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historia oriental - Asia

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Conteúdo
1 América Russa 1
1.1 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Ver também . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Ásia 2
2.1 Etimologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.3 Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3.1 Relevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3.2 Clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3.3 Hidrografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.4 Vegetação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.5 Regiões geográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Demografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.4.1 Taxa de natalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4.2 Urbanização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4.3 Etnias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4.4 Línguas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4.5 Religiões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Países e territórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5.1 Países independentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.2 Países não reconhecidos, parcialmente reconhecidos ou em disputa . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.3 Dependências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.4 Entidades especiais reconhecidas por tratado ou acordo internacional . . . . . . . . . . . . 14
2.5.5 Outros territórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.6 Grandes regiões da Ásia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6 Economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6.1 Mineração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6.2 Agropecuária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6.3 Indústria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.7 Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.8 Aspectos socioeconômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.9 Ver também . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
i
ii CONTEÚDO
2.10 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.11 Ligações externas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.12 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.12.1 Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.12.2 Imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Capítulo 1
América Russa
América Russa (em russo: Русская Америка, Russ-
kaya Amerika) era o nome das possessões coloniais rus-
sas nas Américas entre 1733 a 1867 que atualmente é o
estado norte-americano do Alasca e assentamentos mais
distantes ao sul da Califórnia e do Havaí. A incorpora-
ção formal das possessões não ocorreu até que um ukase
(uma proclamação ou decreto do czar) em 1799, que es-
tabeleceu o monopólio da Companhia Russo-Americana
e também concedeu à Igreja Ortodoxa Russa direitos de-
terminados nas novas posses.
As primeiras missões exploratórias para o Alasca come-
çou já no século XVII, para prosseguir no próximo sé-
culo. Mais tarde fundou-se postos em primeiro lugar,
embora não duradouros, dos comerciantes de couro. No
final do século XVIII, os primeiros assentamentos per-
manentes surgiram. Com a colonização russa, os povos
indígenas das ilhas Aleutas foram retornados à escravi-
dão, e depois de algumas revoltas dos aleútes contra os
russos, foram sistematicamente exterminados. No iní-
cio do século XIX, apesar dos esforços de Alexander Ba-
ranov, um oficial da Companhia Russo-Americana, para
consolidar o comércio de peles russas, os russos nunca fo-
ram capazes de colonizar completamente o Alasca. Com
o Tratado russo-americano de 1824 foram reconhecidos
os direitos exclusivos no comércio de peles do Império
Russo, a norte do paralelo 54 N.
Na década de 1860 o governo russo deixou de estar in-
teressado no destino do Alasca, e assim decidiu vender o
território aos Estados Unidos.
1.1 Bibliografia
• Grinëv, Andrei. V., and Richard L. Bland. “A
Brief Survey of the Russian Historiography of Rus-
sian America of Recent Years,” Pacific Historical
Review,May 2010, Vol. 79 Issue 2, pp 265–278
• The Tlingit Indians in Russian America, 1741-1867,
Andreĭ Valʹterovich Grinev (GoogleBooks)
1.2 Ver também
• Compra do Alasca
• Colonização russa da América
• Companhia Russo-Americana
• Fort Ross
1
Capítulo 2
Ásia
Nota: Para outros significados, veja Ásia (desambi-
guação).
Ásia é o maior dos continentes, tanto em área como em
população. Abrange um terço das partes sólidas da su-
perfície da Terra e é responsável por abrigar quase três
quintos da população mundial. A Ásia faz fronteira no
lado ocidental com a África e com a Europa, e no lado
oriental com o oceano Pacífico, a Oceania e, em menor
proporção, com a América do Norte, pelo Estreito de Be-
ring. O ponto extremo setentrional do continente está
localizado no oceano Glacial Ártico. Mas na parte me-
ridional, a Ásia chega ao seu final na região mais quente
dos trópicos, nas imediações da linha do equador.[1] Na
Ásia são encontradas algumas das montanhas mais altas
do mundo; os rios mais extensos; os maiores desertos,
planícies e planaltos; as selvas e florestas mais densas. A
altitude máxima e a mínima está localizada na Ásia. O
monte Everest, a altitude máxima do planeta, está locali-
zada a 8 848 m acima do nível do mar; ao longo da linha
fronteiriça da República Democrática Federal do Nepal
com a região autônoma chinesa do Tibete. O litoral do
mar Morto, a planície de menor altitude do mundo, es-
tão localizadas a 396 m abaixo do nível do mar, na região
fronteiriça do Estado de Israel com o Reino Hashemita
da Jordânia.[1]
Dos 55 países são encontradas algumas das maiores e
menores nações do mundo, tanto em área como em
população.[2] A Federação Russa, cuja parte europeia
corresponde a um quarto de seu território, mas o restante
é igual a três quartos na parte asiática, é duas vezes maior
que os Estados Unidos e o Canadá juntos. Mas três na-
ções asiáticas — Reino do Bahrein, República de Cin-
gapura e República das Maldivas — juntas corresponde-
riam à extensão territorial da ilha de Marajó. A popu-
lação da República Popular da China ou da República
da Índia é maior do que as populações dos continentes
norte-americano e sul-americano somadas. Porém, apro-
ximadamente dois terços dos países da Ásia tem uma
população pequena em relação à da Região Metropoli-
tana de São Paulo.[3] O povo é enormementediferente
em árvores genealógicas, práticas ou comportamentos ha-
bituais, idiomas, crenças de religião o modus vivendi.[3]
A civilização asiática teve início há mais de 4 000 anos,
muito antes de começar no mundo ocidental, em termos
de atividades econômicas, manifestações culturais e de-
senvolvimento da ciência. O povo da Ásia fundou as ci-
dades mais antigas, estabeleceu os sistemas de leis mais
antigos e criou a figura dos agricultores e comerciantes
mais antigos. Os cidadãos da Ásia foram os inventores
da escrita e criaram as primeiras literaturas. Os funda-
dores de todas as religiões mais relevantes do mundo fo-
ram asiáticos: Buda, Confúcio, Jesus Cristo e Maomé.
Os asiáticos também foram os inventores do papel, da
pólvora, da bússola e do tipo móvel.[3]
As nações asiáticas têm vários sistemas de governo. Os
comunistas são responsáveis pelo governo da China e de
alguns outros países. Os monarcas governam os reinos da
Arábia Saudita e a Tailândia, por exemplo. Os xeques são
os controladores do Reino do Barein, do Estado do Catar
e dos Emirados Árabes Unidos. Dos países da Ásia que
são seguidores dos princípios da democracia, podemos
citar Israel e Japão. Líderes das forças armadas passaram
a exercer o controle de muitas nações da Ásia em perío-
dos de conturbação. Os sultões de nove estados malaios
ocupam a função no cargo de chefe supremo da nação.[3]
A população asiática é muito diversificada quanto tudo
o que se refere ao continente. Durante o século XVI,
a economia asiática declinou-se, enquanto o mundo oci-
dental teve rápido progresso. As nações do Oeste da Eu-
ropa foram os conquistadores da parte predominante da
Ásia dos século XVI até o século XIX.[3] A economia
defasada entre o continente asiático e o mundo ocidental
teve aumento ainda mais na época da colonização vinda
da Europa. Os cidadãos da Europa e dos Estados Uni-
dos foram responsáveis pelo desenvolvimento do sistema
industrial e tiveram o início da utilização de máquinas
e de outros recursos na atividade agrícola. Isto tornou
possível a criação de novos empregos, o aumento pro-
dutivo, e a melhoria do nível de vida. Mas a maior parte
dos países da Ásia não se desenvolveram industrialmente.
Continuaram sendo países de economia baseada na agri-
cultura, e seus agricultores empregavam na utilização de
ferramentas, manuais e métodos nada modernos.[3] Ao
mesmo tempo, a explosão populacional — que ainda está
a ocorrer— aumentou demodo incrível a população asiá-
tica como do mundo ocidental. Mais e mais produtos ali-
mentícios, ocupações empregatícias, instituições de en-
sino, além de outras coisas básicas, tornavam-se necessi-
2
2.2. HISTÓRIA 3
dade de acordo com o aumento populacional. O mundo
ocidental, por causa do desenvolvimento de sua econo-
mia, teve mais recursos do que o continente asiático para
enfrentar os problemas que foram as consequências da
explosão demográfica.[3]
Quase toda a Ásia colonial teve sua independência con-
quistada em meados do século XX. A partir de então,
muitos cidadãos da Ásia têm trabalhado para ter o padrão
de vida elevado, incentivando as atividades industrial, a
agrícola, e diminuindo o crescimento da população. As
disputas políticas já dificultaram essa tarefa. Após a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945),o continente asiá-
tico foi convertido no centro das lutas entre países que
adotam o comunismo como sistema de governo e países
que utilizam o capitalismo como sistema econômico. Na
maioria dos países da Ásia, a luta começou, quando os
comunistas tiveram o desejo de ocupar o poder executivo
do novo país independente. Fora disso, outras disputas
que não se relacionam com os políticos do comunismo
foram provocadores de brigas entre diversos grupos no
continente asiático. Sendo assim, a Ásia, quase de modo
ininterrupto, enfrenta conflitos militares e civis e ameaças
bélicas enquanto tenta a solução de todos os problemas.[3]
2.1 Etimologia
O termo "Ásia” foi recebido pela língua portuguesa atra-
vés do latim, a partir do grego antigo Ασία. O primeiro
registro do topônimo é encontrado em Heródoto: em
cerca de 440 a.C., aquele historiador grego mencionava
a uma divisão do mundo em três partes, cujos nomes
referiam-se a personagens da mitologia grega: a Europa,
em homenagem à ninfa oceânida ou à filha de Agenor; a
Líbia (que é como os gregos antigos chamavam a África),
em homenagem à mãe de Agenor; e a Ásia (Ασία), em
homenagem a outra ninfa oceânica, mais conhecida como
Clímene. À época, o termo Ásia servia para designar a
atual Ásia Menor (Anatólia) ou, por oposição ao mundo
grego ou egípcio, o Império Aquemênida. O termoΑσία,
por sua vez, pode ser derivado do acádio (w)aṣû(m), que
significa “subir”, “sair”, com respeito ao nascer do sol.
