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RESUMO PATOLOGIA – 3º SEMESTRE AULA 1– NEOPLASIAS FUNDAMENTOS - Neoplasia = Clonal Surge de uma única célula que sofreu alteração genética. - São alterações genéticas passadas adiante Proliferação excessiva e autônoma. - Pólipo: Séssil ou pediculado Aspecto Macro - Tumor Maligno (Grande, mal delimitado, crescimento rápido com hemorragia e necrose, pouco diferenciado, metastático) VS Benigno (Pequeno, bem delimitado, crescimento lento, não invasivo, bem diferenciado). - Tumores Benignos: Indolentes, localizado removível. × Mesenquimais: Fibroma, Osteoma. × Epiteliais: Nomenclatura com base nas células de origem • Adenoma: com glândulas ou não. • Papiloma: Verrucosa (Utero/Esofag) • Cistadenoma: Cisto ovariano que pode formar papilas Cistadenoma Seroso - Tumores Malignos: Pode destruir estruturas adjacentes e dar metástases. × Mesenquimais: Sarcomas Fibrosssarcoma, osteosarcoma. × Epiteliais: Epidermoide (lembra epitélio escamoso) Adenocarcinoma (Lembra glândulas TGI) Pode ser indiferenciado. × Mistos: Diferenciação divergente de um clone para 2 linhagens celulares distintas. - Tumores de Células Germinativas (Teratomas): Cel. Maduras ou imaturas de mais de uma camada germinativa. ×Teratoma maduro (benigno): Bem diferenciados (pele, nervos, osso...). - Teratoma Imaturo (maligno): Neuroeptélio, mesenquima imaturo, pode metastatizar. Nomes que parecem benignos, mas não são (linfoma, melanoma...). - Características das Neoplasias × Patologista: Dizer se é maligno ou benigno Morfologia Tumoral. × Diferenciação: Semelhança da célula neoplásica a célula de origem. × Benignos: Lipoma Célula neoplásica idêntica a célula do tecido adiposo. × Malignos: Bem diferenciadas Histologicamente (Grau 1), Moderadamente (Grau 2) Pouco diferenciada (Grau 3 ou Anaplásica). × Anaplasia: Perda da diferenciação celular or Pleomorfismo (Variação tamanho e forma do núcleo), mitoses (Hiperplasia). × Metaplasia: Substituição de um tipo celular por outro Melhor adaptação. × Displasia: Perda da polaridade (Uniformidade) e da orientação arquitetural. - Exames clínicos só identificam células tumorais depois de 30 ciclos de reprodução. Máximo de replicação são 40 ciclo = Final da vida Maior dificuldade no tratamento. -Taxa de crescimento: Tempo de duplicação das células, Fração de células tumorais que se encontram no grupo replicativo, Taxa com que as células morrem. - Células-Tronco Cancerosas: Câncer é imortal Pode conter célula “tronco-símile” Resistentes a quimioterapia por conta da baixa taxa de divisão. - Tumores benignos localmente sem invasão ou metástase Capsula fibrosa separa do tec hospedeiro - Tumores malignos invadem e destroem tecidos circunjacentes Ressecção cirúrgica difícil ou impossível. - Carcinoma in situ: Colo uterino, pele, mama Não invadem a membrana basal, etapa antes da divisão. - Metastase: Tumor distante do órgão primário Característica exclusiva de Tumores Malignos. × Cavidade ou Superfície: Pericárdio, pleura... × Linfática: Via mais comum Linfonodomegalia = Metástase ou hiperplasia linfoide reacional Importante biópsia. × Hematogênica: Fígado (Porta) e Pulmão (Cava) AULA 2 – NEOPLASIA EPIDEMIOLOGIA E GENETICA - Fatores ambientais (65%) > Fatores Genéticos (26%). - Predisposição hereditária × Síndromes hereditárias de padrão autossômico dominante Mama BRCA1 e 2. × Síndromes do defeito no reparo do DNA: Herança autossômica recessiva Raro. × Canceres familiares: Idade precoce, incidência em pelo menos dois familiares Transmissão não é clara. Influências ambientais = aumenta risco. - Câncer de mama hereditário: Gene BRCA1/2 Supressor tumoral Reparo do DNA quando defeito genético = Controle integridade do genoma Mutações no BRCA1 = Até 85% de chance de Câncer. - Predisposição não hereditária: Mecanismos ainda não estabelecidos. Inflamação crônica Resposta imune desadaptada Tumorigense. Processos de reparo tecidual promovem sobrevivência celular, remodelamento tecidual