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Pós-Graduação em Contabilidade Tributária a Distância

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Pós-Graduação a Distância
CONTABILIDADE
TRIBUTÁRIA
UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados 
Rua Balbina de Matos, 4141 - CEP 79.824-900
Jardim Universitário
Dourados - MS
Fone: (67) 3411-4291 | 3411-4297
Os direitos de publicação desta obra são reservados ao Centro 
Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), sendo proibida a 
reprodução total ou parcial de acordo com a Lei 9.160/98.
Os artigos de sites e revistas indicados para a leitura foram 
registrados como nos originais.
MBA em Contabilidade Gerencial
e Controladoria
Contabilidade Tributária
2
WACHTER, Sérgio Almir. Contabilidade 
Tributária. Sérgio Almir Wachter. Dourados: 
UNIGRAN, 2017.
38p.: 23 cm.
1. Análise 2. Tributária 3. Contabilidade
DIRETOR GERAL EAD
DIRETORA PÓS GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
COORDENAÇÃO DA PLATAFORMA
DIAGRAMAÇÃO
LOGÍSTICA
SECRETARIA ACADÊMICA
FINANCEIRO
DEPARTAMENTO DE PROVAS
Marcelo Koche
mkoche@unigran.br 
Lourdes Maria Mendes
direcaopos.ead@unigran.br
Lilia Nantes
lilinantes@unigran.br 
Adriano Câmara
camara@unigran.br
Welington Smaylly
diagramacao2.pos@unigran.br
Fransergio Sampatti
logistica.ead@unigran.br
Marines Viel
secretaria.ead@unigran.br
Andréia Felix e Samara Vilhar
financeiro.ead@unigran.br
samara@unigran.br
Dolores Bortolanza
dolores@unigran.br
mailto:mkoche@unigran.br
mailto:direcaopos.ead@unigran.br
mailto:lilinantes@unigran.br
mailto:camara@unigran.br
mailto:diagramacao2.pos@unigran.br
mailto:logistica.ead@unigran.br
mailto:secretaria.ead@unigran.br
mailto:financeiro.ead@unigran.br
mailto:samara@unigran.br
mailto:dolores@unigran.br
3
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
Apresentação do Docente
SÉRGIO ALMIR WACHTER, professor 
universitário nos cursos de Ciências Administrativas 
e Contábeis da Unigran desde 1998, Bacharel em 
Direito pela Unigran, Bacharel em Ciências Contábeis 
pela Unigran, especialista em Contabilidade Gerencial 
pela UFMS, Técnico em Contabilidade desde 1983 e 
contador de empresas e titular do Escritório Contábil 
Contagro, em Dourados.
Contabilidade Tributária
4
Sumário
Conversa inicial ............................................................................. 05
Aula 01
Contabilidade Tributária ....................................................................... 07
Aula 02
Tributos Incidentes Sobre o Resultado ................................................ 15
Aula 03
Tributos Incidentes Sobre o Valor Pago .............................................. 23
Aula 04
Planejamento Tributário ....................................................................... 31
Referências ............................................................................................ 37
5
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
Prezados(as) estudantes:
Bem-vindos (as) à disciplina de Contabilidade 
Tributária, mediante a qual pretendo subsidiar 
teoricamente os aspectos comumente relacionados 
aos tributos, procedendo à uma revisão das questões 
tributárias pertinentes a seus princípios constitucionais, 
a fim de enriquecer seus conhecimentos prévios.
Para que seu estudo se torne proveitoso e 
prazeroso, esta disciplina foi organizada em 4 aulas, 
com temas que, por sua vez, foram subdivididos em 
seções. Atendendo aos objetivos do processo de 
ensino-aprendizagem, tenciona-se que até ao final da 
disciplina que vocês possam: - Ampliar a compreensão 
acerca da questão tributária no Brasil. - Conhecer a 
trajetória e efetivação da contribuição social, crédito 
tributário e tributos incidentes. - Compreender a 
importância do planejamento tributário.
Deste modo, a metodologia que perpassará as 
aulas centrar-se-á, nos conteúdos específicos da área, 
além das leituras complementares reflexivas de textos 
referenciais e resolução de atividades de avaliação da 
aprendizagem.
Assim, espero que estejam prontos (as) para 
construir conhecimentos sobre esses que são conteúdos 
fundamentais para sua formação profissional. Vamos, 
então, à leitura das aulas?
Desejo a todos (as) um excelente estudo!
Prof.º Sérgio Almir
Conversa Inicial
Contabilidade Tributária
6
7
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
Contabilidade
Tributária
Prezados(as) alunos(as)
Vamos iniciar nosso estudo, compreendendo na 
aula 1, alguns pontos relevantes sobre a Contabilidade 
Tributária, bem como a definição de tributos, 
suas classificações, os princípios constitucionais 
tributários e os vários créditos tributários em questão. 
Assim, é importante para os estudos ler e refletir 
sobre os objetivos para a aprendizagem e as seções 
dessa aula. 
Bons estudos!
1Aula
Contabilidade Tributária
8
Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
Ao término dessa aula vocês serão capazes de: 
• definir tributos e suas classificações;
• entender os princípios constitucionais 
tributários;
• conceituar todos os créditos tributários.
Seção 1 – Tributos
Seção 2 – Elementos essenciais
Seção 3 – Fato gerador
Seção 4 – Espécies tributárias 
Seção 5 – Classificação dos tributos
Seção 6 – Princípios constitucionais tributários
Seção 7 – Créditos tributários: definição, lançamento, 
suspensão, extinção e exclusão.
 
Seção 1 - Tributos
Definição: O conceito de tributo está estabelecido 
no artigo 3º do Código Tributário Nacional:
“Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de alto ilícito, 
instituído em lei e cobrado mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada”.
Para melhor compreensão, cada um dos seguintes 
elementos que compõem sua definição deve ser 
analisado:
Tributo é a prestação pecuniária, pois o conceito 
legal exclui qualquer prestação que não seja 
apresentada por dinheiro. Não podem ser cobrados 
tributos que consistam em prestação de serviços. Só 
a lei pode obrigar o contribuinte a pagar tributo 
em moeda corrente do País ou em outra unidade 
traduzível em moeda, tal como a UFIR, por exemplo.
O tributo é compulsório, pois a obrigatoriedade 
faz parte de sua essência. O tributo não decorre de 
negócio jurídico realizado mediante manifestação de 
vontade das partes, e, sim, de uma relação de soberania 
do Estado que lhe permite exigir de todos aqueles 
que praticaram o fato gerador, independentemente da 
vontade.
A criação ou instituição de um tributo depende 
exclusivamente da lei, não sendo admitidas outras 
maneiras de criá-lo.
O Art. 3º do CTN afirma que o tributo não 
constitui sanção a ato ilícito, significa que a 
hipótese de incidência depende da prática de atos 
lícitos. Deve- se observar quais situações, como a 
aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica 
de rendimentos, são suficientes para o nascimento 
de obrigações tributárias, como o Imposto de Renda, 
por exemplo, ainda que esses rendimentos sejam 
provenientes de atividades ilícitas como o “jogo do 
bicho” (a hipótese de incidência é a aquisição de 
disponibilidade financeira e não o jogo do bicho).
Finalmente, a cobrança do tributo é uma atividade 
privada da administração pública que não pode ser 
exercida por nenhuma outra pessoa. Além disso, há de 
ser vinculada, ou seja, a administração pública deverá 
agir estritamente conforme a lei e não segundo os seus 
critérios de conveniência e oportunidade.
Diante destas características, o conteúdo 
prevalece sobre a forma. Assim, toda obrigação 
instituída pelo Estado absorverá os elementos descritos 
anteriormente para serem considerados como tributos, 
mesmo que a lei que o tenha criado não o denomine 
de tal forma. Por outro lado se na obrigação criada 
não estiver inclusa uma dessas características, ainda 
que seja denominada como tributo, não possuirá tal 
natureza.
Seção 2 – Elementos Essenciais
A obrigação tributária corresponde ao vínculo 
derivado da relação do Estado como particular. 
Nessa relação, o Estado é o sujeito ativo da obrigaçãotributária que graças a seu poder de império, impõe 
ao particular, sujeito passivo da obrigação, um dever 
de dar, fazer ou não fazer alguma coisa em razão 
da concretização de uma situação hipoteticamente 
prevista em lei. Esse dever do particular corresponde 
aos tipos de obrigações tributárias, previstos no Art. 
113 do CTN:
2.1 - A obrigação é essencial ou 
acessória 
A obrigação principal surge com a ocorrência do 
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente, é o tributo propriamente dito.
A obrigação acessória decorre da legislação 
tributária e tem por objeto as prestações positivas ou 
negativas nela previstas no interesse da arrecadação 
ou da fiscalização dos tributos.
A obrigação acessória, pelo simples fato de sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária.
9
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
2.2 - Somente a lei pode estabelecer:
a. A instituição de tributos ou a sua extinção;
b. A majoração de tributos ou sua redução, 
ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 
39,57 e 65 do CTN;
c. A definição do fato gerador da obrigação 
tributária principal, ressalvando o disposto 
no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu 
sujeito passivo;
d. A fixação da alíquota do tributo e da sua 
base de cálculo, ressalvando o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
e. A cominação de penalidades para as ações 
ou omissões contrárias a seus dispositivos, 
ou para outras infrações nela definidas;
f. As hipóteses de exclusão, suspensão e 
extinção de créditos tributários, ou de 
dispensa ou redução de penalidades.
Seção 3 - Fato Gerador
Fato gerador da obrigação principal é a situação 
definida em lei como necessária e suficiente a sua 
ocorrência. De forma simples, conceitua-se o “fato” 
que gera a obrigação de pagar tributo.
