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aula - direitos políticos

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APATRIDIA
Conceito: Condição de um indivíduo que não é considerado como nacional por nenhum Estado.
Apátrida é aquele que não possui vínculo com um grupo, e consequentemente, está desconectado de outras pessoas. Está fora da política e “fora do mundo”.
Apátrida são pessoas consideradas sem pátria. 
Diferente de refugiados. Refugiado: é aquele nacional de um pais que precisa fugir de seu Estado-nação e buscar proteção internacional em outro território soberano. Normalmente por motivos de cor, religião, grupo social opinião política. 
RAZÕES
Ocorre por uma variedade de razões, incluindo discriminação contra minorias na legislação nacional, falha em incluir os residentes do pais no corpo de cidadãos quando o Estado se torna independente (sucessão de Estados) e conflitos de leis entre Estados.
ESPECIES DE NACIONALIDADE 
Nacionalidade primária = nacionalidade originaria = nacionalidade do nascimento. Ex: brasileiros natos. 
Pode ser atribuída, de acordo com o direito interno de cada Estado, por meio de critérios sanguíneo, territorial ou mistos. (IUS SANGUINIS / IUS SOLI).
No BR, a adoção do critério territorial teve por objetivo atrair imigrantes europeus, atribuindo nacionalidade brasileira aos filhos estrangeiros nascidos em terreiro brasileiro. Logo, BR é misto.
Nacionalidade secundária = nacionalidade derivada = nacionalidade adquirida. Ex: brasileiros naturalizados.
É a que se adquire por vontade própria, após o nascimento, e em regra, pela naturalização.
TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DE NACIONALIDADE – art.12
I - Natos:
Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
 Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
 Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) 
Não existe pela Const. critério sanguíneo puro, é sempre cumulado. Ex: critério sanguíneo + critério funcional. É necessário que um deles esteja exercendo função púbica.
Serviço público: sentido amplo – independe de natureza, desde que prestado a um dos entes federativos, seja no nível da administração centralizada ou descentralizada.
Exemplos de funções: serviço diplomático, serviço consular, serviço público de outra natureza prestado a órgãos da administração centralizada ou descentralizada da União.
IUS SANGUINI + REGISTRO: Emenda de 2007. Registro em repartição brasileira competente: embaixada ou consulado. O registro de nascimento lavrado no exterior por agente consular possui a mesma eficácia jurídica daqueles formalizados, no BR. 
IUS SANGUINEO + CRITERIO RESIDENCIAL: Em qualquer tempo depois de atingida a maioridade, optar pela nacionalidade brasileira. Requisitos: deve ser de descendência de BR, residência no BR, e opção confirmativa. 
Enquanto criança residente no BR, adquire a nacionalidade provisória – plena, todos os efeitos. A partir dos 18, os efeitos da nacionalidade ficam suspensos, até que opte pela nacionalidade brasileira, tendo efeitos retroativos.
II - Naturalizados:
Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição
Vindo de um pais adepto a língua portuguesa – um ano residenciando aqui. Se estrangeiro de outras nacionalidades, 15 anos ininterruptos e sem condenação penal.
§2º - princípio da isonomia, não podendo estabelecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados. Nenhuma norma infraconstitucional pode criar novas distinções, apenas Emenda Const. São quatro distinções existentes na const.
§3º - 1ª distinção: Cargos. Objetivo: linha sucessória e segurança nacional.
 Presidente e Vice-Presidente da República;
 Presidente da Câmara dos Deputados;
 Presidente do Senado Federal;
 Ministro do Supremo Tribunal Federal
Carreira diplomática;
Oficial das Forças Armadas
Ministro de Estado da Defesa
2ª distinção: Artigo 89, VII, CF. – Restrições de participação no Conselho da Republica. 
3ª distinção: Extradição: “Ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo, acusado de um delito ou já condenado como criminoso, a justiça de outro, que o reclama, e que é competente para julga-lo e puni-lo. ”
Art.5º, LI e LII:
BR NATO nunca é extraditado.
NATURALIZADO - dois casos:
Crime comum, antes da naturalização.
Envolvimento em crime de ilícito de entorpecentes e drogas, em qualquer momento.
O português equiparado, somente poderá ser extraditado para Portugal.
ESTRANGEIRO: permitido, exceto em crimes políticos e de opinião. Competência do STF.
4ª distinção: Propriedade/manifestação do pensamento/informação: Empresa jornalística ou rádio. Necessário 10 anos de naturalização, ou pessoa jurídica sob a lei brasileira e que tenham sede no br.
PERDA DO DIREITO DE NACIONALIDADE
Art.12, §4 CF. Tratam-se de hipóteses taxativas. 
Dois requisitos:
Pratica, pelo brasileiro naturalizado, de atividade nociva – ações contrárias a ordem pública ou segurança nacional - ao interesse. 
Cancelamento por sentença judicial transitada em julgado. (Devido processo legal, recursos). Ação proposta pelo MPF.
