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Resumo - Prova 2

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04/11
Karl Marx (1818/1883)
Timão de athenas (shaekespeare)
		Miséria da filosofia – a tudo se pode colacar um preço
Epistemologia em Marx – teoria do conhecimento: o método dialético
Marx se apropria do método dialético de Hegel:
Identidade (afirmação em Hegel) / tese
Negatividade (negação em Hegel) / antítese: é um momento de liberdade da humanidade.
Totalidade (negação da negação em Hegel) / síntese
A realidade sempre se desenvolve nessas três etapas. Em toda a realidade existe o seu princípio contraditório. Daí se opera sempre uma síntese.
Por isso, a realidade é sempre contraditória e dinâmica – dentro de si existe sempre o princípio da sua autonegação. 
Marx se apropria do método dialético Hegeliano e o aplica empiricamente. O método dialético concebe tudo como contingente e fugaz. Há sempre um movimento – chamado de suprassunção (aufhebuing). Em toda afirmação existe sempre o germe da sua negação. Metaforicamente, o pinto nega o ovo.
Por isso, a dialética possui um caráter crítico e revolucionário – nada é definitivo e nada é eterno.
Teoria social como uma teoria crítica
Fazer as críticas é estabelecer os limites e as possibilidades de algo (concepção de Kant – Crítica da Razão Pura – é estabelecer os limites e as possibilidades para a razão).
A teoria de Marx pretende ser uma teoria crítica. Essa teoria se desenvolve em três etapas:
Momento científico: é a etapa descritiva. Aqui se faz a descrição da sociedade – se propõe a tratar a anatomia da sociedade. A disciplina apta para descrever a sociedade é a economia política. 
A matéria da economia, para Marx, não é a matemática, mas sim a atividade humana. A matemática é um mero instrumento do qual o economista faz uso.
Essa etapa corresponde ao momento dialético da identidade.
Momento político: é um momento prescritivo/normativo – diz como a sociedade deve ser. Aqui é feita uma crítica: a denúncia do déficit, dos problemas na sociedade. Ressalta-se o descompasso entre o que a sociedade é e aquilo que ela deveria ser.
 “A crítica tem na denúncia a sua principal tarefa” (primeiro se descreve um dado; daí se percebe que os déficits de humanidade).
Essa etapa corresponde ao momento dialético da negação.
Esse momento político, de negação, desemboca necessariamente numa ideia de revolução, de transformação. A denúncia tem uma finalidade prática. A crítica é feita para que se opere uma mudança na realidade. A crítica deve ter um papel emancipador.
Fazer revolução é superar tudo aquilo que se apresenta como um limite. “Imperativo categórico (mandamento moral supremo) é destruir todas as condições em que o homem surge como um ser humilhado, escravizado, abandonado e desprezível”.
Momento filosófico: é o momento da interpretação. É o momento da síntese, em que se estabelece o sentido (direção da história).
O momento filosófico, então, o momento em que se constrói uma filosofia da história. Se interpreta para onde as coisas caminham.
‘Os filósofos apenas interpretaram o mundo em diferentes maneiras. Mas o que interessa é transformá-la. A tarefa da filosofia é desmascarar a autoalienação humana. O sentido da história é um sentido de emancipação – aquisição crescente de liberdade’ (11 teses contra Fuererbach).
Alienação em alemão é “Entfrendung”. Frend significa “estranho”.
“O crítico deve desenvolver, a partir das próprias formas da realidade existente, a verdadeira realidade, como o seu dever ser e fim último”.
(*) Esse momento filosófico pode levar a se compreender Marx como um determinista histórico tosco. Essa interpretação de Marx pode ser negada pelas seguintes frases:
Engels: ‘a história não faz nada, não possui nenhuma riqueza, não luta. Quem faz tudo isso é o homem. É este que luta, este que possui.’ “Não é a história que utiliza os homens”. “A história não é senão a atividade do homem, que persegue os seus objetivos”.
“As circunstancias fazem os homens, assim como os homens fazem as circunstancias”. (Ideologia Alemã). 
 “O comunismo não é um estado de coisas que deve ser instaurado”. “Chamamos de comunismo um movimento real que suprassume (suprassunção - aufhebung) o estado de coisas atual”. (ideologia alemã). 
