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Diplococo Gram negativos

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Flávia Helena da Silva – 3º Período 2017/2 
 
BACILOS GRAM NEGATIVOS 
 
 Neisseria meningitidis 
 Neisseria gonorrhoeae 
 Moraxella catarrhalis 
 
 
Neisseria meningitidis 
 
- Diplococo negativo (forma de rim, feijão) 
- Crescimento fastidioso (lento, demorado) em temperatura ideal de 35ºC a 
37ºC. 
- Oxidase positiva 
- Catalase positiva 
- Infecta apenas o homem, por colonização assintomática. 
- Sorogrupos: A,B,C,Y; O soro A tem potencial epidêmico, mas no Brasil o soro 
C é o mais comum (71%), por isso a vacina oferecida pelo SUS é a Meningo C. 
- A cápsula é importante para proteção contra a fagocitose da bactéria. 
- O pili (estrutura parecida com cílios, porém mais finos; pelos) fixa-se nas 
células epiteliais da nasofaringe. Facilitando sua fixação. 
- IgA protease – é uma enzima que quebra a molécula de IgA, facilitando assim 
a sobrevivência da bactéria na mucosa naso/orofaríngea. 
 
O fator principal da susceptibilidade à doença é a idade, com incidência maior 
no primeiro ano de vida – criança com ausência de imunidade específica; 
contato íntimo com indivíduos colonizados (pai/mãe/irmão, etc). Na 
adolescência e adultos jovens, há um pico da doença novamente. 
 
Resposta imune ao hospedeiro 
 
A resposta é específica para cada sorogrupo. 
Presença de anticorpos opsonizantes (processo que facilita a fagocitose) 
Grande participação do sistema complemento. Uma deficiência do 
complemento, como por exemplo, o fator D ou properdina, aumentam o risco 
da doença em até 600x, resultando em quadros graves. 
A grande quantidade de Lipopoligossacarídeo (LOS) presente na corrente 
sanguínea sugere a gravidade do paciente. Quanto mais, maior a gravidade. 
 
Transmissão 
- Contato íntimo com portadores; beijo, fala, saliva. A transmissão ocorre pelas 
gotículas. 
- Fatores que causam lesão na mucosa naso/orofaríngea, aumentam o risco da 
colonização do patógeno, pois aumentam a expressão das moléculas de 
adesão facilitando sua invasão na corrente sanguínea. 
 
 
Há dois aspectos clínicos da DOENÇA MENINGOCÓCIA 
DOENÇA MENINGOCÓCICA 
 
 MENINGOCOCCEMIA (SEPTICEMIA) 
 MENINGOENCEFALITE MENINGOCÓCICA (MENINGITE) 
 
MENINGOCOCCEMIA: Evolui para a morte em horas (+/- 6horas), após 
aparecimento dos sintomas. Invade a corrente sanguínea e causa morte por 
infecção sistêmica. 
 
Sintomas: Febre alta; erupções cutâneas (petéquias, lesões purpúreas); 
vasculite; hipotensão; taquicardia; esplenomegalia; artralgia; 
Consequências: Sepse; disfunção múltipla de órgãos; Síndrome Waterhouse-
friederichsen (hemorragia da adrenal; causando insuficiência aguda 
secundaria). 
 
MENINGOENCEFALITE: Maioria dos casos de doença meningocócica. Se for 
tratada precocemente, há solução e não evolui para morte rapidamente. Nunca 
retardar o tratamento por conta do atraso de exames. 
 
Sintomas: Febre alta; cefaleia intensa; rigidez da nuca; pode ter erupções 
cutâneas; hipoglicorraquia (redução do nível de glicose no LCR). 
Sinal de Brudzinski positivo e Sinal de kernig positivo. 
Consequências: Choque séptico; abscesso encefálico; hidrocefalia; 
complicações cerebrovasculares. 
Algumas complicações causam necrose podendo levar a amputação do 
membro acometido. 
 