Exemplo: O fato gerador da obrigação fiscal 
com o imposto de renda, definido de acordo com a 
legislação, é a obtenção de renda e proventos de 
qualquer natureza, por pessoas físicas ou jurídicas.
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer 
situação que, na forma de legislação aplicável, impõe 
a prática ou a abstenção de ato que não configure 
obrigação principal.
Exemplo: Emitir Notas Fiscais, escriturar livros 
fiscais e contábeis, etc. A obrigação tributária 
acessória será convertida em principal no que se 
refere ao pagamento de multas, caso o contribuinte 
não cumpra com o seu dever de “fazer a obrigação 
acessória”.
3.1 - Sujeito Ativo da Obrigação
Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de 
direito público, titular da competência para exigir o 
seu cumprimento. (União, estado, município).
3.2 - Sujeito Passivo da Obrigação
Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa 
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária.
Parágrafo único – O sujeito passivo da obrigação 
principal diz-se:
I. Contribuinte, quando tenha relação pessoal 
e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador;
II. Responsável, quando, sem revestir a 
condição de contribuinte, sua obrigação 
decorra de disposição expressa de lei.
Seção 4 - Espécies Tributárias
No Art. 145 da Constituição Federal, foram 
definidas as espécies de tributos, quais sejam: 
impostos, taxas e contribuições de melhoria.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I. Impostos
II. Taxas, em razão do exercício do poder 
de polícia ou pela utilização efetiva ou 
potencial, de serviços públicos específicos 
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição;
III. Contribuição de melhoria, decorrente de 
obras públicas.
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de 
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico 
e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua 
disposição.
São exemplos de taxas cobradas pela prestação 
de serviços pelo Estado:
• Taxa de coleta de lixo.
• Taxa de Combate a Incêndios.
• Taxa de Conservação e Limpeza Pública.
• Taxa de Emissão de Documentos (níveis 
federais, estaduais e municipais).
• Taxa de licenciamento para Funcionamento 
e Alvará Municipal.
• Taxa de Registro do Comércio (Juntas 
Comerciais).
• Taxa de água e esgoto.
• Taxa de expediente.
A contribuição de melhoria cobrada pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou 
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
Contabilidade Tributária
10
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de 
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, 
tendo como limite total a despesa realizada e como 
limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado.
Seção 5 - Classificação dos Tributos
Os tributos podem ser classificados de várias 
formas, destacando suas características inerentes ao 
Sistema Tributário Brasileiro e à doutrina, bem como 
a diferença que existe entre eles.
De acordo com a Constituição Federal, existem 
tributos que podem ser instituídos somente por 
um ente federativo (União, Estados ou Municípios), 
enquanto outros podem ser criados por qualquer um 
deles diante da ausência de dispositivo constitucional, 
fixando a competência a um único ente. Segundo esse 
critério, os tributos serão divididos da seguinte forma:
I – Segundo a Competência:
a. Tributos de Competência Privativa; e
b. Tributos de Competência Comum.
II – Segundo a sua Função:
a. Tributos fiscais: possuem função meramente 
arrecadatória, visando ao financiamento das 
atividades do Estado para garantir o aporte 
de recursos necessários ao exercício de suas 
atividades. Exemplo: IR;
b. Tributos parafiscais: possuem função 
meramente arrecadatória; contudo a receita 
arrecadada destina-se ao cumprimento 
de funções paralelas às funções típicas 
de Estado. Exemplo: as contribuições 
previdenciárias; e
c. Tributos extrafiscais: não são instituídos com 
função arrecadatória, mas para que o Estado 
cumpra a função de controle da economia. 
Exemplos: II, IE, IPI, IOF,ITR.
III – Segundo suas Finalidades:
a. Tributos vinculados: ao arrecadar o tributo, 
o Estado oferece uma contraprestação de 
imediato ao contribuinte. Exemplos: taxas e 
contribuições de melhoria; 
b. Tributos não vinculados: a arrecadação 
do tributo não depende de qualquer 
contrapartida do Estado em favor do sujeito 
passivo: Exemplo: impostos.
Diante destas e de outras, formas existentes de 
classificação dos tributos, é preciso analisá-los em 
função de seus efeitos sobre as atividades operacionais 
de uma organização.
Os tributos podem ser classificados sob o ponto 
de vista de sua incidência sobre os elementos da 
demonstração do resultado, comprovando que eles 
podem afetar as operações de uma empresa. Assim 
teríamos:
a. tributos incidentes sobre faturamento;
b. tributos incidentes sobre o valor agregado; e
c. tributos incidentes sobre o resultado.
Os incidentes sobre o faturamento tributam as 
receitas de vendas e as de serviços no momento do 
seu reconhecimento, que corresponde ao da entrega 
de bens ou serviços. Nas empresas, o momento do 
fornecimento de tais bens e serviços ao comprador 
é simultâneo à emissão das notas fiscais, as quais 
permitirão o cálculo dos tributos que lhe incidem.
Cada fase do processo produtivo é tributada pelos 
incidentes sobre o valor agregado ou sobre o valor 
acrescentado. O valor adicionado de uma empresa 
representa quanto de valor ela agrega aos insumos 
que adquire em um determinado período, obtidos pela 
diferença entre as vendas ou produção e o total dos 
insumos adquiridos de terceiros (matérias-primas, 
mão deobra). Esse valor será igual à soma de toda a 
remuneração dos esforços consumidos nas atividades 
da empresa. Por exemplo, no caso da panificação, os 
tributos que incidem sobre o valor agregado atingem 
a fase de produção do trigo pelo agricultor, assim 
como a fase de processamento da farinha no moinho, 
a produção de pão e, finalmente, sua venda na padaria.
Em que diferem, então, esses tributos daqueles 
incidentes sobre faturamento? Os tributos que incidem 
sobre o faturamento tributam, simplesmente, qualquer 
transação de venda efetuada: trigo, farinha, massa de 
farinha, pão.
Os tributos sobre o valor agregado são diferentes, 
porque não incluem no tributo que recai sobre a 
farinha do moleiro a parte correspondente ao valor 
do trigo comprado do agricultor, apenas tributam o 
moleiro pelo custo das remunerações associadas à 
moagem e pelos juros, rendas e royalties inerentes a 
essa fase de produção. Assim, os custos das matérias-
primas usadas nas fases anteriores são deduzidos ao 
preço de venda dos moleiros para o cálculo de seu 
valor agregado e do tributo correspondente.
Ao passo que os tributos incidentes sobre o 
resultado tributam o resultado positivo (lucro) 
das empresas provenientes da diferença entre as 
receitas reconhecidas (ganhas) e as despesas que 
foram incorridas (consumidas) no período. Dessa 
forma, independentemente do fato de uma empresa 
ter recebido um valor correspondente a uma venda 
11
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
efetuada no período, ela deve confrontar suas 
respectivas despesas e recolher os tributos incidentes 
sobre o resultado positivo (lucro).
Seção 6 - Princípios Constitucionais 
Tributários
O tributo não existe sem fronteiras e reside nestas 
a limitação do poder de tributar. Tais limitações são 
formadas pela união de traços que demarcam o modo, 
o campo, a forma e a intensidade com que atuará o 
poder de tributar.
Os tributos são capacitados de princípios 
constitucionais para que possam ser exercidos. Na 
verdade, esses princípios regem o limite do poder de 
tributar. Quando um tributo ultrapassa ou não respeita 
um dos princípios constantes em lei referente a eles é 
nesse ponto que está localizada a fronteira do poder 
do tributo. Esses princípios são:
6.1 - Princípio da legalidade (Art. 150, 
I, da CF):
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
“Exigir ou aumentar tributo sem lei que o 
estabeleça”.
Fator essencial para a instituição ou a majoração 
de um tributo, visto que só podem se dar com base em 
uma lei em sentido estrito, ou seja, lei ordinária. O 
tributo não pode ser criado sem que para isso a lei 
ordinária o ampare nessa aplicação, salvo naqueles 
casos em que a CF determinou claramente o uso de 
lei complementar. (Arts. 148 e 154, I, da CF).
6.2 - Princípios da isonomia ou 
igualdade tributária (Art. 150, II, da CF):
Instituir tratamento desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente. É proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional 
ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos.
O princípio deriva do princípio republicano que 
proíbe qualquer tipo de distinção entre as pessoas, 
considerando que todos são iguais perante a lei (Art. 
5º da CF). A igualdade tributária garante o tratamento 
tributário igual entre os contribuintes que se encontrem 
em situação igual e diferenciada para aqueles que 
estiverem em situação desigual, na medida de suas 
desigualdades. Assim, uma pessoa que aufere renda 
de um salário mínimo por mês será tratada em matéria 
tributária de forma diferente daquela outra que recebe 
vinte salários mínimos mensais.
6.3- Princípio da irretroatividade (Art. 
150, III, “a”, da CF):
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: cobrar tributos:
“Em relação a fatos geradores ocorridos antes 
do início da lei vigente que os houver instituído ou 
aumentado”.
Tal princípio corrobora com a segurança jurídica 
do contribuinte, afastando a incidência tributária, 
sobre fatos geradores passados em relação à lei que 
apareceu depois. A obrigação tributária só poderá 
ser exigida em fatos ocorridos à vigência da lei que 
a houver instituído ou majorado, a não ser nos casos 
previstos no Art.106 do CTN que se vocacionam para 
atuarem no passado com suas equivalentes bases.
6.4 - Princípio da anterioridade simples 
( Art. 150, III, “b”, da CF):
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
Cobrar tributos:
“No mesmo exercício financeiro em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”
Esse princípio é consequência da segurança 
jurídica composto pela vedação da Administração de 
exigir tributos no mesmo ano da publicação da lei, 
que instituiu ou aumentou o tributo em questão. Essa 
regra garante ao contribuinte um certo período de 
tempo para se adaptar ao tributo criado ou majorado, 
postergando para o primeiro dia do ano seguinte da 
publicação da lei o início da sua cobrança.
