gasto empresarial estaria prejudicando o desenvolvimento empresarial.
É considerado como um fator fundamental não só para elaboração, mas também na execução, através do comando de operações internas, da responsabilidade em controlar atividades fins e conciliar apurações de tributos existentes em diversos segmentos da Administração Pública, a fim de evitar erros que possam causar prejuízos empresariais.
A Contabilidade é uma ciência social que objetiva o controle do patrimônio das entidades, bem como de seus resultados.
Já o Direito objetiva a interpretação e aplicação das normas jurídicas de relacionamento social nas suas diversas vertentes, sendo também considerada uma ciência social.
Dentre os diversos ramos do Direito, o que se ocupa da ordem pública e, como subdivisão deste, está o Direito Financeiro e Tributário, que se ocupa da normatização da tributação, arrecadação e divisão dos tributos arrecadados pelo Estado.
Neste contexto, a Contabilidade e o Direito possuem forte vinculo tendo em vista a própria conceituação de ciência social e a aplicação da legislação nos diversos segmentos das organizações e mercados, não obstante ao forte impacto da tributação sobre os fluxos financeiros das organizações.
E por isso, a nossa aula 01 teve como finalidade principal facilitar a compreensão e o estudo da Contabilidade em relação às normas a serem aplicadas dentro do contexto empresarial.
A Contabilidade Tributária tem como meta o reconhecimento dos institutos tributários incidentes sobre o patrimônio, sobre as operações e os fatos geradores inerentes às relações ambientais, à luz dos regulamentos comerciais, fiscais e tributário, bem como das normas e princípios contábeis.
Mas especificamente, do ponto de vista das organizações, o objetivo é reconhecer os tributos, registrá-los e cumprir as obrigações principais e acessórias, na forma da Lei, de maneira menos onerosa.
Assim, com o apoio da aula 01 e iniciando o estudo da aula 02, podemos dizer que a Contabilidade Tributária é o ramo responsável pelo controle (reconhecimento, apuração, lançamento ou escrituração e evidenciação) e planejamento do efeito financeiro dos tributos incidentes nas diversas atividades organizacionais ou grupos societários.
Busca harmonizar à atividade empresarial aos direitos e obrigações tributárias, de forma a usufruir dos direitos e cumprir as obrigações sem expor a entidade às possíveis infrações fiscais e legais.
A Contabilidade Tributária é o ramo que estuda e controla as obrigações tributárias da empresa em consonância com a legislação tributária, de forma que possibilite ao empresário analisar a carga de tributos recolhidos pela empresa, permitindo a execução de um Planejamento Tributário e evitando possíveis sanções fiscais.
Conforme ensinamento de Láudio Camargo Fabretti, “é o ramo da Contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da Contabilidade e da legislação tributária de forma simultânea e adequada”.
Assim, podemos interpretar que dentre os principais objetivos da Contabilidade é apurar o resultado econômico do exercício social, demonstrando de forma clara e sintética, para, em seguida, atender de forma extracontábil as obrigações acessórias relacionadas a cada espécie de tributos.
Como por exemplo, das legislações do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social Sobreo Lucro Líquido (CSSLL), determinando a base de cálculo fiscal para a formação das provisões destinadas ao pagamento desses tributos, as quais serão abatidas do resultado econômico (Contábil), para determinação do lucro líquido à disposição dos acionistas, sócios ou titular de firma individual.
Neste contexto, para a manutenção da legalidade e da eficácia das principais funções gerenciais de uma organização, é essencial que o empresário mantenha uma boa Contabilidade, utilizando as suas diversas vertentes: Contabilidade de Financeira, Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial e Contabilidade Tributária e, entre outras.
Deve utilizá-las de forma integrada, para a eficácia das informações de controle, para subsidiar o planejamento e para a manutenção da legalidade do empreendimento.
Para entender o processo de Planejamento Tributário, deve-se compreender que o objetivo maior é realizar uma gestão tributária, que significa o processo de gerenciamento dos aspectos tributários de uma determinada empresa.
A finalidade é de adequação e planejamento, visando controle das operações que tenham relação direta com tributos. Atuando na gestão sobre o departamento de tributos da respectiva empresa, e também em setores diversos como departamento comercial.
Para obter um sucesso na questão da gestão tributária, não se deve focar apenas nas questões inerentes, mas também em setores que agregam a este sob vários pontos, assim ligar e correlacionar os setores dentro de uma empresa é fundamental para gerir o empreendimento e obter o sucesso. A finalidade é o trabalho em conjunto e não isolado.
O maior objetivo de uma gestão tributária é saber administrar, e isso significa para o mundo empresarial:
- Corrigir possíveis erros de interpretação e execução no cumprimento das obrigações e rotinas fiscais na empresa;
- Evitar contingências fiscais (multas e sanções), bem como o pagamento indevido de tributos;
- Implementar formas lícitas de economia tributária.
Infelizmente, no Brasil, existe um excesso de tributação que inviabiliza muitas operações e cabe ao administrador tornar possível, em termos de custos, a continuidade de determinados produtos e serviços, em um preço compatível com o que o mercado consumidor deseja pagar.
Mas somente este procedimento não é suficiente, já que existem também uma variedade de normas na área tributária que dificultam o seu entendimento e aplicação, pois são oriundas dos entes da federação (União, Estados e municípios), por isso, a presença do contador para decifrar esse caminho entrelaçado de normas, leis, decretos, instruções normativas, que são alteradas a cada segundo.
Estando diante das obrigações acessórias – que um empresário em relação à sua atividade tem a obrigação de cumprir - sob risco de sofrer penalidade pecuniária, o contador passa a ser o profissional que ilumina o fim do túnel para que não seja colocado em perigo o empreendimento.
“O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la.” (Fonte: http://www.portaltributario.com.br/planejamento.htm).
O princípio constitucional não deixa dúvidas que, dentro da lei, o contribuinte pode agir no seu interesse. Planejar tributos é um direito tão essencial quanto planejar o fluxo de caixa, fazer investimentos etc.
