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HistoPatologia Veterinária DEGENERAÇÕES CELULARES Alteração celular. Reversível com a retirada do estímulo. Pode ou não evoluir para a necrose. Citoplasma lesionado. Obrigatoriamente a degeneração deve ser intracelular. Acúmulo de substâncias no interior da célula (gordura, água e eletrólitos, proteínas, entre outros). Redução ou completo encerramento da função celular. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA: Degeneração com água e eletrólitos. Tumefação celular. “Edema intracelular’’ (evita-se usar esse termo uma vez que edema é a forma como é denominado o acúmulo de água fora da célula). Ocorre principalmente em tecido epitelial de revestimento e em células parenquimatosas (hepatócitos, células dos túbulos renais, etc), mas pode ocorrer também em demais tecidos. Agentes etiológicos da degeneração hidrópica: HIPÓXIA: Baixa concentração de O2. Tecido recebe quantidade insuficiente de oxigênio. Qualquer fator que dificulte a chegada de sangue à microcirculação pode levar à isquemia e a hipóxia. Trombose, asma, hipoventilação, aterosclerose, arteriosclerose podem levar à patologia. Também a anemia pode ser uma causa de hipóxia, graças à menor concentração de hemoglobina no sangue. Como a hemoglobina é o carreador de de O2, sua redução leva à hipóxia. Intensidade da isquemia varia de acordo com tamanho da obstrução e do vaso. Agentes químicos (toxidez), físicos (temperatura) e biológicos (bactérias, fungos e vírus) podem também levar à degeneração hidrópica. A redução do fosfato gera redução da fosforilação oxidativa, que por sua vez reduz quantidade de ATP. A bomba de sódio e potássio (processo básico na célula, de troca iônica do interior com o exterior da célula) fica com menor disponibilidade de ATP na célula, e há redução na função da bomba e com isso há o acúmulo de sódio no interior da célula. Por consequência, há a entrada de água na célula, na tentativa de manter o equilíbrio osmótico. Esse acúmulo de água é denominado degeneração hidrópica. Relacionada com a integridade da membrana celular. Microscopicamente vê-se a célula tumefada, com volume aumentado. Núcleo preservado. Citoplasma cheio de água. Citoplasma apresenta-se hipocorado. Macroscopicamente, em casos agudos, temos a formação de bolhas após a destruição da célula. No caso de órgãos internos (como o fígado), há palidez do mesmo. Aumento do tamanho do órgão e diminuição de sua consistência. DEGENERAÇÃO GORDUROSA: Metamorfose gordurosa, esteatose ou lipidose. Não pode-se usar os termos lipoidose nem infiltração gordurosa. Degeneração mais comum no fígado. Quando a gordura presente na dieta, por exemplo, entra no hepatócito, ela se transforma em glicerídeos que nesse são utilizadas para a formação de triglicerídeos, corpos cetônicos, fosfolipídeos e lipoproteínas. No fígado também há formação de gordura a partir do acetil-CoA. Com a hipóxia, há a interrupção do ciclo e excesso da produção de gordura no fígado. Dieta rica em lipídeos pode levar à degeneração gordurosa, assim como a dieta pobre em proteína. Quando a dieta é pobre em carboidrato, o organismo usa lipídeo como fonte de energia e com isso há maior entrada de gordura no hepatócito, o que pode ser suficiente para causar a degeneração gordurosa. Microscopicamente, o núcleo do hepatócito está deslocado na célula. Presença de macro ou microvesículas de gordura característico. Hepatócito aumentado de volume. Macroscopicamente, o fígado está aumentado, menos consistente e amarelado. DEGENERAÇÃO HIALINA: Acúmulo de proteína no interior da célula, sendo visível indiretamente. Alto índice de proteína leva a uma reação eosinófila. Células com citoplasma excessivamente corado. Degeneração hialina ocorre em bezerros ingerindo colostro, uma vez que esse é muito rico em imunoglobulina. Degeneração hialina ocorre nos túbulos contorcidos em casos de lesão renal( proteinúria) e na calcificação das células. Degeneração de Zenker: irreversível, necrose celular. É a coagulação de proteínas celulares, sendo mais comum em células musculares. Em células cardíacas: aumento da acidofilia e perda de estriação (também em outras células musculares). DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA: Mais comum na patologia humana. Na Medicina Veterinária, é mais comum em animais diabéticos, em especial cães. Células renais dos cães diabéticos (túbulos contorcidos). Com o aumento do nível de glicose, há a filtração do glomérulo e a glicose é absorvida. No interior da célula, há formação de glicogênio. Utiliza-se a coloração PAS+. Citoplasma hipocorado e aumentado de volume.
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