6.5 - Princípio da anterioridade 
nonagesimal ou noventena (Art. 150, 
III. “c”, da CF):
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
Cobrar tributos:
“Antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou”.
Contabilidade Tributária
12
Tal princípio foi incluído na Constituição Federal 
pela EC nº 42, de 19.12.2003, e a Administração 
só poderá exigir um tributo decorridos 90 dias 
da publicação da lei que instituiu ou aumentou o 
tributo em questão. Dessa forma, combinando esse 
princípio com o da anterioridade simples, a cobrança 
de um tributo só produzirá efeito 90 dias da data da 
publicação da lei que o houver criado ou majorado, 
bem como se estiver no ano seguinte ao da referida 
publicação.
6.6 - Princípio da vedação de tributo 
confiscatório (Art.150, IV, da CF):
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
“Utilizar tributo com efeito de confisco”.
6.7 - Princípio da Liberdade de tráfego 
(Art.150, V, da CF) :
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
“Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas 
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvado a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público”.
A liberdade de locomoção é parte integrante dos 
direitos fundamentais do indivíduo previstos no art. 
5º da CF. Em matéria tributária, essa liberdade proíbe 
a limitação da locomoção de pessoas ou bens dentro 
do território nacional por meio de estabelecimento de 
barreiras fiscais na forma de tributos interestaduais e 
intermunicipais.
Seção 7 - Créditos Tributários: 
Definição, Lançamento, Suspensão, 
Extinção e Exclusão
7.1 - Definição
O crédito tributário origina-se da ocorrência do fato 
gerador da obrigação tributária principal. Entretanto, 
o Estado não é capaz de exigir seu cumprimento pelo 
contribuinte, fator esse que depende da constituição 
do crédito tributário, conforme preceitua o Art. 139 
do CTN:
“O crédito tributário decorre da obrigação 
principal e tem a mesma natureza dessa”.
7.2 - Lançamento Tributário
O Art. 142 do CTN definiu o conceito de 
lançamento tributário, especificando todos os seus 
componentes:
7.3 - Suspensão do Crédito Tributário
Representa situações em que o Estado como credor 
tem sua capacidade para exigir o crédito tributário do 
sujeito passivo suspenso temporariamente. Durante 
esse período, o Estado deverá aguardar o término das 
causas suspensivaspara readquirir o direito de exigir 
o crédito. Entretanto, as hipóteses de suspensão do 
crédito não interferem na obrigação do sujeito passivo 
em cumprir com as obrigações acessórias que lhe são 
correspondentes.
O crédito só poderá ser suspenso nas situações 
relacionadas no Art. 151 do CTN:
Art. 151 – Suspendem a exigibilidade do 
crédito tributário:
I. Moratória;
II. O depósito do seu montante integral;
III. As reclamações e os recursos, nos termos 
das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo;
IV. A concessão de medida liminar em mandado 
de segurança;
V. A concessão de medida liminar ou de tutela 
antecipada, em outras espécies de ação 
judicial; (Inciso incluído pela Lcp n° 104, 
de 10.01.2001.) ( Vide Medida Provisória n° 
38, de 13.05. 2002)
VI. O parcelamento. (Inciso incluído pela Lcp n° 
104, de 10.1.2001.) (Vide Medida provisória 
n° 38, de 13.5.2002.)
Parágrafo único - O disposto neste artigo 
não dispensa o cumprimento das obrigações 
assessórias dependentes da obrigação principal 
cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
7.4 - Extinção do Crédito Tributário
A extinção do crédito tributário ocorre ao 
desfazer a obrigação tributária existente entre o Estado 
(sujeito ativo) e o contribuinte (sujeito passivo) nas 
hipóteses previstas pelo Art. 156 do CTN, cabendo 
a lei ordinária disciplinar a respeito das situações em 
que se constatam erros nos lançamentos de créditos 
tributários já extintos.
13
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
Art. 156 – Extinguem o crédito tributário:
I. O pagamento.
II. A compensação.
III. A transação.
IV. A remissão.
V. A prescrição e a decadência.
VI. A conversão de depósito em renda.
7.5 - Exclusão Do Crédito Tributário
Art. 175 – Excluem o crédito tributário:
I. A isenção;
II. A anistia.
a. Isenção (Art. 176 a 179, do CTN):
A isenção, ainda quando prevista em contrato, 
é sempre decorrente de lei que especifique 
as condições e requisitos exigidos para sua 
concessão, os tributos a que se aplica e, 
sendo o caso, o prazo de sua duração.
b. Anistia (Arts. 180 a 182 do CTN):
A anistia abrange exclusivamente as 
infrações cometidas anteriormente à vigência 
da lei que a concede.
Chegamos ao final de nossa primeira aula!
Vamos relembrar o que foi estudado nesta aula 
retomando a conversa inicial:
Seção 1
Na seção 1 vimos o conceito de tributo, cada um 
dos elementos que compõem sua definição, ou seja, 
é importante lembrar que o Tributo é a prestação 
pecuniária, por não ser apresentada por dinheiro. Já o 
tributo compulsório é obrigatório, e todos os tributos 
dependem de uma lei que o assegura.
Seção 2
Na seção 2 vocês viram os Elementos essenciais 
da obrigação tributária, e também a obrigação é 
essencial ou acessória, e que somente a lei pode 
estabelecer os tributos , bem como os extinguir.
 
Seção 3
Na Seção 3 falamos de Fato gerador, que 
estabelece a obrigação principal definida em lei como 
necessária e suficiente a sua decorrência, e o que é o 
sujeito ativo e passivo da obrigação.
Retomando a aula
Seção 4
Na seção 4 você entenderam as Espécies 
tributárias, impostos e taxas sobre serviços, cobrados 
pela união, estados, distrito federal e municípios.
Seção 5
Na Seção 5 vimos a Classificação dos tributos, 
ou seja, os tributos podem ser classificados de várias 
formas, destacando suas características inerentes ao 
Sistema Tributário Brasileiro e à doutrina, bem como 
as diferenças que existem entre eles.
Seção 6
Na seção 6 vocês puderam verificar os Princípios 
constitucionais tributários. Os princípios da 
legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade, 
anterioridade nonagesimal ou noventena, vedação 
de tributo confiscatório, e por fim o princípio da 
Liberdade de tráfego.
Seção 7
Em nossa última seção vimos os Créditos 
tributários e sua definição, lançamento, suspensão, 
extinção e exclusão. 
Espero que tenham tido um ótimo aproveitamento 
em nossa primeira aula. Passaremos agora para a 
nossa segunda aula!
Minhas anotações
Contabilidade Tributária
14
Minhas anotações
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2Aula
Tributos Incidentes Sobre
o Resultado
Prezados(as) alunos(as)
Prosseguindo nossos estudos, na aula 2, falaremos 
sobre os tributos incidentes sobre o resultado, no qual 
tem como principais objetivos entender o imposto 
de renda das pessoas jurídicas e todos os tipos de 
tributações. Desta forma, faz se necessário uma boa 
reflexão dos objetivos, para que sua aprendizagem 
seja satisfatória. 
Bons estudos!
Contabilidade Tributária
16
Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
Ao término dessa aula vocês serão capazes de: 
• entender o imposto de renda das pessoas 
jurídicas;
• compreender os tipos de tributações;
Seção 1 - Imposto de renda das pessoas jurídicas
Seção 2 - Tributação com base no lucro real – IRPJ 
imposto de renda da pessoa jurídica
Seção 3 - Tributação com base no lucro real - CSLL 
contribuição social sobre o lucro
Seção 4 - Tributação com base no lucro presumido
Seção 5 - Pessoas jurídicas tributadas pelo lucro 
presumido e arbitrado
Seção 1 - Imposto de Renda das Pessoas 
Jurídicas
Em relação às pessoas jurídicas, a ocorrência do 
fato gerador é verificada pela obtenção de resultados 
positivos (lucros) em suas operações industriais, 
mercantis ou de prestação de serviços, além de 
acréscimos patrimoniais decorrentes de ganhos de 
capital (receitas não operacionais). O imposto será 
devido conforme os rendimentos, ganhos e lucros 
forem sendo auferidos.
De acordo com o regulamento do Imposto de 
Renda (Decreto nº 3.000/99), a base de cálculo do 
IRPJ será determinada pelo montante real, presumido 
ou arbitrado das rendas e proventos de qualquer 
natureza, condicionado à ocorrência de certas 
circunstâncias previstas em lei que serão explicadas 
mais adiante.
O período de apuração do IRPJ é trimestral, 
encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de 
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, 
sendo determinado mediante a aplicação sobre a 
base de cálculo (lucro real, presumido ou arbitrado) 
expressa em reais (R$) da alíquota de 15,0%.
Além dessa alíquota, a parcela de base de 
cálculo que exceder ao resultado da multiplicação de 
R$ 20.000,00, pelo número de meses do respectivo 
período de apuração, ficará sujeita à incidência de 
adicional de IRPJ, calculado à alíquota de 10,0%.
O recolhimento do IRPJ, bem como das demais 
receitas tributárias de competência da União, 
deverá ser realizado em um formulário denominado 
Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
(DARF).
O prazo de recolhimento do IRPJ em quota 
única será até o último dia útil do mês subsequente 
ao do trimestre encerrado. Conforme opção da pessoa 
jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até 
três quotas mensais iguais e sucessivas, vencíveis 
no último dia útil dos três meses consequentes ao 
encerramento do trimestre. Nenhuma dessas quotas 
poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), 
e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 deverá 
ser pago em quota única, observando a incidência de 
juros nas seguintes quotas:
1ª quota: não será acrescida de juros;
2ª quota: será acrescida em 1,0% no mês do 
pagamento; e
3ª quota: será acrescida de juros à taxa SELIC 
acumulada mensalmente a partir do primeiro dia 
do segundo mês subsequente ao do encerramento 
do período de apuração até o último dia do mês 
anterior ao do pagamento, e 1,0% no mês do 
pagamento.