Outra explicação para a etimologia refere-se a Homero,
que menciona na Ilíada um certo Asios, aliado dos
troianos e filho de Hírtaco. O nome “Asios” proviria
de Assuwa, uma confederação de Estados do século XIV
a.C. localizada no oeste da Anatólia e cujo nome teria
origem no hitita assu, que significa “bom”.
O gentílico de "Ásia” é asiático (ou asiano, asiânico,
ásio).[4]
2.2 História
Ver artigo principal: História da Ásia
A história da Ásia pode ser entendida como a história co-
Mapa da Ásia em 1890
letiva de várias regiões litorâneas distintas - o leste asiá-
tico, a Ásia meridional e o Oriente Médio - ligadas pela
estepe eurasiática no interior do continente. Cidades, de-
pois Estados e impérios surgiram naquelas áreas.
A periferia costeira foi o berço de algumas das
civilizações mais antigas do mundo. Cada uma daque-
las regiões desenvolveu uma civilização ao longo de vales
férteis de rios. As civilizações da Mesopotâmia, do vale
do Indo e da China tinham muito em comum e provavel-
mente trocaram tecnologia e ideias, como a matemática e
a roda. Outros avanços, como a escrita, desenvolveram-
se independentemente em cada região.
A estepe era habitada por nômades a cavalo que, a par-
tir das estepes centrais, alcançavam qualquer parte do
continente asiático. A primeira expansão conhecida das
estepes para a costa foi a dos indo-europeus, que leva-
ram sua família linguística ao Oriente Médio, à Índia e às
fronteiras da China. A parte norte do continente, corres-
pondente à Sibéria, permaneceu inacessível aos nômades,
devido a suas densas florestas e à tundra, e manteve-se
pouco habitada.
A estepe central e a periferia são separadas por
cordilheiras e desertos. O Cáucaso, os Himalaias, o
deserto de Karakum e o deserto de Gobi representavam
barreiras que os cavaleiros das estepes ultrapassavam
com dificuldade. Embora os habitantes das cidades fos-
sem mais avançados tecnológica e culturalmente, havia
pouco que pudessem fazer para defender-se militarmente
das hordas a cavalo provenientes das estepes. Entretanto,
os nômades que conquistaram Estados na China, Índia e
Oriente Médio terminaram por adaptar-se e integrar-se
às sociedades locais, culturalmente mais fortes.
Muitas grandes civilizações e culturas existiram no con-
tinente asiático. O Judaísmo e o Cristianismo foram fun-
dados na Palestina. A cultura da antiga Israel foi esta-
belecida no segundo milênio a.C. Alexandre, o Grande,
conquistou o território que vai da atual Turquia ao
subcontinente indiano no século IV a.C. O Império Ro-
mano posteriormente controlaria partes da Ásia ociden-
4 CAPÍTULO 2. ÁSIA
tal. Sucederam-se na Pérsia as dinastias aquemênida,
selêucida, parta e sassânida. Muitas civilizações anti-
gas foram influenciadas pela Rota da Seda, que ligava a
China, a Índia, o OrienteMédio e aEuropa. O hinduísmo
e o budismo, que tiveram início na Índia, também foram
uma influência importante no sul e no leste da Ásia.
O Califado islâmico e outros Estados muçulmanos
tomaram o Oriente Médio a partir do século VII e pos-
teriormente se expandiram para o subcontinente indi-
ano e para a Insulíndia. As Cruzadas, tentativas da Eu-
ropa cristã de retomar dos muçulmanos a Terra Santa,
sucederam-se a partir do século XII. O Império Mongol
conquistou boa parte da Ásia no século XIII, estendendo-
se da China à Europa. O Império Russo começou a
expandir-se em direção à Ásia no século XVII, até con-
trolar a Sibéria e a maior parte da Ásia Central em fins
do século XIX. O Império Otomano controlou a Turquia
e o Oriente Médio a partir do século XVI. No século
XVII, os manchus conquistaram a China e estabeleceram
a dinastia Qing, que declinou no século XIX e foi derru-
bada em 1912.
Diversas potências europeias apossaram-se de partes da
Ásia, como a Índia britânica, a Indochina francesa e
Macau e Goa, que estiveram sob controle português. No
século XIX, decorreu o chamado "Grande Jogo" entre
o Império Russo e o Império Britânico, uma disputa
pelo controle da Ásia Central. No século XX, o Japão
expandiu-se para a China, a Coreia e o sudeste asiático
durante a Segunda Guerra Mundial. Após o conflito,
muitos países do continente tornaram-se independentes
das potências europeias. Durante a Guerra Fria, a porção
norte da Ásia era comunista, controlada pela União So-
viética e pela República Popular da China, enquanto que
os aliados ocidentais formaram pactos como CENTO e
SEATO. Representantes dos blocos capitalista e comu-
nista enfrentaram-se em confrontos como a Guerra da
Coreia, a Guerra do Vietnã e a invasão soviética do Afe-
ganistão. O conflito árabe-israelense dominou a maior
parte da história recente do Oriente Médio. O colapso
da União Soviética, em 1991, deu origem a vários países
independentes na Ásia Central.
2.3 Geografia
A área do continente asiático é superior a 44,5 milhões
de quilômetros quadrados, correspondentes a quase um
terço de todas as terras emersas do nosso planeta.[5] Só no
continente moram aproximadamente 3 000 milhões * de
habitantes, número que supera quase 50% da população
do mundo,[5] como resultado da densidade demográfica
fora do comum e superior a 70 habitantes por quilômetro
quadrado.[6]
Essa vasta área territorial é atravessada por três paralelos:
no ponto extremo setentrional, em território russo, pelo
Círculo Polar Ártico; na parte meridional, pelo Trópico
Imagem de satélite da Ásia
de Câncer; e, no centro do território arquipelágico
indonésio, pela linha do Equador.[6][7]
Localizada quase totalmente no hemisfério setentrional,
com somente uma porção dos territórios insulares do sul
indonésio ocupando o hemisfério meridional, o conti-
nente asiático torna-se extenso de 10 graus de latitude
ao sul da linha do Equador a 80 graus de latitude ao
norte dessa mesma linha divisória. Distribuindo-se por
inteiro pelo hemisfério leste, torna-se extenso de 25 para
além de 180 graus de longitude a leste do Meridiano de
Greenwich.[6]
Por ser composto de uma grande extensão continental
da parte setentrional para a parte meridional, a Ásia
preenche espaço de todas as áreas de clima do he-
misfério setentrional: equatorial, tropical, temperada e
polar. Tornando-se extenso com grandiosidade também
da parte oriental para a parte ocidental, é atravessada por
11 fusos horários.[8]
Faz fronteira no lado setentrional, com o oceano Glacial
Ártico; no lado meridional, com o oceano Índico; no lado
oriental, com o oceano Pacífico; e no lado ocidental, com
os montes Urais, com o rio Ural e com os mares Cáspio,
com o Negro, com o Mediterrâneo e com o Vermelho.[8]
O continente asiático é, desse modo, o maior de
todos, onde se podem ser encontradas as mais di-
versos panoramas paisagísticos e tipologias de clima,
como também diversidade de etnias e padronizações de
desenvolvimento da economia.[8]
2.3.1 Relevo
A Ásia apresenta características contrastantes: enormes
terras baixas de aluvião e de litoral e grandes formações
planálticas com cordilheiras muito altas, que se tornam
extensas por uma vasta área centro-meridional, entre os
2.3. GEOGRAFIA 5
O monte Evereste, ponto culminante do relevo mundial, situa-se
na fronteira China-Nepal.
territórios nacionais turco e indonésio. Isso tudo faz
do continente asiático o único com aproximadamente
1 0000 metros de cota altimétrica média.[5] As monta-
nhas de maior altitude estão localizadas na cordilheira do
Himalaia, mas existem outras que se espalham por toda
a área territorial, situando-se no continente asiático as 18
montanhas mais altas do mundo.[8]
O relevo asiático é caracterizado pela apresentação de
seus contrastes de extremidade altimétrica:[9][10]
• as cordilheiras e planaltos de maior altitude da
Terra: Himalaia,[11] Pamir[12] e Tibete, onde se lo-
calizam as altitudes máximas do globo terrestre:
(Everest, 8.840 metros,[13][14] Kanchenjunga, 8.598
metros,[15][16] e muitos outros, com altitudes com
mais de 7.000 metros).