A efetivação de um planejamento tributário é o que permite a racionalização da carga tributária a ser suportada. No entanto, a implantação do Planejamento Tributário esbarra, na falta de informação da classe empresarial sobre como a adoção de tal conduta poderia beneficiar seu empreendimento, levando-o a otimizar a aplicação dos recursos disponíveis. Sendo de se ressaltar que o planejamento, de um modo geral, é imprescindível para o alcance e manutenção de bons resultados.
O Planejamento Tributário deve ser fundamentado em estudos e implementações de opções lícitas a serem realizadas pelo sujeito passivo da relação jurídica tributária. A finalidade é evitar a ocorrência do fato gerador que o coloque como contribuinte em potencial, ou caso contrário a redução da carga tributária pelo meios legais da norma tributária.
Para a obtenção dos objetivos necessários se faz o conhecimento das leis, das normas constitucionais e infraconstitucionais; estar diante do Direito como fonte esclarecedora dos procedimentos evitando assim que a conduta proposta seja considerada ilícita.
(Vide art. 1º., V; 5º., II; 150, I; 170, IV, Constituição Federal de 1988).
Com base no trabalho realizado pela revista eletrônica Qualit@s, a explicação sobre Planejamento Tributário fica mais evidente que depende de um conjunto de atividades inseridas para obtenção do sucesso.
Com base no art. 116, parágrafo único, do CTN: [...] A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
[...] a elisão só será lícita se o indivíduo não manipular a forma jurídica prevista na lei para a prática do ato. Todavia, se a pessoa abusa da forma jurídica, ou seja, adota uma forma jurídica atípica visando a não pagar tributo ou pagar a menor, sua conduta será ilícita. A conduta será ilícita, por exemplo, quando a pessoa pretende fazer doação de um bem imóvel, mas considerando que o imposto será mais gravoso que a alienação onerosa, adota a forma jurídica de compra e venda para revestir o ato, pagando menos imposto. Se o fisco conseguir provar que a relação econômica ínsita no ato é de transferência gratuita de riquezas, pode tributar o ato como tal e cobrar o imposto sobre doação, não obstante a forma jurídica de compra e venda empregadas pelas partes para revestir o ato.
Elisão Tributária, assim chamada a conduta lícita, praticada pelo contribuinte com o objetivo de impedir a realização do fato gerador ou reduzir a carga tributária sobre determinada operação comercial ou financeira, praticando outro ato ou negócio jurídico, comumente atípico ou incomum, que não se assume perfeitamente à hipótese de incidência tributária, mas que, todavia, atinge resultado econômico e/ou jurídico idêntico ou semelhante àquele do ato ou negócio típico ou usual que estaria submetido à norma de incidência tributária.
Já a evasão tributária ocorre com a realização de conduta ilícita, tais como a simulação, o dolo e a fraude de um modo geral, ou seja, os atos ou negócios ilícitos, tanto sob a ótica penal quanto cível.
Segundo Felipe Faria de Oliveira, em sua obra, A elisão fiscal como elemento inerente à intervenção estatal. Revista Tributária e de Finanças Públicas n° 73-março/abril de 2007, p. 110-112.
“Cumpre-nos, neste momento, diferenciar a elisão fiscal de outro instituto comumente confundido com aquela: a evasão fiscal.
Conforme vimos, consiste a elisão em uma prática lícita que evita a ocorrência da incidência tributária, garante uma incidência de menor expressão pecuniária ou, ainda, retarda o pagamento.
Por outro lado, a evasão tributária é caracterizada pela sua ilicitude, pelo não pagamento antijurídico de um tributo devido ao Fisco.
Forma de identificação pragmática e de fácil operacionalização é aquela adotada por quase toda a doutrina pátria, consistente na verificação do momento da atuação do contribuinte.
Se anterior ao fato gerador, evitando-o trata-se de elisão fiscal. Se posterior ao fato gerador, será evasão, com a consequente tentativa de ludibriar a administração tributária.”.
Dessa forma, nas práticas evasivas há a ocorrência do fato gerador tributário, gerou-se a obrigação de pagamento. No entanto, por meio de um ardil, o contribuinte furta ou tenta se furtar de sua obrigação legal.
Na seara tributária,destacam-se os princípios da legalidade, tipicidade tributária e livre iniciativa econômica.
São três as finalidades do Planejamento Tributário:
Evitar a incidência do fato gerador do tributo. Exemplo: substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros, pois a partir de janeiro de 1996 eles não sofrem incidência do IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na Fonte (até 27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore.
Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo do tributo. Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão (com limite em R$) ou efetuar as deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada etc. Você certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um maior valor a restituir).
Retardar o pagamento do tributo, adiando o seu pagamento, sem a ocorrência de multa. Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subsequente. Com isto, ganha-se 30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar IPI.
No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo, todo o seu valor poderá ser utilizado para "liberar" os prejuízos fiscais não operacionais de períodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real admitida para compensação não seja suficiente ou que tenha sido apurado prejuízo fiscal.
Nesse caso, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais, até o limite dos lucros não operacionais, que não puder ser compensada com o lucro real, seja em virtude do limite de 30% acima referido ou de ter ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das atividades operacionais, podendo, a partir de então, ser compensada sem a análise quanto à composição do lucro.
Portanto, para fins de planejamento tributário, sempre é interessante estar atento à possibilidade de transferência de prejuízos não operacionais para prejuízos operacionais, viabilizando uma recuperação mais rápida do direito de compensação dos prejuízos, independentemente da existência ou não de lucros não operacionais nos exercícios subsequentes.
Aula 03: Legislação Tributária Federal
Objetivos:
- Identificar a Legislação Tributária Federal;
- Reconhecer a aplicação da Legislação Tributária Federal, bem como otimizar os custos empresariais;
- Relacionar as questões jurídicas empresariais com a Administração Pública;
- Verificar sobre as questões da dívida ativa e certidões negativas.
	Premissa:
	Analisemos o art. 96 do CTN:
	Art.96 – A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
	A Legislação Tributária é composta pela Constituição Federal Originária, Emendas Constitucionais, Leis Complementares, Leis ordinárias, Decretos Legislativos e demais Instrumentos Introdutórios de Normas no sistema – sendo esses instrumentos, os primários e os secundários – desde que estes últimos (os secundários) não contrariem os primários, e sejam expedidos por autoridade competente.