Tratamento: antibiótico com tempo máximo de 15 min para inicio da terapia 
após o diagnóstico. 
Cefalosporina com ceftriaxona ou cloranfenicol; 
Prevenção: Vacinação tetravalente dos sorgrupos A.B.C.Y.W. 
Quimioprofilaxia de secundários: rifampicina; ciprofloxacino; ceftriaxona. 
 
OBS: A Febre Maculosa tem sinais clínicos parecidos com a Meningococcemia, 
porém a diferença é que ela evolui em dias e pode ser tratada com 
Cloranfenicol, que combate as duas doenças ao mesmo tempo. É melhor tratar 
as duas do que arriscar tratando apenas um ou outra sem diagnóstico exato. 
 
 
 
Neisseria gonorrheae 
 
Doenças: gonorreia ou blenorragia. 
 
Infecção sexualmente transmissível (IST), que manifesta diversas alterações 
clínicas como: cervicite, uretrite, proctite, conjuntivite, abscesso, bartholinite, 
epididimite. 
 
- Diplococo gram negativo 
- São imóveis e não esporulados 
- Crescem em uma temperatura ideal de 35ºC a 37ºC 
- Necessitam de CO2 para seu crescimento 
- Oxidase positiva. 
- Acomente predominantemente os jovens. 
- O pili é um fator importante na colonização (fixa-se as células epiteliais na 
mucosa urogenital). 
- Presença de uma proteína associada a opacidade (OPA) – faz adesão 
epitelial, LOS endotóxico e citotóxico. 
 
Resposta imune 
Resposta humoral e celular não efetiva. 
Importante participação do sistema complemento. 
Aumento dos LTCD4 E LTCD8 específicos da porina. 
 
Uretrite gonocócica 
- Causa uretrite aguda após 2 a 7 dias da exposição. 
-Secreção uretral e disúria (dificuldade e dor ao urinar).Sensação de 
queimação ao urinar. 
Tratamento: Ciprofloxacina- 500mg, dose única, VO é indicado. Mas alguns 
locais como RG, MG, SP ele é suspendido devido a resistência bacteriana e 
então usa-se Ceftriaxona ou Cefalosporina. 
 
 
Cervicite gonocócica 
- Assintomática ou sintomática 
- Corrimento intenso, muco purulento e disúria. 
- Pode estar associado a uma vaginite gonocócica. 
 Tratamento: mesmo para uretrite. 
 
 
 
 
 
Gonorreia anorretal 
- Acomete homens e mulheres. 
- Dor na região anorretal, tenesmo (sensação constante de defecar), corrimento 
retal purulento, sangramento retal. 
Tratamento: mesmo da uretrite. 
 
Gonorreia faríngea 
- Acomete homens e mulheres. 
- assintomática ou leve 
- Pode causar linfadenite cervical (gânglios ou linfonodos cervicais por causa 
de infecção bacteriana). 
 Tratamento: mesmo da uretrite. 
 
Gonorreia ocular (adultos) 
- Acomete homens e mulheres por autoinoculação. 
- Causa edema palpebral, hiperemia, secreção purulenta abundante. 
Tratamento: Ceftriaxona. 
 
Gonorreia ocular (RN) 
- Exposição a secreções cervicais. 
- Ocorre a manifestação geralmente 2- 5 dias após o nascimento. 
- Edema palpebral, secreção purulenta e sanguinolenta. 
- Pode levar a perfuração da córnea e a cegueira. 
 Tratamento: colírio de nitrato de prata e ceftriaxona. 
 
 
Moraxella Catarrhalis 
 
- Diplococo gram negativo 
- Imóvel e não esporulado 
- Aeróbio estrito 
- Oxidase positiva 
 
Manifestações clínicas 
- Sinusite, otite, bronquite, broncopneumonia, epiglotite, celulite. 
Diagnóstico 
- Gram de escarro e suspeição clínica 
Tratamento 
- Beta-lactâmicos: amoxicilina com clavulanato, cefuroxima; 
- Macrolídeos: Azitromicina. 
- Quinolona: Levofloxacino.

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