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DIREITO TRIBUTÁRIO ( V )
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - FONTES
A expressão “ legislaçãotributária “- Compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributo e relação jurídicas a eles pertinentes (art. 96 do CTN). Este rol não é exaustivo, devendo ser compreendido como “ legislação tributária “ “ todo ato normativo que verse sobre matéria tributária, desde a constituição federal até uma ordem de serviço local.
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL - É a fonte primordial e soberana de todo o sistema legislativo nacional.
Molda o sistema tributário -Elencando seus princípios e delimitando a competência tributária de cada pessoa política.
Estabelece as competência tributárias aos entes políticos -União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Não cria tributos, apenas confere competência para que as pessoas políticas instituam, por meio de lei, as exações tributárias.
Regulamentação na constituição Federal -Na CF/1988, encontra-se, a partir do art. 145 a 162 “ Do Sistema Tributário Nacional“, iniciando pelos princípios gerais, limitações do poder de tributar, transcrevendo os imposto da União, do Estados, do distrito Federal e dos Municípios, incluindo ainda a repartição de receitas.
2. AS LEIS - O art. 150, I, da CF/88, veda a exigência ou aumento de tributo sem lei que o estabeleça.
Autorização popular - A criação de tributo por meio de lei significa, ao menos teórico, uma autorização, de forma que o povo só seria obrigado a pagar os tributos que aceitou pagar.
Exemplo de questãode concurso:Prova Procurado do INSS/1977, CESPE -“ No vigente regime político brasileiro, é correto afirmar, ao mesmo do ponto de vista teórico, que os cidadãos suportam tão somente os tributos que aceitaram pagar “. afirmação considerada correta.
Estão sujeitos à estrita legalidade (Art. 97 do CTN):
Art. 97.Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - adefinição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Obs.: A fixação do prazo para recolhimento do tributo também não está sujeita ao princípio da legalidade.
Exemplo de questão de concurso:Prova ESAF/AUDOR/MG/2005 - “ Decreto que reduz o prazo de recolhimento de imposto é inconstitucional, porque o prazo integra as exigência do princípio da legalidade. “ Afirmação considerada errada.
3. EMENDA À CONSTITUIÇÃO -Tem como função modificar parte da CF. Sua natureza jurídica é a de norma constitucional. 
Podem alterar os princípios e regras -Podem alterar, dentro dos limites estabelecidos pelo pode constituinte originário, os princípios e regras reguladoras de todo o sistema Tributário Nacional – STN. 
Responsável pela rigidez do nosso sistema -A Emenda Constitucional é aresponsável pela rigidez de nosso sistema, pois exige discussão e votação em cada casa do Congresso Nacional em dois turnos, com quórum deaprovação mínima de 3/5 dos votos dos respectivos membros(art. 60, parágrafo 2º, da CF/1988).
4. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS -São os acordos celebrados pelos Executivos de dois Estados soberanos que, para vigorarem, devem ser aprovados pelos Legislativos respectivos. Só podem ser aprovados ou rejeitados em sua totalidade, não sendo admissíveis emendasou veto parciais.
Dispõe o art. 98 do CTN:“ Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhe sobrevenha. “
Revogam e modificam a legislação tributária interna -De maneira que as leis que lhe forem posteriores devem adequar a eles.
Aprovação parlamentar(art. 49, I, CF/88) - É manifestada por meio de Decreto Legislativo, fase imprescindível para que o ato produza efeitos no território nacional (ratificados). 
Fasesnecessárias, segundo o STF:
1) aprovação pelo Congresso Nacional, mediante Decreto legislativo.
2) ratificação pelo Presidente da República.
3) promulgação pelo Presidente da República, mediante Decreto Presidencial.
Posição hierárquica idêntica à deuma lei ordinária -A jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que, após regular incorporação ao direito interno, o tratado internacional adquire posição hierárquica idêntica à de uma lei ordinária, não podendo disciplinar, por isso, matéria reservada à Lei complementar, mas possibilitando que uma lei ordinária venha a modificá-lo ou revogá-lo internamente (o que equivaleria a uma denúncia no âmbito externo)
Observação:
1) No entendimento do STF os tratados internacionais têm paridade normativa com as leis ordinári8as federais.
2) Uma lei ordinária federal posterior pode revogar um tratados internacional.
3) Uma vez incorporado, por ser a norma mais recente, modificará as regras vigentes sobre matéria tributária e reguladas pela lei ordinária.
5. LEI COMPLEMENTAR -Tem como função complementar dispositivos da Constituição que, por sua complexidade, são enunciados de maneira genérica para, depois de estudados e debatidos, serem complementados por lei especial. Éaprovada por maioria absoluta, leva em consideração o total dos membros (art. 69, CF/88).
São lei constitucionais -Pois completam a Constituição, disciplinando detalhes que seriam pequenos para constarem na constituição, mas não tão grandes demais para serem lançados numa lei ordinária.
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecernormas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Parágrafo único. A lei complementar de quetrata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que:
I - será opcional para o contribuinte;
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.
Art. 146-A.Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de aUnião, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
Art. 147.Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, osimpostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
Art. 148.A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
6. LEI ORDINÁRIA - São as leis federais, estaduais e municipais. Não existe qualquer hierarquia entre elas.
Utilização -É a espécie legislativa utilizada como regra geral para a criação, aumento, modificaçãoe extinção de tributos. O tributo, em regra, nascerá com a ocorrência do fato gerador nela previsto. Para aprovação exige maioria simples, pois leva em consideração os membros presentes (art. 478 da CF/1988).
7. LEI DELEGADA - É elaborada pelo Presidente da República sobre matéria específica ( art. 68 da CF) quando o congresso assim autorizar.