	Com base na Constituição Federal, compete:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
A Legislação Tributária Federal pode ser obtida na Secretaria da Receita Federal.
Os Tributos existentes no Brasil têm cada vez mais influenciado a relação entre o Estado (aquele que possui o poder de arrecadar, fiscalizar e impor) e o Empresário (aquele que é considerado como o sujeito passivo da relação, ou seja, tem o dever e a obrigação de pagar os tributos exigidos pelo Estado).
Segundo Giannini, citado por Hein e Paetzold (2003), tributo provém do verbo latino tribuere que significa dividir ou repartir entre as tribos. Popularmente, a palavra passou a ter o sentido de distribuir, repartir ou dividir. Tributo (como a modificação dos tributos no Brasil se tornou uma constância, onde sempre ocorre aumento nas alíquotas, ou o surgimento de novas formas de arrecadação, o Empresário tem o dever de analisar, de forma bem planejada, como administrar esta relação, a fim de buscar o sucesso no empreendimento), assim, consiste na carga pública distribuída entre o povo (tribo), podendo ser caracterizada, também, como uma exigência da autoridade para com os seus subordinados, a fim de atender o interesse coletivo.
Infelizmente, a existência dos tributos tem sua origem juntamente com o surgimento da sociedade, a fim de manter a ordem social, proporcionando o bem-estar, ou seja, o Estado para manter os fins jurídicos e sociais, o mesmo necessita de recursos, que deverão ser adquiridos através do patrimônio da sociedade.
É claro, que no Brasil, as regras são impostas pela nossa Carta Magna que aufere à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios autonomia política, administrativa e financeira para impor à sociedade o cumprimento das obrigações acessória e principal.
Além de taxas, contribuições de intervenção e outros tributos (assim considerados), como o FGTS e as demais contribuições previdenciárias, o Empresário que não realiza devidamente suas obrigações tributárias está sujeito à dívida ativa:
Obrigações Tributárias – A PGFN efetua a cobrança, por força do art. 12, da Lei Complementar n° 73, de 10 de fevereiro de 1973, e do art. 1°, do Decreto-Lei n° 147, de 3 de fevereiro de 1967, dos créditos inscritos em dívida ativa da União, tributários ou não tributários, que tem origem em diversos órgãos da administração pública federal, bem como do créditos não tributários do FGTS, por força do art. 2º, da Lei n.° 8.844 de 20 de janeiro de 1994, que são ditos órgãos de origem, tais como: Caixa Econômica Federal, Departamento de Polícia Federal, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Justiça Federal, Justiça Militar, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Defesa, Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça, Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério do Trabalho e Emprego, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Tribunal Marítimo.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN – é um órgão vinculado à Advocacia Geral da União – AGU –, e integrante da estrutura administrativa do Ministério da Fazenda.
Dentre as suas principais atribuições estão a apuração, a inscrição e a cobrança dos créditos devidos à Fazenda Nacional.
Observação: Além das atribuições anteriormente descritas, é também competência da PGFN a defesa da Fazenda Nacional em processos judiciais interpostos por contribuintes que versem sobre matéria tributária.
Por fim, a PGFN também exerce a função de assessoria jurídica do Ministério da Fazenda. No entanto, para os objetivos buscados nesta, focaremos apenas nas atribuições acima descritas.
Compreender a legislação tributária é, ao mesmo tempo, entender todos os critérios determinados na nossa Carta Magna quanto à questão da autonomia (administrativa, fiscal e arrecadatória) dada aos entes da Federação no tocante à obtenção de receitas derivadas do sujeito passivo, exigindo assim, o cumprimento da obrigação acessória e principal.
O não cumprimento das obrigações ensejará uma dívida entre o contribuintee o Fisco. Para evitar tal fato negativo, o Planejamento Tributário Empresarial, no âmbito do cumprimento dos deveres e das obrigações tributárias, acerca dos tributos federais, é essencial para o sucesso do empreendimento (além disso, compreender as possibilidades que podem surgir de uma diminuição ou até mesmo o não pagamento do tributo, de forma legal, faz com que atividade empresarial ainda possa permanecer em desenvolvimento em nosso país).
Infelizmente, os tributos existentes no Brasil têm cada vez mais influenciado a relação entre o Estado e o Empresário, relação esta que cada vez mais fica abalada, por conta da oscilação da carga tributária, do aumento das alíquotas e pelas divergências na forma de arrecadação.
A legislação tributária federal comporta todos os tributos no âmbito federal, que são passíveis de arrecadação em decorrência do fato gerador, e com isso, alguns Empresários são surpreendidos por tamanha divergência.
Os Tributos Federais, no Brasil, constituem-se numa gama extensa de tributos arrecadados pela União, previstos pela Constituição Federal, entre os quais:
Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
Imposto sobre a Exportação (IE);
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
Imposto sobre Operações de Crédito (IOF);
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR – pessoa física e jurídica);
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
Programa de Integração Social (PIS).
Além de taxas, contribuições de intervenção e outros tributos (assim considerados), como o FGTS e as demais contribuições previdenciárias.
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela Lei nº 7.689/1988.
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei nº 8.981, de 1995, art. 57).
Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma escolhida (não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido. Escolhida a opção, deverá proceder à tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, pela forma escolhida).
Imposto de Exportação:
Segundo a Constituição Federal (art. 153, II), o Imposto de Exportação é de competência exclusiva da União.
Tem como fato gerador a saída de produto nacional ou nacionalizado do território nacional.
Uma de suas características é a cobrança com função fiscal e regulatória, não só na medida em que se presta a arrecadação, mas também de acordo com a variação de suas alíquotas, à disciplina do fluxo de exportação.
Características:
O imposto de exportação não se sujeita ao princípio da anterioridade, podendo ser alterado no mesmo exercício financeiro.
É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do IE.
No CTN - Código Tributário Nacional - encontramos as regras e as disciplinas para o imposto em seus artigos 23 a 28.
