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ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CÓRTEX CEREBRAL

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ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CÓRTEX CEREBRAL- Parte II
4.0- Classificação das Áreas Corticais
 O córtex cerebral não é homogêneo em sua extensão, o que permite a individualização de várias áreas com base em critérios.
4.1- Classificação Anatômica do Córtex
 Baseada na divisão do cérebro em sulcos, giros e lobos. A fragmentação em lobos não corresponde a uma divisão funcional ou estrutural. Com exceção do lobo occipital que é considerada uma das principais áreas corticais da visão.
4.2- Classificação Filogenética do Córtex
Divide o córtex com base em critérios evolutivos:
· Arquicórtex: corresponde ao hipocampo;
· Paleocórtex: úncus e parte do giro para-hipocampal;
· Neocórtex: reveste todo o resto dos hemisférios cerebrais.
Arqui e paleocórtex ocupam áreas antigas do córtex e fazem parte do riencéfalo (olfação) e do sistema límbico (comportamento emocional).
4.3- Classificação Estrutural do Córtex
 Com base em estudos histológicos das camadas do córtex, ele pode ser dividido em várias áreas citoarquiteturais. O mapa desta divisão mais aceito é o de Brodmann, com 52 áreas enumeradas.
4.4- Classificação Funcional do Córtex
 Com relação às funções, as áreas corticais não são homogêneas.
· Broca: correlacionou lesões em áreas restritas do lobo frontal (área de Broca) com a perda da linguagem falada.
· Fritsch e Hitzig: estabeleceram o conceito de somatotopia (correspondência entre determinadas áreas corticais e certas partes do corpo- 1º mapeamento da área motora do córtex).
 Descobriu-se também que é possível causar movimento a partir de estímulos de áreas corticais consideradas exclusivamente sensitivas. Verificou-se assim que as localizações funcionais são especializações funcionais das áreas corticais, mas também que elas não são isoladas. O conceito de localizações funcionais no córtex é aceito, pois é importante para compreensão do funcionamento e para o diagnóstico de lesões no cérebro.
 As áreas funcionais se classificam em áreas de projeção e áreas de associação, ambos têm conexões com os centros subcorticais. Segundo o neuropsicólogo Luria:
· Áreas de projeção > áreas primárias - ligadas diretamente à sensibilidade e à motricidade.
· Áreas de associação > áreas secundárias ou unimodais – relacionadas indiretamente com a sensibilidade e a motricidade. Suas conexões ocorrem com uma área primária de mesma função.
áreas terciárias ou supromodais – envolvidas com atividades psíquicas superiores (memória, processos simbólicos e pensamento abstrato). Mantêm conexões com áreas unimodais e com outras supramodais.
5.0- Áreas de projeção (áreas primárias)
 Relacionam-se com a sensibilidade ou com a motricidade. Existe apenas uma área primária motora situada no lobo frontal e várias áreas primárias sensitivas nos demais lobos. Existe uma área primária específica para cada sensibilidade especial, enquanto todas as formas de sensibilidade geral convergem para a área somestésica.
5.1-Área Somestésica (área da sensibilidade geral somática)
ü Localizada no giro pós-central (áreas 3, 2 e 1 do mapa de Brodmann)
ü Chegam radiações talâmicas originadas nos núcleos ventral póstero-lateral e ventral póstero-medial
ü Trazem impulsos nervosos relacionados á temperatura, dor, pressão e propriocepção consciente do lado oposto do corpo.
ü Há correspondência entre partes do corpo e partes da área somestésica.
Ø Homúnculo sensitivo
· Essa somatotopia é fundamentalmente igual a observada na área motora.
· A extensão da representação cortical de uma parte do corpo depende da importância funcional dessa parte para a biologia da espécie e não de seu tamanho.
v Lesões da área somestésica:
 Acidentes vasculares cerebrais podem comprometer as artérias cerebrais média e anterior que irrigam essa região. Causando assim, perda da capacidade de discriminar dois pontos, perceber movimentos de partes do corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulos ( reconhece as diferentes intensidades de estímulos, mas é incapaz de distinguir a parte do corpo que está sendo estimulada ou os graus de temperatura, peso ou textura do objeto que o estimula- Perda da estereognosia).
 A sensibilidade protopática (sensibilidade não-discriminativa e sensibilidade térmica e dolorosa) não é alterada, pois se tornam conscientes no tálamo.