• as maiores depressões absolutas do planeta: o Mar
Morto, 395 metros[10][17][18]
Algumas regiões banhadas pelas águas salgadas do
oceano Pacífico fazem parte do Círculo de Fogo, ou
seja, por causa de sua formação geológica ocorrida há
pouco tempo estão sujeitas a erupções vulcânicas e a
abalos sísmicos. É o caso do arquipélago japonês[19] e
da Indonésia.[10][20]
Algumas formações planálticas são altíssimas e são in-
tercaladas às cadeias de montanhas, como é o caso do
Pamir[12] e do Tibete, contrastando com outros de maior
antiguidade, de menores altitudes, como os da Armênia,
do Decã.[10]
As planícies de rios da Ásia são revestidas com depósito
aluvial trazido pelos acidentes geográficos fluviais que as
percorrem e que se dirigem de modo principal para as
águas salgadas dos oceanos Índico e Pacífico. As prin-
cipais planícies de rios são a Indo-gangética (Índia), a
Mesopotâmica (Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios
Yang-tsé (China) e Mekong (Vietnã).[10]
A Ásia projeta, dirigindo-se aos oceanos adjacentes, vá-
rias porções peninsulares, sendo as mais relevantes a da
Anatólia, a Arábica, a Hindustânica, a da Indochina e a
da Coreia.[10]
2.3.2 Clima
Ver artigo principal: Clima da Ásia
A vasta extensão territorial e, portanto, as diferenças
Mapa climático da Ásia de acordo com a classificação climática
de Köppen-Geiger
de latitude, a presença alternada de áreas baixas e ele-
vadas, a grande influência das massas de ar e ainda a
continentalidade e a maritimidade trazem para o conti-
nente grande variedade de tipos de clima e, consequente-
mente, de formações vegetais.[21]
Nas terras situadas no extremo norte predomina o clima
polar, que vai se tornando mais ameno em direção ao
sul. O centro do continente, por situar-se distante de
influências marítimas e, em parte, devido à altitude do
relevo, que bloqueia a passagem dos ventos oceânicos, é
dominado pelo clima temperado continental, que alterna
verões de elevadas temperaturas com invernos muito
frios. Já o temperado oceânico, ocupando grandes exten-
sões do continente, sofre variações em função da altitude
do relevo, da latitude e da interioridade.[21]
Mais para o sul, à retaguarda das grandes cordilheiras,
que impedem a passagem dos ventos úmidos do oceano,
encontram-se vastas extensões dominadas por clima
semi-árido e clima árido, formando uma extensa faixa de
desertos. A Ásia abriga a maioria dos desertos existentes
na Terra: da Arábia (Arábia Saudita), da Síria, de Thal
(Paquistão), do Thar (ou Grande Deserto Indiano), de Lut
(ou deserto do Irã), de Gobi (Mongólia), de Taklamakan
(China),Karakum (Turcomenistão), Kerman (Irã), da
Judeia (Israel), de Negev (Israel).[21]
No litoral da Ásia Ocidental surge uma faixa estreita de
clima do tipo mediterrânico, enquanto nos arquipélagos
do sul do continente, nas proximidades do Equador, apa-
recem climas de tipo quente: equatorial e tropical.[21]
Entre todos os tipos de clima da Ásia, no entanto, o que
6 CAPÍTULO 2. ÁSIA
mais diretamente influi nas condições de vida locais, so-
bretudo orientando as atividades agrícolas, é o tropical
de monções. Abrangendo as regiões mais populosas do
continente, estende-se pelas planícies costeiras da Índia e
do sudeste e leste da China, com violentas chuvas durante
o verão. Caracteriza-se pela atividade dos ventos, conhe-
cidos como monções, que sopram do Índico e do Pacífico
para o continente durante o verão, e do interior da Ásia
para esses oceanos durante o inverno.[22]
A ocorrência de monções se deve ao fato de que as ter-
ras continentais aquecem-se e esfriam mais rapidamente
do que as águas oceãnicas. Durante o verão, o interior
da Ásia, ao esquentar-se, forma uma área de baixa pres-
são, que contrasta com as altas pressões dos oceanos, pro-
vocando o deslocamento de ventos úmidos do mar para
terra. Esses ventos são as monções de verão. No inverno,
ocorre o inverso: os oceanos estão mais quentes do que
o continente, formando áreas de baixa pressão e atraindo
os ventos continentais. São as monções de inverno.[22]
As regiões montanhosas, independentemente de sua
localização geográfica, apresentam temperaturas muito
baixas, em razão da altitude.[21]
2.3.3 Hidrografia
Tanto as chuvas abundantes da região influenciada pelos
climas equatorial e tropical quanto a grande quantidade de
neve derretida das altasmontanhas favorecem a existência
de grandes rios, que correm em quase todas as direções
do continente asiático. Podemos destacar:[23]
Rio Yangtzé na região das Três Gargantas
• rios que deságuam no oceano Pacífico. Alguns
têm grande volume de água devido às monções de
verão. Merecem destaque os rios Huang-ho (ou
Amarelo), Si-kiang e Yang-tsé-kiang (ou Azul), to-
dos na China, além do Mekong, na Indochina;[23]
• rios que deságuam no oceano Índico. Alguns deles
são tambémmonçônicos e tornam-semuito volumo-
sos durante o verão. Merecem destaque rios da Índia
e de Bangladesh, como o Bramaputra, o Ganges e o
Godavari, e o rio Indo, no Paquistão;[23]
• rios que correm para norte e desaguam no oceano
Glacial Ártico. São exemplos os rios Obi, Ienissei e
Lena, que congelam durante grande parte do ano.
Como o degelo ocorre a partir de seus altos cur-
sos, as águas, ao chegarem ao médio curso e encon-
trarem barreiras de gelo, esparramam-se por vas-
tas extensões de suas margens, causando frequentes
inundações;[23]
• rios que desembocam no golfo Pérsico. Merecem
destaque o Tigre e o Eufrates, que formam a planície
da Mesopotâmia;[23]
• rios da Ásia Centro-oriental que desaguam em lagos.
Podemos citar o Sir Daria e o Amu Daria, que de-
saguam no mar de Aral, além de outros que desapa-
recem dentro do deserto.[23]
A Ásia apresenta poucos lagos, embora de grande exten-
são, como o Baikal e o Balkhash, localizados na Rússia.
Se os lagos existem em pequeno número, os mares asiáti-
cos aparecem com muito mais destaque: mar Vermelho,
que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da Ará-
bia; a sudeste, mar da China Meridional, mar da China
Oriental, Mar de Andamã e mar Amarelo; os mares da
Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a
nordeste, os mares de Okhotsk, do Japão e de Bering.[24]
No limite com a Europa, aparece o maior mar fechado
do mundo, o mar Cáspio.[23]
2.3.4 Vegetação
Paisagem da Sibéria, onde se vê a floresta de taiga
Como as formações vegetais dependem do tipo de solo
e principalmente do clima, a Ásia apresenta muitas va-
riedades vegetais, ainda que parcialmente destruídas ou
alteradas pela milenar ocupação humana.[25]
No extremo norte do continente, junto ao pólo, não há
condições para a existência de vegetação, porém mais ao
sul, na planície Siberiana, começam a surgir formações de
tundra. Ainda rumo ao sul, à medida que o clima polar
se torna menos intenso e o frio se estende por um número
2.3. GEOGRAFIA 7
menor de meses, aparece a vasta região da taiga, quase
integralmente pertencente à Rússia.[25]
O maior destaque, entretanto, está nas estepes, que ocu-
pam grandes extensões da Ásia Central, aparecendo em
áreas de clima temperado continental.[25]
Os arquipélagos situados na Ásia Meridional apresentam-
se recobertos por florestas equatoriais e tropicais, não
muito diferentes das que existem na Amazônia brasi-
leira. Essas formações podem ser observadas também
no centro-sul, onde igualmente se verifica a presença de
savanas, em que a vegetação herbácea é dominante, apre-
sentando arbustos e árvores em associações pouco den-
sas, como o jângal na Índia.[25]
Registra-se ainda a ocorrência de florestas temperadas
em extensões consideráveis no Extremo Oriente e de
vegetação xerófita nas áreas desérticas ou semi-áridas do
continente.[25]
2.3.5 Regiões geográficas
Divisão da Ásia em regiões, conforme critério das Nações Unidas
Considerando que uma região geográfica é uma área mais
ou menos definida, caracterizada por determinados as-
pectos físicos e humanos, seria possível encontrar de-
zenas delas no continente e até mesmo algumas em um
mesmo país. Por esse motivo, e para facilitar o es-
tudo e a compreensão das características e dos proble-
mas políticos e sociais de um continente tão vasto, vamos
simplificar sua divisão estudando-o através de seis gran-
des regiões geográficas. São elas: o Oriente Médio, o
subcontinente indiano, o sudeste asiático, o centro-leste,
o Extremo Oriente e a parte asiática da Comunidade de
Estados Independentes.[26]
Oriente Médio
Ver artigo principal: Oriente Médio
Essa área, que se estende desde a Turquia até o
Afeganistão, apresenta como característica física domi-
nante o predomínio do clima seco, o que resulta na exis-
tência de desertos. Como característica populacional,
Mapa político do Oriente Médio
destaca-se a ocupação por brancos e uma das densidades
demográficas mais baixas do continente.[25]
O Oriente Médio reúne 16 países independentes, muito
importantes pelas notáveis reservas de petróleo que al-
guns possuem e por sua posição estratégica, já que essa
região é o elo de ligação entre Europa, Ásia e África.