Na legislação ordinária, temos o Decreto-lei nº. 1.578/77, que dispõe sobre o imposto de exportação.
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural:
O ITR é previsto constitucionalmente, através do inciso VI do art. 153 da Constituição Federal.
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
Considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município.
A legislação que rege o ITR é a Lei 9.393/1996 e alterações subsequentes.
IOF – Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários:
O IOF incide sobre:
I - operações de crédito realizadas:
a) por instituições financeiras;
b) por empresas que exercem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
c) entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
II - operações de câmbio;
III - operações de seguro realizadas por seguradoras;
IV - operações relativas a títulos ou valores mobiliários;
V - operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial.
Não incidências:
Não se submetem à incidência do IOF as operações realizadas por órgãos da administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e, desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades, as operações realizadas por:
I - autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - templos de qualquer culto;
III - partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores e instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado.
Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito. São responsáveis pela cobrança do IOF e pelo seu recolhimento ao Tesouro Nacional:
I - as instituições financeiras que efetuarem operações de crédito;
II - as empresas de factoring adquirentes do direito creditório;
III - a pessoa jurídica que conceder o crédito, nas operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros.
Imposto de Renda – Pessoa Jurídica:
São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): 
I – as pessoas jurídicas;
II – as empresas individuais.
As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 9.430/96, art. 60).
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas (Constituição Federal, art. 173 § 1º).
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros.
Suas disposições estão regulamentadas pelo Decreto 7.212/2010 (RIPI/2010).
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação "NT" (não tributado).
PIS – Programa de Integração Social:
O PIS foi criado pela Lei Complementar 07/1970.
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Federal (Lei 9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007).
A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/98, a base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.
A alíquota do PIS é de 0,65% ou 1,65% (a partir de 01.12.2002 - na modalidade não cumulativa - Lei 10.637/2002) sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários,nos casos de entidades sem fins lucrativos. 
Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada (veja tópicos específicos sobre alíquotas de determinados setores, no Guia Tributário Online).
Prazo de Pagamento – PIS:
A partir da competência janeiro/2007, o PIS e a COFINS serão recolhidos até o dia 20 do mês seguinte ao da competência (o último dia útil do segundo decêndio subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador).
Antecipa-se o recolhimento se o dia 20 não houver expediente bancário.
Até a competência dezembro/2006 (vencimento janeiro/2007), o recolhimento do PIS e da COFINS era feito até o último dia útil da primeira quinzena (dia 15 ou o último dia útil anterior, se o dia 15 não for útil) do mês seguinte ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
Para os importadores de cigarros, o recolhimento das contribuições do PIS e COFINS (tanto em relação à contribuição própria quanto da substituição tributária) deverá ser efetivada na data do registro da declaração de importação no SISCOMEX (art. 53 e 54 da Lei 9.532/97).
Aula 04: Legislação Tributária Estadual e Municipal
Objetivos:
- Identificar a Legislação Tributária Estadual e Municipal;
- Reconhecer a aplicação da Legislação Tributária Estadual e Municipal bem como otimizar os custos empresariais;
- Relacionar as questões jurídicas empresariais com a Administração Pública;
- Avaliar a arrecadação do ICMS.
Impostos dos Estados: 
Aos estados e ao Distrito Federal cabem os seguintes impostos:
Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS – Fato Gerador: é a circulação de mercadoria (inclui minerais, combustíveis e energia elétrica), a prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e a prestação de serviços de comunicação (somente quando a comunicação for onerosa). Contribuinte: é aquele que promover a operação ou a prestação objeto de incidência do imposto. Base de Cálculo: é o valor da operação de circulação de mercadoria ou da prestação de serviço. Alíquotas: tem limites fixados pelo Senado Federal e suas reduções são condicionadas à aprovação de todos os estados mediante convênio; variam conforme as regiões do país e de acordo com a natureza do produto. Não cumulatividade: ao final de cada período de apuração, o contribuinte, por mecanismo de débito e crédito, deduz do imposto relativo às operações que praticou o imposto já pago em operações ou prestações anteriores.
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA – Fato Gerador: é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (aeronaves, embarcações, automóveis, caminhões, motocicletas, enfim, qualquer veículo cuja propulsão dependa de motorização). Contribuinte: é o proprietário do veículo. Base de Cálculo: é o valor venal do veículo. Alíquotas: diferem conforme a espécie de veículo.
O ICMS é de competência dos estados e do Distrito Federal. Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e 102/2000. 
Aos municípios cabem os seguintes impostos:
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) – Fato Gerador: É a propriedade de imóvel situado na zona urbana do município. Contribuinte: é o proprietário do imóvel. Base de Cálculo: é o valor venal do imóvel. Alíquotas: São estabelecidas pela lei municipal, em geral maiores para os imóveis não construídos (terrenos).
Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (não compreendidos na área de incidência do ICMS) – ISS – Fato Gerador: É a prestação de serviços que não estejam compreendidos na área de incidência do ICMS. Contribuinte: é o prestador do serviço. Base de Cálculo: é o valor do serviço prestado. Alíquotas: São fixadas pela legislação municipal.
Taxas – A taxa é um tributo que exige a atuação estatal direta em relação ao contribuinte; seu pagamento representa a contrapartida de determinado serviço prestado pelo poder público. Taxa de Polícia – quando decorrem do exercício do poder de polícia pelo ente estatal (ex.: fornecimento de alvará de licença de localização e funcionamento, alvará de construção etc.); Taxas de Serviços – quando decorrem de serviço público específico e divisível utilizado pelo contribuinte ou posto à sua disposição (ex.: coleta de lixo).