5.1.2-Área visual
ü Localizada nos lábios do sulco calcarino ( área 17 de Brodmann)
ü Cegam as fibras do tracto geniculo-calcarino originados no corpo geniculado lateral
ü Correspondência perfeita entre a retina e o córtex visual
v Lesão da área visual
A abalação bilateral da área 17 causa cegueira completa na espécie humana.
5.1.3- Área Auditiva
ü Situada no giro temporal transverso anterior ou giro de Heschl (área 41 e 42 de Brodmann).
ü Chegam fibras da radiação auditiva originadas no corpo geniculado medial.
ü Tonotopia: sons de determinada freqüência projetam-se em partes específicas da área cortical.
v Lesões da área auditiva:
· Lesões bilaterais do giro temporal transverso anterior causam surdez completa.
· Lesões unilaterais causam déficits auditivos pequenos (suas fibras não são totalmente cruzadas, cada cóclea representa-se no córtex dos dois hemisférios)
5.1.4- Área vestibular
ü Localizada no lobo parietal em uma pequena região próxima ao território da área somestésica correspondente á face.
ü Relaciona-se mais com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva.
ü Receptores: proprioceptores especiais- informam sobre a posição e o movimento da cabeça.
ü Importante para a apreciação consciente da orientação no espaço.
5.1.5- Área Olfatória
ü Ao contrário de alguns mamíferos, essa área ocupa uma pequena região situada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal.
ü Crises uncinadas: epilepsia local do úncus causa alucinações olfatórias.
5.1.6- Área Gustativa
ü Localizada na porção inferior do giro pós-central, próxima a ínsula, em uma região adjacente à parte da área somestésica correspondente à língua.
ü Estimulações elétricas ou crises epiléticas cujo foco se inicia nessa região causam alucinações gustativas.
v Lesões desta área provocam uma diminuição da gustação na metade oposta da língua.
5.2. Área Motora Primária
Ocupa a parte posterior do giro pré-central correspondente á área 4 de Brodmam. É um isocórtex heterotípico agranular caracterizado pela presença de células piramidais gigantes.
O mapeamento do córtex, sua somatotopia, foi possível com o auxilio de dois métodos:
Estimulação elétrica - determinam movimentos da musculatura contralateral.
Focos epilépticos - causam movimentos de grupos musculares isolados.
· Sua somatotopia é representada por um homúnculo de cabeça pra baixo.
A extensão da representação cortical de uma parte do corpo na área 4, é proporcional não ao seu tamanho, mas à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos musculares aí localizados.
Principais Conexões Aferentes:
Tálamo (informações oriundas do cerebelo);
Área somestésica;
Áreas pré-motora;
Motora suplementar.
A área 4 dá origem á maior parte das fibras dos tractos cortiço- espinhal e cortiço nuclear, principais responsáveis pela motricidade voluntária.
Áreas de Brodmann
O cérebro humano pode ser dividido em áreas de projeção e áreas de associação. As áreas de projeção são as chamadas áreas primárias e relacionam-se diretamente com a sensibilidade ou com a motricidade. As áreas de associação são aquelas que não se relacionam diretamente com a motricidade ou a sensibilidade – são as áreas secundárias.
As áreas de projeção podem ser divididas em áreas sensitivas primárias e área motora primária.
Áreas Sensitivas Primárias:
– A Área Somestésica ou área da sensibilidade somática geral está localizada no giro pós-central. É onde chegam as radiações talâmicas que trazem impulsos nervosos relacionados à temperatura, dor, pressão,tato e propriocepção consciente da metade contralateral do corpo. Existe correspondência entre as partes do corpo e as partes da área somestésica (somatotopia). Para representar essa somatotopia, existe o homúnculo sensitivo e nele chama a atenção a área de representação da mão, especialmente dos dedos, o qual é desproporcionalmente grande.
Isso confirma que a extensão da representação cortical de uma parte do corpo depende da importância funcional desta parte e não de seu tamanho. Lesões da área somestésica podem ocorrer, por exemplo, como consequência de AVCs que comprometem as artérias cerebral média ou cerebral anterior. Há então perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão. Perde-se a capacidade de discriminar dois pontos, perceber movimentos de partes do corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulos (perde a estereognosia).
– A Área Visual localiza-se nos lábios do sulco calcarino no lobo occipital, sendo responsável pelo recepção visual do campo visual oposto. Sua ablação bilateral causa cegueira completa.