É uma área constantemente agitada por conflitos de ori-
gens diversas: o antagonismo histórico entre esses paí-
ses; a grande mescla de seitas e religiões (islamismo,
cristianismo, judaísmo); os sistemas político-econômicos
vigentes, levando ao alinhamento com os Estados Unidos
ou com a Rússia.[25]
Apesar de todas essas diferenças, há muitas semelhanças,
principalmente em nível econômico: os países são todos
subdesenvolvidos (à exceção de Israel, Catar e Emirados
Árabes Unidos) e neles a atividade industrial de trans-
formação é bastante escassa, predominando pequenas in-
dústrias têxteis e alimentares. A agricultura é praticada
nas poucas regiões onde não ocorrem desertos. Os prin-
cipais produtos agrícolas são trigo, cevada, milho, arroz e
cítricos, cultivados sobretudo na Turquia, Síria, Líbano,
Israel e Iraque. A pecuária restringe-se ao pastoreio nô-
made de camelos, cabras e ovelhas.[25]
O grande destaque econômico do Oriente Médio, em
nível internacional, é a exploração do petróleo, que
tem sido responsável pela entrada de lucrosfabulosos
nos países produtores. Os lucros do petróleo, entre-
tanto, pouco têm contribuído para atenuar o elevado grau
de subdesenvolvimento da maior parte dos países dessa
área, acentuando, ao contrário, a enorme disparidade na
distribuição de renda.[27]
Em 1960, Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e
Venezuela criaram a Organização dos Países Exportado-
res de Petróleo (OPEP), à qual se filiaram durante as
décadas de 1960 e 1970: Catar e Abu Dhabi (um dos
Emirados Árabes Unidos), Indonésia (país da Insulíndia),
Equador, Líbia, Argélia, Nigéria e Gabão. Liderada pe-
8 CAPÍTULO 2. ÁSIA
los países árabes, a OPEP tem como objetivo controlar o
preço do petróleo. Em 1973, essa organização multipli-
cou o preço do barril de petróleo, provocando uma série
de desajustes econômicos nos países importadores, que
ficou conhecida como crise do petróleo. Diversos des-
ses países passaram a explorar jazidas até então conside-
radas não-rentáveis e desenvolveram fontes alternativas
de energia. Em virtude disso, a OPEP foi obrigada mais
tarde a reduzir o preço do barril de petróleo, cujo con-
sumo retraiu.[27]
A maior parte do Oriente Médio é ocupada pelos paí-
ses árabes. Localizados na Península Arábica e vizinhan-
ças, são nações fundamentalmente agropastoris, caso do
Iêmen, enquanto na Arábia Saudita, Kuwait, Emirados
Árabes Unidos, Iraque, Omã, Catar e Barein o petróleo
é a grande riqueza nacional, impondo uma paisagem de
torres e oleodutos onde durante séculos houve apenas um
deserto sem proveito econômico.[27]
Há ainda o Líbano e a Síria, países cuja agricultura e
indústria são mais desenvolvidas, muito embora o Lí-
bano, arrasado por conflitos intermináveis, sobreviva
com grandes dificuldades. A Jordânia difere de todos por
sua atividade mineradora caracterizada pela exploração
de fosfato e mármore.[27]
Entre os países não-árabes, há Israel, a nação mais indus-
trializada e desenvolvida do Oriente Médio, além de três
grandes Estados - Turquia, Irã e Afeganistão. A indústria
turca está se desenvolvendo rapidamente, graças aos in-
centivos governamentais e às riquezas minerais do país,
como carvão, ferro, manganês, cromo e cobre. A econo-
mia iraniana baseia-se principalmente na extração e co-
mercialização do petróleo, enquanto a agropecuária é a
base econômica do Afeganistão.[27]
Subcontinente Indiano
Ver artigo principal: Subcontinente indiano
No sul da Ásia encontra-se a grande Península Hindus-
Imagem de satélite do subcontinente indiano, com indicação dos
estados que o compõem
tânica, que avança sobre o Oceano Índico. Apresentando
a Cordilheira do Himalaia ao norte, o relevo da região
é dominado pelo vasto Planalto do Decã, e, entre este e
as montanhas, pela grande Planície Indo-gangética, per-
corrida pelo Indo e pelo Ganges, rios de grande volume
de água. A região é tipicamente tropical e os verões são
marcados pela chegada dos ventos monçônicos.[27]
Índia, Paquistão e Bangladesh são os países centrais da
região; em meio à Cordilheira do Himalaia, localizam-
se ainda os pequenos reinos do Nepal e do Butão. A
sudeste da Índia está Sri Lanka, país antigamente co-
nhecido como Ceilão, e a sudoeste, o arquipélago das
Maldivas.[28]
Aproximadamente metade do território da Índia é reco-
berto por plantações de arroz, que se beneficiam do clima
monçônico; cultivam-se em grande escala também trigo
e milho, além de algodão, chá, juta e outros produtos.
A pecuária, apesar do enorme rebanho bovino, não tem
grande importância econômica.[28]
Em termos mineralógicos, a Índia possui grandes de-
pósitos de ferro, além de produzir a maior parte do
petróleo que consome. Possui ainda abundantes reservas
de carvão, mica, manganês, alumínio e outras de menor
importância.[28]
Dentre os países asiáticos, é dos que apresentam maior
grau de industrialização, dispondo de algumas grandes
áreas industriais, como a região de Bombaim, Calcutá,
no leste, a de Punjab-Nova Délhi, no norte, e a Madras,
no sul. Os ramos industriais mais importantes são o têxtil,
o alimentar, o mecânico, o siderúrgico e o químico.[28]
Além disso, a Índia domina a energia nuclear, possuindo
tecnologia para a fabricação de bombas atômicas. Tam-
bém na área dos satélites artificiais, esse país alcançou
grandes progressos, tendo já lançado seu primeiro saté-
lite de comunicações.[28]
A população indiana é extremamente pobre: três quar-
tos vivem em condições precárias de alimentação, saúde,
educação e habitação.[29]
Com mais de 700 habitantes por quilômetro quadrado,
Bangladesh assemelha-se à Índia por suas baixas con-
dições de vida. Não é muito melhor a situação do
Paquistão, pois embora tenha densidade demográfica sen-
sivelmente menor que a de seus vizinhos, dispõe de áreas
relativamente reduzidas para a atividade agrícola e pas-
toril, que constitui a atividade econômica da maior parte
dos habitantes.[29]
Sri Lanka, com contrastes sociais menos chocantes, é
uma república que apóia sua economia no cultivo de chá,
arroz, borracha e coco e, naturalmente, na pesca. As
Maldivas possuem uma economia precária, baseada prin-
cipalmente na prática rudimentar da pesca e na extração
do óleo de copra (amêndoa de coco seca).[29]
Os países montanhosos - Nepal e Butão - enfrentam
o problema do isolamento, determinado pelas elevadas
2.3. GEOGRAFIA 9
altitudes do relevo e particularidades climáticas, que di-
ficultam a construção e a manutenção de estradas, e tam-
bém pela falta de acesso ao oceano. Nestes pequenos
países, pratica-se a agricultura nas poucas áreas em que
isso é possível, além de criarem-se animais. Mais da me-
tade da população é analfabeta e os hábitos e costumes
tradicionais das tribos regem a vida de quase todos os
habitantes.[29]
Em todos os países do centro-sul asiático a população ru-
ral é dominante, embora existam algumas grandes cida-
des, sobretudo na Índia, onde a atividade industrial é di-
versificada e o nível de informação e politização dos ha-
bitantes é bem mais avançado. As maiores cidades da
região são Calcutá, Bombaim, Madras, Nova Délhi (Ín-
dia), Karachi (Paquistão) e Daca (Bangladesh).[29]
Sudeste Asiático
Ver artigo principal: Sudeste Asiático
Esta região é formada por nove países independen-
Localização do sudeste asiático
tes: Myanmar (Birmânia), Tailândia, Laos, Vietnã,
Camboja, Malásia e Singapura - localizados na península
da Indochina - e Indonésia, Brunei e Filipinas - que cons-
tituem o arquipélago da Insulíndia. A Malásia tem uma
parte de seu território localizada na península da Indo-
china e outra na ilha de Bornéu, cuja maior parte per-
tence à Indonésia. Brunei localiza-se inteiramente nessa
ilha.[29]
O principal destaque econômico do sudeste asiático é
a exploração de minérios para exportação, principal-
mente na Indonésia e na Malásia. A Indonésia, mem-
bro da OPEP, é um dos grandes importadores mundiais
de petróleo (Bornéu) e minerais metálicos, com destaque
para estanho, ferro, bauxita e ouro. Brunei, sultanato lo-
calizado na ilha de Bornéu, depende basicamente da ex-
portação de petróleo.[30]
Apesar de ser rico em minérios, o sudeste asiático
apresenta uma indústria pouco desenvolvida devido
à falta de capital para ser aplicado em serviços de
infraestrutura. As principais indústrias são de proces-
samento de matérias-primas para exportação, como as
manufaturas têxteis na Indochina e as usinas de açú-
car na Indonésia. Singapura constitui exceção à fraca
industrialização da região. Essa pequena ilha é um dos
"tigres asiáticos", paísesde industrialização recente é
crescimento acentuado. A indústria malaia e tailan-
desa também está expandindo, mas as demais econo-
mias continuam dependendo basicamente de atividades
agrícolas.[30]
A par de atividades de subsistência, em que se destaca o
cultivo do arroz a agricultura dessa região asiática, tam-
bém oferece produtos tropicais, cultivados em regime de
plantation, uma herança de colonização europeia. Vol-
tando principalmente à exportação, esse ramo da eco-
nomia emprega a maior parte da população ativa. As
principais culturas para exportação são a da borracha na
Malásia, no Myanmar e na Indonésia; de chá, na Indo-
nésia; além do arroz - cultivado em terraços nas vertentes
das montanhas -, que é exportando pela Tailândia, Vietnã
e Indonésia.[30]
As principais cidades da região são: Jacarta (Indonésia),
Manila (Filipinas) e Bangcoc (Tailândia), cujas áreas
metropolitanas abrigam mais de cinco milhões de
habitantes.[31]
Essa região do globo tem-se caracterizado por diversos
problemas políticos, desde sucessivos golpes de Estado a
longas e sangrentas guerras envolvendo o confronto en-