ISS – Aspectos Gerais e Lista de Serviços:
O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. (Ver: http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lc116.htm)
O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo Decreto - Lei 406/1968 e alterações posteriores. A partir de 01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar 116/2003.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – A contribuição social é a fonte de financiamento do sistema de seguridade social, responsável pelos serviços prestados pelo Estado em decorrência dos direitos sociais inseridos na Constituição Federal.
Entre as contribuições sociais existentes no país, encontram-se: FGTS, PIS, PASEP, FUNRURAL, COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), etc.
Com respeito aos impostos indiretos, cujo pagamento, em última análise, recai sobre o consumidor final, os documentos fiscais que o contribuinte de direito – aquele que efetua o recolhimento do tributo - deve emitir nas operações sujeitas à incidência têm fundamental importância para o controle da arrecadação e para a apuração de valores sonegados ao Estado.
Cada imposto estabelece as espécies de documento fiscal que devem ser utilizadas pelo contribuinte, sendo que alguns impostos se servem de documentos já exigidos por outros.
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:
I – importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento;
II – seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
III – adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas;
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
Substituição Tributária:
A lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário.
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro estado, que seja contribuinte do imposto.
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou serviços previstos em lei de cada estado. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fator gerador presumido, que não se realizar.
Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 90 dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. Parágrafo 1 do art. 10 da Lei Complementar87/96.
Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de 15 dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis.
“O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável...”, (ver PDF).
O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro estado.
É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento.
Aula 05: Legislação Trabalhista e Previdenciária
Objetivos:
- Identificar a aplicação da Legislação Trabalhista e Previdenciária no Planejamento Tributário e na carga tributária empresarial;
- Reconhecer a prática trabalhista na Constituição Federal, o seguro-desemprego, o FGTS, o piso salarial, as horas extras, o 13º salário, a participação nos lucros, o plano de benefícios e de custeio;
- Relacionar as questões sobre planejamento tributário e do Direito do Trabalho.
Ver PDF: Encargos Incidentes sobre a Folha de Pagamento.
Agenda de Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias:
Salário: O empregador deve efetuar o pagamento de salários aos empregados até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Para a legislação trabalhista o sábado é considerado dia útil. Caso o 5º dia útil seja um sábado e a empresa não trabalhe aos sábados, o pagamento deverá ser efetuado na sexta-feira, de acordo com o art. 465 da CLT.
CAGED: Encaminhar até o dia 7 do mês subsequente, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), através de meio eletrônico, com utilização do aplicativo correspondente fornecido pelo MTB.
INSS: Recolher as contribuições relativas à Previdência Social de acordo com o cronograma.
PIS – Cadastramento: Cadastrar, imediatamente após a admissão, os empregados ainda não cadastrados no PIS/PASEP.
FGTS: Recolher até o dia 7, se não houver expediente bancário neste dia, recolher no 1º dia útil anterior os depósitos relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, incidente sobre a remuneração do mês anterior (Lei nº 8.036/90).
CIPA: Realizar as reuniões mensais em local apropriado e durante o expediente de trabalho, obedecendo ao calendário anual.
Exame Médico: A periodicidade da realização dos exames médicos ocupacionais, conforme NR – 7.
Acidente de Trabalho: Comunicar à Previdência Social os acidentes do trabalho no 1º dia útil subsequente ao da ocorrência.
Vale Transporte: Fornecer o vale-transporte de acordo com a opção exercida pelo empregado.
Salário Família: Preencher a Ficha de Salário-família e o Termo de Responsabilidade para os filhos dos empregados nascidos durante o mês, juntando a certidão de nascimento ou documentação relativa ao equiparado ou ao inválido. Para os filhos até 6 anos de idade o empregado deverá apresentar, no mês de novembro, o atestado de vacinação ou documento equivalente e para os filhos a partir de 7 anos de idade, comprovante de frequência escolar nos meses de maio e novembro. No caso de menor inválido, que não frequenta a escola por motivo de invalidez, deve ser apresentado atestado médico confirmando este fato.
GPS – Guia da Previdência Social: O empregador deve encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados, até o dia 20 de cada mês, cópia da GPS, das contribuições recolhidas ao INSS, relativamente à competência anterior. Nota: entendemos que, diante da prorrogação do prazo do recolhimento do INSS, para o dia 20, conforme MP 447/2008 (convertida na Lei 11.933/2009), a entrega da cópia da GPS ao sindicato poderá ser efetuada no próprio dia do recolhimento ou no dia útil subsequente.
Contribuição Sindical dos empregados: Os empregadores devem descontar a contribuição sindical dos empregados, admitidos no mês anterior e ainda não recolhida por outra empresa, referente ao ano financeiro em curso, e recolhê-las até o último dia útil do mês seguinte.
PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador: A adesão ao PAT poderá ser efetuada a qualquer tempo e terá validade a partir da data de registro do formulário de adesão na ECT ou via internet, por prazo indeterminado, podendo ser cancelada por iniciativa da empresa beneficiária ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em razão da execução inadequada do Programa.
	Mês do Ano
	Obrigações Trabalhistas
	Janeiro
	13º Salário
Efetuar, até o dia 10 (dez), o ajuste relativo ao 13º Salário pago aos empregados com salário variável. Obs.: os empregados que pretendam receber a metade do 13º salário por ocasião das férias devem requerê-lo à empresa, durante o mês de janeiro.
	