– A Área Auditiva está situada no giro temporal transverso anterior. Nela chegam fibras da radiação auditiva, que se originam no corpo geniculado medial. Lesões bilaterais causam surdez completa. Lesões unilaterais causam déficits pequenos, pois as vias não são totalmente cruzadas.
– A Área Vestibular localiza-se no lobo parietal em uma região próxima ao território da área somestésica correspondente à face. Portanto, está mais relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva, informando sobre a posição e o movimento da cabeça.
– A Área Olfatória está situada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal. Sua lesão pode causar alucinações olfatórias.
– A Área Gustativa localiza-se na porção inferior do giro pós-central (lobo parietal), próxima à ínsula, em uma região adjacente à parte da área somestésica correspondente à língua. Lesões provocam diminuição da gustação na metade oposta da língua.
Área Motora Primária:
Ocupa a parte posterior do giro pré-central. Igualmente ao homúnculo sensitivo, a mão é representada desproporcionalmente, demonstrando que a extensão da representação cortical é proporcional à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos musculares envolvidos. As principais conexões aferentes da área motora são com o tálamo – através do qual recebe informações do cerebelo, com a área somestésica e com as áreas pré-motora e motora suplementar. Por sua vez, a área motora primária dá origem à maior parte das fibras dos tratos córtico-espinal e córtico-nuclear, principais responsáveis pela motricidade.
As áreas de associação, por sua vez, podem ser divididas em áreas de associação secundárias e áreas de associação terciárias.
Áreas de Associação Secundárias:
– Áreas de Associação Secundárias Sensitivas. São três: área somestésica secundária (situada no lobo parietal, logo atrás da área somestésica primária); área visual secundária (localizada no lobo occipital e se estendendo ao lobo temporal); e a área auditiva secundária (situada no lobo temporal). As áreas secundárias recebem aferências principalmente das áreas primárias correspondentes e repassam as informações recebidas às outras áreas do córtex.
Para que se possa entender melhor o significado funcional das áreas secundárias, cabe descrever os processos mentais envolvidos na identificação de um objeto. Na etapa de sensação, toma-se consciência das características sensoriais do objeto. Na etapa de interpretação (gnosia), tais características sensoriais são comparadas com o conceito do objeto existente na memória do indivíduo, o que permite sua identificação. A etapa de sensação faz-se na área primária; já a etapa de interpretação envolve processos psíquicos mais complexos que dependem da integridade das áreas de associação secundárias. Em casos de lesões das áreas de associação secundárias, ocorrem os casos clínicos denominados agnosias, nos quais há perda da capacidade de reconhecer objetos, apesar das vias sensitivas e das áreas de projeção cortical estarem normais. Distinguem-se agnosias visuais, auditivas e somestésicas, estas últimas geralmente táteis.
– Áreas de Associação Secundárias Motoras. São adjacentes à área motora primária, relacionando-se com ela. Lesões dessas áreas frequentemente causam apraxias, onde há incapacidade de executar determinados atos voluntários, sem que exista qualquer déficit motor (áreas relacionadas com o planejamento do ato voluntário).
A área motora suplementar situa-se na face medial do giro frontal superior. Suas principais conexões são com o corpo estriado via tálamo e com a área motora primária. Relaciona-se com a concepção ou planejamento de sequências complexas de movimentos e é ativada juntamente com a área motora primária quando esses movimentos são executados, mas é ativada sozinha quando a pessoa é solicitada a repetir mentalmente a sequência dos movimentos.
A área pré-motora localiza-se no lobo frontal na face lateral do hemisfério. Nas lesões dessa região, os músculos têm sua força diminuída (musculatura axial e proximal dos membros). Projeta-se também para a área motora primária e recebe aferências do cerebelo (via tálamo) e de várias áreas de associação do córtex. Através da via córtico-retículo-espinal, que nela se origina, a área pré-motora coloca o corpo em uma postura básica preparatória para a realização de movimentos mais delicados, a cargo da musculatura mais distal dos membros.
A área de Broca está situada no giro frontal inferior e é responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. Lesões da área de Broca resultam em déficits de linguagem (afasias). A área de Broca está situada em frente à parte da área motora que controla os músculos relacionados com a vocalização.
Áreas de Associação Terciárias:
Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis também pela elaboração das diversas estratégias comportamentais.
– A Área Pré-Frontal compreende a parte anterior não-motora do lobo frontal. Ela recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex, ligando-se ainda ao sistema límbico. Esta região está envolvida pelo menos nas seguintes funções: escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-los quando tais situações se modificam; manutenção da atenção; e controle do comportamento emocional.