Consequências da perda da nacionalidade por sentença de cancelamento:
Efeitos ex-nunc, ou seja, não retroagem.
Efeitos de caráter personalismos, ou seja, atingem apenas a pessoa que respondeu ao processo judicial. Não afetando filhos, cônjuges.
Uma vez perdida a nacionalidade, somente é possível readquiri-la por meio de ação rescisória. Nunca por novo processo de naturalização.
Perda voluntaria da nacionalidade: “perda-mudança”. Aplicável ao nato e naturalizado. Em regra, perdera sua nacionalidade, quando voluntariamente, adquirir outra. Não há necessidade de processo legal. Será decretada por meio de processo administrativo, oficializada pelo Presidente da República, sendo garantida a ampla defesa. A requisição de pedido para obtenção de outra nacionalidade não gera por si a perda da nacionalidade brasileira, é necessário que seja efetivamente aprovado.
Reaquisição da nacionalidade: É possível por meio dos processos da naturalização. Sendo um ex brasileiro nato. Basta a residência no BR. A exigência atual não leva em consideração os prazos. Volta como nato ou naturalizado?
EXCEÇÕES:
A EC n.3 de 1994 prevê duas hipóteses:
Reconhecimento de nacionalidade originaria pela lei estrangeira: Não perdera a nacionalidade o brasileiro que teve reconhecida outra nacionalidade estrangeira – em virtude de ius sanguini. Ex: Itália/Alemanha. (Dupla cidadania).
Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, com condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis: compreensão de que nesses casos não há interesse do brasileiro quando a perda de nacionalidade.
O REGIME JURIDICO DO ESTRANGEIRO
Três hipóteses de exclusão forçada do estrangeiro:
Deportação: Sanção administrativa aplicada ao estrangeiro, de iniciativa da autoridade local. Entrada ou permanência irregular (entrada clandestina/turista queexerce trabalho/visto de excessos de prazos). A deportação não impede que depois de estar em situação regular, venha retornar ao BR. Não é realizada a deportação caso a sua retirada implique extradição.
Expulsão: Medida político-administrativa de caráter repressivo. Pode ocorrer quando é configurada alguma hipótese legal. É uma reação a condutas ilícitas ou inconvenientes praticados em território brasileiro pelo estrangeiro. Processo de expulsão: art.68 Estatuto do Estrangeiro. Limite a expulsão: art.70.
DIREITOS POLITICOS
Democracia: designa a forma de governo, onde o poder político é exercido por todos.
Três modelos:
Democracia “dos antigos”: grega/ateniense, cidadãos participavam diretamente da Assembleia. 
Democracia “dos modernos”: Contrato social de Rousseau, separação de poderes de Montesquieu. 
Democracia “contemporânea”: Representação é mantida, por meio de mecanismos participativos e fundada sobre a Const. dirigida a ordenar o exercício do poder político.
Princípios basilares da democracia moderna:
Direito ao sufrágio, que gradativamente se tornou universal.
Os governantes são eleitos pelos governados em intervalos regulares, para mandatos temporários. 
Os governantes conservam em suas iniciativas, uma margem de independência frente a vontade dos governados.
Uma opinião pública sobre os temas políticos pode expressar-se fora do controle dos governantes, o que requer necessariamente publicidade dos atos governamentais e garantia a liberdade de expressão e opinião.
A decisão coletiva é tomada sempre ao termino de uma discussão, do debate livre entre iguais no Parlamento.
Democracia formal é um procedimento assegurado aos indivíduos, garantindo uma participação política e cidadã.
Democracia material: Surge a partir do estado social - regime caracterizado pelos fins ou valores em direção aos quais um determinado grupo político tende e opera, fins e valores alicerçados sobre um princípio base, a igualdade, não apenas jurídica, mas também social e econômica. 
DEMOCRACIA NA CONSTITUIÇÃO
Princípio democrático – formal e substancial – reverbera por todo o texto constitucional de 1988. Art.1º
Existem matérias que não podem ser objetos de alteração – principalmente em manter um sistema democrático – art.6-0, §4ª: A forma federativa de estado/ o voto direto, secreto, universal e periódico/ a separação dos Poderes/ os direitos e garantias individuais.
REPRESENTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
“Todo o poder emana do povo” – por meio de representantes – representação / diretamente – participação.
O povo exercera seu poder somente de forma mediata, por meio de representantes escolhidos em um processo eleitoral livre e em igualdade (todos os votos valem igualmente) de oportunidades.
São eleitos diretamente pelo voto popular: presidente e vice (art.77) governador e vice (art.28) e do DF (art.32), prefeitos e vice...
Não há previsão de elegibilidade de membros do poder judiciário ou do MP (cujo ingresso se dá mediante concursos).
Participação: mecanismos de participação social de caráter obrigatório no âmbito adm, dentro do Parlamento. Ex: comissões, iniciativa popular de leis, ex: divisão do Pará, desarmamento. 