tre capitalismo e socialismo, como a ocorrida no Vietnã
(1960-1975). A diversidade de grupos étnicos, o grande
número de religiões professadas e os níveis de vida extre-
mamente diferenciados são fatores que concorrem para
tornar essa região ainda mais conturbada.[31]
Ásia Oriental
Ver artigo principal: Ásia Oriental
Possuindo o terceiro maior território do mundo e abri-
Ásia Oriental
gando mais de um bilhão (mil milhões) de pessoas - cerca
de 20% de toda a humanidade -, a China adquire grande
destaque nomundo. Entretanto, devido ao fato de amaior
parte de seu território ser ocupada por desertos e monta-
nhas, a população chinesa fica quase toda concentrada no
lado oriental do país, única região que pode ser plena-
mente aproveitada.[32]
10 CAPÍTULO 2. ÁSIA
A atividade econômica que emprega maior número de
trabalhadores é a agricultura, cuja principal meta é a ali-
mentação da imensa população. Essa atividade se desen-
volve através de um sistema comunitário, em que o Es-
tado empresta a terra e fornece os meios para a produção
(máquinas, ferramentas, adubos etc.). A China destaca-
se mundialmente na produção de arroz, trigo, soja e ou-
tros gêneros, cultivados principalmente no vale do Yang-
tsé-kiang. Também na criação de animais (suínos, ovinos
e bovinos), esse país se coloca entre os cinco maiores pro-
dutores mundiais.[32]
AChina possui abundantes reservas minerais e um consi-
derável potencial hidráulico e petrolífero, o que, aliado ao
fato de sua mão-de-obra ser muito barata e sua população
numerosa, fornece condições para o desenvolvimento da
indústria, ainda que ela seja estatizada e se volte quase
exclusivamente para o mercado interno. A produção visa
basicamente fornecer artigos considerados necessários,
sem preocupação com acabamento de luxo e, por isso,
sempre ao alcance dos operários e camponeses.[33]
Opaís conta ainda comumgrande parque de indústrias de
base, essenciais aos empreendimentos estatais. As prin-
cipais áreas industriais localizam-se nas proximidades de
grandes centros urbanos da China Oriental, como Xangai
e Pequim, ou em áreas novas, como a Manchúria.[33]
A China não apresenta um grau de desenvolvimento se-
melhante ao das grandes potências mundiais, mas é uma
nação em que a distribuição de renda e de bens é me-
nos desequilibrada. O padrão de vida de todos é relativa-
mente igual e praticamente não existem a miséria pessoal
e suas inúmeras consequências.[33]
A partir de 1984, o governo chinês passou a promover a
entrada de investimentos estrangeiros no país, que se re-
traíram, em 1989, com a repressão às maiores liberdades
políticas.[33]
Formosa, ou Taiwan, tornou-se um país independente da
China em 1949, por ocasião do término da revolução co-
munista chinesa. De estrutura capitalista, o paí contou
com a ajuda de capitais provenientes dos Estados Uni-
dos e do Japão e projetou-se economicamente no plano
agrícola e industrial, graças à abundância de recursos mi-
nerais e mão-de-obra barata.[33]
AFormosa é um dos países conhecidos como "tigres asiá-
ticos", damesma forma queHongKong, colônia britânica
que foi reanexada à China em 1997, funcionando como
região administrativa especial.[34]
AMongólia ocupa a parte mais central do território asiá-
tico. Localizada entre a China e a União Soviética, foi
por muito tempo motivo de rivalidade entre esses paí-
ses. Atualmente é alinhada ao bloco soviético. A popu-
lação do país é bastante reduzida em relação a seu ex-
tenso território, que apresenta vários obstáculos naturais
ao desenvolvimento econômico. Sua atividade principal
é a agropecuária e sua principal cidade é a capital, Ulan
Bator.[34]
Extremo Oriente
Ver artigo principal: Extremo Oriente
O Japão é um Estado monárquico, altamente desenvol-
Localização do Extremo Oriente
vido e industrializado, situado a leste do continente asiá-
tico, em pleno Oceano Pacífico, e constituído por mais
de três mil ilhas, embora apenas as quatro mais extensas
sejam economicamente importantes.[35]
Sua área total é pouco maior que a do estado do
Maranhão, mas detém uma grande população absoluta
(127 milhões de habitantes em 2007) e uma alta densi-
dade demográfica (337 habitantes por quilômetro qua-
drado). Essa aglomeração populacional torna-se ainda
mais grave ao se constatar que apenas um quinto do
território japonês pode ser habitado, já que o restante é
ocupado por altas montanhas. Por outro lado, o cresci-
mento vegetativo do Japão é quase nulo, pois as taxas de
natalidade apenas compensam as de mortalidade.[35]
Integrante do Primeiro Mundo, portanto, capitalista e
desenvolvido, o Japão apresenta, entre outras, as seguin-
tes características: renda per capita bastante alta; mora-
dia, saúde e educação de bom nível, acessíveis a todos;
agricultura, indústria e rede de serviços tecnologicamente
avançadas.[35]
O desenvolvimento e a prosperidade japonesa, sobretudo
após o término da Segunda Guerra Mundial, ocasião em
que o país foi parcialmente destruído por bombardeios,
constituem um verdadeiro milagre econômico, na opi-
nião de especialistas do setor. Para tanto, contribuíram os
seguintes fatores: ajuda militar e financeira dos Estados
Unidos, através do Plano Marshall; adoção de uma polí-
tica de rigoroso controle populacional; prioridade à edu-
cação e ao domínio da tecnologia; produção voltada à ex-
portação. A partir da década de 1950, o Japão atingiu
um estágio de grande desenvolvimento e é hoje uma das
maiores potências mundiais.[36]
Embora disponha de poucas matérias-primas e
quase nenhum combustível, o país é bem servido
de hidreletricidade. Hoje é o primeiro produtor mundial
de navios, o segundo de automóveis e o terceiro de aço
e de alumínio, e seus produtos elétricos e eletrônicos,
como rádios, televisores, calculadoras e inúmeros outros,
encontram-se disseminados por todo o mundo.[36]
Devido ao alto grau de industrialização do Japão, a maior
parte de seus habitantes vive no meio urbano, sendo que
2.4. DEMOGRAFIA 11
a Região Metropolitana de Tóquio possui mais de 37 mi-
lhões de habitantes,[37] o que torna a aglomeração de Tó-
quio, independentemente de como se define, como a área
urbana mais populosa do mundo;[38] em âmbito nacional,
é seguida por Osaka, Nagóia, Yokohama e Quioto.[36]
Localizadas na Península da Coreia, estão a República
Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) e a
República da Coreia (Coreia do Sul), que até 1948 for-mavam um único país. A divisão em dois estados foi
decorrente da ocupação do território por soviéticos, no
norte, e norte-americanos, no sul, por ocasião do término
da Segunda Guerra Mundial.[36]
Desde a separação, a Coreia do Norte é socialista, com
uma economia pobre e subdesenvolvida e a Coreia do
Sul, capitalista, sendo um país desenvolvido, com valores
muito elevados de IDH (15.º a nível mundial em 2011)[39]
e de PIB (PPC) per capita (27.º a nível mundial em 2011,
segundo o FMI[40] e 29.º segundo o Banco Mundial [41] e
a CIA[42], com uma economia com grandes apostas nos
serviços e na alta tecnologia. A Coreia do Norte con-
tinua essencialmente agrícola, com uma economia sub-
desenvolvida, com destaque para o cultivo do arroz e do
trigo, mas a Coreia do Sul— que, assim como Singapura,
Formosa e Hong Kong, é um dos "tigres asiáticos" — al-
cançou grande desenvolvimento industrial na década de
1980.[43]
As diferenças entre as bandeiras das duas Coreias são as
seguintes:
• A bandeira da Coreia do Sul é um retângulo branco
com um círculo com duasmetades onduladas de ver-
melho acima e azul abaixo, que representa positivo
e negativo; os quatro trigramas representam os qua-
tro elementos da Terra: água, terra, ar e fogo; daí a
noção de posição e equilíbrio.
• A bandeira da Coreia do Norte é um retângulo com-
posto de três faixas horizontais de desigual tamanho
e proporção de azul, vermelho (três quintos) e azul;
os três quintos de banda vermelha são orlados de
branco; no centro à esquerda está um círculo branco
com uma grande estrela vermelha de cinco pontas,
que representa a esperança de construir o socialismo
sob a liderança do Partido do Trabalho da Coreia.
Comunidade de Estados Independentes
A parte asiática da Comunidade de Estados Indepen-
dentes, embora corresponda, aproximadamente, a quatro
quintos do território administrado por essa organização
internacional, tem modesta importância econômica, se
comparada à parte europeia.[44]
Devido principalmente à hostilidade do meio natural -
desertos, grandes áreas geladas ao norte e altasmontanhas
ao sul - essa região não apresenta condições ideais para a
agropecuária. Mesmo assim, nos limites com a Europa,
Mapa da Comunidade de Estados Independentes
cultiva-se trigo e milho; a sudoeste, nas estepes próximas
aos mares Cáspio e Aral, criam-se extensivamente car-
neiros e cabras e cultivam-se algodão e frutas, e nas áreas
mais frias da Sibéria criam-se renas.[44]
A partir da revolução socialista de 1917 e, particular-
mente, após o final da Segunda Guerra Mundial, essa re-
gião conhecida como a ex-União Soviética passou a ser
mais valorizada, devido, principalmente, à abundância de
suas riquezas minerais. Graças a essa característica, pas-
sou a abrigar basicamente indústrias pesadas, localizadas
em alguns centros da Sibéria e do Cazaquistão. Pode ser
citada ainda a cidade de Vladivostok, localizada na extre-
midade oriental, que, além de ser importante ponto estra-
tégico, centraliza inúmeras indústrias diferenciadas.[44]
2.4 Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Ásia
O continente asiático ocupa um espaço que corres-
Imagem de satélite da Ásia à noite obtidas e tiradas pela NASA
em 1991.