O sentido da história seria “uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos” (ou seja, uma comunidade fundada na ideia de uma liberdade recíproca – uma liberdade que é condição da liberdade do outro. Ou seja, uma liberdade que não leva ao individualismo). (Manifesto do Partido Comunista). 
“É impossível abolir a filosofia sem a realizar”. A filosofia sobre um assunto só termina quando uma determinada situação já é ultrapassada (suprassumida). Ex: voto feminino – não há mais nenhuma filosofia sobre isso. 
Marxista = significa que é relativo a alguém que segue Marx.
Marxiano = é um texto de próprio Marx.
Marxólogo = alguém que estuda Marx.
(*) Tomásico = texto do próprio Tomás; Tomístico (tomista) = de quem seguiu Tomás
Antropologia em Marx – “A essência humana” (manuscritos)
A liberdade
Smith pensava a liberdade especialmente como imunidade (a não intervenção dos outros, de modo em que há uma espontaneidade na escolha); Tocqueville concebia a liberdade como capacidade (se eu sou livre para ler, não basta eu querer ler – eu tenho que saber ler. Portanto, a liberdade, para ele, atenta para a efetividade na escolha).
Em Marx, a liberdade é compreendida como reflexividade: a liberdade é o poder do individuo de ampliar a suas escolhas. 
 “A liberdade é o poder do individuo sobre as circunstâncias e relações nas qual ele vive”
“A atividade consciente e livre é a essencia do ser humano” (Manuscritus economicus philosophicus)
“Deve-se proporcionar a todos o contexto social necessário para que cada um possa exteriorizar a sua própria vida”
O homem, ao descobrir que o mundo é contingente, começa a ser livre.
Igualdade
O normal para todo o socialista é, antes de tudo, se preocupar primeiro com a igualdade. Marx, surpreendentemente, coloca em primeiro lugar a igualdade. (Vide Bobbio, a esquerda e a direita)
A igualdade é a consciência do homem a respeito de si mesmo sob a perspectiva da práxis (ação). “Quer dizer, portanto, a consciência do ser humano a respeito do outro ser humano como um outro igual e o comportamento do homem com relação ao outro homem como seu igual”.
A praxis, compreende tanto a consciência como o comportamento.
“Para a consciência de espécie, somos todos iguais enquanto pertencermos à humanidade”. Uma relação só se compreende como uma relação humana quando há reconhecimento da igualdade entre os homens.
Comunidade
‘A minha própria existência é atividade social. Por isso, o que faço a partir de mim, faço para a comunidade’. ‘E tenho consciência de mim como um ser social’.
		Toda a existência humana é atividade social.
“É preciso evitar fixar a sociedade como uma abstração frente ao indivíduo. O indivíduo é o ser social”.
		O indivíduo, então, se coloca em primeiro lugar frente à sociedade.
“A relação do ser humano consigo mesmo lhe é primeiramente objetiva, efetiva, pela sua relação com outro homem. 
Eu consigo me relacionar comigo mesmo ao me relacionar com o outro. (Relembrando Smith, na mecânica moral, primeiro vem a empatia, e depois a imparcialidade).
A reflexibilidade só existe depois da relação com o outro. 
(*) Assim como em SMITH, para MARX,liberdade e comunidade não podem ser vislumbradas individualmente. 
A praxis – a existência humana
“Toda a vida social é essencialmente prática”.
Todos somos seres vivos e comunitários. Tomar consciência disso é pertencer à espécie humana.
A existência humana é praxis. 
“A praxis é a coincidência entre a transformação de si e a transformação do mundo”. 
Ao faz um vaso de barro, eu mudei o mundo – criei um vaso. E também mudei a mim mesmo (me tornei um criador). Alterei o mundo e alterei a mim mesmo.
Toda a vida social é praxis: estamos constantemente mudando o mundo e mudando a nos mesmos.
Para Marx, existem dois tiposde praxis: a praxis social (trabalho) e a praxis política (revolução). 
A praxis social: o trabalho
Todo o trabalho tem obstáculos a serem superados. Mas a superação desses obstáculos é expressão da liberdade humana.
Ao fazer um vaso de barro, o homem modifica o mundo – e transcende-lhe.
Além disso, as finalidades são postas pelo próprio indivíduo: eu decidi fazer o vaso. Um leão não delibera, não escolhe qual das lebres vai comer.