Entendendo a Tabela do Imposto de Renda:
• IRPJ normal sobre a base de cálculo Lucro 
Presumido ou Lucro Real = 15%
• Adicional do Imposto de Renda 10% sobre o 
valor que exceder a R$ 20.000,00 da base de 
cálculo mensal.
• Em caso de cálculo trimestral o valor do 
adicional será calculado sobre o excedente 
da base de cálculo de R$ 60.000,00 e se for 
anual R$ 240.000,00.
Seção 2 - Tributação Com Base no 
Lucro Real – IRPJ Imposto de Renda 
da PessoaJurídica
2.1 - Disposições Gerais
De acordo com a legislação em vigor, Lucro 
Real é conceituado como sendo o resultado contábil 
líquido do trimestre antes do IRPJ e da CSLL, 
transcrito em livro próprio – denominado Livro 
de Apuração do Lucro Real (LALUR) – e ajustado 
pelas adições, exclusões e compensações prescritas 
ou amortizadas pela Legislação do Imposto de renda. 
Desses ajustes chamados de extra contábeis, obtêm-se 
o Lucro Real, considerado como base para o cálculo 
de IRPJ do período de apuração. Em seu artigo 246, o 
Regulamento do Imposto de Renda define as pessoas 
jurídicas obrigadas à apuração do IRPJ com base no 
lucro real:
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MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
a) Cujo faturamento (receita total), no ano-
calendário anterior, seja superior ao limite de 
R$ 78.000.000,00 ou ao limite proporcional 
de R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo 
número de meses de atividade no ano, 
quando inferior a 12 meses; (...)
b) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, 
de investimentos, de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades 
de crédito imobiliário, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento 
mercantil, cooperativas de crédito, empresas 
de seguros privados e de capitalização e 
entidades de previdência privada e aberta;
c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos 
de capital oriundos do exterior;
d) Que, autorizadas pela legislação tributária, 
usufruam benefícios fiscais relativos à 
isenção ou redução do imposto;
e) Que, no decorrer do ano-calendário, tenham 
efetuado pagamento mensal pelo regime 
de estimativa. (Pagamento Mensal por 
Estimativa) Lucro Real Anual.
f) Que explorem as atividades de prestação 
cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão 
de crédito, seleção e riscos, administração 
de contas a pagar e a receber, compras de 
direitos creditórios resultantes de vendas 
mercantis a prazo ou de prestação de 
serviços, (factoring);
g) Que explorem atividades de compra e venda 
loteamento, incorporação e construção 
de imóveis, enquanto não concluídas as 
operações imobiliárias para as quais haja 
registro de custo orçado (IN SRF nº 25/1999).
Por esse regime de tributação, embora seja 
determinado com base no resultado contábil do 
exercício auferido pelas pessoas jurídicas, observa-
se que esse não é o mesmo que será tributado pelo 
IRPJ. Entretanto, nota-se de imediato a importância 
das demonstrações contábeis, pois é com base 
nelas que o encargo tributário da pessoa jurídica 
é determinado. Pode-se afirmar, então, que a 
escrituração contábil exerce um caráter universal, isto 
é, desconsiderando quaisquer indagações sobre as 
origens ou consequências comerciais ou fiscais, todos 
os fatos devem, obrigatoriamente, ser registrados 
contabilmente. Além disso, a legislação tributária 
estrutura-se pautada em inúmeros conceitos do 
Direito Comercial, tais como: balanço patrimonial, 
patrimônio líquido, reservas, incorporação, cisão, 
dividendo etc. Muitos desses institutos ingressam no 
mundo jurídico apoiados em conceitos e princípios 
que pertencem à contabilidade. O direito vai buscar 
na Contabilidade critérios e procedimentos técnicos e 
transforma-os em atos jurídicos.
2.2 - Valores que deverão ser adicionados 
ao lucro líquido do exercício
Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, 
participações e quaisquer outros valores deduzidos 
na apuração do lucro líquido que, de acordo com 
o Regulamento do Imposto de Renda, não sejam 
dedutíveis na determinação do lucro real;
Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer 
outros valores não incluídos na apuração do lucro 
líquido que, de acordo com o RIR/2004, devam ser 
computados na determinação do lucro real;
Ressalvadas as disposições especiais contidas 
no RIR/2004, as quantias tiradas dos lucros ou 
de quaisquer fundos ainda não tributados para 
aumento do capital, para distribuição de quaisquer 
interesses ou destinadas a reservas, quaisquer que 
sejam as designações que tiverem, inclusive lucros 
suspensos e lucros acumulados.
Os pagamentos efetuados à sociedade civil 
quando esta for controlada, direta ou indiretamente, 
por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, 
controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar 
os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente 
de primeiro grau das referidas pessoas.
Os encargos de depreciação, apropriados 
contabilmente, correspondentes ao bem já 
integralmente depreciado em virtude de gozo de 
incentivos fiscais previstos no RIR/2004;
Despesas com alimentação de sócios, acionistas e 
administradores; Doações;
Despesas com brindes
O valor da Contribuição Social Sobre o Lucro 
Líquido registrado como despesa operacional;
2.3 - Valores que deverão ser excluídos 
ao lucro líquido do exercício
Os valores cuja dedução seja autorizada pelo 
Regulamento do Imposto de Renda e que não tenham 
sido computados na apuração do Lucro Líquido no 
período de apuração;
Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer 
outros valores incluídos na apuração do lucro líquido 
que, de acordo com o Regulamento do Imposto de 
Renda, não sejam computados no lucro real;
Contabilidade Tributária
18
O prejuízo Fiscal apurado em períodos de 
apuração anteriores, limitada a compensação a 30% 
(trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas 
adições e exclusões previstas no Regulamento do 
Imposto de Renda, desde que tenha a escrituração do 
LALUR;
Os rendimentos e ganhos de capital nas 
transferências de imóveis desapropriados para fins de 
reforma agrária, quando auferidos pelo desapropriado; 
Os dividendos anuais mínimos distribuídos pelo 
Fundo Nacional de Desenvolvimento;
Os juros produzidos pelos Bônus do Tesouro 
Nacional (BTN) e pelas Notas do Tesouro Nacional 
(NTN), emitidos pelo Banco Central do Brasil;
EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO DO LALUR
2.4 - Pagamento Mensal por Estimativa
As pessoas jurídicas sujeitas à tribulação com 
base no regime do lucro real poderão optar pela sua 
apuração anual, que compreenderá o período entre 1º 
de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. Entretanto, 
além de ficarem impedidas de optar pela tributação 
com base no lucro presumido, elas estarão obrigadas 
ao pagamento mensal da parcela do imposto que será 
devido a título de antecipação, inclusive o relativo 
ao mês de dezembro, calculado por estimativa. Essas 
parcelas serão vencíveis até o ultimo dia útil do mês 
subsequente ao de sua apuração.
Quando do encerramento do exercício, as pessoas 
jurídicas que optarem por essa forma de recolhimento, 
deverão calcular o imposto devido com base no lucro 
real anual, apurado em 31 de dezembro, de forma 
idêntica à descrita às pessoas jurídicas com apuração 
trimestral do imposto e elaborar uma declaração de 
ajuste. O saldo da diferença entre o imposto devido 
com base no lucro real anual e o somatório das 
importâncias pagas por estimativas durante o ano será:
a) Se positivo, pago em quota única até o 
último dia útil do mês de março do ano 
subsequente, acrescido de juros equivalentes 
à taxa SELIC, acumulada mensalmente, a 
partir de 1º de fevereiro até o último dia do 
mês anterior ao do pagamento, e de 1,0% no 
mês do pagamento.
b) Se negativo compensado com o imposto 
devido a partir do mês de janeiro do ano-
calendário subsequente, assegurada da 
alternativa de requerer a restituição do 
montante pago a maior. Esse saldo será 
acrescido de juros equivalentes à taxa SELIC 
acumulada mensalmente, a partir de 1,0% 
relativamente ao mês em que estiver sendo 
efetuada a restituição ou compensação.
Seção 3 - Tributação Com Base No 
Lucro Real - Csll Contribuição Social 
Sobre O Lucro
3.1 - Disposições Gerais
De competência da União, essa contribuição 
foi instituída pela Lei nº 7.689/88 com o objetivo 
de financiar a seguridade social por meio dos lucrosauferidos pelas pessoas jurídicas e das entidades que 
lhe são equiparadas pela legislação do imposto de 
renda.
Para as empresas tributadas pelo lucro real, a 
CSLL deverá ser apurada trimestralmente, encerrada 
nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 
31 de dezembro de cada ano-calendário, com base no 
resultado do exercício, antes da Provisão para IRPJ, 
ajustado pelas adições, exclusões e compensações 
estabelecidas na legislação.
Caso as empresas apurem o IRPJ com base no 
lucro presumido ou arbitrado, a CSLL também deverá 
ser apurada trimestralmente pelos mesmos critérios. 
Mas com base em um valor determinado pela aplicação 
de porcentuais definidos pela legislação sobre a receita 
bruta, acrescido dos ganhos de capital, de rendimentos 
e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, 
das demais receitas e rendimentos e dos resultados 
positivos decorrentes de receitas não abrangidas pela 
incidência do porcentual.
Nesse regime de tributação, a base de cálculo 
para CSLL é determinada pelo resultado do trimestre, 
antes da provisão para seu próprio pagamento e a 
provisão para IRPJ, ajustado por adições, exclusões 
e compensações prescritas ou autorizadas pela 
legislação.