ponde a cerca de um terço de todas as terras do planeta,
sendo, portanto, maior que a extensão somada de todas
as Américas, ou da Europa com a África. Nessas terras
vivem mais de três milhares de milhões de habitantes,
ou seja, mais da metade da população mundial, resul-
tando numa densidade demográfica de 70 habitantes por
quilômetro quadrado, aproximadamente três vezes maior
que a densidade média da Terra.[45]
12 CAPÍTULO 2. ÁSIA
Embora muito numerosa, a população asiática é mal
distribuída: nas planícies, sobretudo as irrigadas pelas
monções, e nas grandes cidades, as densidades demo-
gráficas são altíssimas, enquanto nas regiões desérticas,
montanhosas e geladas, e mesmo em áreas de climas
muito quentes, a população apresenta-se rarefeita. Paí-
ses como China, Índia, Indonésia, Japão, Paquistão e
Bangladesh estão entre os mais populosos da Terra, en-
quanto outros, como aMongólia oumesmo trechos seten-
trionais da Rússia, apresentam as mais baixas densidades
demográficas do planeta.[45]
2.4.1 Taxa de natalidade
Um fator que agrava o problema da má distribuição
demográfica são as altas taxas de natalidade e a tendên-
cia à concentração urbana, características de todos os
países subdesenvolvidos, como é o caso da maioria das
nações asiáticas. Apenas alguns poucos países consegui-
ram sucesso em suas campanhas de planejamento fami-
liar, reduzindo-se o crescimento populacional na China e
praticamente estancando-o no Japão.[46]
Em outros casos, a situação continua alarmante; é o que
ocorre, por exemplo, com a Índia, onde a cada ano a po-
pulação apresenta um crescimento vegetativo de 2,1%.
Isso representa anualmente cerca de 14 milhões de cri-
anças à espera de formação e, futuramente, de emprego.
Na prática, isso se mostra economicamente impossível, o
que torna ainda mais agudo o subdesenvolvimento desse
e de outros países asiáticos.[46]
Outro aspecto grave do crescimento populacional muito
elevado é que ele costuma ocorrer nas áreas mais popu-
losas, acentuando ainda mais o contraste com os vazios
demográficos. Atualmente, em uma área que equivale a
um quarto do território asiático, vivem 90% dos habitan-
tes do continente, enquanto nada menos que dois quin-
tos do território são praticamente desabitados, abrigando
apenas 3% ou 4% da população total. Uma das principais
razões desse fenõmeno é a urbanização.[46]
De maneira geral, as regiões que apresentam condições
naturais satisfatórias são as que abrigam os maiores aglo-
merados populacionais; aquelas que apresentam obstácu-
los naturais à fixação humana, tais como a grande altitude
do relevo, o clima muito frio e a aridez do solo, perma-
necem pouco habitadas.[46]
A Terra assiste a um extraordinário crescimento popula-
cional, impulsionado, em grande parte, pelo formidável
crescimento populacional asiático. Na tabela, fica claro
que a contribuição dos países subdesenvolvidos é muito
superior à dos desenvolvidos, daí a importância dos paí-
ses asiáticos nesse processo.[46]
2.4.2 Urbanização
2.4.3 Etnias
Embora a maior parte da população asiática seja com-
posta de povos de raça amarela, há também expressivo
número de representantes dos outros troncos étnicos, o
negro e o branco.[47]
Os amarelos compõem a etnia dominante e distribuem-
se pelas regiões da taiga e da tundra (ao norte), pe-
los planaltos da Ásia Central e sobretudo pelo leste
e sudeste do continente, regiões asiáticas mais inten-
samente povoadas. Ocorrem grandes diferenças físi-
cas, linguísticas e culturais entre esses povos (chineses,
japoneses, coreanos, malaios, indonésios), mas sobretudo
entre eles e os grupos mais isolados, como os quirguizes,
mongóis e tibetanos.[47]
Os brancos ou caucasoides predominam no sudeste do
continente (Oriente Médio), onde são encontrados os
árabes, os turcos, os israelenses, curdos, etc., e na Ásia
Central, cujos países receberam grandes contingentes de
população eslava (principalmente russos) ao serem incor-
porados à extinta União Soviética. Também na Índia e no
Paquistão há um ramo étnico branco, mas seus represen-
tantes são bem amorenados.[47]
Também, aparecem em menor número, distribuindo-se
no sul da Índia e em ilhas do Oceano Índico. Pertencem
ao grupo drávida, cuja influência é marcante na cultura
hindu.[47]
• Rei Abdallah da Arábia Saudita.
• Subrata Pal, goleiro indiano.
• Regine Velasquez, é uma cantora filipina.
• Taro Aso, ex-primeiro-ministro do Japão.
• Zhang Ziyi, uma atriz chinesa.
2.4.4 Línguas
Em um continente que apresenta tão grandediversidade
étnica e que registrou um longo período de dominação
colonial em grande parte de seu território, é muito na-
tural que se verifique grande diversidade de idiomas.[48]
Os principais, falados por mais de 100 milhões de pes-
soas, são: o mandarim (a língua mais falada do mundo),
o árabe, o malaio-indonésio, o coreano, o japonês e, den-
tre as muitas línguas faladas na Índia, o hindi-urdu e o
bengali.[49] Entretanto, existem mais de uma centena de
línguas ou dialetos em uso corrente em toda a Ásia.[47]
2.4.5 Religiões
A Ásia também abriga as grandes religiões da
humanidade, tendo sido o berço de quase todas
2.5. PAÍSES E TERRITÓRIOS 13
elas. 22% dos asiáticos professam o hinduísmo cerca de
792 897 000, comum na Índia e arredores, e o budismo,
comum em todo o Extremo Oriente com 9,1% cerca de
350 000 000 de seguidores, onde além dessa religião,
são praticados o Cristianismo Católico e Ortodoxo com
135 000 000 e os protestantes com aproximadamente de
50 000 000 de seguidores, além das religiões chinesas,
o confucionismo (China) e o xintoísmo (Japão). O
islamismo é outra religião bastante difundida na Ásia
com cerca de 807 034 000 fazendo dela a maior religião
em números absolutos de pessoas na Ásia , sobretudo no
Oriente Médio, Turquestão, Índia e Insulíndia. Merece
destaque ainda o judaísmo, centralizado em Israel.[47]
2.5 Países e territórios
Ver também: Lista de países da Ásia
Irã
China
Arábia Saudita
Japão
Cazaquistão
Índia
Mongólia
Indonésia
Malásia
Filipinas
Vietnã
Singapura
Coreia S.
Coreia N.
Afeganistão
Paquistão
Tailândia
Laos
Camboja
Timor-Leste
Brunei
Myanmar
Butão
Bangladesh
Nepal
Taiwan
Uzbeq.
Quirg.
Taj.
Turcom.
Omã
Iémene
E.Á.U.
Qatar
Bahrein
Kuwait
Iraque
Jordânia
Israel
Síria
Turquia
Geórgia
Azerb.
Armênia
Chipre
Maldivas
Sri Lanka
Federação Russa
H.K.
Macau
Oceania
África
Europa
Oriente Médio
Sudeste
Extremo Oriente
Ásia Meridional
Egito
14 CAPÍTULO 2. ÁSIA
IRÃ
TURQUIA
IRAQUE
TURCOMENISTÃO
USBEQUISTÃO
AFE
GA
NIS
TÃO
PAQ
UIS
TÃO
ARÁBIA
 SAUDITA ÍNDIA
REPÚBLICA POPULAR 
DA CHINA
MONGÓLIACAZAQUISTÃO
UNIÃO DE
MYANMAR
(BIRMÂNIA)
SRI LANKA
(CEILÃO)
TAILÂNDIA
VIETNÃ
CAMBOJA
LAOS
REPÚBLICA DA CHINA
(TAIWAN / FORMOSA)
FILIPINAS
JAPÃO
COREIA 
DO SUL
COREIA 
DO NORTE
MALÁSIA
BRUNEI
INDONÉSIA
IÊM
EN
OM
Ã
SÍRIA
LÍBANO
ISRAEL
1b
1a
2
3
4
5
6
7
QUIRGUISTÃO
8
9
NEPAL
RÚSSIA
1 - PALESTINA 
 (1a: Cisjordânia; 1b: Faixa de Gaza)
2 - JORDÂNIA
3 - KUWAIT
4 - CATAR
5 - BARÉM
6 - EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
7 - TAJIQUISTÃO
8 - BUTÃO
9 - BANGLADESH
10 - SINGAPURA
10
TIMOR LESTE
O C E A N O
Í N D I C O
O C E A N O
P A C Í F I C O
GOLFO
DE BENGALA
O C E A N O Á R T I C O
M
AR CÁSPIO
MAR NEGRO
Divisão política da Ásia (incluindo toda a Rússia)
2.5.1 Países independentes
2.5.2 Países não reconhecidos, parcial-
mente reconhecidos ou em disputa
• Abecásia[64]
• Nagorno-Karabakh[65]
• República Turca de Chipre do Norte[66]
• Ossétia do Sul[64]
• Taiwan (República da China)[67]
2.5.3 Dependências
• Austrália
• Ilhas Cocos (Keeling) [68]
• Ilha do Natal [69]
• Estados Unidos
• Guam [70]
• Reino Unido
• Acrotíri e Decelia (Chipre)[71]
• Território Britânico do Oceano Índico
2.5.4 Entidades especiais reconhecidas por
tratado ou acordo internacional
• Hong Kong[72]
• Macau[73]
Subregiões da Ásia em regiões, conforme critério das Nações
Unidas:.
Ásia Setentrional
Rússia no Leste Europeu
Ásia Central
territórios situados geograficamente, total ou parcialmente, na
Europa Oriental.