e angiogense = Câncer. AULA 3 – PATOLOGIA CARDIÁCA - Insuficiência cardiáca congestiva: estágio final de muitas cardiopatias crônicas Mecan. Compensatório × Frank-Starling: Dilatação Formação de pontes transversais dentro do sarcomero ↑ Contratibilidade. × Hipertrofia. × Ativação da Norepinefrina ↑ FC e contratilidade. - Hipertrofia cardíaca Autópsia: pesado, dilatado, paredes finas e evidencia microscópica de hipertrofia. × HAS ou estenose aórtica ↑ na espessura da parede interna do VE devido síntese proteica. × ↑ Consumo de 02 devido ↑ carga de trabalho ↑ demanda metabólica Hipertrofia - Insuficiência Anterógrada: ↓ Débito cardíaco e perfusão tecidual Hipóxia dos míocitos. - Insuficiência Retrógrada: Represamento do sangue no sistema venoso Edema pulmonar e periférico. - Insuficiência Cardíaca Esquerda: Causada por cardiopatia isquêmica, HAS, doenças valvulares aórtica e mitral e doenças miocárdicas. × Tosse e dispneia (edema pulmonar), ortopneia, dispneia paroxística noturna. Fibrilação atrial por hipertrofia de AE × Estase sanguínea periférica ↑ risco de trombose e derrame tromboembólico. × ↓ Débito renal ↓ Redução da perfusão renal Ativação da Renina- angiotensina- aldosterona Piora do edema pulmonar. - Insuficiência Cardíaca Direita: Provocada pela ICC E e possui causas semelhantes. × Hipertrofia AD e VD Congestão passiva crônica do fígado (noz moscada) | Hipertensão portal (esplenomegalia congestiva) | Derrame pleural, peritoneal e pericárdico | Edema periférico. - Cardiopatia Isquêmica: IAM Insuficiência de O2, substratos nutrientes e má remoção de metabólitos. × 90% dos casos Causa é aterosclerose em artéria coronariana com ↓ Fluxo sanguíneo | CI = Doença cardíaca coronariana (DAC). × IAM Angina CI + IC Morte súbita. × Outras causas: Embolia coronariana, bloqueio de pequenos vasos e ↓ PA (Choque). × Angina estável: 75% da Luz obstruída por aterosclerose Atividades físicas e emoções. × Angina instável (Prinzmetal): 90% da luz obstruída Repouso por vasoespasmo ou tromboembolismo transitório da coronária. - Infarto do Miocárdio: Incidência Idade > 40 anos | Negro = Branco | Homens > Mulheres (Estrogênio previne). × Patogenia: alteração súbita na morfologia da placa de aterosclerose (hemorragia/erosão, ulceração/ruptura ou fissuramento) início da adesão plaquetaria Formação de microtrombo Ativação da cascata de coagulação ↑ Trombo Oclusão completa Isquemia, disfunção Morte celular. × Angiografia coronariana (cateterismos): Detecta artéria trombosada 90% casos (24h). 60% após esse período Lise do trombo e relaxamento do espasmo arterial. × Necessidade da intervenção precoce Necrose (20-40 minutos) Lesão da microvasculatura (1h ou +) Dano permanente (2- 4h). × Isquemia crônica Formação de vasos colaterais Necrose mais lenta. - Infarto transmurais: oclusão total das artérias coronarianas principais. - Infarto subendocárdico: oclusão parcial ou temporária, hipotensão global ou oclusão de pq vasos. - Infarto morfologia: 12h Não visível | 24h vermelho-azulada Amarelo-acastanhado | 15 dias branco por fibrose. - Reperfusão: melhor maneira de salvar um miocárdio. × Objetivo da intervenção coronariana (stent, angioplastia, by-pass): dissolver, alterar ou sobrepor lesão por IAM. × Efeitos negativos: Sobrecarga de cálcio e inflamação importante Hemorragia + edema = ocluir capilares | Induz arritmias. - Testes laboratoriais: Troponinas I e T (2-4h, pico em 48h) e Creatina-cinase (Ouro,2-4h, pico em 24h). - Complicações: dependem do tamanho, área, local e espessura do IAM. -Remodelamento ventricular: Onde não infartou Hipertrofia e dilatação. - Morte súbita cardíaca: Geralmente por uma arritmia letal (fibrilação ventricular) IAM por aterosclerose em coronária (80-90%). - Cardiopatia hipertensiva sistêmica esquerda: hipertrofia do VE sem patologia cardiovascular associada a HAS. × Clínica: Quando compensada é assintomática evidente só no eco e eletro. × Aumento do AE Pode fibrilar. × Morte por outras causa: