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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Análise de Circuitos Elétricos UMA REVISÃO SOBRE PARTÍCULAS FUNDAMENTAIS, CARGA ELEMENTAR E QUANTIDADE DE CARGA ELÉTRICA Anderson Makoto Shinoda Matheus Pereira dos Santos Rodrigo Prado Dalla Dea Cornélio Procópio, PR Agosto de 2017 Sumário Resumo.......................................................................................................................................................3 Introdução..................................................................................................................................................3 Partículas fundamentais.............................................................................................................................6 Elétron..................................................................................................................................................6 Próton...................................................................................................................................................6 Nêutron.................................................................................................................................................6 Carga elementar.........................................................................................................................................6 Quantidade de carga elétrica......................................................................................................................7 Referências.................................................................................................................................................8 Resumo Este trabalho visa apresentar os conceitos fundamentais por trás do estudo da eletricidade bem como das áreas de estudo que são derivadas desta. Os detalhes sobre o comportamento quântico dos elétrons e de outras partículas atômicas não serão abordados, a afim de tornar o texto mais didático para o leitor. Introdução Desde a Grécia antiga o homem questiona a composição da matéria e como o universo foi formado. Segundo os historiadores o filósofo grego Demócrito, 460 a.C demonstrou interesse em saber como as coisas são constituídas, para isso ele deduziu que havia pequenas partículas indivisíveis que formavam as coisas. Para essas partículas ele cunhou o termo “átomo”, que significa indivisível. O átomo de Demócrito possuíam formas geométricas, eles eram diferentes entre si, assim os átomos que formavam a água eram diferentes dos que formavam a areia por exemplo. Ainda haviam os átomos que formavam a alma humana. O interesse em saber mais sobre a composição da matéria persistiu e em 1808 o cientista John Dalton elaborou sua teoria a respeito da matéria, a Teoria Atômica de Dalton, que foi baseada nas leis ponderais de Lavoisier. Segundo Dalton: Os átomos são partículas extremamente pequenas que formam a matéria, eles são maciços e esféricos; Elementos diferentes são constituídos por átomos com propriedades diferentes; As reações químicas são rearranjos de átomos. Figura 1: O modelo atômico de Dalton se assemelha com uma bola de bilhar. No final do século XIX o inglês Joseph John Thomson realizou experimentos com raios catódicos. Nesse experimento as partículas negativas eram atraídas por um campo elétrico externo. As partículas negativas foram denominadas de elétrons. Para Thomson o átomo então era uma esfera com carga positiva onde os elétrons de carga negativa ficavam espalhados, configurando um equilíbrio elétrico. No início do século XX o físico Ernest Rutherford bombardeou uma lâmina de ouro com 10⁻⁵ cm de espessura com partículas α. O experimento revelou que a maioria das partículas conseguiam passar a lâmina enquanto que outras sofriam um desvio e algumas não passavam. Ele deduziu assim que os átomos de ouro eram compostos principalmente por espaço vazio. As partículas α de carga positiva sofriam repulsão do núcleo do átomo, que também seria positivo. Dessa forma o modelo de Rutherford põe o átomo como um sistema com órbitas, onde se localizam os elétrons e o núcleo, de carga positiva, e entre eles há um imenso espaço vazio. Figura 2: Os raios no tubo são atraídos pelo ânodo pois são constituídos de partículas com cerga negativa, os elétrons. Figura 3: O modelo atômico de Thomson. O modelo de Rutherford contrariava a física clássica, pois segundo as leias físicas os elétrons perderiam energia e “cairiam” no núcleo, impedindo a existência do átomo. Baseado na teoria quântica de Max Plank o físico dinamarquês Niels Bohr melhorou o modelo atômico e descreveu os seguintes postulados: 1- Os elétrons orbitam o núcleo com energia constante e determinada. Cada órbita permitida para os elétrons possui uma energia diferente. 