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Propriedades dos Minerais Propriedades Físicas dos Minerais Forma Estrutura Cristalina Clivagem Fratura Dureza Tenacidade Peso Específico ou Densidade Relativa Brilho Cor Traço Transparência Forma: A forma do cristal é muito importante na identificação do mineral. Ela reflete a estrutura e a disposição de átomos dos minerais, é a maneira mais frequente com que um mineral se apresenta, também conhecida por Hábito. Hematita: Fe2O3 Hábito Reniforme (que tem forma de rim) Turmalina:Na(Mg,Fe,Li,Mn,Al)3Al6(BO3)3Si6.O18(OH,F)4 Hábito Colunar Estrutura Cristalina: As duas características fundamentais de um mineral que juntas o distinguem de outros minerais são a composição química e a sua estrutura cristalina. Halita NaCl Os cristais são subdivididos em 6 (seis) sistemas cristalinos: Sistema Cúbico Pirita: FeS2 Sistema Tetragonal Zircônio Zr Sistema Ortorrômbico Olivina: (Fe,Mg)2SiO4 Sistema Monoclínico Gipsita: CaSO4·2(H2O) Sistema Triclínico Rodonita: Mn(SiO3) A única diferença entre esse sistema e o hexagonal é a simetria do eixo vertical, que aqui é ternária, ou seja, num giro completo do cristal a mesma imagem repete-se três vezes (e não seis como no sistema hexagonal). Devido a essa semelhança entre os dois sistemas, alguns autores consideram o sistema romboédrico uma subdivisão (classe) do sistema hexagonal. O sistema cristalino trigonal ou romboédrico, possui três eixos cristalográficos de igual comprimento e horizontais, formando ângulos de 120° entre si, e um eixo vertical perpendicular aos demais, diferente deles no comprimento e com simetria ternária, permitindo 25 grupos espaciais. Sistema Hexagonal Berilo: [Be3Al2 (Si6O18)] + Cr 3+ Cor Verde: Esmeralda Berilo: [Be3Al2 (Si6O18)] + Fe 2+ Cor Azul: Água Marinha Cor Amarela: Heliodoro Berilo: [Be3Al2 (Si6O18)] + Fe 3+ Clivagem: É a maior ou menor facilidade que uma substância cristalina possui em dividir-se em planos paralelos. Ex. as micas e a calcita. A clivagem reflete planos de fraqueza na estrutura e, por conseguinte, é geralmente perpendicular às direções nas quais as ligações iônicas são de baixa resistência. Todas as amostras de uma determinada espécie mineral possuem a mesma clivagem, porque todos eles apresentam o mesmo arranjo interno comum dos átomos e, portanto, as mesmas direções de fraqueza. Não se deve confundir planos de clivagem com faces de cristal, embora ambos sejam planos do retículo cristalino, a clivagem, representa características internas da estrutura do mineral, enquanto as faces de cristal representem terminações de crescimento que, uma vez destruídas, não admitem duplicações por subdivisões sucessivas. Fratura: É a maneira pela qual quando o mineral se rompe ao longo de uma superfície que não é plano de clivagem ou um possível plano cristalográfico. Numa fratura, as ligações químicas são rompidas de um modo irregular não relacionado com a simetria da estrutura interna do mineral. As fraturas dos minerais são expressas por termos que dão uma ideia da natureza do rompimento. Ela é denominada conchoidal quando as superfícies são lisas e curvas, semelhante a superfície interna de uma concha. O quartzo e o vidro exibem fratura desse tipo. Quando o mineral se rompe mostrando estilhaços ou fibras diz-se que a fratura é estilhaçada ou fibrosa (amianto). Quartzo: Si amianto Crisotila: Mg3Si2O5(OH)4 Dureza: É a resistência oferecida por um mineral à abrasão ou ao risco, essa propriedade ajuda no reconhecimento rápido dos minerais. Todo mineral tem uma dureza ou variação de dureza que, em última análise, depende da resistência das suas ligações químicas. Alguns minerais apresentam resistência diferente em faces diferentes ou segundo direções diferentes em uma mesma facies, indicando que a dureza é uma propriedade vetorial. Por exemplo, na cianita a dureza é igual a 5 paralela ao comprimento, mas é 7 perpendicular ao comprimento do cristal. Cianita: Al2SiO5 Os graus diferentes de dureza podem ser determinados riscando- se um mineral com o outro. Esta operação, relativamente simples, quebra as ligações e desorganiza o arranjo atômico do mineral mais mole. Indica-se a dureza de um mineral, ou de qualquer outra substância, em termos da