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AULA Metodologia Tipos de conhecimento

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AS FORMAS DE CONHECIMENTO
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Definição de conhecimento
Conhecimento  relação do homem (razão) com um determinado objeto (meio, obras, etc.);
Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer. 
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Tipos de Conhecimento
Filosófico
Científico
Empírico
Teológico
TIPOS DE CONHECIMENTO
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Conhecimento Empírico/Popular
“é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre algo”.  - LAKATOS, 1991
Exemplos:
“A dor no calo do pé significa que vai chover”
“Tomar banho após a refeição causa morte”
“Chuva no dia de São José significa chuva o ano todo”
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Caracteristicas do Conhecimento Empírico/Popular
 Sensitivo - Depende da vivência, emoções
 Subjetivo - conforme os sentimentos da pessoa
 Assistemático - não há sistematização
 Acrítico - não há discussão sobre eles
 Superficial - De acordo com a aparência
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Conhecimento Religioso/Teológico
O conhecimento religioso ou teológico apóia-se na fé e tem sua origem nas revelações do sobrenatural. 
Exemplos:
A ascensão de Cristo;
A reencarnação;
A criação do mundo;(teoria criacionista)
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Conhecimento Religioso/Teológico
 Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa;
Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado;
Depende da formação moral e das crenças de cada pessoa.
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Conhecimento Filosófico
É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Surge a partir da reflexão e dos referenciais macroestruturais (paradigmas) adotados.
Exemplos:
Liberdade - o que é ?
• Moral e Ética - o que é ?
• Sociedade - qual a melhor forma?
 Qual o sentido do homem e da vida?
 Existe ou não existe o absoluto
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É o tipo de conhecimento baseado na reflexão e construção de conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio em busca do saber
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Conhecimento Filosófico
É fruto do raciocínio e da reflexão humana;
É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos;
Busca dar sentidos aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
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Conhecimento Científico
Ruiz (2002) o descreve como um conhecimento que vai além do empírico, procurando conhecer, além do fenômeno, suas causas e leis. 
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Exemplos:
Todo corpo em queda livre cai com a aceleração da gravidade.
 A chuva é causada pela condensação das nuvens.
 O átomo é a menor partícula da matéria.
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Características do Conhecimento Científico
 Real - Se refere a ocorrências ou fatos
 Contingente - Trabalha com ensaios e experiências
 Sistemático - conhecimento logicamente ordenado
 Verificável - pode ser testado
 Falível - está em permanente evolução
 Aproxim. exato - provisoriamente aceito
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Os conhecimentos e as explicações para um mesmo fato: 
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Diferenças do Senso comum em relação ao C.Científico: A linguagem 
Senso comum
Utiliza termos vagos da
 linguagem comum, que
 podem designar um 
número indeterminado de
 coisas, e que podem ter
 múltiplas interpretações.
 Exemplo: Água 
C. Científico
Utiliza termos precisos, 
uma linguagem técnica 
universal da qual faz parte
 a contagem e medição, assim como uma simbologia que designa a constituição exacta dos elementos que estuda. Exemplo:H2O
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Senso Comum/ C. Científico Organização
Assistemático visto que acontece um pouco ao acaso e inclui saberes diversos e sem organização entre eles.
Sistemático porque é um corpo de saber organizado que se divide em áreas demarcadas pelo seu objecto de estudo. Classifica os particulares em grupos/classes, o que permite a distinção rigorosa e um saber mais especializado.
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O aspecto crítico:
 Senso comum
Acrítico porque segue a tradição e a prática. Não é susceptível de estabelecer os seus limites de modo a poder ser refutado, daí se manter durante muitos anos.
 C. Científico
			
Crítico porque está aberto à refutação. Estabelece o campo dos factos que podem ocorrer para a teoria ser válida assim como os que não podem ocorrer.
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Forma de procedimento racional:
		Senso comum
Abrangente e generalizador (indutivo). A partir do que ocorre frequentemente retira a conclusão que ocorre sempre e em todas as situações, sem especificar as diferenças ou excepções.
 C.Científico
É indutivo e dedutivo. Encontra certos princípios que explicam e ligam factos diversos. Esses princípios racionais podem gerar leis que podem ser aplicadas a vários factos diferentes.
Também pode ser indutivo, sobretudo nas ciências não exactas: a medicina por exemplo.
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Método:
		 Senso comum 
	 Espontâneo porque é dado e não construído. Surge a partir das necessidades práticas e não é planeado, assim, surge fragmentado e de formas diversas.
	 	CIENTÍFICO
	
	A ciência é um conhecimento metódico e construído. 
	A experimentação científica obedece a hipóteses previamente colocadas de modo a poderem ser testadas por determinados factos que as corroboram ou refutam. 
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Explicar:
O senso comum não é explicativo porque não apresenta razões teóricas que nos façam compreender a necessidade dos factos que aponta ou das soluções que dá.
O conhecimento científico é explicativo aponta as razões teóricas que permitem compreender necessidade dos factos, (porque ocorrem desse modo e não de outro). 
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Rigor e fiabilidade:
S. Comum: Superficial pois permite tirar conclusões baseando-se apenas na aparência. Confunde as causas com os resultados, por isso, não pode testar com rigor essas conclusões. 
C. Científico:Rigoroso as suas teorias são sujeitas a testes e discussões contínuas de modo a serem melhoradas ou substituídas. 
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Evolução:
Tem tendência a permanecer idêntico a si próprio e a prevalecer muitas vezes no erro pois argumenta com a tradição.
Evolui por tentativa e refutação, sendo as teorias menos aptas substituídas por outras mais aptas. Deste modo se dá a sua contínua evolução.
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Referências
CERVON, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: MAKRON Books, 2002. 242p 
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de A. Metodologia do Trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1991.  p. 214. 
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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