2- Os elétrons não absorvem nem emitem energia no seu movimento em sua camada. 3- Ao receber energia o elétron tende a mudar de camada, causando uma instabilidade. O elétron então tende a voltar e perder a energia que foi recebida. A energia é liberada em forma de luz ou calor. Figura 4: No modelo de Rutherford os elétrons estão orbitando o núcleo do átomo, que tem carga elétrica positiva. Mesmo assim ainda há coisas a explicar no modelo atômico de Bohr. Porém é inegável a contribuição científica que todos estes modelos tiveram. O átomo e as partículas fundamentais ainda são estudadas e constituem um campo desafiador da física. Partículas fundamentais Os modelos atômicos evoluíram bastante, hoje os cientistas possuem um modelo chamado Modelo Padrão. Essa teoria é derivada de diversos estudos e pesquisas, tanto práticas como teóricos. A seguir será descrito as principais e mais conhecidas partículas fundamentais que formam a matéria. Elétron O elétron é a partícula fundamental mais conhecida. Como já foi dito a sua existência foi comprovada durante as pesquisas de Thomson com raios catódicos. Até então o elétron é considerado indivisível. Apresenta comportamento corpuscular em alguma situações e ondulatório em outras. A sua massa é de cerca de 9.11×10 ³¹ kg. Ele apresenta carga elétrica, que foi adotada por convenção como⁻ sendo negativa, de módulo aproximadamente 1,602x10 ¹ C.⁻ ⁹ Próton A existência do próton foi confirmada em 1919 por Rutherford. O próton é o núcleo do átomo de hidrogênio. Por convenção a sua carga elétrica é positiva, e tem módulo igual ao do elétron. A sua massa é de 1,6726x10 ² Kg, maior que a do elétron. Constitui o núcleo dos átomos, o número de⁻ ⁷ prótons presentes no núcleo atômico é que diferencia o elemento químico. Figura 5: Modelo atômico de Bohr. Nêutron A descoberta do nêutron é creditada à Chadwick, em 1932. Ela é uma partícula que não possui carga elétrica, não sofre desvios em sua trajetória ao ser submetida à um campo elétrico, é neutra. O nêutron é a partícula mais pesada conhecida, com 1,675x10 ² kg, um pouco mais que o átomo. Ele⁻ ⁷ está presente na constituição do núcleo dos átomos e impede que os prótons sofram repulsão entre si, desfazendo o núcleo atômico. Carga elementar Todas as partículas que conhecemos são formadas por moléculas, essas moléculas são formadas por átomos e os átomos são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons. Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e aproximá-los a um ímã, os prótons seriam atraídos para um lado, os elétrons para o lado oposto e os nêutrons não seriam afetados. Isso acorre porque cada uma das partículas tem uma propriedade chamada carga elétrica. Os prótons possuem carga positiva, os elétrons negativa e os nêutrons possuem carga neutra. A carga do próton e do elétron tem valores iguais, porém com sinais opostos, e o valor dessa carga é chamadode carga elétrica elementar e simbolizado por e, sendo sua unidade de medida o coulomb (C). Essa carga elétrica elementar é a menor quantidade de energia encontrada na natureza e comparando este valor com coulomb temos: Quantidade de carga elétrica Temos que a carga elétrica do próton é igual à carga elétrica do elétron, assim quando se fala da carga de um ou a carga de outro, está se referindo ao sinal dela. A carga elétrica é representada pela letra q: q = + n.e → corpos eletrizados positivamente (falta de elétrons) q = - n.e → corpos eletrizados negativamente (excesso de elétrons) O ‘n’ representa a quantidade de elétrons em excesso ou em falta e ‘e’ representa a carga elementar. A unidade coulomb é a unidade de medida da carga elétrica. Ela é definida partindo do conhecimento de densidades de corrente elétrica, medida em ampere (A). Um coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa em um segundo a seção transversal de um condutor percorrido por uma corrente igual a 1 ampere. Referências As Partículas Fundamentais. E-Física. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/moderna/materia/particulas-fundamentais/>. Acesso em: 14 ago. 2017. Eletrostática. Só Fisica. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/cargas.php>. Acesso em: 15 ago. 2017. Quantitade de eletricidade e a carga elétrica elementar. Portal Educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/quantidade-de-eletricidade-e-a-carga- eletrica-elementar/63178/>. Acesso em: 15 ago. 2017. Saiba tudo sobre Demócrito. Estudo Prático. Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/democrito-biografia-pensamentos-e-suas-obras/>. Acesso em: 15 ago. 2017. Resumo Introdução Partículas fundamentais Elétron Próton Nêutron Carga elementar Quantidade de carga elétrica Referências
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