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1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------ 02 2 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ------------------------------ 03 2.1 Administração Científica ------------------------------------------------------------- 03 2.2 Teoria Clássica ------------------------------------------------ ------------------------ 05 3 ABORDAGEM HUMANÍSTICA -------------------------------------------------------- 07 3.2 Teoria das Relações Humanas ------------------------------------------------------- 07 4 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ------------------------ 09 4.1 Teoria Neoclássica ----------------------------------------------------------------------09 4.1.1 Tipos de Organização ---------------------------------------------------------10 4.1.2 Departamentalização----------------------------------------------------------10 CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------------- 12 REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------- 13 2 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo apresentar os assuntos tratados na disciplina de Teoria Geral da Administração neste semestre, em que o foi explanado a abordagem prescritiva da Administração. As teorias tratadas foram; abordagem clássica da Administração, abordagem humanista da Administração e a abordagem neoclássica da Administração. A administração sofreu muitas influências antes do seu desenvolvimento a partir do século XX, influências estas desenvolvidas pelas áreas, como; a filosofia, a igreja, a organização militar. O ato de administrar sempre existiu no cotidiano do ser humano, desde os primórdios foi preciso de uma organização para chegar aos objetivos de um grupo. As teorias existentes hoje na administração tiveram influências das mais diversas áreas ao decorrer da história, foi a partir do século XX a administração se conceituou através de estudos ocorridos em outros campos da ciência, que se adaptaram e formaram o que se conhece de administração hoje. 3 2. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO O surgimento da Abordagem Clássica da Administração ocorreu principalmente, por conta da Revolução Industrial. Por conta dela, as empresas passaram por um rápido e desorganizado crescimento, sendo necessária, portanto, uma atividade que abordasse as questões empresariais de maneira mais científica. (CHIAVENATO, 2003) No século XX surgiram os primeiros estudos científicos sobre a Administração. Nos Estados Unidos, Frederick Winslow Taylor começou a Administração Científica, onde a preocupação estava na eficiência dos trabalhadores por meio da racionalização das atividades. Já na França surgia a Teoria Clássica, com Henri Fayol. Como na Administração Cientifica o foco era o aumento da eficiência, mas por meio da organização e da aplicação de princípios com bases científicas. (CHIAVENATO, 2003) 2.1 Administração Científica Taylor foi o fundador da Administração Científica, seus conceitos foram considerados revolucionários para a época por conta dos novos conceitos apresentados. Segundo CHIAVENATO (p. 74, 2003), “a preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos operários”. Taylor estudou os tempos e movimentos, e através dele propôs um padrão, assim todo operário tinha que fazer determinados movimentos em um período de tempo para aumentar a produtividade da empresa. Buscava-se a maior eficiência, através de estudos tinham que buscar a melhor maneira de fazer um trabalho. 4 Essa abordagem constitui-se de baixo pra cima, ou seja, dos operários para a gerência. Desenvolveu-se a Organização Racional do Trabalho (ORT) que se fundamenta no: ● Estudo de tempos e movimentos: Movimentos que para nada serviam eram eliminados e os demais eram simplificados a fim de diminuir seu tempo de duração. Cada funcionário deveria seguir à risca a ordem e quantidade de movimentos previstos. ● Fadiga Humana: Taylor verificou que a execução de movimentos não necessários levavam o homem a um cansaço prematuro e, consequentemente, diminuição da produção. Então os movimentos desnecessários eram excluídos. ● Especialização do trabalhador: Buscou-se dividir o trabalho em pequenas tarefas. Cada trabalhador deveria executar somente uma atividade específica, tornando-se um especialista naquilo. ● Cargos e tarefas: Tarefa é a atividade a ser realizada e cargo é o conjunto de tarefas. Dessa