	Acidentes do Trabalho
A empresa deve encaminhar, até o dia 31 de janeiro, ao órgão local do MTB, mapa com avaliação anual dos dados relativos a acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade.
	
	Salário Educação
As empresas optantes pelo sistema de aplicação direta do salário educação deverão renovar sua opção mediante preenchimento do Formulário Autorização de Manutenção do Ensino – FAME.
	
	Contribuição Sindical da Empresa
As empresas no mês de janeiro devem recolher aos respectivos sindicatos de classe a contribuição sindical.
	
	Entidade Beneficente de Assistência Social – Plano de Ação
A entidade beneficente de assistência social deverá apresentar ao INSS, até o dia 31 de janeiro, o Plano de Ação das Atividades a serem desenvolvidas durante o ano em curso (Esta obrigação foi Revogada pela Instrução Normativa RFB nº 1.027, de 22 de abril de 2010).
	
	Contribuição Sindical Rural
No mês de janeiro, recolhe-se a contribuição sindical rural patronal.
	
	GFIP Declaratória 13º Salário
Entrega das informações dos fatores geradores de contribuições previdenciárias relativos ao 13º salário pago no mês de dezembro do ano anterior, informando obrigatoriamente em GFIP como competência 13.
	Fevereiro
	DIRF – Declaração do Imposto de Renda na Fonte
A DIRF é uma obrigação de informar à Receita Federal as retenções do imposto de renda, tanto de salários como de outros rendimentos. Devem também ser remetidos, aos respectivos beneficiários.
	
	Contribuição Sindical dos Autônomos e Profissionais Liberais
Os autônomos e profissionais liberais devem no mês de fevereiro efetuar o pagamento da contribuição sindical às respectivas entidades de classe.
	
	Indústrias da Construção – Anexo II – Resumo Anual
As indústrias da construção devem enviar, via postagem, o Anexo II – Resumo Anual da NR 18 (Condições, Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) até o último dia útil do mês de fevereiro.
	Março
	RAIS – Relação Anual de Informações Sociais
Os empregadores são obrigados a entregar anualmente, conforme prazo estipulado por cronograma de entrega do TEM, a RAIS devidamente preenchida.
	
	Contribuição Sindical dos Empregados
Dos salários de março desconta-se a contribuição sindical devida anualmente pelos empregados aos respectivos sindicatos de classe, associados ou não.
	
	Engenharia e Medicina do Trabalho – Serviço Único
Os empregadores optantes por serviço único com engenharia e medicina do trabalho obrigam-se a elaborar e submeter à aprovação do órgão local do MTB, até 30 de março, um programa bienal de Segurança e Medicina do Trabalho a desenvolver.
As empresas novas, instaladas após 30 de março de cada exercício, podem constituir e elaborar, respectivamente, os citados serviços e programa, no prazo de 90 dias a contar da instalação.
	Abril
	Contribuição Sindical dos Empregados – Recolhimento
Em abril, recolhe-se a contribuição sindical descontada dos empregados em março.
	
	Entidade Beneficente de Assistência Social
A Entidade Beneficentede Assistência Social está obrigada a apresentar, anualmente, até 30 de abril, ao INSS de sua sede, relatório circunstanciado de suas atividades no exercício anterior. O Ato Declaratório Executivo Codac nº 28/2010, concomitantemente ao inciso II do art. 7º da IN SFB 1027/2010, excluiu esta obrigação da agenda tributária do mês de abril.
	Maio
	Contribuição Sindical – Relação – Entrega
Os empregadores que recolhem a contribuição sindical dos empregados em abril remetem, dentro de 15 dias contados da data de recolhimento, ao sindicato da categoria profissional ou, na falta deste, ao órgão local do TEM, relação nominal dos empregados contribuintes, indicando a função de cada um, o salário e o valor recolhido. A relação pode ser substituída por cópia da folha de pagamento.
	
	Salário-Família – Documentação a ser apresentada
Para o pagamento do salário-família, o empregado deverá apresentar neste mês o comprovante de frequência à escola das crianças a partir de 07 anos.
	
	Contribuição Sindical Rural
No mês de maio recolhe-se a contribuição sindical rural das pessoas físicas.
	Novembro
	13º Salário – 1ª Parcela
Até o dia 30 de novembro, o empregador deve pagar a 1ª parcela do 13º salário, salvo se o empregado a recebeu por ocasião das férias.
	