IAM, AVC, lesão renal ou ICC. × Tratamento da HAS é a prevenção. AULA 4 – Patologia Cardíaca 2 Cardiopatia Valvular - Estenose: Falha da válvula em abri completamente Impedindo fluxo para frente. - Insuficiência: Falha da válvula em fechar completamente Permite fluxo contrário. - Regurgitação funcional: Alteração das estruturas de suporte da válvula Incompetência funcional. - Causas: Estenose aórtica Calcificação| Insuficiência Aórtica Dilatação | Estenose mitral cardiopatia reumática | Insuficiência mitral degeneração mixomatosa Prolapso de Válvula Mitral (Degeneração Mixomatosa) - Valvulas semilunares: Abaulamentos em direção ao AE (paraquedas). - Geralmente associada a síndrome de Marfam. - Assintomática no geral. Febre Reumática e Cardiopatia Reumática - Doença inflamatória aguda e sistêmica Semanas após faringite por Estreptococos A. - Evoluem para Cardiopatia Reumática crônica Anomalias valvulares Estenose mitral. - Nódulos de Aschoff: Macrófagos grandes associados a necrose encontrados no endo e mio ou pericárdio. - Clínica Aguda: Artrite (Febre e dor nas grandes articulações) e cardite (atrito pericárdico, taquicardia e arritmia). - Clínica Crônica: Anos após aguda Sopros cardíacos, dilatação e hipertrofia cardíacas. Endocardite Infecciosa - Infecção grave colonização nas valvas cardíacas. - Aguda: ↑Virulência, destruição da valva, cirurgia pq antibiótico não resolve. - Subaguda: ↓Virulência em valvas já danificadas, cura por antibiótico. - Fonte de microorganismos: procedimentos odontológicos, agulhas contaminadas, rompimento de barreiras do intestino Profilaxia com antibiótico. - Valvas Aórticas e Mitrais - Diagnóstico de Duke (2 Maiores e 1 Menor) - Maiores: hemocultura positiva, identificação ecográfica de massa, regurgitação valvular. - Menores: Drogas endovenosas, febre, hemorragia subungueais. Miocardiopatia Dilatada - Dilatação e geralmente hipertrofia progressiva. - Coração pesado e todas as câmaras dilatadas. - Patogenia: Familiar (Genética) | Miocardites (Inflamações virais) | Intoxicação quimio ou álcool. - Morte por ICC ou arritmias. Miocardiopatia Hipertrófica - Hipertrofia de VE (sem explicação clínica ou patológica) Causas genéticas (atletas). - Coração pesado com paredes pesadas e hipercontrátil - Sístole preservada, Diástole disfuncional. - Macro: Espessamento desproporcional do Septo Ventricular e perda do formato arredondado do ventrículo por compressão do septo. - Clínica: ↓Volume sistólico ↓Enchimento diastólico deficiente | ↓Débito cardíaco | ↑Pressão venosa pulmonar Dispneia aos esforços. Miocardites - Lesão no miocárdio Infecções ou inflamações. - Fase aguda: Normal ou dilatado | Crônica: ICC. - Clínica: Assintomático ou morte súbita | Fadiga, dispneia, palpitações e febre ICC. Doença Pericárdica - Hemopericardio: Sangue na cavidade pericárdica causada por IAM com ruptura cardíaca ou por dissecção de Aorta Tamponamento Morte. - Pericardite Serosa: Causada por doenças inflamatórias não infecciosas Febre reumática, tumores, uremia | Linfócitos na gordura epipericardia. - Pericardite fibrinosa e serofibrinosa: Mais comum | Liquido seroso + exsudato fibrinoso Causado por IAM, uremia, traumas | Superficie do pericárdio com granulações finas e liquido espesso, amarelado, turvo e com fibrina no interior do saco pericárdico. - Pericardite purulenta ou supurativa: micróbios no pericárdio | Superfície avermelhada e granular com exsudato | Geralmente se resolve por cicatrização pericardite crônica. - Pericardite hemorrágica: Causada por neoplasias malignas na cavidade pericárdica | Exsudato de sangue | Punção deve ser avaliada pelo patologista Células neoplásicas. Mixomas - Clínica: Febre, mal-estar, embolização sistêmica Ecocardiograma diagnóstico Cirurgia correção. - 10% dos pacientes possuem Complexo de Carney: Doença genética autossômica dominante com mixomas múltiplos. AULA 5 – Patologia Vascular 1 - Aterosclerose: Placa de ateroma subintimal sobre uma média intacta. - Epidemiologia: ↑40 Anos | Risco > Homens | Genética familiar | Dislipidemia | HAS ↑60% IAM | Tabagismo | DM. - 20% dos eventos cardiovasculares não tem fator de risco Inflamação da placa de ateroma por proteína C reativa ativando células endoteliais induzindo trombose. Patogenia 1 – Lesão endotelial por permeabilidade vascular Adesão de leucócitos e trombose. 