forma, os cargos eram criados levando-se em consideração as tarefas que deviam ser feitas, buscando-se a simplificação e especialização do trabalho. ● Incentivos por produção: I ncentivo financeiro ao trabalhador, para que o mesmo produzisse mais e melhor. ● Homem econômico. Acredita-se que o homem haja, em seu ambiente de trabalho, não por gostar, mas sim pela necessidade recompensa financeira ou econômica. ● Local de trabalho: Verificou-se que não só as condições humanas eram relevantes para o aumento da eficiência. Elementos como equipamentos, localização das máquinas, iluminação, ventilação e outros referentes à estrutura física do local de trabalho, também exerciam influencia sobre o serviço prestado. ● Total padronização: P adronização das máquinas, ferramentas, matérias-primas etc. ● Supervisão: Não havia somente um chefe central. As tarefas deveriam ser supervisionadas nas mais diversas áreas por pessoas especializadas naquela tarefa. 5 Os princípios de gerência de Fayol segundo CHIAVENATO (p. 67, 2003) são os seguintes: ▪ Planejamento - Substituir a improvisação pela ciência através do planejamento do método de trabalho. ▪ Preparo - Selecionar cientificamenteos trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor. ▪ Controle - Certificar de que o trabalho está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. ▪ Execução - Distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada. A Administração Científica sofreu muitas críticas. Dava-se pouca importância para o elemento humano. Transformava o homem em uma máquina, o qual não tomava decisões. Além de manipular os trabalhadores por meios de incentivos materiais e salariais. Funcionários ficavam alienados com o super aperfeiçoamento retirando a capacidade criativa dos operários, se tornavam mecanizados tornando o trabalho repetitivo e exaustivo. A obra de Taylor sofreu durascríticas, mas foi imprescindível para o avanço da Administração. 2.2 Teoria Clássica Fayol foi o fundador da Teoria Clássica, era engenheiro e por isso sua preocupação estava na estrutura da organização. Existiram esforços para criar uma fórmula padrão que pudesse ser usada em qualquer prática administrativa. Para Fayol, os órgãos eram divididos na linha vertical (autoridade) e horizontal (departamentalização), além dos órgãos de staff e órgãos de linha. Era necessário o sincronismo e a sintonia de todos os departamentos da empresa e foco no cliente para o crescimento da empresa. (CHIAVENATO, 2003) 6 Fayol definiu o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Todos os cargos devem seguir esses processos, que segundo Taylor são essenciais em qualquer nível ou área da empresa. (CHIAVENATO, 2003) Segundo Chiavenato (2003), Fayol estabeleceu princípios gerais para que administração se baseasse. São 14 os princípios de Fayol: 1. Divisão do trabalho. Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência. 2. Autoridade e responsabilidade. Dar ordens e o esperar obediência. 3. Disciplina. Regras de condutas regidas pela empresa. 4. Unidade de comando. Apenas um superior. É o princípio da autoridade única. 5. Unidade de direção. Um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo. 6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais. Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares. 7. Remuneração do pessoal. Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição. 8. Centralização. Autoridade no topo da hierarquia da organização. 9. Cadeia escalar. É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando. 10. Ordem. Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. 11. Equidade. Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 12. Estabilidade do pessoal. A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa. 13. Iniciativa. A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso. 14. Espírito de equipe. A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a organização. 7 Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Por conta disso, a crítica ocasionada à teoria aconteceu por conta da sua obsessão pelo comando. Os princípios dessa teoria exploravam os trabalhadores, como na Administração Científica. 