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MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
São consideradas não dedutíveis, entre outros, 
devendo ser adicionados para determinar a base de 
cálculo da CSLL, os seguintes valores:
• As provisões não dedutíveis para fins de 
apuração do lucro real, exceto a Provisão 
para Imposto de Renda;
• As seguintes despesas não dedutíveis 
computados na apuração do lucro líquido:
a) Das contraprestações de arrendamento 
mercantil e do aluguel de bens móveis 
ou imóveis, exceto quando relacionados 
intrinsecamente com a produção ou 
comercialização de bens e serviços;
b) Das despesas e custos de depreciação, 
amortização, manutenção, reparo 
conservação, impostos, taxas, seguros e 
quaisquer outros gastos com bens móveis 
ou imóveis, exceto se intrinsecamente 
relacionados com a produção ou 
comercialização dos bens e serviços;
c) Das despesas e custos com alimentação dos 
sócios, acionistas e administradores, quando 
não fornecidas pelo restaurante da própria 
empresa;
d) Das despesas, custos e contribuições baseadas 
nos lucros, relativos à previdência privada 
e ao Fundo de Aposentadoria Programada 
Individual (FAPI), cujo ônus seja da pessoa 
jurídica, que somados, excederem a 20% 
do total dos salários dos empregados e da 
remuneração dos dirigentes da empresa, 
vinculados ao referido plano.
e) Das doações, exceto as referidas no § 2º do 
Art. 13 da lei nº 9.249, de 1995; e
f) Das despesas com brindes.
• Os ajustes decorrentes da aplicação de 
métodos de preços de transferências;
• Os ajustes por diminuição do valor de 
investimento avaliados pelo patrimônio 
líquido (equivalência patrimonial);
• O valor de reserva de reavaliação, baixado 
durante o período-base, cuja contrapartida 
não tenha sido computada no resultado do 
período- base; e
• O valor dos lucros distribuídos 
disfarçadamente, apurados nos termos da 
legislação do imposto de renda.
São considerados dedutíveis, podendo ser 
excluídos para determinar a base de cálculo da CSLL, 
entre outros, os seguintes valores:
• O montante dos saldos das provisões 
não dedutíveis, bem como o montante 
dos créditos deduzidos que tenham sido 
recuperados (revertidos), em qualquer época 
ou a qualquer título;
• Os Lucros e dividendos derivados de 
investimentos avaliados pelo método do 
custo de aquisição; e,
• O resultado positivo dos investimentos 
avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial.
Seção 4 - Tributação Com Base No 
Lucro Presumido
A apuração trimestral do IRPJ com base no 
lucro presumido constitui uma forma de tributação 
simplificada a ser exercida pelas empresas de 
modesto porte desde que não sejam obrigadas, no 
ano-calendário, à complexa apuração trimestral 
do IRPJ baseada no lucro real, que pressupõe uma 
escrituração contábil capaz de apurar o resultado 
fiscal do trimestre, antes do último dia útil do mês 
subsequente. A opção pelo regime de tributação, 
com base no lucro presumido, será manifestada com 
o pagamento em DARF com código específico da 
primeira quota ou única quota do imposto devido, 
correspondente ao primeiro trimestre de apuração de 
cada ano-calendário (janeiro a março).
A pessoa jurídica que iniciar as atividades a 
partir do segundo trimestre, manifestará a opção com 
o pagamento da primeira quota ou única quota do 
imposto devido, relativa ao período de apuração do 
início de atividade.
De acordo com o Art. 527 do RIR/2004, a pessoa 
jurídica que optar pela tributação com base no lucro 
presumido deverá manter:
a) Escrituração contábil nos termos da 
legislação comercial;
b) Livro Registro de Inventário, no qual deverão 
constar registrados os estoques existentes no 
término do ano-calendário;
c) Em boa guarda e ordem, enquanto não tiver 
decorrido o prazo decadencial e não forem 
prescritas as eventuais ações que lhe sejam 
pertinentes, todos os livros de escrituração 
obrigatórios por legislação fiscal específica, 
bem como os documentos e demais papéis 
que serviram de base para a escrituração 
comercial e fiscal.
Deve-se observar que o parágrafo único desse 
mesmo artigo dispensa da escrituração contábil as 
Contabilidade Tributária
20
empresas que mantiverem o Livro Caixa no qual 
deverá estar escriturada toda a sua movimentação 
financeira, inclusive bancária. O lucro presumido será 
o montante determinado pela aplicação de porcentuais 
variáveis, conforme o ramo de atividade da pessoa 
jurídica sobre a receita bruta auferida em cada 
trimestre do ano-calendário, já referidos no cálculo do 
IRPJ por estimativa, exceto as instituições financeiras, 
seguradoras, entidades de previdência privada e as 
empresas de factoring que estão obrigadas à apuração 
do imposto com base no lucro real.
Ao lucro presumido, deverão ser adicionados 
os ganhos de capital, demais receitas e resultados 
positivos não compreendidos na atividade operacional 
da empresa inclusive:
a) Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos 
em aplicações financeiras, inclusive nos 
mercados de renda variável, como bolsas 
de valores, de mercadorias, de futuros 
e assemelhados e no mercado de balcão 
organizado;
b) Os juros recebidos a título de remuneração 
do capital próprio por outras empresas, cuja 
pessoa jurídica seja sócia ou acionista;
c) Os juros ativos e os descontos obtidos em 
pagamentos de obrigações;
O contribuinte poderá efetuar o pagamento do 
IRPJ com base no lucro arbitrado (auto arbitramento), 
desde que a receita bruta seja conhecida e que ocorram 
as hipóteses listadas acima, as quais permitem ao Fisco 
arbitrar o lucro de ofício. O contribuinte, ao optar pelo 
auto arbitramento, deverá observar que essa forma de 
apuração abrangerá todo ano-calendário, assegurada, 
ainda, a tributação com base no lucro real relativa 
aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se 
a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida 
pela legislação comercial e fiscal que demonstre o 
lucro real dos períodos não abrangidos por aquela 
modalidade de tributação.
Seção 5 - Pessoas Jurídicas Tributadas 
Pelo Lucro Presumido e Arbitrado
A pessoa jurídica que apura trimestralmente 
o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado 
também deverá recolher trimestralmente a CSLL, 
cuja base corresponde à aplicação dos porcentuais 
de 12,0% ou 32,0% sobre a receita bruta do trimestre 
acrescida dos ganhos de capital, de rendimentos e 
ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, 
das demais receitas e rendimentos e dos resultados 
positivos decorrentes de receitas não abrangidas pela 
incidência dos porcentuais.
Por outro lado, se a receita bruta não for 
conhecida, o lucro arbitrado, determinado por meio 
de procedimento de ofício, será calculado mediante 
a aplicação dos porcentuais e critérios constantes 
na tabela própria. Tributaçãocom Base no Lucro 
Arbitrado, e também constituirá a base de cálculo da 
CSLL.
5.1 - Cálculo do lucro presumido - IRPJ
Sobre as receitas da atividade operacional:
O imposto de renda das empresas incide sobre 
o lucro. As empresas optantes pelo lucro presumido 
devem presumir o lucro auferido em cada trimestre, 
e essa presunção é feita pela aplicação de percentuais 
de lucratividade ditados pela lei:
a) Comércio e Indústria: 8,0% (oito por cento);
b) Revenda, para consumo, de combustível 
derivado de petróleo, álcool etílico 
carburante e gás natural: 1,6% (um inteiro e 
seis décimos por cento);
c) Serviços em geral: 32,0% (trinta e dois por 
cento);
d) Serviços hospitalares e de transporte de 
carga: 8% (oito por cento);
e) Demais serviços de transporte: 16% 
(dezesseis por cento); e
f) Instituições financeiras, sociedades 
corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de seguros privados, 
entidades de previdência privada aberta e 
empresas de capitalização: 16%.
5.2 - Percentuais reduzidos para 
pequenos prestadores de serviços.
A base de cálculo mensal do imposto de renda 
das pessoas jurídicas prestadoras de serviços em geral, 
exceto serviços hospitalares e de transporte, bem 
como aqueles prestados por sociedades prestadoras 
de serviços de profissões legalmente regulamentadas, 
cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 
(cento e vinte mil reais), será determinada mediante a 
aplicação do percentual de 16% sobre a receita bruta 
auferida mensalmente (Lei nº 9.250/95, art. 40).
A pessoa jurídica que houver utilizado a alíquota 
reduzida de 16,0%, cuja receita bruta acumulada até 
um determinado mês do ano-calendário exceder o 
limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento 
da diferença de estimativa não recolhida, apurada em 
relação a cada trimestre transcorrido, até o último 
dia útil do mês subsequente àquele em que ocorrer o 
21
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
excesso, sem acréscimos legais.