escala de Mohs, escala que consiste em dez minerais arranjados na ordem crescente de dureza relativa. O método idealizado pelo austríaco Mohs baseia-se no seguinte princípio: cada mineral padrão risca todos que estão em posição inferior na escala e é riscado pelos que lhes são superiores. Assim a fluorita, por exemplo, risca a calcita, a gipsita e o talco e é riscada pela apatita e os que lhe seguem até o diamante. Tenacidade: É a resistência que os minerais oferecem ao choque, corte e esmagamento. Os minerais quanto a tenacidade podem ser denominados de: • Quebradiço - quando se quebra ou pulveriza facilmente ao ser golpeado. Exemplo: enxofre. • Maleável - quando se reduz a lâmina por aplicação de impacto. Ex. : ouro, prata. • Dúctil - quando pode ser estirado para formar fios. Ex.: cobre • Séctil - pode ser cortado por uma lâmina de aço. Ex.: talco, gipsita. • Elástico - Quando cessada a pressão original o mineral retorna a sua posição original. Ex. muscovita. • Flexível - Quando cessada a pressão original o mineral não retoma a posição original. Ex.: talco. Peso Específico ou Densidade Relativa: É um número adimensional que indica quantas vezes um certo volume desse mineral é mais pesado que um mesmo volume de água destilada a temperatura de 4°C. A densidade é uma propriedade importante na identificação dos minerais, principalmente, quando se manuseia cristais raros ou pedras preciosas, pois outros testes ou ensaios danificam as amostras. Brilho: A aparência de uma superfície fresca de mineral em luz refletida é o seu brilho. É a capacidade que os minerais possuem de refletir a luz incidente. Podemos reconhecer dois tipos de brilho: o metálico e o não metálico. • Brilho metálico: é a propriedade dos minerais opacos. Um mineral tem brilho metálico quando apresenta aspeto de um metal polido, como a galena, o ouro, a hematita, a pirita, etc. • Brilho não metálico: é uma propriedade característica dos minerais transparentes e translúcidos que se caracterizam por apresentarem um aspeto não metálico, como o quartzo, a calcita, o enxofre, o diamante, etc. Há vários tipos de brilho não metálico: Vítreo - semelhante ao dos vidros. Ex.: quartzo, topázio e berílio. Resinoso - semelhante ao do breu, do enxofre nativo. Perláceo - semelhante ao da pérola, como o da gipsita. Sedoso - típico dos minerais fibrosos: crisolita, variedade da serpentina, conhecida por asbesto ou amianto, cujas fibras lembram perfeitamente o aspeto de fios de seda. Adamantino - característico do diamante, rutilo, esfalerita. Não é fácil definir este tipo de brilho e para quem não tem prática, um brilho vítreo cintilante poderá ser confundido com o brilho adamantino. Ceroso - É o que nos lembra o aspeto de um pedaço de cera, como por exemplo o brilho da calcedônia. Brilho metálico: Pirita: FeS2 Brilho não metálico – Vítreo: Topázio: Al2(F,OH) 2SiO4 Brilho não metálico – Sedoso: Crisotila: Mg3Si2O5(OH)4 Brilho não metálico – Ceroso: Calcedônia: Si2 Cor: A cor é função da absorção seletiva de certos comprimentos de onda da luz por alguns átomos dos minerais. Uma fração da luz é refletida e a outra é transmitida. A cor raramente é útil ao diagnóstico de minerais, por causa dasimpurezas que os mesmos possuem, bem como em consequência do estado de cristalinidade e de imperfeições estruturais, que exercem ampla influência na cor resultante. Minerais idiocromáticos: apresentam cores bastante características, por exemplo, o Enxofre: S Coríndon Fórmula Química - Al2O 3 Rubi: Fórmula Química - Cr2O 3 Safira: Fórmula Química - Al2O3 com Ti e Fe Minerais alocromáticos: a cor varia amplamente, por exemplo, quartzo, coríndon e fluorita. Traço: É a propriedade de o mineral deixar um risco de pó, quando friccionado contra uma superfície não polida de porcelana branca. Também conhecida por Risca. • Dureza superior ao da porcelana (7) - incolor (provoca um sulco na porcelana). • O traço nem sempre apresenta a cor do mineral. Ex.: Hematita: Fe2O3 (preto - cinzento) - Traço Vermelho Transparência (Diafaneidade): É a propriedade dos minerais quanto à penetração da luz. Transparente - Quando vemos objetos com nitidez através dos minerais: diamante. Translúcido - Quando só deixa passar a luz, não permitindo a observação