– A Área Temporo-Parietal compreende todo o lobo parietal inferior, situando-se entre as áreas secundárias auditivas, visual e somestésica, funcionando como centro que integra informações recebidas dessas três áreas. É importante para a percepção espacial e esquema corporal. Lesões nessa área originam a Síndrome da Heminegligência (e a Síndrome de Pusher), muito mais comum em lesões de hemisfério direito (mais relacionado com processos visuo-espaciais).
– As Áreas Límbicas compreendem o giro do cíngulo, o giro para-hipocampal e o hipocampo. Essas áreas estão relacionadas principalmente com a memória e o comportamento emocional.
Embriologia do Sistema Nervoso
O sistema nervoso pode ser dividido em 4 critérios:
  1.Critérios Anatômicos
  2.Critérios Embriológicos
 3.Critérios Funcionais
4.Critérios Metaméricos ou Segmentação
O sistema embrionário começa com a fecundação do óvulo no útero da mulher, depois com a formação do embrião e a formação dos tecidos embrionários (ectoderma, mesoderma, endoderma.
Ectoderma - Sistema nervoso central e epiderme
Mesoderma – Sistema muscular esqueleto,tecido conjuntivo, sistema gênito urinário (menos as células germinativas), sangue, vasos (coração);
Endoderma – todo o tubo digestório, glândulas anexas (fígado e pâncreas), sistema respiratório e células germinativas.
A origem do Sistema Nervoso (SN) se dá pelo espessamento do ectoderma, situado acima da notocorda (estrutura celular flexível, em forma de bastão que dá origem ao eixoprimitivo do embrião), formado pela PLACA NEURAL.
  
     1- Invaginação da linha mediana da placa  neural
             2- Formação do sulco neural limitado pelas pregas neurais
             3 –Sulco neural se aprofunda e as pregas  neurais se elevam
               4 – Fusão das pregas convertendo o sulco em tubo neural
               Tubo neural: dá origem a elementos do SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC).
A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado SULCO NEURAL, que se aprofunda para formar a GOTEIRA NEURAL.
CRISTA NEURAL 
Crista neural – é continua e se divide rapidamente para dar origem a diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais, situados na raiz dorsal dos neurônios sensitivos.
  Prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural;
 Prolongamentos periféricos se ligam aos dermátomos dos somitos
Crista neural: dá origem a elementos do SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
ELEMENTOS DERIVADOS DA CRISTA NEURAL
 Gânglios sensitivos;
Gânglios do sistema nervoso;
Medula da glândula supra-renal;
Paragânglios;
 Melanócitos;
Células de Schwann;
Células C da tireóide;
Odontoblastos;
Dura-máter; 
Aracnóide;
Embriologia do Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso se origina da placa neural, de origem ectodérmica. A placa neural sofre invaginação e se separa da superfície dorsal do embrião, dando origem ao tubo neural (origina elementos do sistema nervoso central) e às cristas neurais (origina elementos do sistema nervoso periférico).
As cristas neurais são contínuas no sentido craniocudal. Elas se dividem dando origem a fragmentos que vão formar os gânglios espinhais sensitivos, situados na raiz dorsal dos nervos espinhais. Células da crista neural migram para dar origem a células em tecidos situados longe do sistema nervoso central. Ela dá origem a: gânglios sensitivos; gânglios do sistema nervoso autônomo (viscerais); medula da glândula supra-renal; paragânglios; melanócitos; células de Shwann; anfícitos.; células C da tireóide; odontoblastos; dura-máter; aracnóide; pia-máter.
O tubo neural vai originar caudalmente a medula espinhal, com as porções eferentes dos nervos espinhais, e cranialmente vai dar origem ao encéfalo, resultado da dilatação e desenvolvimento do tubo neural. O crescimento das paredes do tubo neural não é uniforme possibilitando sua divisão nas seguintes lâminas:
- alares, relacionadas à sensibilidade;
- basais, relacionadas à motricidade;
- tecto, permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela coróide e dos plexos coróides;
- assoalho, permanece em algumas áreas, no adulto, formando um sulco como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo;
- o sulco limitante, entre as lâminas alares e basais, possue áreas relacionadas à inervação das vísceras em suas proximidades.