	Salário-Família – Documentação a ser apresentada
Para o pagamento do salário-família, o empregado deverá apresentar neste mês o comprovante de frequência à escola das crianças a partir de 07 anos de idade e o atestado de vacinação ou documento equivalente para crianças até 06 anos.
	Dezembro
	13º Salário – 2ª Parcela
Deve ser efetuado até o dia 07 de dezembro o depósito do FGTS incidente sobre o pagamento da 1ª parcela do 13º salário. 
Até o dia 20 de dezembro, o empregador deverá pagar a 2ª parcela do 13º salário, deduzindo, após o desconto dos encargos incidentes, o valor referente à 1ª parcela.
A Contribuição Previdenciária referente ao valor total do 13º salário também deve ser recolhida até o dia 20.
Outras obrigações:
Existe ainda uma obrigação semestral que é o Salário-Educação – Cadastro de Alunos: 
Os empregadores enviam ao FNDE o Cadastro de Alunos, devidamente atualizado ou preenchido, indicando nominalmente os beneficiários atendidos.
Obrigações Anuais:
CIPA – as empresas, em função do número de empregados e do grau de risco, obrigam-se a organizar e a manter em funcionamento, por estabelecimento, uma CIPA, havendo eleições anualmente.
SIPAT – as empresas, obrigadas a constituir CIPA, devem realizar anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT).
Vale-Transporte – o empregado, para receber o vale-transporte, deve informar ao empregador, por escrito: endereço residencial, serviços e meios de transporte mais adequados ao deslocamento residência/trabalho e vice-versa. As informações devem ser atualizadas anualmente ou sempre que ocorrer alteração das circunstâncias mencionadas.
Atualização das Certidões Negativas – é importante que os empregadores mantenham atualizadas as certidões negativas de débito junto aos órgãos Federais.
Atualizações no Sistema da Folha de Pagamento – todo sistema de folha de pagamento precisa de parametrizações que influenciam diretamente no cálculo da folha de pagamento, nas provisões de férias e 13º salário, na apuração dos encargos sociais a serem recolhidos e etc.
Livros Trabalhistas – Livro Registro de Empregados – obrigatoriedade:
O empregador é obrigado a efetuar o registro dos seus empregados em livro, fichas próprias ou sistema eletrônico, independentemente da atividade desenvolvida. Essa obrigatoriedade é observada em relação a todos os empregados, sejam eles urbanos, rurais, aposentados que retornam à atividade, menores de 18 e maiores de 16 anos de idade, estrangeiros etc.
Livro de Inspeção do Trabalho – obrigatoriedade – formalidades legais:
As empresas sujeitas à inspeção do trabalho são obrigadas a possuir o livro denominado “inspeção do trabalho”, a fim de que nele seja registrada, pelo agente da inspeção, sua visita ao estabelecimento, declarando a data e a hora de início e término desta, assim como o resultado da inspeção.
No livro, serão registradas ainda, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigências feitas com os respectivos prazos para seu atendimento, devendo ser anotados, também, pelo agente da inspeção, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional.
Havendo mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, as empresas deverão possuir tantos livros quantos forem os seus estabelecimentos, devendo permanecer cada livro no correspondente estabelecimento, vedada sua centralização.
O livro deve conter 100 folhas numeradas tipograficamente. As folhas de nº 1 e nº 100 conterão, respectivamente, os termos de abertura e encerramento. As microempresas e as empresas de pequeno porte encontram-se desobrigadas da manutenção do “livro de inspeção do trabalho”.
Cartão de Ponto – necessidade ou não da assinatura do empregado?
Esta é uma das mais frequentes dúvidas existentes no departamento de pessoal das empresas.
Afinal, é ou não obrigatório colher a assinatura do empregado no registro de ponto (cartão, livro ou registro eletrônico)?
O § 2º do art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que: para os estabelecimentos com mais de 10 trabalhadores, é obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída do empregado em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.
Quadro e horário de trabalho:
O horário de trabalho dos empregados constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o qual deverá ser afixado em lugar bem visível. O quadro de horário a ser utilizado é o aprovado pela Portaria nº Scm-576, de 06.01.1941, adiante reproduzido.
Caso não seja adotado horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma, o quadro será discriminativo. Sendo único, o horário permanece como modelo de quadro aprovado pela mencionada Portaria. Não obstante o anteriormente exposto, lembramos que a empresa que adotar registros manuais, mecânicos ou eletrônicos individualizados de controle de horário, contendo a hora de entrada e de saída, bem como a pré-assinalação do período destinado a repouso ou alimentação, fica dispensada do uso de quadro de horário.
Quando a jornada de trabalho for executada integralmente, fora do estabelecimento do empregador, o horário de trabalho constará também de ficha, papeleta ou registro de ponto, que ficará em poder do empregado. As microempresas e as empresas de pequeno porte estão dispensadas, dentre outras obrigações, da afixação de quadro de trabalho em suas dependências, conforme disposto na Lei Complementar nº 123/2006 , art. 51 , inciso I.
Informações obrigatórias ao fisco:
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Finalidade – empresas abrangidas: Com a finalidade de propiciar ao governo elementos para a apuração do fluxo do movimento de mão de obra do país, instituiu-se, em caráter permanente, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o registro das admissões e dispensas de empregados nas empresas abrangidas pelo sistema da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A fim de possibilitar tal registro, estabeleceu-se, para estas empresas, a obrigatoriedade de comunicar, mensalmente ao MTE, todas as admissões e dispensas ocorridas. O cadastro permanente das admissões e dispensas de empregados foi instituído pela Lei nº 4.923, de 28.12.1965.
RAIS – Relação Anual de Informações Sociais: Os empregadores são obrigados a entregar, no prazo a contar do mês de janeiro, a RAIS devidamente preenchida. Para o exercício 2008, as regras para a entrega da RAIS (ano-base 2007) estão previstas na Portaria MTE nº 651/2007.
GEFIP: Guia de Recolhimento ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social e SEFIP - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTSe Informações à Previdência Social. A lei nº 9.528/97 introduziu a obrigatoriedade de apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP. Desde a competência janeiro de 1999, todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao recolhimento do FGTS, conforme estabelece a lei nº 8.036/90 e legislação posterior, bem como às contribuições e/ou informações à Previdência Social, conforme disposto nas leis nº 8.212/91 e 8.213/91 e legislação posterior, estão obrigadas ao cumprimento desta. Deverão ser informados os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições previdenciárias e valores devidos ao INSS, bem como as remunerações dos trabalhadores e valor a ser recolhido ao FGTS. A empresa está obrigada à entrega da GFIP ainda que não haja recolhimento para o FGTS, caso em que esta GFIP será declaratória, contendo todas as informações cadastrais e financeiras de interesse da Previdência Social. 