Sudoeste asiático
territórios situados geograficamente, total ou parcialmente no
Leste Europeu, na Europa Meridional, ou no Norte da África
Ásia Meridional
Ásia Oriental
Sudeste asiático
territórios situados geograficamente, total ou parcialmente na
Melanésia (Oceania)
2.5.5 Outros territórios
Existem ainda alguns territórios sem estatuto de depen-
dência, pertencentes a outros países localizados noutros
continentes, mas que no entanto se situam na Ásia.
• Estados Unidos
• Ilha Buldir
• Ilhas Próximas
• Ilhas Rat
• Ilha de São Lourenço
• Grécia
• Amorgos (município)
• Anafi (município)
• Dodecaneso (prefeitura)
• Donousa (comunidade)
• Lesbos (apenas a ilha)
• Quíos (prefeitura)
• Samos (prefeitura)
• Santorino (arquipélago)
2.6. ECONOMIA 15
2.5.6 Grandes regiões da Ásia
As diferenças e semelhanças entre os países asiáticos fa-
zem com que a regionalização do continente possa ser
feita em cinco grandes conjuntos:
• Oriente Médio
• Ásia Meridional
• Ásia Oriental
• Sudeste asiático
• Comunidade dos Estados Independentes (CEI), a
ex-União Soviética
Outra divisão possível, em grandes áreas geográfico-
culturais, é a seguinte:
• Ásia Central
• Extremo Oriente
• Indochina
• Médio Oriente
• Sibéria
• Subcontinente indiano
• Sudeste asiático
2.6 Economia
Ver artigo principal: Economia da Ásia
Em 2007, a maior economia nacional na Ásia, em termos
de produto interno bruto (PIB), é a da China, seguida da
Índia e do Japão. No final dos anos 1990 e início do sé-
culo XXI, as economias chinesa e indiana têm crescido
rapidamente, a taxas médias anuais de mais de 8%.
Entretanto, pelo critério do PIB nominal (calculado pela
taxa de câmbio), o Japão ainda é a maior economia asiá-
tica e a segunda maior do mundo. O crescimento econô-
mico da Ásia desde a Segunda Guerra Mundial até os
anos 1990 concentrou-se em alguns poucos países da
costa do Pacífico; recentemente, espalhou-se para outras
regiões. Os principais blocos comerciais do continente
são: Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC),
Reunião Econômica Ásia-Europa, Associação de Países
do Sudeste Asiático (ASEAN), Acordos de Estreitamento
das Relações Económicas e Comerciais (da China com
Hong Kong e com Macau), Comunidade de Estados In-
dependentes (CEI) e Associação Sul-asiática para Coo-
peração Regional (SAARC).
Bouclier arabique
Suture avec la plaque eurasienne
Delta du Nil
Golfe de Suez
Marib/Masila
Bassins producteurs
Zone la plus
prospective
A dominante pétrolières
A dominante gazière
Bassins mineurs
Gisements géants
(>10Gbep)
Mapa da repartição do petróleo e do gás natural
2.6.1 Mineração
AÁsia conta com enormes reservas minerais, circunstân-
cia que tem facilitado seu recente desenvolvimento indus-
trial. Entre os países produtores de minerais, merece des-
taque a China, rica principalmente em petróleo, carvão,
ferro, chumbo, zinco e mercúrio, além de grandes jazidas
de outros minerais.[74]
Também a Índia é privilegiada por suas reservas de ferro,
carvão, mica e manganês, além de sua grande produ-
ção de petróleo. Os países do sudeste asiático também
são muito ricos em minérios, principalmente em estanho,
níquel, zinco, ferro e petróleo, de que a Indonésia é
grande exportadora.[74]
O grande destaque fica, no entanto, com os países do
Oriente Médio, que produzem mais de 30% do total do
petróleo explorado em todo o mundo.[74]
2.6.2 Agropecuária
Campos de chá na Malásia
16 CAPÍTULO 2. ÁSIA
A atividade econômica mais difundida em todo o conti-
nente é a agricultura, ressaltando-se o cultivo do arroz em
toda a vasta região atingida pelasmonções.Mais ao norte,
o trigo é intensamente cultivado; em áreas menos férteis,
o solo é ainda aproveitado pára a produção de cevada,
milho e outros cereais. Em todas essas culturas, a China
sobressai, apresentando-se como um dos quatro maiores
produtores mundiais.[75]
Além dos cereais, merecem destaque os cultivos de fumo,
chá, juta, algodão, pimenta e borracha. Na China e Japão
cultiva-se também a amoreira, cujas folhas servem de ali-
mento ao bicho-da-seda. Dos casulos desse animal são
extraídos fios com que se fazem tecidos muito aprecia-
dos em todo o mundo.[75]
A pecuária é outra atividade muito comum no continente.
AChina é grande produtora de animais de pequeno porte,
sendo o primeiro produtor mundial de suínos, o terceiro
de ovinos e o quinto de bovinos. A Índia, por sua vez,
possui o maior rebanho bovino do mundo, o qual, no en-
tanto, não é aproveitado para a alimentação da população,
a maioria seguidora do hinduísmo, religião que considera
sagrados esses animais.[76]
2.6.3 Indústria
Tóquio, a capital do Japão, é um dos grandes centros industriais
da Ásia.
O Japão foi, durante muito tempo, o mais industriali-
zado dos países asiáticos. Graças à maciça ajuda norte-
americana após a Segunda Guerra Mundial e à adoção
de uma série de medidas internas, seu desenvolvimento
industrial fez-se em bases firmes, transformando o país,
em pouco tempo, numa potência industrial.[77]
Possuindo um parque industrial amplo e diversificado, o
Japão se evidencia na produção de navios, automóveis e
produtos elétricos e eletrônicos.[77]
A região oriental da Rússia, embora economicamente
menos importante que a parte europeia do país, abriga
diversos centros de indústrias de base (no Cazaquistão),
localizados próximo de áreas exploratórias de minério,
como ferro e carvão.[77]
Outro país que apresenta uma industrialização evoluída,
apesar de ser subdesenvolvido, é a Índia, que utiliza
sua produção agrícola e as riquezas minerais para pro-
ver suas indústrias têxteis, alimentícias, siderúrgicas e
metalúrgicas. Esse país salienta-se ainda por ser um dos
poucos do Terceiro Mundo a utilizar tecnologia avançada
nas áreas de energia e de comunicações.[77]
Na China, cuja industrialização foi implantada efetiva-
mente após a revolução socialista de 1949, o parque in-
dustrial tem-se dedicado quase inteiramente à produção
de itens essenciais ao mercado interno. Somente a partir
de meados da década de 1970 a economia chinesa come-
çou a voltar-se, ainda que lentamente para o exterior. Na
década seguinte, a abertura econômica foi maior, mas,
devido a problemas políticos internos, voltou a retrair-se
em 1989, tornando-se, atualmente, a 2ª maior potência
industrial do mundo e a maior da Ásia.[77]
Destacam-se ainda os chamados "tigres asiáticos" -
Coreia do Sul, República da China, Singapura e Hong
Kong -, cujas taxas de crescimento econômico e indus-
trial estão entre as mais elevadas do mundo. Sua produ-
ção visa, em geral, o mercado externo, o que lhes permite
obter grandes saldos em suas balanças comerciais.[77]
As outras regiões asiáticas (Oriente Médio, sudeste asiá-
tico, Mongólia, países do Oceano Índico) apresentam
uma industrialização incipiente e pouco significativa.[77]
2.7 Cultura
A cultura da Ásia é o agregado artificial da herança de
muitas nacionalidades, sociedades, religiões, e grupos ét-
nicos na região, tradicionalmente chamada um continente
de uma perspectiva central ocidental, da Ásia. A região
ou “o continente" são mais comumente divididos em sub-
regiões geográficas e culturais mais naturais, inclusive
a Ásia Central, a Ásia Oriental, a Ásia Meridional (“o
subcontinente indiano"), a Ásia Setentrional, a Ásia Oci-
dental e o Sudeste Asiático. Geograficamente, a Ásia não
é um continente distinto; culturalmente, houve pouca uni-
dade ou história comum de muitas das culturas e povos
da Ásia.
A arte, a música, e a culinária, bem como a literatura, são
partes importantes da cultura asiática. A filosofia oriental
e a religião também desempenham um papel principal,
com budismo, hinduísmo, taoismo, confucionismo, islã,
e cristianismo todos os papéis principais desempenham.
Uma das partes mais complexas da cultura asiática é a
relação entre culturas tradicionais e o mundo ocidental.
2.8 Aspectos socioeconômicos
Na Ásia existem países desenvolvidos, como Japão,
Coreia do Sul, Israel, Singapura ou Taiwan, que
revelam níveis de prosperidade econômica e social
comparáveis aos da Europa ou da América Anglo-
Saxônica.[78] Essas áreas, entretanto, pouco represen-
tam, se comparadas com muitos dos demais países, ge-
2.8. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 17
ralmente bastante pobres e violentamente atingidos pelo
subdesenvolvimento.[79] Mesmo aqueles exportadores de
petróleo, que tiveram lucros fabulosos a partir do início
da década de 1970, não escapam a essa característica.