O arquencéfalo, ou encéfalo primitivo, é formado a partir da dilatação do tubo neural. Distinguem-se inicialmente três dilatações: prosencéfalo (que originará o telencéfalo e o diencéfalo); mesencéfalo; e o rombencéfalo ( que originará o metencéfalo e o mielencéfalo). O desenvolvimento dessas três dilatações e suas flexuras terminarão por formar o encéfalo.
A divisão do sistema nervoso central, para estudo, com base em critérios embriológicos e anatômicos fica assim:
	Divisão Embriológica
	
	Divisão Anatômica
	Prosencéfalo
	Telencéfalo
Diencéfalo
	Cérebro
	Mesencéfalo
	
	Mesencéfalo
	Rombencéfalo
	Metencéfalo------------
Mielencéfalo------------
	Cerebelo e Ponte
Bulbo
Estrutura Macroscópica da Medula Espinhal
1 - A Etimologia de medula significa miolo e indica o que está dentro. Logo, a definição de medula espinhal refere-se aquilo que está dentro do canal vertebral.
2 – O tamanho da medula espinhal é de aproximadamente 45cm no homem e um pouco menor na mulher
3 – Os limites da medula são cranialmente o bulbo ao nível do forame magno do osso occipital. Já o limite caudal da medula situa-se, geralmente, ao nível da segunda vértebra lombar
4 – Existem áreas em que fazem conexão com a medula as grossas raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral são as Intumescência Cervical e Intumescência Lombar
5 - A medula apresenta os seguintes Sulcos Longitudinais:
Sulco Mediano Posterior
Sulcos Laterais Anteriores: neste sulco fazem conexão as raízes ventrais dos nervos espinhais.
Sulcos Laterais Posteriores: neste sulco fazem conexão as raízes dorsais dos nervos espinhais.
Fissura Mediana Anterior
Sulco Intermédio Posterior ( parte cervical )
6 – Na parte interna da medula espinhal temos a Substância Cinzenta que divide a medula espinhal da seguinte forma:
Coluna Anterior
Coluna Posterior
Coluna Lateral: presente na parte torácica e lombar
Canal do Epêndima ( Central ):é o resquício da luz do tubo neural do embrião
Já na parte externa da medula espinhal temos a Substância Branca que delimita, através dos sulcos, os seguintes espaços:
Funículo Anterior: entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior
Funículo Lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior
Funículo Posterior: entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. Na parte cervical da medula espinhal, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e cuneiforme.
7 – A formação dos nervos espinhais ocorre na seguinte seqüência:
Filamentos Radiculares: esses filamentos fazem conexão através dos sulcos lateral anterior e lateral posterior
Raízes Ventrais e Dorsais: união dos filamentos radiculares
Gânglio Espinhal: união das raízes dorsais
Nervos Espinhais: união das raízes dorsais e ventrais após o gânglio espinhal
Existem 31 pares de nervos espinhais e 31 segmentos medulares ( 8 Cervicais, 12 Tóracicos, 5 Lombares, 5 Sacrais e 1 Coccígeo ).Na medula espinhal o primeiro par emerge acima da primeira vértebra cervical e o oitavo par abaixo da sétima vértebra cervical.
8 - No final da medula espinhal temos a Cauda Eqüina que são raízes nervosas dos últimos nervos espinhais dispostas em torno do cone medular e do filamento terminal.
9 – A relação entre a Medula e Coluna Vertebral mantém-se equivalente até o quarto mês, após esse tempo a coluna vertebral desenvolve-se mais. Porém, os nervos espinhais mantêm a sua correspondência com os forames intervertebrais.
10 – Existe uma regra prática muito utilizada na clínica médica que mantém a seguinte relação:
1)Da segunda vertebral cervical à décima vértebra torácica soma-se duas unidades ao número do processo espinhoso vertebral para descobrirmos o segmento medular correspondente.
2)A décima primeira e décima segunda vértebras torácicas correspondem aos cinco segmentos lombares da medula espinhal.
3)A primeira vértebra lombar corresponde aos cinco segmentos sacrais da medula espinhal.
11 – Sobre os envoltórios da medula temos os seguintes:
Dura-máter: Também denominado paquimeninge é o envoltório mais externo, mais espesso e formado por fibras colágenas. Tais características conferem a esse envoltório muita resistência. A Dura-máter envolve toda a medula formando o saco dural que termina ao nível da segunda vértebra sacral.
Aracnóide: Também chamada leptomeninge ela se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter.