A GFIP deverá ser entregue/recolhida até o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga, creditada ou se tornou devida ao trabalhador e/ou tenha ocorrido outro fato gerador de contribuição à Previdência Social. Caso não haja expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente. 
GEFIP:
Orientações para preenchimento: As orientações para o correto preenchimento da GFIP – meio magnético (SEFIP) - e demais informações sobre o assunto estão minuciosamente detalhadas no Manual da GFIP.
Estão desobrigados de entregar a GFIP:
• o contribuinte individual sem segurado que lhe preste serviço; 
o segurado especial; 
• os órgãos públicos em relação aos servidores estatutários filiados a regime próprio de  previdência social; 
• o empregador doméstico que não recolher o FGTS para o empregado doméstico;
• o segurado facultativo.
Penalidades: Deixar de apresentar a GFIP, apresentá-la com dados não correspondentes aos fatos geradores, bem como apresentá-la com erro de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores, sujeitarão os responsáveis às multas previstas na lei nº 8.212/91 e alterações posteriores, e às sanções previstas na lei nº 8.036/90.
Nos casos acima, a correção da falta, antes de qualquer procedimento administrativo ou fiscal por parte do INSS, caracteriza a denúncia espontânea, afastando a aplicação das penalidades previstas.  O pagamento da multa pela ausência de entrega da GFIP não supre a falta deste documento, permanecendo o impedimento para obtenção de Certidão Negativa de Débito – CND.
Retificações: As informações prestadas incorretamente devem ser corrigidas por meio do próprio SEFIP a partir de 01/12/2005, conforme estabelecido no Capítulo V, do Manual da GFIP, aprovado pela Instrução Normativa MPS/SRP 09/2005 e pela Circular Caixa 370/2005.
Os fatos geradores omitidos devem ser informados mediante a transmissão de novo arquivo SEFIPCR.SFP, contendo todos os fatos geradores, inclusive os já informados, com as respectivas correções e confirmações.
Para a retificação de informações, observar as orientações sobre chave de GFIP/SEFIP e modalidades, nos subitens 7.1 e 7.2 no Capítulo I do Manual da GFIP.
No movimento com retificação de informações, será gerada uma GPS – Guia da Previdência Social com base na totalidade dos fatos geradores e demais informações. Caso tenham sido recolhidos anteriormente valores devidos à Previdência, no todo ou em parte, esta GPS não deverá ser utilizada.
Aula 06: Legislação Empresarial
Objetivos:
- Identificar as principais características entre Legislação Empresarial e Direito Empresarial;
- Reconhecer os conflitos empresariais/tributários entre clientes, fornecedores e concorrentes através da aplicação dos conceitos e regras;
- Relacionar o contexto empresarial sob a ótica dos títulos de crédito e da lei de recuperação judicial e extrajudicial nos contatos empresariais; e
- Analisar o direito e o conflito; os aspectos relevantes do Código de Defesa do Consumidor.
Esta aula nos desperta para uma nova ótica empresarial, demonstrando com isso que não basta apenas a vontade, o desejo e o querer ser empresário, é muito mais... é fazer valer os investimentos, as relações com novos credores, é participar ativamente da relação com o consumidor e acima de tudo é observar que os credores quirografários (é o que, não possuindo título legal de preferência, tem o mesmo direito que os outros credores, nas mesmas condições sobre os bens do devedor comum, sendo pago em rateio do saldo que houver) também farão parte desta conquista.
Antes de iniciar as devidas explicações sobre o planejamento tributário, é importante ressaltar com base no novo Código Civil, as regras atuais para ser empresário, bem como suas responsabilidades (Ler: http://www.artigonal.com/doutrina-artigos/nocoes-basicas-acerca-do-direito-empresarial-1360124.html).
Segundo o artigo 966 do Código Civil: "Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.".
Como é do conhecimento de todos que a carga tributária sempre acaba no consumidor final, vamos simular uma compra e calcular o imposto de cada produto? (Ver: http://www.fiepr.org.br/sombradoimposto/FreeComponent14466content135581.shtml)
Realidade Tributária Brasileira: Antes de abordarmos a explicação sobre a importância do planejamento nas questões empresariais, devemos analisar o conceito de empresário regulamentado pelo nosso Código Civil de 2002, art. 966.
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.
A realidade tributária brasileira é notoriamente complexa, trazendo um custo financeiro enorme às empresas e ainda, causando a constante insegurança de se estar ou não cumprindo com todas as obrigações exigidas pelo fisco. Primeiro em função dos 59 tributos cobrados no Brasil, entre impostos, taxas e contribuições.
A carga tributária, o empresário, o consumidor e o fornecedor:
Oliveira (2001, p. 30) aborda: 
“Estratégia empresarial é a ação básica estruturada e desenvolvida pela empresa para alcançar, de forma adequada e, preferencialmente, diferenciada, os objetivos idealizados para o futuro, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente”.
Oliveira (2001, p. 31) elenca ainda os elementos básicos da estratégia empresarial, quais sejam:
Os objetivos a serem alcançados;
As políticas que orientam ou limitam as estratégias a serem desenvolvidas e;
Os projetos, com suas atividades sequenciais, para concretizar os objetivos definidos dentro dos limites estabelecidos pelas políticas.
É com muita propriedade que Oliveira (2001, p. 25) representa nesta figura a escolha de uma estratégia pela empresa, que é apresentada como a orientação das ações que devem ser adotadas na projeção futura.
Assim, a chave do sucesso da empresa não está apenas na estratégia ou opção inteligente e viável para a otimização dos resultados no conjunto de decisões que orientam a estratégia.
Decisões que, dentro de um todo sistêmico, são submetidas a certas características. Segundo Oliveira (2001, p. 27), “uma decisão estratégica ocorre numa situação com as seguintes características: senso crítico, interdependência sistêmico, incerteza, risco, criatividade, iniciativa e conflito”.
O planejamento tributário tem como finalidade a diminuição legal da quantidade de recursos repassados ao Governo. Portanto, o planejamento tributário é de uma relevância fundamental, com capacidade de proporcionar à empresa a diminuição de seus custos tributários em tempos de economia turbulenta, é imprescindível a adoção de um sistema de economia legal.
Atualmente, as empresas podem tributar o seu resultado tendo como base uma das seguintes opções: Lucro Real, Lucro Presumido, Simples Nacional ou Lucro Arbitrado.
A opção adotada determinará a forma de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e

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