3. ABORDAGEM HUMANÍSTICA A partir da Abordagem Humanística o foco que antes era nas tarefas e na estrutura organizacional voltou-se para as pessoas. Os administradores começam a se preocupar com as pessoas que trabalham nas organizações, tanto nos aspectos psicológicos como nos sociológicos. Surgiu através do desenvolvimento da Teoria das Relações Humana, na década de 1930, nos Estados Unidos. Aconteceu por conta do desenvolvimento das ciências sociais 8 Segundo CHIAVENATO (p. 99, 2003) “a abordagem humanística teve seu início no final da segunda década do Século XX. Foi um período difícil marcado por recessão econômica, inflação, elevado desemprego e forte atuação dos sindicatos”. 3.1 Teoria das Relações Humanas Na Teoria das Relações Humanas Elton Mayo destacou-se junto com seus colaboradores, quando realizou um trabalho de pesquisa em uma fábrica em Hawthorne. Surgiu com a necessidade de humanização e democratização da Administração, queriam deixar para trás os princípios de mecanização do homem. O desenvolvimento principalmente da psicologia também contribui para o avanço dessa teoria. O caso de Hawthorne desenvolveu-se em 4 (quatro) frases e proporcionou princípios básicos das relações humanas. Concluiu-se através da experiência que o nível de produção é resultante da integração social, é determinada pela capacidade física ou fisiológica do empregado. CHIAVENATO (p. 107, 2003) “a Teoria das Relações Humanas mostra o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada”. Algumas características da Teoria das Relações Humanas conforme Chiavenato (2003): ● Nível de produção é resultado da integração social: Se uma pessoa sofre com algum desarranjo social, a capacidade física não terá eficiência. A integração social é necessária para o aumento da eficiência dentro da organização. ● Comportamento social dos indivíduos: O grupo é o maior incentivador do comportamento de um indivíduo. Os trabalhadores não agem individualmente, há sempre uma interação. ● Recompensas ou punições sociais: O respeito e a consideração por parte do próprio grupo, acabam sendo perdidos quando o trabalhador produzir abaixo ou acima da média. ● Grupos informais: Os grupos informais fazem parte do comportamento social dos empregados, crenças, atitude, expectativa e motivação Esses grupos tem 9 seus propósitos definidos dentro da empresa, e nem sempre são coincidentes com a organização formal. ● Relações Humanas: São as atitudes que se desenvolvem no convívio de pessoas e grupos. O comportamento humano é influenciado pelas atitudes e normas informais existentes nos grupos dos quais participa. ● Importância do conteúdo do cargo: A especialização não cria mais eficiência dentro da empresa. O trabalho se torna cansativo, até mesmo os simples, acabam se tornando desgastantes e monótonos, diminuindo a produção. ● Ênfase nos aspectos emocionais: Os elementos emocionais devem ter um lugar especial dentro da organização. As principais críticas relacionadas a esta teoria são: a romanização dos operários, a ênfase exagerada nos grupos informais e a oposição cerrada a Teoria Clássica. 4. ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 10 Em 1950 ocorreu uma remodelação no jeito de administrar, por conta das transformações trazidas pela Revolução Industrial. Houve um grande avanço nas empresas, e foi necessária uma reformulação dos conceitos já existentes. Segundo CHIAVENATO (p. 148, 2003) “A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje”. 4.1 TeoriaNeoclássica da Administração A Teoria Neoclássica busca resultados concretos e palpáveis, ou seja, se baseava no pragmatismo. Os principais autores foram: Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, Cyril O'Donnell, Michael Jucius, William Newman, Ralph Davis, George Terry, Morris Hurley, Louis Allen, além dos autores da escola da Administração por Objetivos. (CHIAVENATO, 2003) A Teoria Neoclássica pode ser identificada através de algumas características marcantes: • a ênfase na parte prática da Administração • a reafirmação relativa (e não absoluta) dos postulados clássicos • a ênfase nos primeiros clássicos de Administração • a ênfase nos resultados e objetivos • ecletismo aberto e receptivo. Segundo CHIAVENATO (p. 154 2003): A Administração é uma atividade essencial a todo esforço humano coletivo, seja na empresa industrial, na empresa de serviços, no exército, nos hospitais, na Igreja etc. O ser humano cada vez mais necessita cooperar com outras pessoas para atingir seus objetivos. Nesse sentido, a Administração é basicamente a coordenação de atividades grupais. A Teoria das Organizações considera três aspectos principais nas organizações: Quanto aos objetivos (que estão fora