Pia-máter: É a meninge mais interna e delicada. Essa leptomeninge envolve diretamente a medula espinhal e penetra na fissura mediana anterior. Após o fim da medula no cone medular, a pia-máter continua formando o filamento terminal. Esse perfura o fundo do saco dural e continua caudalmente até o hiato sacral. Atravessando o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e forma-se, assim, o filamento da dura-máter espinhal que ao inserir no cóccix...
Arco Reflexo
Os neurônios motores periféricos situados na medula espinhal reagem a diversos estímulos mesmo quando são isolados do cérebro e para que esta reação ocorra é necessária à formação de um arco reflexo. 
Um arco reflexo é constituído de:
Receptor: reage aoestímulo. 
Condutor aferente: transmite os impulsos para um centro reflexo. 
Centro reflexo: local onde os estímulos recebidos dos receptores ou de outros centros podem modificar o efeito do estimulo recebido. 
Condutor eferente: conduz a resposta para o órgão efetor.
 
Órgão efetor: produz a reação ou reações.
Os arcos reflexos podem ser simples ou complexos conforme o número de componentes envolvidos. No caso dos reflexos complexos temos diversos músculos respondendo a um estimulo, tal como exemplo, a deglutição e o ato de coçar.
Nos reflexo simples, os componentes são menores e geralmente a resposta é obtida em um único órgão efetor, como por exemplo, no reflexo de estiramento, onde um único músculo é recrutado.
Reflexo de Estiramento: 
Este reflexo também é conhecido como reflexo profundo, reflexo tendineo ou miotático. Um dos exemplos mais utilizados para estudar este tipo de reflexo é o reflexo patelar. Este reflexo se inicia com um estímulo aferente no receptor muscular (fuso muscular), ao ser estirado este gera um potencial de ação que é transmitido pelos axônios das células localizadas nos gânglios dorsais (condutor aferente) que irão terminar no centro reflexo. 
O centro reflexo está situado na medula espinhal, sendo constituído pelos neurônios motores; ao fazer a conexão com os neurônios motores alfa, estes irão se despolarizar e conduzir os estímulos (potencial de ação) para a periferia através de seus axônios (condutores efetores) que compõem as raízes anteriores. 
Estes potenciais são conduzidos pelos axônios motores, que ao chegarem à porção terminal liberam acetilcolina na placa motora, com consequente contração muscular (efetor). O músculo ao se contrair, relaxa os fusos musculares e estes ao deixarem de ser estimulados param de gerar potenciais. Este reflexo é chamado de reflexo de estiramento fásico.
No centro reflexo, as terminações dos condutores aferentes, além de fazerem sinapses com os neurônios motores, também fazem sinapses com outras células. Estas células geralmente são inibitórias dos neurônios motores situados abaixo ou acima dos locais onde o arco reflexo está se processando. O estimulo dessas células faz com que os neurônios motores situados antagonicamente ao arco que estamos procurando estimular inibam os neurônios motores e consequentemente os músculos antagonistas, se isso não ocorrer, não será possível produzir o movimento. 
Além dos neurônios motores alfa, existe uma participação muito importante dos neurônios motores gama. Esses neurônios enviam seus axônios para os fusos musculares, determinando uma contração das fibras intra-fusais. Os neurônios motores usualmente têm alguma atividade espontânea, mantendo sempre os fusos tonicamente ativos.
Tônus Muscular: 
O ajuste do controle dos neurônios motores gama irá determinar o grau de semi-contração muscular, através do reflexo de estiramento tônico. Este estado de semi-contração muscular é que chamamos de tônus muscular, quando os fusos musculares são estimulados, geram potenciais que além de produzirem o arco reflexo, também estimulam os neurônios motores gama.
Aparentemente os neurônios motores gama respondem um pouco antes dos alfas e tem uma função preparatória para estes. Os neurônios gama ao contraírem as fibras intra-fusais, baixam o limiar para os estímulos de estiramento oriundos do fuso, aumentando a amplitude do reflexo ou da contração muscular.
Quando o centro reflexo na medula que ajusta o grau do tônus é mudado por alterações das influencias supra-espinhais, os neurônios gama também aumentam ou diminuem a sua atividade. O aumento da atividade se traduz por espasticidade e com a redução por hipotonia muscular. No entanto, o próprio arco reflexo permite manter o tônus pela ativação dos agonistas e antagonistas alternadamente ou mesmo durante a contração normal.
Quando a excitabilidade dos neurônios motores gama é muito grande, além da espasticidade, podem produzir contrações reflexas involuntárias, de caráter rítmico, chamado de clônus muscular.

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