Representação das quatro principais castas do hinduísmo em
torno do deus Ganesha
Há inúmeros fatores que contribuem para que a Ásia
exiba grande atraso e miséria.[80] Entre eles, podem ser
citados:[81]
• a colonização e exploração desenvolvidas por países
europeus, como Reino Unido, França, Países Bai-
xos, Portugal, Espanha e outros, que extraíram im-
piedosamente as riquezas asiáticas apenas em bene-
fício próprio;[81]
• certos valores culturais específicos de alguns países,
que de alguma forma inibem a superação de pro-
blemas econômicos e sociais. O mais conhecido e
de maior extensão é o rígido sistema indiano de cas-
tas,[82] pelo qual a sociedade é dividida em camadas,
das mais nobres às mais plebeias, não existindo pos-
sibilidade de passagem de uma para outra.[83] Em-
bora tenha sido abolido legalmente, esse sistema in-
fluencia fortemente a vida dos indianos desde o seu
nascimento[83] . Também o fator religioso, através
do fatalismo,[84] cria obstáculos a um atendimento
social mais amplo, pois estimula a aceitação passiva
das más condições de vida, até como uma maneira
de aperfeiçoamento espiritual;[81]
• as elevadas taxas de crescimento populacional. Na
Índia e na República Popular da China, o Estado im-
plantou campanhas de planejamento familiar, que
pregam a redução do número de filhos por casa e
a disseminação de métodos anticoncecionais;[85]
• o analfabetismo muito alto em vários países, o que
dificulta as populações de adquirirem conhecimento
e informação;[85]
• como em todo o Terceiro Mundo, a existência de
companhias estrangeiras que exploram as riquezas
naturais de muitos países asiáticos - valendo-se do
baixo custo da mão-de-obra -, enviando a maior
parte de seus lucros às suas sedes.[85]
Além destes fatores histórico-culturais, também os de or-
dem natural dificultam o desenvolvimento econômico. O
clima e relevo hostis são obstáculos ao aproveitamento
agrícola de vastas extensões localizadas em áreas monta-
nhosas, geladas ou desérticas, limitando as áreas cultivá-
veis do continente.[86]
Para se avaliar a grande disparidade de riquezas entre os
países asiáticos, vamos tomar dois exemplos: os países
exportadores de petróleo do Oriente Médio e o Japão.[86]
Estimativas da taxa de crescimento populacional (pelas
Organização das Nações Unidas) para o período 2005-2010
usando a variante média
Todo o Oriente Médio caracteriza-se por apresentar po-
pulações extremamente pobres, em contraste com elites
detentoras de imensas fortunas. Amaior riqueza de quase
todos os países dessa região é o petróleo, responsável nos
últimos anos pelo seu rápido enriquecimento.[86]
Entretanto, os tradicionais males do subdesenvolvimento
não foram atenuados: em primeiro lugar, porque esses
lucros beneficiam principalmente determinados grupos,
e nãoos países como um todo; e em segundo, porque
boa parte dos rendimentos cabe a poderosas companhias
transnacionais norte-americanas ou europeias.[86]
O Japão, por sua vez, sendo um país capitalista desen-
volvido, destaca-se em diversas áreas, sobretudo no setor
industrial, chegando a superar em muitos aspectos as
conquistas norte-americanas e europeias. Esse grande
avanço industrial e tecnológico reflete-se diretamente na
qualidade de vida da população japonesa, cujo PIB per
capita é bastante alto e o acesso a moradia, saúde e
educação de bom nível é indiscriminado.[86]
18 CAPÍTULO 2. ÁSIA
2.9 Ver também
Ver também: Lista de países da Ásia e do Pacífico por
Índice de Desenvolvimento Humano
• Geopolítica da Ásia
• Ásia-Pacífico
• Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
• Organização de Cooperação de Xangai
• Associação de Nações do Sudeste Asiático
• Aliança do Pacífico
2.10 Referências
[1] "Ásia”. Enciclopédia Delta Universal. volume 2. Rio de
Janeiro: Delta. c. 1982. pp. pp.758.
[2] "Ásia”. Enciclopédia Delta Universal. volume 2. Rio de
Janeiro: Delta. c. 1982. pp. pp.758–760.
[3] "Ásia”. Enciclopédia Delta Universal. volume 2. Rio de
Janeiro: Delta. c. 1982. pp. pp.760.
[4] Dicionário Houaiss, verbete "ásiatico”.
[5] “Asia”. Encyclopædia Britannica Online. Chicago: Ency-
clopædia Britannica, Inc. 2006.
[6] Celso Antunes (1991!volume=4). Geografia e participa-
ção: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Scipi-
one). p. 55.
[7] National Geographic Atlas of the World (em inglês) 7° ed.
(Washington, D. C.: National Geographic Society). 1999.
ISBN 978-0-7922-7528-2.
[8] Celso Antunes (1991!volume=4). Geografia e participa-
ção: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Scipi-
one). p. 56.
[9] “Mountains of South Asia”.
[10] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 57.
[11] “The Himalaya”.
[12] “Pamir Mountains”.
[13] “Altitude of the Highest Point on Earth”.
[14] “A verdadeira altitude do Everest”.
[15] “Kanchenjunga”.
[16] “Himalayan Peaks and Mountains”.
[17] “Mar Morto por Fernando Kitzinger Danneman”.
[18] “Mar Morto no Cola da Web”.
[19] “Folha Online - Mundo - Terremoto no Japão deixa mais
de cem feridos, segundo polícia - 26/05/2003”.
[20] “Folha Online - Reuters - Terremoto na Indonésia mata
dois e deixa 5 000 desabrigados - 03/11/2002”.
[21] ANTUNES, Celso (1996!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 78.
[22] ANTUNES, Celso (1996!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 79.
[23] ANTUNES, Celso (1996!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 77.
[24] “Temperaturas do mar”. Consultado em 2012-12-7.
[25] ANTUNES, Celso (1996!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 80.
[26] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 79.
[27] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 81.
[28] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 82.
[29] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 83.
[30] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 84.
[31] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 85.
[32] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 85.
[33] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 86.
[34] ANTUNES, Celso (1991!volume=4). Geografia e parti-
cipação: Europa, Ásia, África e Oceania (São Paulo: Sci-
pione). p. 87.
[35] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação: Eu-
ropa, Ásia, África e Oceania. 4!página=87 (São Paulo:
Scipione).
[36] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação: Eu-
ropa, Ásia, África e Oceania 4 (São Paulo: Scipione). p.
88.
2.10. REFERÊNCIAS 19
[37] (em alemão). World Gazetteer http://
bevoelkerungsstatistik.de/wg.php?x=1132419689&
men=gcis&lng=de&gln=xx&dat=32&srt=pnan&col=
aohdq&pt=a&va=x. Consultado em 30-5-2008. Texto "
título Welt: Ballungsräume " ignorado (Ajuda); Falta o
|titulo= (Ajuda)
[38] Moriconi-Ebrard, François. De Babylone à Tōkyō : Les
grandes agglomérations du monde, Ed. Ophrys, 2000, p.
330.
[39] http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_
Complete.pdf Human Development Report 2011
[40] “Nominal GDP list of countries. Dados para o ano de
2011”. Fundo Monetário Internacional, World Economic
Outlook Database. Abril de 2012.
[41] World Development Indicators database, Dados maiori-
tariamente referentes a 2011, Banco Mundial
[42] GDP - per capita (PPP), The World Factbook, Central
Intelligence Agency.
[43] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação: Eu-
ropa, Ásia, África e Oceania 4 (São Paulo: Scipione). p.
89.
[44] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação 4
(São Paulo: Scipione). p. 89.
[45] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação: Eu-
ropa, Ásia, África e Oceania 4 (São Paulo: Scipione). p.
64.
[46] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação: Eu-
ropa, Ásia, África e Oceania 4 (São Paulo: Scipione). p.
65.
[47] ANTUNES, Celso (1991). Geografia e participação: Eu-
ropa, Ásia, África e Oceania 4 (São Paulo: Scipione). p.
66.
[48] “As Línguas Asiáticas”. EmDiv. 20 de agosto de 2008.
Consultado em 12 de junho de 2010.
[49] “The 30 Most Spoken Languages in the World”.
[50] A Armênia é por vezes contada como um país europeu;
em alguns casos, é considerada um país transcontinental.
Pelo critério fisiográfico, integra a Ásia, mas possui laços
históricos com a Europa.
[51] O Azerbaijão é freqüentemente considerado um país
transcontinental, entre a Europa e a Ásia. O Nakichevan
é um enclave azerbaijano.
[52] O Cazaquistão costuma ser considerado um país transcon-
tinental, entre a Europa e a Ásia.
[53] Chipre é por vezes considerado como um país europeu.
[54] O Egito é amplamente reconhecido como um país trans-
continental, com a sua maior porção na África e a
península do Sinai na Ásia.
[55] A Geórgia é por vezes considerada um país transcontinen-
tal, entre a Europa e a Ásia.
[56] A ilha de Socotorá situa-se em África.
[57] A Indonésia é por vezes considerada um país transconti-
nental (entre a Ásia e a Oceania), dela excluídas a Papua,
a Papua Ocidental, as ilhas Molucas e as Pequenas Ilhas
da Sonda.
[58] Por vezes, culturalmente associada à Europa.
[59] As Ilhas Ogasawara e a ilha de Minami Torishima (Ilha
Marcus) situam-se na Oceânia.
[60] O Estado da Palestina foi recentemente reconhecido como
país pela ONU, em 29 de dezembro de 2012
[61] A Rússia é amplamente reconhecida como um país trans-
continental, entre a Europa e a Ásia.
[62] Timor-Leste, é por vezes, e tal como partes orientais da
Indonésia, considerado como fazendo parte da Oceania.
[63] A Turquia é amplamente reconhecida como um país
transcontinental, entre a Europa e a Ásia.
[64] Estado independente reconhecido pela Rússia e pela Ni-
carágua localizado na Geórgia, que tanto pode ser incluído
na Ásia como na Europa.
[65] Estado independente não-reconhecido localizado no
Azerbaijão, que tanto pode ser incluído na Ásia como na
Europa.

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