EXEMPLO:
TABELA PRÁTICA DE PERCENTUAIS
5.3 - Base de cálculo da CSLL
Desde 1º de janeiro de 1997, a base de cálculo da 
CSLL, apurada pelas pessoas jurídicas tributadas com 
base no lucro presumido ou arbitrado corresponde à 
soma dos valores (1+ 3):
1. - Sobre a receita bruta trimestral (regime 
de competência ou de caixa):
1.1 - Do comércio ou indústria e prestação de 
serviços em geral: 12% (doze por cento); e
1.2 - Desde 1º de setembro de 2003, 32% 
(trinta e dois por cento) sobre a receita da 
prestação dos seguintes serviços:
a) Prestação de serviços em geral, exceto 
serviços hospitalares e de transportes;
b) Intermediação de negócios;
c) Administração, locação ou cessão de bens 
imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza;
d) Prestação cumulativa e contínua de serviços 
de assessoria creditícia, mercadológica, 
gestão de crédito, seleção de riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, 
compra de direitos creditórios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de 
serviços (factoring); e
e) Ao diferencial entre o preço de venda e o 
custo de aquisição de veículos usados;
1) 12% (doze por cento) da parcela das receitas 
auferidas, no respectivo período de apuração, 
nas exportações a pessoas vinculadas ou 
para países com tributação favorecida, 
que exceder ao valor já apropriado na 
escrituração da empresa, na forma da 
legislação específica;
2) Ganhos de capital, os rendimentos e ganhos 
líquidos auferidos em aplicações financeiras, 
as demais receitas e os resultados positivos 
decorrentes de receitas não abrangidas pela 
atividade operacional, auferidos no mesmo 
período de apuração, inclusive:
a) Os ganhos de capital nas alienações de 
bens do ativo permanente e de ouro não 
caracterizado como ativo financeiro;
b) Os ganhos de capital auferidos na alienação 
de participações societárias permanentes 
em sociedades coligadas e controladas, e de 
participações societárias que permaneceram 
no ativo da pessoa jurídica até o término do 
ano-calendário seguinte ao de sua aquisição;
c) Os ganhos de capital auferidos na devolução 
de capital em bens ou direitos;
d) Os rendimentos auferidos nas operações de 
mútuo realizadas entre pessoas jurídicas ou 
entre pessoa jurídica e pessoa física;
e) a receita de locação de imóvel, quando não 
for este o objeto social da pessoa jurídica, 
deduzida dos encargos necessários à sua 
percepção;
f) Os juros equivalentes à taxa referencial 
da Selic para títulos federais, acumulada 
mensalmente, relativos a tributos e 
contribuições a serem restituídos ou 
compensados;
g) Os valores recuperados correspondentes a 
custos e despesas, inclusive com perdas no 
recebimento de créditos, salvo se a pessoa 
jurídica comprovar não os ter deduzido em 
período anterior no qual tenha se submetido 
ao regime de incidência da CSLL com base 
no resultado ajustado, ou que se refiram 
a período no qual tenha se submetido ao 
regime de incidência da CSLL com base no 
resultado presumido ou arbitrado;
Contabilidade Tributária
22
h) A diferença entre o valor em dinheiro ou 
o valor dos bens e direitos recebidos de 
instituição isenta, a título de devolução de 
patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor 
dos bens e direitos entregue para a formação 
do referido patrimônio;
i) Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos 
em aplicações financeiras de renda fixa e de 
renda variável; e
j) As variações monetárias ativas dos direitos 
de crédito e das obrigações do contribuinte, 
em função da taxa de câmbio ou de índices 
ou coeficientes aplicáveis por disposição 
legal ou contratual.
EXEMPLO:
Chegamos ao final de nossa segunda aula. Espero 
que vocês tenha tido um bom aproveitamento.
Para um melhor aproveitamento vamos recordar 
o que foi estudado nesta aula?
Seção 1 
Nesta seção vimos o Imposto de renda das 
pessoas jurídicas, em que a ocorrência do fato gerador 
é verificada pela obtenção de resultados positivos 
(lucros) em suas operações industriais, mercantis 
ou de prestação de serviços, além de acréscimos 
patrimoniais decorrentes de ganhos de capital (receitas 
não operacionais). O imposto será devido conforme os 
rendimentos, ganhos e lucros forem sendo auferidos.
Seção 2 
Na seção 2 vocês observaram a Tributação com 
base no lucro real – IRPJ imposto de renda da pessoa 
jurídica, que trata-se do Lucro Real como sendo o 
resultado contábil líquido do trimestre antes do IRPJ e 
da CSLL. Também vimos nesta seção o s valores que 
deverão ser adicionados e excluídos ao lucro líquido 
do exercício, e o pagamento mensal por estimativa.
Seção 3
Na seção 3 pudemos entender a Tributação com 
base no lucro real - CSLL contribuição social sobre o 
lucro, a qual foi instituída pela Lei nº 7.689/88 com 
o objetivo de financiar a seguridade social por meio 
Retomando a aula
dos lucros auferidos pelas pessoas jurídicas e das 
entidades que lhe são equiparadas pela legislação do 
imposto de renda.
Seção 4
Nesta seção trabalhamos com a Tributação com 
base no lucro presumido, que nada mais é do que 
uma forma de tributação simplificada a ser exercida 
pelas empresas de modesto porte desde que não sejam 
obrigadas, no ano-calendário, à complexa apuração 
trimestral do IRPJ baseada no lucro real, que 
pressupõe uma escrituração contábil capaz de apurar 
o resultado fiscal do trimestre, antes do último dia útil 
do mês subsequente.
Seção 5
Na última seção desta aula trabalhamos com 
Pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido e 
arbitrado, cálculo do lucro presumido, percentuais 
reduzidos para pequenos prestadores de serviços e por 
fim a base de cálculo da CSLL
Minhas anotações
23
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
Tributos Incidentes Sobre
o Valor Agregado
Prezados(as) alunos(as)
Vamos iniciar nossa terceira aula analisando o 
que são os tributos incidentes sobre o valor agregado, 
oimposto sobre circulação de mercadoria, os tipos de 
contribuição e impostos de qualquer natureza.
Vamos a nossa aula? 
Bons estudos!
3Aula
Contabilidade Tributária
24
Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
Ao término dessa aula vocês serão capazes de: 
• entender o imposto sobre circulação de 
mercadorias;
• compreender os tipos de contribuição de 
todos os setores
• observar os tipos de impostos de qualquer 
natureza.
Seção 1 – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS)
Seção 2 – Imposto sobre serviços de qualquer natureza 
(ISS)
Seção 3 – Pessoas jurídicas impedidas de optar pelo 
simples
 Os incidentes sobre o valor agregado ou valor 
acrescentado, tributam cada fase do processo produtivo. 
O valor adicionado de uma empresa representa quanto 
de valor ela agrega aos insumos que adquire em um 
determinado período, obtidos pela diferença entre as 
vendas e o total dos insumos adquiridos de terceiros 
(matérias-primas, mão de obra). Esse valor será igual 
à soma de toda remuneração dos esforços consumidos 
nas atividades da empresa.
Seção 1 - Imposto Sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS)
A atual Constituição Federal atribuiu aos Estados 
e ao Distrito Federal a competência para regulamentar 
o ICMS, observando as normas gerais previstas pela 
Lei Complementar n° 87/96 (Lei Kandir) e pelos 
convênios firmados entre os Estados. É por essa 
razão que cada Estado brasileiro possui seu próprio 
regulamento para esse imposto, determinando o prazo 
de recolhimento e o documento a ser utilizado em sua 
arrecadação.
A legislação em vigor considera como 
contribuintes qualquer pessoa, física ou jurídica, 
que realize, com habitualidade ou em volume que 
caracterize intuito comercial, operações de circulação 
de mercadoria ou prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que se iniciem no exterior.
Mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, 
é também contribuinte a pessoa física ou jurídica que:
a) Importe mercadorias ou bens do exterior, 
qualquer que seja a sua finalidade;
b) Seja destinatária de serviço prestado no 
exterior ou cuja prestação se tenha iniciado 
no exterior
1.1 - Tributos Sobre a Folha de 
Pagamento
Além do próprio salário a ser pago aos 
empregados pela prestação de serviços ao empregador, 
todos os benefícios aos quais eles têm direito devem 
constar na folha de salários, tais como: adicionais, 
comissões, gorjetas, gratificações, prêmios etc. Do 
total da remuneração deverão, ainda, ser descontados 
todos os valores legalmente permitidos, tais como: 
contribuições previdenciárias, Imposto de Renda 
Retido na Fonte (IRRF), adiantamentos salariais, 
contribuição sindical, vale-transporte e outros valores 
previstos em instrumentos de negociação coletiva. 
Constam ainda como despesas com pessoal àqueles 
valores cujo ônus é exclusivo do empregador, tais 
como: a parte da contribuição ao Instituto Nacional 
do Seguro Social (INSS) registrada sobre a folha 
de pagamento a ser recolhida pelo empregador, as 
indenizações pagas aos funcionários e o encargo 
da empresa referente à contribuição ao Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
1.2 - Contribuição ao INSS
Além da CSLL, da COFINS e da contribuição 
ao PIS, uma das formas de financiamento da 
seguridade social que se origina das pessoas jurídicas 
é a proveniente da folha de salários, inclusive pró-
labore, conforme o Art. 195 da Constituição Federal. 
Essa contribuição é repartida proporcionalmente entre 
empregados, como será visto a seguir:
Na forma da Lei n° 8.212/91, as empresas 
contribuem à Seguridade Social da seguinte forma:
a) 20,0% sobre o total das remunerações pagas, 
devidas ou creditadas a qualquer título, 
durante o mês, aos segurados empregados 
e trabalhadores avulsos que lhe prestem 
serviços, destinados a retribuir o trabalho, 
qualquer que seja a sua forma, inclusive as 
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de 
utilidades e os adiantamentos decorrentes 
de reajuste salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo tempo a 
disposição do empregador ou tomador de 
serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, 
ainda, de convenção ou acordo coletivo de 
trabalho ou sentença normativa;
25
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
b) sobre o total das remunerações pagas ou 
creditadas no decorrer do mês aos segurados 
empregados e trabalhadores avulsos, para o 
financiamento dos benefícios concedidos em 
razão do grau de incidência de incapacidade 
laborativa (antigo SAT) decorrente dos 
riscos ambientais do trabalho:
• 1,0% para risco considerado leve;
• 2,0% para risco médio; e,
• 3,0% para risco considerado grave.
c) sobre o total das contribuições das 
remunerações pagas ou creditadas, para os 
seguintes Fundos e Entidades (Terceiros):
• SEBRAE ( 0,6%);
• SENAI, SENAC ou SENAT (1,0%);
• INCRA ( 0,2%);
• Salário Educação (2,5%);
• SESI, SESC ou SEST (1,5%).