Citando ADAM SMITH, numa situação em que o homem tem que vender o seu trabalho para poder fazer alguma coisa (ou seja, ser livre), MARX explica o porquê de a experiência do trabalho não corresponder ao sentimento de liberdade: isso se dá porque sempre vemos o trabalho sendo subordinado.
		É por isso que vemos o trabalho como algo repulsivo.
No dia em que o trabalho for mais uma expressão da liberdade, isso vai se dar mediante o trabalho.
		Logo, não há outro caminho.
Mas o trabalho jamais será pura diversão. Ele critica Furrier. O trabalho de compor uma música requer concentração – trabalho. E isso vai ser sempre assim. 
		Não existe essa de se drogar e virar um gênio da música.
A visão dele é de que, com o trabalho, vai ocorrer uma suprassunção – o trabalho vai deixar de ser subordinado. E isso está acontecendo. 
		Ao não termos uma faxineira, por exemplo
Praxis política: a revolução
A praxis revolucionária, como toda praxis, é consciência e é atividade.
A praxis revolucionária, então, requer uma consciência revolucionária. Essa consciência é obtida a partir do momento em que deixamos de ver o mundo como algo dado, e sim como algo contingente. 
		“Toda a revolução começa com a mudança de um ponto de vista”.
Na acapção de atividade, a praxis política é vista como uma forma de libertação. O proletariado, ao fazer a atividade
Atividade e consciência se correlacionam. A praxis é conjugação da consciência e da atividade
Na atividade revolucionaria, o transformar a si mesmo coincide com o mudar o mundo: ao fazer a revolução, devemos mudar a nos mesmo.
Toda a vez que houver luta de classes, para Marx, vai existir uma classe opressora e uma classe oprimida. Em geral, as revoluções somente mudam as classes opressoras. Mas Marx imagina uma revolução que termine com a luta de classes.
“Uma sociedade que fez a revolução organiza todas as condições da existência humana com base na liberdade”
Concluindo, percebe-se que existe um antagonismo entre a existência e a essência. Enquanto a essência fala em liberdade, comunidade e igualdade, a existência nos mostra a divisão do trabalho, na qual se tem uma verdadeira alienação. 
	Essência
	Existência
	Liberdade
	Divisão do trabalho
	Igualdade
	Sociedade de classes
	Comunidade
	Instituições
A experiência de estar numa sociedade em que há a divisão do trabalho é a de que somos oprimidos pelo nosso papel social. 
A igualdade, na prática, não existe. Temos 5 classes no Brasil: A, B, C, D e E.
A comunidade, MARX entende como se relacionar com as pessoas pelas próprias pessoas. As instituições, por outro lado, separam as pessoas: temos as nossas relações limitadas pel
Comunismo
Conceito do comunismo: a síntese entre a existencia e essência 
Marx acha que descobriu a solução para esse conflito: o comunismo. O comunismo é a síntese nessa relação dialética. Enquanto a essência puxa para um lado, a existência para o outro, a suprassunção é o comunismo. 
“O comunismo é a apropriação efetiva da essência humana pelo homem e para o homem”. O comunismo é se reapropriar da nossa essência.
Por isso, trata-se do retorno pleno, tornado consciente do homem a si mesmo. 
Alienar-se é perder-se. A existencia alienada é aquela em que homem se perdeu. O comunismo é reencontrar-se.
Marx diz que o homem só pode ser feliz em comunidade. A existência humana só se realiza (volta à essência) dentro d
“O comunismo é a solução do eterno conflito entre existencia e essência”. 
A centralidade do individuo
“Não é vergonha querer ser feliz (...). Mas talvez haja vergonha em querer ser feliz sozinho”. 
(Camus, a Peste. O que é vergonhoso para Camus, para Marx é impossível). 
Com a revolução comunista, a libertação de cada individuo singular é atingida. Com a revolução, cada individuo singular vai se libertar do seu papel social.
		Individuo singular: não é libertar as classes.
No comunismo real, aconteceu justamente o contrário: o indivíduo foi extinto. Só se fala no proletariado. 
“O comunismo aborda conscientemente todos os pressupostos sociais como criação dos homens”. 
Liberdade é submeter as condições da minha existencia sobre o meu controle por meio da associação. 
		O que é curioso é que dizem que MARX falava que, no comunismo, acabaria com a política e com o Estado. Afinal, 
Mas isso não segue: a política é tratar em comum os assuntos comuns. Como os indivíduos vão se associar? Vai se dar pela política.