de objetos através dele: opala, calcedônia etc. Opacos - Quando não se deixa atravessar pela luz: magnetita. Opala: SiO2.nH2O Diamante: C Magnetita: Fe3O4(FeO . Fe2O3) Piezoeletricidade: Se uma carga elétrica é desenvolvida na superfície de um cristal, em consequência de pressões exercidas nas extremidades de seu eixo cristalográfico, o cristal é dito possuir piezoeletricidade. O quartzo é o mineral piozoelétrico mais importante. É extremamente sensível a este fenômeno. Devido a esta propriedade ele é bastante empregado na indústria eletrônica. Piroeletricidade: O desenvolvimento simultâneo de cargas elétricas, negativas e positivas, nas extremidades opostas de um cristal, sob determinadas condições de mudanças de temperatura, é o que se denomina piroeletricidade. Exemplo: Turmalina. Magnetismo: Aqueles minerais em que em seu estado natural são atraídos por um imã são ditos magnéticos. Pouquíssimos minerais são magnéticos naturalmente. Exemplo: Magnetita (Fe3O4) e a Pirrotita (FeS). Radioatividade: São vários os minerais radiativos, isto é, minerais que emitem energia ou partículas que impressionam uma chapa fotográfica. Os elementos mais radiativos são o rádio, o urânio e o tório. Dentre os minerais radiativos, temos: monazita, pirocloro, uraninita, etc. Propriedades Químicas dos Minerais De acordo com a sua composição química, os minerais podem ser classificados em: Óxidos: Anídricos: Ex: Hematita Fe2O3 , Magnetita Fe3O4 , Corindon Al2O3 Hidratados: Ex: Geotita FeO(OH) Carbonatos: Ex: Calcita CaCO3 , Dolomita CaMg(CO3) , Magnesita MgCO3 , Siderita FeCO3 Silicatos: Principal classe de minerais Ex: Grupo do Quartzo , Grupo dos Feldspatos , Grupo dos Piroxênios e Anfibólios , Grupo das Micas Sulfetos: Ex: Galena PbS , Pirita FeS2 , Blenda ZnS , Calcopirita CuFeS2 Sulfatos: Ex: Barita BaSO4 , Gipsita CaSO4.2H2O Diferentes combinações produzem diferentes estruturas. Silicatos Classificação dos silicatos Classe Arranjo dos tetraedros SiO4 Relação Si:O Exemplo Nesossilicatos isolados 1:4 Olivina (Mg, Fe)2SiO4 Sorossilicatos duplo 2:7 Hemimorfita Zn4(Si2O7)OH.H2O Ciclossilicatos anéis 1:3 Berilo Be3Al2(Si6O18) Inossilicatos cadeias simples 1:3 Enstatita Mg2(Si2O6) Inossilicatos cadeias duplas 4:11 Tremolita Ca2Mg5(Si8O22)(OH)2 Filossilicatos folhas 2:5 Talco Mg3(Si4O10)(OH)2 Tectossilicatos estruturas tridimensionais 1:2 Quartzo SiO2 Grupo dos Feldspatos: Ortoclase KAlSi3O8 - Feldspato ortoclásio. Albita NaAlSi3O8 - Feldspato plagioclásio. Anortita CaAl2Si2O8 - Feldspato plagioclásio. Grupo do Quartzo: SiO2 (sílica) - Cristalizado macroscopicamente - Quartzo (branco) Ametista (roxa) - Amorfa (não apresenta estrutura cristalina) - Opala - Microcristalina - Calcedônia Silicatos Ortoclásio do grego: "fratura reta“ - seus dois planos de clivagem são perpendiculares. Plagioclásio do grego "fratura oblíqua" - seus dois ângulos diferentes de clivagem. Grupo dos Piroxênios e Anfibólios: Os Piroxênios são minerais muito comuns nas rochas vulcânicas, tem como característica comum serem constituídas por cadeias simples de tetraedros de sílica, cristalizando nos sistemas monoclínico ou ortorrômbico. com destaque para os basaltos. Os Anfibólio são minerais extremamente complexos, constituído por pelo menos 86 silicatos de dupla cadeia de SiO4, contendo o íon hidroxil e cátions metálicos variados (Ca2+, Mg2+, Fe2+, Al3+, Na+, e outros). Silicatos Silicatos Grupo da Mica: Biotita é um mineral comum da classe dos silicatos, subclasse dos filossilicatos , grupo das micas. É encontrado em rochas graníticas, gnaisses e xistos cristalinos. Como outros minerais de mica a biotita tem uma clivagem basal altamente perfeita,portanto, suas lâminas flexíveis lascam-se facilmente. É usado como isolante elétrico. A sua formula química é: K(Mg,Fe)3(OH,F)2(Al,Fe)Si3O10 Muscovita é um mineral da classe dos silicatos, grupo das micas. Caracteriza-se pela clivagem basáltica bem marcada e distingue-se da biotita em amostra de mão por ser incolor. De acordo com as impurezas presentes, a muscovita pode ser incolor (mais comum), castanho claro, salmão ou rosa. É um mineral muito comum nos granitos. A sua formula química é: KAl2(Si3Al)O10(OH,F)2
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