Caso a empresa mantenha convênio com 
SENAI e SESI, por exemplo, ministrando cursos 
profissionalizantes em suas próprias dependências, e 
a seu custo, ela está isenta do recolhimento destinado 
a esses órgãos.
Quanto à parcela do empregado, inclusive dos 
domésticos e trabalhadores avulsos, o empregador 
é obrigado a descontar deles a contribuição 
previdenciária, mediante aplicação de porcentuais 
sobre o salário recebido limitado a um teto de salário 
contribuição estabelecido pelo INSS, conforme tabela 
divulgada periodicamente em seu próprio site: (www.
previdenciasocial.gov.br).
A contribuição previdenciária descontada 
do empregado, se não for recolhida pela empresa 
ao INSS nos prazos legais (atualmente dia 2 
do mês seguinte a aquele a que se referirem às 
remunerações, prorrogando-se o vencimento para o 
dia útil subsequente quando não houver expediente 
bancário), configurará crime de apropriação indébita 
previdenciária.
Portanto, o valor do encargo do empregado 
(contribuinte de fato) não faz parte do custo ou 
despesa e é apenas representado no passivo como 
obrigação da empresa, que é depositária desse 
desconto e responsável pelo recolhimento, no prazo, 
ao INS
O recolhimento das contribuições previdenciárias 
devidas pelas empresas, a partir da competência 
02/2001, deverá ser realizada por meio da Guia 
da Previdência Social (GPS), cuja arrecadação 
será efetuada exclusivamente mediante débito em 
conta, comandado por meio da rede Internet ou por 
aplicativos eletrônicos disponibilizados pelos bancos
A Resolução INSS/DC nº 39 de 23.11.00, 
determinou o valor mínimo de R$ 29,00 para 
recolhimento de contribuições previdenciárias 
junto à rede arrecadadora, a partir de 01.12.2000. A 
empresa ou contribuinte que eventualmente possuir 
recolhimento inferior a R$ 29,00 deverá acumular 
esse valor com os próximos valores devidos até que 
a soma atinja esse mínimo, para, então, proceder ao 
recolhimento, utilizando a última competência como 
base de informação.
1.3 Contribuição ao FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
(FGTS), instituído em 1966, e regido atualmente 
pela lei n° 8.036, de 1990, representa uma reserva 
constituída por depósitos realizados pelo empregador 
na rede bancária e transferidos à Caixa Econômica 
Federal, com base na remuneração do empregado, a 
ser utilizado por este nos seguintes casos:
• Demissão do trabalhador sem justa causa;
• Término do contrato por prazo determinado;
• Aposentadoria;
• Suspensão de trabalho avulso;
• Falecimento do trabalhador;
• Quando o trabalhador ou qualquer de seus 
dependentes for portador do vírus HIV;
• Quando o trabalhador ou qualquer de seus 
dependentes for acometido de neoplasia 
maligna (câncer);
• Permanência da conta sem depósito por 
três anos ininterruptos, para os contratos 
rescindidos até 13.07.90 e para os demais; 
permanência do trabalhador por igual 
período fora do regime de FGTS;
• Rescisão do contrato por culpa recíproca ou 
força maior;
• Rescisão docontrato por extinção total ou 
parcial da empresa;
• Ocorrência de calamidade pública que 
tenha afetado a residência do trabalhador, 
devidamente reconhecida pelo governo 
http://www.previdenciasocial.gov.br
http://www.previdenciasocial.gov.br
Contabilidade Tributária
26
federal e observadas as demais exigências 
da lei;
• Rescisão do contrato por decretação de 
nulidade do contrato de trabalho nas hipóteses 
previstas no Art. 37§ 2°, da Constituição 
Federal, quando mantido o direito ao salário, 
ocorrida após 28.07.2001;
• Compra da casa própria;
• Pagamento de parte do valor das prestações 
de financiamento do SFH; Aplicação em 
FMP/FGTS, quando da venda de empresas 
públicas.
1.4 - IRRF Sobre Rendimentos do 
Trabalho
De acordo com o RIR/2004, o Imposto sobre 
a Renda retido na Fonte (IRRF) incidente sobre 
rendimentos do trabalho tem como fato gerador o 
pagamento de salário a qualquer título, indenização 
sujeita a tributação, ordenado, vencimento, provento 
de aposentadoria, reserva ou reforma, pensão civil 
ou militar, soldo, pró- labore, remuneração indireta, 
retirada, vantagem, subsídio, comissão, corretagem, 
benefício (remuneração mensal ou prestação 
única) das previdências social ou privada, do Plano 
Gerador de Benefício Livre (PGBL) e de Fundo 
de Aposentadoria Programada Individual (FAPI) 
remuneração de conselheiro fiscal e de administração, 
diretor e administrador de pessoa jurídica, titular de 
empresa individual, gratificação e participação dos 
dirigentes no lucro, participação dos trabalhadores 
nos lucros ou resultados da empresa e demais 
remunerações decorrentes de vínculo empregatício, 
recebidos por pessoa física residente no Brasil.
O imposto será calculado mediante a utilização 
da tabela progressiva mensal, divulgada no site da 
SRF (www.receita.fazenda.gov.br).
1.5 - Tributos Incidentes Sobre o 
Faturamento PIS/PASEP e COFINS
Os contribuintes da COFINS e do PIS/PASEP 
são as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive 
as pessoas a elas equiparadas pela Legislação do 
Imposto de Renda.
A legislação prevê basicamente duas modalidades 
para o cálculo mensal do PIS/PASEP e da COFINS 
incidentes sobre o faturamento: a primeira é aplicada 
sobre a receita bruta das pessoas jurídicas, em geral, 
enquanto a segunda destina-se exclusivamente às 
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, 
sujeitas à sistemática da não-cumulatividade, As 
contribuições ao PIS/PASEP e à COFINS deverão 
ser recolhidas em DARF, de forma centralizada na 
matriz, até o último dia útil da primeira quinzena do 
mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.
1.6 - Base de Cálculo
A partir de 1° de fevereiro de 1999, com a 
edição da lei nº 9.718/98, a base de cálculo dessas 
contribuições é a receita bruta da pessoa jurídica, ou 
seja, a totalidade das receitas auferidas pela pessoa 
jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela 
exercida e a classificação contábil adotada às receitas 
(operacionais ou não-operacionais), sendo excluídas 
ou deduzidas aquelas textualmente previstas como:
I. As vendas canceladas e os descontos 
incondicionais concedidos no ato da venda.
II. O IPI destacado nas notas fiscais e o ICMS 
cobrado pelo vendedor na condição de 
substituto tributário.
III. A receita decorrente da venda de bens do ativo 
permanente, como: a venda de um imobilizado.
IV. As receitas decorrentes dos recursos recebidos 
a título de repasse, oriundos do Orçamento 
Geral da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, pelas empresas 
públicas e sociedades de economia mista.
V. As receitas de exportação de mercadorias ao 
exterior.
VI. As receitas do fornecimento de mercadorias 
ou serviços para uso ou consumo de bordo 
em embarcações e aeronaves em tráfego 
internacional, quando o pagamento for 
efetuado em moeda conversível.
VII. As receitas do transporte 
internacional de cargas ou passageiros
1.7 - PIS/PASEP – Cobrança Não 
Cumulativa
A partir de 1° de dezembro de 2002, com a Lei nº 
10.637/2002, acaba a cumulatividade do PIS/PASEP 
às empresas optantes pelo regime de tributação pelo 
lucro real. Essa contribuição será calculada à alíquota 
de 1,65% sobre o faturamento mensal da pessoa 
jurídica, independentemente de sua denominação ou 
classificação contábil.
Do valor determinado, a pessoa jurídica poderá 
descontar créditos mediante a aplicação de alíquota 
de 1,65% sobre o valor:
• De bens adquiridos no mês para revenda, 
exceto em relação às mercadorias a aos 
produtos adquiridos às quais a contribuição 
seja exigida da empresa vendedora 
(substituição tributária) ou submetidos à 
http://www.receita.fazenda.gov.br
27
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
incidência monofásica do PIS;
• De bens e serviços adquiridos no mês, 
utilizados como insumo na fabricação de 
produtos destinados à venda ou na prestação 
de serviços, inclusive combustíveis e 
lubrificantes;
• Dos aluguéis de prédios, máquinas e 
equipamentos, incorridos no mês e pagos à 
pessoa jurídica, utilizados nas atividades da 
empresa;
Das despesas financeiras, incorridas no mês, 
decorrentes de empréstimos, financiamentos e 
contraprestações de operações de arrendamento 
mercantil de pessoas jurídicas, exceto de optante pelo 
SIMPLES;
Dos encargos de depreciação de máquinas e 
equipamentos adquiridos para utilização na fabricação 
de produtos destinados à venda, bem como a outros 
bens incorporados ao ativo imobilizado;
Dos encargos de depreciação e amortização de 
edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, 
quando o custo, inclusive de mão-de-obra, tenha sido 
suportada pela locatária;
Dos bens recebidos no mês em devolução, cuja 
receita de venda tenha integrado faturamento do mês 
ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto na 
Lei n° 10.637/2002; e,
Da energia elétrica consumida no mês nos 
estabelecimentos da pessoa jurídica.
A contribuição para o PIS não incidirá sobre as 
receitas decorrentes das operações de:
• exportação de mercadoria para o exterior;
• prestação de serviços para pessoa física ou 
jurídica domiciliada no exterior;
• cujo pagamento represente ingresso de 
divisas; e
• vendas à empresa comercial exportadora 
com o fim específico de exportação.
1.8 - Cofins - Cobrança Não Cumulativa
Com a lei n° 10.833/2003, para empresas optantes 
pelo lucro real, a partir de 1º de fevereiro de 2004, 
acaba a cumulatividade da COFINS sobre receita 
bruta. Essa contribuição será calculada à alíquota de 
7,6% sobre o faturamento mensal da pessoa jurídica, 
independente de sua denominação ou classificação 
contábil.