Significa dizer: no comunismo haverá ainda mais política.
(*) Dá para se dizer que ele separa a causa material da causa formal, vindo a suprimir a causa formal. Ele parece querer separar a essência da forma, pois, para ele, a forma restringe a liberdade.
Associação de indivíduos
“No comunismo, os indivíduos vão se desenvolver até que eles sejam indivíduos totais”. 
Com isso, ele quer dizer que o individuo vai ser só o individuo. Ele não vai ser mais um trabalhador, um membro do partido, um papel social, em suma. Ele vai ser só individuo.
“E assim, os indivíduos transformarão todas as relações sociais em relações totais”.
		Não haverá mediação dos papeis sociais nem das instituições. 
Modo de produção 
(Bibliografia: ideologia alemã para I; Prefácio para a crítica à economia política para II)
Modo de produção na perspectiva da estrutura social (ponto de vista sincrônico, simultâneo, tudo ao mesmo tempo).
Modo de produção na dinâmica social (ponto de vista diacrônico, atemporal, como uma foto).
Perspectiva sincrônica 
A estrutura social – produção da vida material (que se dá pelo trabalho)
O primeiro pressuposto de toda a existência humana, e portanto, de toda a história, é de que os homens devem estar vivos para fazer história. Mas, para estarem vivos, os seres humanos precisam de comida, moradia e vestimenta.
O primeiro ato histórico é a produção com a finalidade de satisfazer essas necessidades. É uma condição fundamental de toda a história.
Isso tudo só é obtido com o trabalho. “Esse é um fato fundamental”, que deve ser levado em consideração em qualquer análise da sociedade.
Produção de novas necessidades (cultura)
A satisfação das primeiras necessidades produzem novas necessidades.
Isso ele chama de cultura
(Re)produção de seres humanos
“Os homens, que renovam diariamente a sua vida, passam a criar novos homens”. Daí vem a instituição da família. 
A instituição família, para os islâmicos, é adaptada ao modo de produção deles (conquista militar).
Hoje, a família é completamente diferente de como era 200 anos atrás. Isso não é um fenômeno aleatório – é decorrência do modo de produção.
Produção de relações sociais – a cooperação
“Um determinado modo de produção está sempre ligado a um determinado modo de cooperação”. 
O homem não apenas produz – produz também o ambiente em que realiza as suas produções.
A cooperação social não cai do céu.
CASTELLIS:
Em cada revolução industrial, observou-se uma estruturação do modo de cooperação diferente. Cada um desses modelos manifesta um diferente modo de produção.
Ex: na primeira revolução industrial (Inglaterra, 1770), bem como no modelo da segunda (1870). a estrutura da divisão do trabalho era piramidal; hoje, no pós terceira revolução industrial, existe a produção em rede. 
Produção de Signos – a linguagem
“A linguagem é a consciência real, prática, que nasce da necessidade de intercambio” (ou seja, da necessidade de entrar em contato com os outros seres humanos).
Cada sociedade produz seus signos. Analisar uma sociedade é analisar a linguagem dessa sociedade.
Ex: em viagem à Inglaterra e Irlanda,TOCQUEVILLE compara o gentleman com o gentil homme. A diferença é que o gentleman pode ser qualquer um; o gentil homme necessariamente era um aristocrata nascido do berço.
Essas palavras foram produzidas pelos homens, e expressam uma realidade.
Outro exemplo: o doutor brasileiro vs. o mister/messieur. O mister é recíproco; o doutor não é recíproco.
Produção de ideias - consciência
“Desde o início, a consciência é um produto social, e continuará sendo enquanto existirem seres humanos”. 
Contra a atitude dos economistas de se ater apenas às condições materiais
“O modo de produção não deve ser considerado somente sob o aspecto da reprodução da existência física dos indivíduos. Ele é muito mais uma forma determinada de atividade, uma forma de exteriorizar a sua vida, o modo de vida dos indivíduos. Tal como os indivíduos exteriorizam a sua vida – assim são eles. O que eles são coincide com a sua produção, tanto com o que produzem quanto pelo modo como produzem. O que nos somos equivale ou se identifica com a nossa produção”.