2 – Acúmulos de lipoproteínas na parede do vaso. 3 – Migração para Camada Intima Macrófago + gordura = Célula espumosa 4 – Adesão plaquetária. 5 – Recrutamento de células musculares lisas. 7 – Mais acumulo de lipídeos (extracelularmente). - Lesão endotelial: Disfunção das células endoteliais ↑permeabilidade Causado por desequilíbrios hemodinâmicos (turbilhamento sanguíneo). - Células musculares lisas sintetizam colágeno (MEC) Estabilização da placa. Estrias Gordurosas - Lesões precoces a aterosclerose - Coleção de macrófagos espumosos na intima ↑Lipídeo - Não causa desequilíbrio no fluxo sanguíneo. - Iniciam na adolescência nos mesmos locais das placas Pode ou não evoluir para placa avançada. Placa Aterosclerótica - Macro: Invasão da Luz da artéria podendo ter trombo nas placas ulceradas. - Aorta abdominal > Aorta torácica > Coronárias - Morfologia: Capsula fibrosa superficial (colágeno e CML) | Macrófagos, linfócitos e CML Inferior e lateral | Profundamente centro necrótico com lipídeos, células mortas, células espumosas, neovascularização. - Podem sofrer calcificação. Alterações Clínicas - Ruptura, ulceração e erosão: Induz trombose Oclusão completa do vaso Isquemia. - Hemorragia: Ruptura da capsula fibrosa nas áreas de neovascularização Hemorragia intraplaca Hematoma Expandir e oclusar ou romper placa. - Ateroembolia: Ruptura da placa Libera resíduo aterosclerótico Microembolos. - Aneurisma: Perda do tecido elástico por pressão da placa ou atrofia isquêmica da Média Fraqueza e dilatação do vaso (aneurisma). Consequências da Aterosclerose - Alvos: Grandes artérias (Aorta, carótida, ilíaca) e Médio calibre (Coronárias e poplíteas). - IAM, AVC, Aneurisma de aorta e doença vascular periférica (Gangrena de MMII). - Estenose crítica: oclusão progressiva da luz de pequenas artérias Angina Complicação: Ruptura aguda da placa. - Alteração aguda da placa × Ruptura/fissura: exposição de constituintes da placa. ↑Trombogênico. × Erosão/ulceração: Expõe membrana basal subendotelias trombogênica. × Hemorragia ateroma: Expansão do volume. - Estudos demonstram: Ruptura abrupta ou oclusão coronária tem estenose luminal leve ou moderada. - Placa vulnerável: ↑Célula espumosa + Capsula fibrosa fina + ↓CML Chance de ruptura. - Estatinas: ↓Nível circulante de colesterol ↓Inflamação na placa Estabilização. Aneurisma - Dilatação anormal localizada de um vaso ou coração. - Dissecção arterial: Sangue entra na parede arterial Hematoma Dissecando suas camadas. - Quandoa estrutura ou função do tecido conjuntivo no interior da parede vascular é comprometida. × Exemplo: Marfan, Loeys-Dietz, Ehlers-Danos. - Causa: HAS (Aorta ascendente), Aterosclerose (Aorta abdominal), traumas, vasculites, infecções... Aneurisma de Aorta Abdominal - Placa aterosclerótica comprime Média e compromete difusão de nutrientes Média sofre degeneração e necrose Fraqueza da parede arterial ↓ Espessura - Aspectos clínicos: Ruptura para peritônio Hemorragia maciça e fatal | Isquemia de tecidos distais | Embolia do ateroma ou do trombo mural. Aneurisma de Aorta Torácica - Associada com HAS - Invasão do mediastino | Dificuldades respiratórias Invasão de pulmão e artérias | Dificuldade para deglutir Compressão do esôfago | Tosse irritação dos nervos laríngeos | Insuficiência valvular. Dissecção de Aorta - Sangue separa os planos laminares da Media formando um canal com sangue na parede Aórtica. - Pode ou não se associar ao aneurisma. - Óbito quando ocorre lesão da Adventícia. Veias Varicosas - Veias dilatadas e tortuosas. - Pode causar dermatite e ulceras. Raro embolia.
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