Do valor determinado, a pessoa jurídica poderá 
descontar créditos mediante a aplicação da alíquota 
de 7,6% sobre o valor:
• De bens adquiridos no mês para revenda, 
exceto em relação às mercadorias e aos 
produtos adquiridos aos quais a contribuição 
seja exigida da empresa vendedora 
(substituição tributária) ou submetidos a 
incidência monofásica do PIS;
• De bens e serviços adquiridos no mês 
utilizados como insumos na fabricação de 
produtos destinados à venda ou na prestação 
de serviços, inclusive combustíveis e 
lubrificantes;
• Dos aluguéis de prédios, máquinas e 
equipamentos, incorridos no mês e pagos à 
pessoa jurídica, utilizados nas atividades da 
empresa;
• Das despesas financeiras, incorridas no mês, 
decorrentes de empréstimos, financiamentos 
e contraprestações de operações de 
arrendamento mercantil de pessoas jurídicas, 
exceto de optante pelo SIMPLES;
• Dos encargos de depreciação de máquinas e 
equipamentos adquiridos para utilização na 
fabricação de produtos destinados à venda, 
bem como a outros bens incorporados ao 
ativo imobilizado;
• Dos encargos de depreciação e amortização 
de edificações e benfeitorias em imóveis de 
terceiros, quando o custo, inclusive de mãe-
de-cobra, tenha sido suportado pela locatária;
• Dos bens recebidos no mês em devolução, 
cuja receita de venda tenha integrado 
faturamento domês ou de mês anterior, 
e tributada conforme o disposto na Lei nº 
10.637/2002; e
• Da energia elétrica consumida no mês nos 
estabelecimentos da pessoa jurídica.
ALÍQUOTAS
Para a COFINS, a alíquota geral é de 3% (a 
partir de 1° de fevereiro de 2001) ou 7,6% sobre 
receita bruta (dependendo do regime de tributação e 
enquadramento pela Lei n° 10.833/2003).
Para o PIS/PASEP, 0,65% ou 1,65% (a partir de 
1° de dezembro de 2002)
• dependendo do regime de tributação e 
enquadramento pela Lei n° 10.637/2002) 
sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha 
de salários, nos casos de entidades sem fins 
lucrativos.
Contabilidade Tributária
28
Seção 2 - Imposto Sobre Serviços de 
Qualquer Natureza (ISS)
O ISS é um tributo indireto de competência 
dos municípios incidente sobre serviços de qualquer 
natureza. Esse imposto tem como fato gerador a 
prestação, por empresa ou profissional autônomo, com 
ou sem estabelecimento fixo, de serviço constante da 
lista da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 
2003.
2.1 - Base De Cálculo
A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, 
deduzido de eventuais valores correspondentes ao 
valor de materiais fornecidos pelo prestador dos 
serviços ou das subempreitadas já tributadas pelo 
imposto.
2.2 - Alíquotas
As alíquotas do imposto são fixadas pelos 
municípios e podem variar, na prática atual, entre 
um valor fixo anual até o equivalente a 5,0% do valor 
dos serviços prestados.
2.3 - Simples Nacional
Desde 1997, as pessoas jurídicas devidamente 
enquadradas como microempresa ou empresa de 
pequeno porte poderão optar em recolher os impostos 
e contribuições devidos, calculados sobre a receita 
bruta, mediante aplicação de alíquota única, pelo 
Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e 
Contribuições das Microempresas e das Empresas de 
Pequeno Porte (SIMPLES).
O SIMPLES consiste no pagamento mensal 
unificado dos seguintes impostos e contribuições:
a) Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas 
(IRPJ);
b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(CSLL);
c) Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS);
d) Contribuição para os Programas de 
Integração Social e Formação do Patrimônio 
do Servidor Público (PIS/PASEP);
e) Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI); e
f) A parcela devida pelo empregador em relação 
à contribuição para o INSS abrangendo aquela 
destinada a terceiros (SESC, SESI, SEST, 
SENAT, SENAC, SENAT, SEBRAE), bem 
como o salário-educação, contribuição para 
o INCRA, seguro de acidente de trabalho e 
contribuição patronal.
O SIMPLES poderá incluir o Imposto sobre 
Operações relativas à Circulação de Mercadorias 
e sobre Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal (ICMS) ou o Imposto sobre 
Serviços de Qualquer Natureza (ISS) devido pela 
microempresa e empresa de pequeno porte, desde que 
a Unidade Federada ou o Município em que estejam 
estabelecidas venha a ele aderir mediante convênio.
Seção 3 - Pessoas Jurídicas Impedidas 
de Optar Pelo Simples
Não poderá optar pelo SIMPLES a pessoa 
jurídica, na condição de microempresa, que tenha 
auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, 
receita bruta superior a R$ 240.000,00 (Duzentos e 
quarenta mil reais);
1. Que realize operações relativas:
• à importação de produtos estrangeiros;
• à locação ou administração de imóveis;
• ao armazenamento e depósito de produtos de 
terceiros;
• à propaganda e publicidade, excluídos os 
veículos de comunicação;
• ao factoring; e
• à prestação de serviço de vigilância, limpeza, 
conservação e locação de mão de obra;
2. Que preste serviços profissionais de corretor, 
representante comercial, despachante, 
ator, empresário, diretor ou produtor de 
espetáculos, cantor, músico, dançarino, 
médico, dentista, enfermeiro, veterinário, 
engenheiro, arquiteto, físico, químico, 
economista, contador, auditor, consultor, 
estatístico, administrador, programador, 
analista de sistema, advogado, psicólogo, 
professor, jornalista, publicitário, fisicultor, 
ou assemelhados e de qualquer outra 
profissão cujo exercício dependa de 
habilitação profissional legalmente exigida;
3. que participe do capital de outra pessoa 
jurídica, ressalvados os investimentos 
provenientes de incentivos fiscais efetuados 
antes da vigência da Lei nº 7.256, de 27 
de novembro de 1984, quando se tratar de 
microempresa ou, antes de 6 de dezembro 
29
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
de 1996, quando se referir a empresa de 
pequeno porte que tenha débito inscrito 
em Dívida Ativa da União ou do Instituto 
Nacional do Seguro Social (INSS), cuja 
exigibilidade não esteja suspensa;
4. Cujo titular ou sócio que participe de seu 
capital com mais de 10,0%, tenha débito 
inscrito em Dívida Ativa da União ou do 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 
cuja exigibilidade não esteja suspensa;
5. Que seja resultante de cisão ou qualquer 
outra forma de desmembramento da pessoa 
jurídica, salvo em relação aos eventos 
ocorridos antes de 6 de dezembro de 1996;
6. Cujo titular ou sócio com participação em 
seu capital superior a 10,0% adquira bens ou 
realize gastos em valor incompatível com os 
rendimentos por ele declarados; e
7. Que exerça atividade de industrialização, por 
conta própria ou por encomenda, de bebidas 
ou cigarros.
3.1 - Escrituração
A microempresa e a empresa de pequeno porte 
ficam dispensadas, para fins fiscais, de escrituração 
comercial, desde que mantenham em boa ordem e 
guarda, enquanto não decorrido o prazo decadencial 
(geralmente 5 anos) e não forem prescritas eventuais 
ações que lhe sejam pertinentes:
a) Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada 
toda a sua movimentação financeira, 
inclusive bancária;
b) Livro de Registro de Inventário, no qual 
deverão constar registrados os estoques 
existentes no término de cada ano-calendário; 
e
c) todos os documentos e demais papéis que 
serviram de base para a escrituração dos 
livros referidos.
A optante pelo SIMPLES deverá ainda cumprir as 
demais obrigações acessórias previstas na Legislação 
Previdenciária e Trabalhista.
Chegamos ao final de nossa terceira aula!
Vamos relembrar o que foi estudado nesta aula 
retomando a conversa inicial:
Retomando a aula
Seção 1 
Na seção 1 estudamos sobre o Imposto Sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), 
atribuído aos Estados e ao Distrito Federal, 
observando as normas previstas em Lei, e pelos 
convênios firmados entre os Estados. Vimos também, 
sobre os tributos em folha de pagamento, contribuição 
ao INSS, FGTS, IRRF sobre rendimentos do trabalho, 
tributos incidentes sobre o faturamento PIS/PASEP e 
COFINS, base de cálculo, PIS/PASEP – cobrança não 
cumulativa, COFINS - cobrança não cumulativa e por 
fim, as sobre alíquotas.
Seção 2 
Nesta seção nosso estudo focou o imposto 
sobre serviços de qualquer natureza (ISS), que é 
o preço do serviço, deduzido de eventuais valores 
correspondentes ao valor de materiais fornecidos 
pelo prestador dos serviços ou das subempreitadas, 
as alíquotas deste imposto e o simples nacional que 
consiste no pagamento mensal unificado.
Seção 3
Na última seção desta aula falamos sobre 
Pessoas jurídicas impedidas de optar pelo simples e a 
escrituração, que é a pessoa jurídica, na condição de 
microempresa, que tenha auferido, no ano-calendário 
imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 
240.000,00, as mesmas ficam dispensadas, para fins 
fiscais, de escrituração, desde que se mantenham em 
boa ordem e não forem prescritas em eventuais ações. 
Minhas anotações
Contabilidade Tributária
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Minhas anotações
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MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Sérgio Almir Wachter - UNIGRAN | 2017
Prezados(as) alunos(as)
Chegamos a nossa última aula da disciplina, a 
qual estudaremos o Planejamento Tributário. Tenho 
certeza que ao final vocês estarão aptos a conceituar 
evasão fiscal, planejamento tributário e também as 
alternativas que temos sobre o planejamento.

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