das organizações, sempre são uma contribuição para o individuo e a sociedade); Quanto à administração (cada empresa possuí seu objetivo mas são semelhantes no modo de administrar); Quanto ao desempenho individual (aqui não há diferenças entre as empresas, diz respeito a eficiência dos funcionários da empresa). Outro conceito que os Neoclássicos trouxeram o conceito de 11 eficiência e eficácia. Eficácia é a capacidade de atingir objetivos e alcançar resultados, e eficiência significa fazer corretamente as coisas e enfatizar os meios pelos quais elas são executadas. Também estabeleceram as funções do administrador que são: Planejamento, organização, direção e controle. O desempenho dessas quatro funções básicas forma o chamado processos administrativo. (CHIAVENATO, 2003) 4.1.1 Tipos de Organização Houve a necessidade de uma organização formal onde fosse prescritos normas as quais os membros da empresa devem seguir. São três os tipos de organizações: linear, funcional e linha-staff. (CHIAVENATO, 2003) Organização Linear: Tem origem na organização dos antigos exércitos e na organização eclesiástica medieval. A denominação "linear" indica que entre o superior e os subordinados existem linhas diretas e únicas de autoridade e de responsabilidade. Organização Funcional: Cada função possuí um especialista. Neste tipo de organização não existe subordinados, a autoridade é parcial e relativa. Organização Linha-Staff: Prestam serviço por consultoria técnica. Possui autoridade única 4.1.2 Departamentalização É necessária a divisão do trabalho na organização. Pode ser feita de modo vertical ou horizontal. Vertical quando há necessidade de supervisão, ou seja, um chefe. Horizontal ocorre quando a eficiência precisa ser aumentada, são vários órgãos especializados na mesma linha hierárquica. Conforme CHIAVENATO (p. 208, 2003) “Departamento designa uma área, divisão ou segmento distintos de uma empresa sobre a qual um administrador (seja diretor, gerente, chefe, supervisor etc.) tem autoridade para o desempenho de atividades específicas”. Os principais tipos de departamentalização são seis (06): Departamentalização por Funções: Também conhecida como Departamentalização Funcional, ela é o agrupamento de atividades e tarefas conforme as funções essenciais dentro da empresa. 12 Departamentalização por produtos ou serviços: Este tipo de departamentalização abrange caracterização e agrupamento de atividades de acordo com o produto ou serviço efetuado. Departamentalização Geográfica: Divide a empresa de acordo com os locais onde ela atua. As funções, serviços e produtos são agrupados de acordo com os interesses geográficos. Departamentalização por Clientela: São agrupadas as atividades de acordo com a necessidade do cliente, as características do mesmo são levadas em conta. Departamentalização por Processo: A sequência dos processos para a construção de um produto. Departamentalização por Projeto: A departamentalização por meio de projetos ocorre quando as atividades e as pessoas recebem atribuições temporárias.. O produto tem data de inicio e fim determinados. Quando o projeto termina as pessoas podem ser dispensadas da empresa. A departamentalização constitui ainda hoje o elemento fundamental na estruturação de muitas organizações. Chiavenato (2003) afirma que ainda não foi descoberta uma maneira melhor de organizar empresas, apesar de critérios mais recentes, como as unidades estratégicas de negócios, alianças estratégicas, redes integradas. 13 CONCLUSÃO Durante o semestre podemos ter contato com três (3) abordagens que foram imprescindíveis para o desenvolvimento da administração. Todos os teóricos mesmo que criticados contribuíram para os conhecimentos que temos hoje. A administração se conceituou através de estudos ocorridos por vários autores, que se adaptaram e formaram o que se conhece de administração hoje. Ao longo do tempo a administração passa por transformações, pode-se dizer que não há um padrão, a administração sempre passará por mudanças, sabendo que, sempre há um cenário novo no mundo por conta das constantes transformações, assim a Administração também se transforma. Após este semestre afirmo que adquirimos novos conhecimentos e os levaremos para o decorrer da vida acadêmica. 14 REFERÊNCIA CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: Uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
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