Teoricamente nada impede a utilização de Lei Delegada em matéria tributária.
Todavia, desde a CF/88, o Presidente da República só editou leis delegadas paraconceder gratificação a servidores públicos (LD 12/92 e LD 13/92).
Pode ser utilizada para criar tributos - salvo no caso dos tributos que exigem sua criação por lei complementar. 
8. MEDIDAS PROVISÓRIAS - Não há restrição material à edição deMP em tema de direito tributário. Portanto, em sede constitucional, as Medidas Provisórias poderão instituir, majorar e extinguir tributos, concessão de benefícios fiscais, enfim, de poder regular assuntos tributários de toda ordem mediante a edição de medidas provisórias, ressalvadas, somente, as matérias cuja disciplina deve ser feito por meio de lei complementar.
9. DECRETO LEGISLATIVO - Os decretos legislativos são editados pelo Congresso Nacional, no uso de sua competência exclusiva, não se sujeitando, à semelhança das resoluções, à deliberação executiva (sanção ou veto).
Especificamente em matéria tributária -Os decretos legislativos mais importantes são aqueles que aprovam os tratados internacionais firmados pelo Presidente da República 
10. AS RESOLULÇÕES DO SENADO FEDERAL -Em matéria tributária, as resoluções mais importantes, são as elaboradas pelo Senado Federal.
Estabelecimento de alíquota pelo Senado Federal - O estabelecimento de alíquotas máximas, mínimas ou interestaduais de alguns tributos estaduais ficou a cargo do Senado Federal, atribuição que torna o órgão fundamental na tentativa de evitar ou, ao menso, minorar os efeitos das guerras fiscais que se podem tornar típicas num Estado federativo.
Casos em que o Senado Federal tem competência para tratar -Mediante resolução, de matéria tributária de interesse dos Estados e do Distrito Federal. São eles:
I) No que concerne ao IPVA -O Senado fixará, obrigatoriamente, as alíquotas mínimas (art. 155, p/ 6º, IV, CF/88).
II) Quanto ao ITCMD -O Senado fixará, obrigatoriamente, suas alíquotas máximas (art. 155, p/ 1º, IV, CF/88).
II) Quanto ao ICMS -O Senado Federal detém três competências distintas:
1) Estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações interestaduais e de exportação, obrigatoriamente (art. 155, p/ 2º, IV, CF/88)
Alíquotas sobre operações de exportação -não faz mais sentido a atribuição do Senado de fixar as alíquotas de exportação, dada a impossibilidade constitucional de incidência do ICMS sobre exportação. Falha da EC 42/2003, que não alterou essa disposição.
2) Estabelecer as alíquotas mínimas aplicáveis às operações internas do ICMS, facultativamente (art. 155, p/ 2º, V, “a”, da CF).
3) Estabelecer as alíquotas máximas aplicáveis àsoperações internas do ICMS, facultativamente (art. 155, p/ 2º, V, “b”, da CF).
11. DECRETOS -A Constituição Federal, em seu art. 84, IV, atribui privativamente ao Presidente da República a competência para sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
Vedada a utilização em matéria tributária -Em se tratando de matéria especificamente tributária, a utilização de decreto autônomo continua vedada. Assim os decretos não podem inovar aordem jurídica para criar novas obrigações, mas apenas explicitar as leis, possibilitando sua aplicação, isto é, aprovam os regulamentos dos impostos federais.
Reajuste da base de cálculo por Decreto do Executivo -O art. 97, parágrafo 2º do CTN, corrobado pela Súmula 1.670 do STJ, permitem que o Decreto do Poder Executivo reajuste a base de cálculo do imposto, desde que tal reajuste não ultrapasse o índice de correção monetária oficial.
Alteração da data de pagamento de tributo - A data de pagamentode tributo ´pe, em regra de 30 dias após a notificação do sujeito passivo, mas pode ser alterada por decreto (art. 160 do CTN, c/c art. 97, CTN), ou outro ato normativo infralegal, não se submetendo ao princípio da legalidade.
	“ Art. 99 do CTN. O alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos. “
12. INSTRUÇÕES MINISTERIAIS - Previstas constitucionalmente no art. 87, inciso II, da CXF, possuem a função de promover a execução das leis, decretos e regulamentos. No campo tributário, seus destinatários são os servidores públicos em seus relacionamentos com os contribuinte em geral.
13. CIRCULARES, ORDENS DE SERVIÇOS E OUTROS DA MESMA NATUEZA- são atoa administrativos emitidos pelos chefes de departamentos ou seções, e a denominação pode variar em função das normas administrativas de cada entidade de direito público.
14. NORMAS COMPLEMENTARES -O art. 100 do CTN enumera as normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos. Servem para completar o texto das leis, são as seguintes:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradas observadas pela autoridade administrativas;
IV - os convênios que entre si celebram a União, os Estados, o distrito Federa e os Municípios.
15. O COSTUME -É a prática adotada pela maioria dos particulares, naausência da lei.
Como atividade econômica -Evolui rapidamente, surgem novas opções de negócios e novas práticas comerciais para as quais ainda não há previsão legal. As práticas costumeiras acabam sendo acolhidas pelo ordenamento jurídico, que edita normas sobre elas, transformando-as em lei.
Dispõe o art. 4º da LICC (Decreto-leio 4.657/1942):
“ quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. “
Costume no direito tributário -O direito tributário não adota o costume como forma de interpretação e aplicação do direito, na ausência da lei.
Art. 108 do CTN -determina que a autoridade competente, na ausênci9a de disposição expressa em lei, adota sucessivamente e na ordemindicada:
a) a analogia,
b) os princípios gerais do direito tributário,
c) os princípios gerais do direito público,
d) a equidade.

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