Em suma, para a MARX, não se deve se olhar para as situações econômicas ao se fazer a análise do modo de produção
Perspectiva diacrônica – a dinâmica social
(Bibliografia: Prefácio para a crítica à economia política)
Método – a economia política
Tanto as relações jurídicas quanto as relações políticas não podem ser compreendidas a partir de si mesmas, mas ao contrário, elas se enraízam com as relações materiais de vida, que são estudadas pela economia política.
As dimensões da vida social não existem isoladamente. Economia politica seria a disciplina que estuda a totalidade do modo de produção.
Relações de produção e forças produtivas
‘Os homens fabricam os panos, os tecidos, etc. dentro de determinadas relações de produção. Essas relações de produção são também produzidas pelos homens (são as relações de cooperação). Adquirindo novas forças produtivas, os homens mudam o seu modo de produção; e mudando o modo de produção, mudam todas as relações sociais’ (A miséria da filosofia).
O moinho manual está vinculado à sociedade feudal; o moinho a vapor está vinculado à sociedade capitalista. 
Esses mesmos seres humanos produzem também as ideias e os princípios que estão em conformidade com as suas relações sociais. 
Com a descoberta da arma de fogo, toda a estrutura do exército se modoficou. As condições em que os indivíduos integram o exercito se modificaram. 
Estrutura econômica e superestrutura político-jurídica.
“Na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas. Relações de produção que correspondem a um grau determinado de desenvolvimento das suas forças produtivas”. 
“A totalidade dessas relações de produção formam a estrutura econômica da sociedade, a base sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política”. 
Por essa frase, se interpretou que a economia iria determinar o resto das relações sociais. Ou seja, traz-se a ideia de que há um determinismo econômico. Por essa frase, vem a interpretação de que todos os gestos políticos teriam motivações econômicas.
(É justamente contra esse determinismo que MARX se insurge contra FUERBACH e o materialismo histórico). 
(segue o texto:)
“O modo de produção da vida material condiciona em geral o processo da vida social, politico e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas ao contrário, é o seu ser social que determina a consciência”. 
É o ser social, então, que condiciona a consciência. Ou seja, não é a economia que está na base de tudo, mas sim a vida como ela é.
“Parte-se dos próprios e reais indivíduos”. A consciência surge dos próprios indivíduos, vivendo as suas vidas reais.
		A forma como se vive, portanto, afeta o modo como se pensa.
JORGE LUKACS (filósofo marxiano):
O mundo das formas de consciencia não é um produto imediato da estrutura economica, mas da totalidade do ser social. Só o marxista vulgar que transformou a economia como uma relação causal necessária nas demais manifestações humanas.
O modo de produção sempre diz respeito a uma sociedade em concreto,
Contradições da consciência e consciência das contradições
“Reconhecer os produtos do seu trabalho como seus próprios produtos e julgar a separação das condições de produção como algo imposto a força – isto é uma consciência formidável, produto ela própria do modo de produção capitalista é o dobre de finados (...)”.
Em suma, o fato de o trabalhador produzir e não sentir que o resultado de seu trabalho era algo seu é um sintoma de que algo está errado. Essa consciência é algo formidável, pois é isto que vai ensejar a modificação desse modo de produção.
“Do mesmo modo que, com a consciencia do escravo de que ele não pode ser propriedade de um terceiro, com a sua consciencia como pessoa, a escravidão só pode continuar vegetando em uma existência artificial e deixou de poder continuar como base da produção” (Grundrisse - 1939).
Quando o escravo toma consciencia de que ele é uma pessoa, a escravidão se tornou uma instituição artificial. Isso fez com que esse modo de produção estivesse fadado a desaparecer.
Os modos de produção na história
Para MARX, há 4 modos de produção: 
Modo de produção asiático: Egito e Babilônia. O Estado organiza a totalidade da produção. Ex: necessita-se de diques para que o Nilo se torne funcional. Daí se utiliza a mão de obra por corveia.
Modo de produção antigo: Grécia e Roma. É o modo de produção baseado na mão de obra escrava.
Modo de produção feudal: é baseado na mão de obra servil
Modo de produção capitalista: é baseado no trabalho assaalariado.
 “As forças produtivas que estão em desenvolvimento na própria sociedade capitalista criam as próprias condições para a superação dessas sociedades”. Ou seja, o próprio capitalismo cria as condições para a próxima sociedade. 
A própria ideia de revolução em MARX quebra com o determinismo econômico.

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