Quatro problemas fundamentais da democracia representativa: Luis Felipe Miguel.
Separação entre governante e governado – decisões tomadas por pequeno grupo e não pela massa.
A formação de uma elite distanciada da população como consequência de especialização funcional e da manutenção do grupo governante no poder. (Não havendo contato direto com os governantes).
A ruptura entre o vínculo de vontade dos representados e representantes. (Não sendo possível juridicamente exigir).
Distância entre o momento em que se firmam os compromissos com os constituintes (campanha eleitoral) e o momento de exercício do poder (mandato), decorrente da constante alteração da conjuntura política. 
Forma de aprimorar a democracia depende das seguintes condições: Robert Dahl
Liberdade dos cidadãos de formar e aderir a organizações.
Liberdade de expressão
Direito de voto
Direito de líderes políticos disputarem pelo apoio
Fontes alternativas de informação
Elegibilidade para cargos políticos
Eleições livres e idôneas
Instituições para fazer com que as políticas governamentais dependam de eleições e de outras manifestações de preferência. 
CONCEITOS E CARACTERISTICAS DOS DIREITOS POLITICOS
Os direitos políticos não são direitos de defesa contra o Estado, mas direitos de integração do cidadão ao Estado. 
Tem como instituições principais os partidos políticos e um Poder Legislativo livre e representativo, que legitima a organização política da sociedade.
Direitos políticos dizem respeito a liberdade-participação, isto é, a prerrogativa do indivíduo de participar da vida política do Estado. Liberdade assegurada aos cidadãos;
Cidadão não é sinônimo de nacional. Nacional é aquele que se encontra vinculado ao Estado por elo jurídico-político. Cidadão é o nacional capaz de exercer direitos políticos.
Cidadania:
Ativa: capacidade eleitoral – capacidade de votar.
Passiva: capacidade eleitoral passiva – capacidade de ser votado.
DIREITOS POLITICOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Direitos políticos positivos se vinculam as concepções de sufrágio, abrangendo a capacidade eleitoral ativa e a passiva (capacidade de votar e ser votado).
CAPACIDADE ATIVA
SUFRÁGIO: (direito de participação política)
Sufrágio censitário: admitia que votassem apenas os indivíduos que possuíssem determinado padrão econômico.
Sufrágio masculino: era restrito apenas aos homens. Mulher apenas no Código Eleitoral de 1932, constitucionalizado em 1934.
VOTO (exercício)
Direto: não se faz por meio de eleitores intermediários. Se exerce diretamente.
Ato personalíssimo: Não pode ser exercido por procuração, somente sendo efetivado pessoalmente. 
Igual: O voto de todos os eleitores tem o mesmo valor, independentemente de cor, raça, sexo...
Obrigatório: salvo exceções facultativas (idosos, 16 anos), o voto é obrigatório.
Livre: o cidadão escolhe a melhor alternativa, sendo facultado o voto em branco ou nulo.
Periódico: tal como os mandatos representativos, o voto é periódico.
ESCRUTINIO (modo de exercício/procedimento, ex: biometria).
É secreto, de modo a resguardar a autenticidade de manifestação do eleitor.
É informatizado.
ALISTAMENTO E VOTO 
Art. 14, CF: § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - Obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - Facultativos para: a) os analfabetos;
 b) os maiores de setenta anos;
 c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º: Voto é proibido aos estrangeiros e aos conscritos.
Presos provisórios: ao contrário dos presos definitivos, têm garantido o direito de votar, caso em que se faculta a criação de seções especiais em penitenciárias e cadeias públicas para o exercício do voto (art. 136, Código Eleitoral). 
Índios: Deve comprovar, condições especificas. Há possibilidade de voto.
O art. não prevê o voto facultativo para os deficientes, mas o TSE entende que aqueles que devidamente comprovarem a dificuldade de locomoção estarão também facultados. 
CAPACIDADE PASSIVA
ELEGIBILIDADE
Garantia fundamental de todo e qualquer cidadão disputar o pleito, ser votado e de ocupar um cargo eletivo, desde que cumpra determinados requisitos estabelecidos na própria Carta ou na lei.
Artigo 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – A nacionalidade brasileira;
II – O pleno exercício dos direitos políticos;
III – O alistamento eleitoral;
IV – O domicílio eleitoral na circunscrição;
 V – A filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) 35 anos - Presidente e Vice da República e Senador;
b) 30 anos - Governador e Vice de Estado e do Distrito Federal;
c) 21 anos - Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice e juiz de paz;
d) 18 anos - Vereador.
Os direitos políticos negativos vinculam-se a ideia de privação atividade político-partidária, impedindo o indivíduo de exercer seus direitos políticos. Isto é,retira a qualidade de cidadão. Se ligam aos institutos de perda e suspensão dos direitos políticos e ao instituto de inelegibidade.
O §8 ainda prevê outras condições de elegibilidade especiais aos militares, quais sejam, o afastamento da atividade, se contar menos de dez anos de serviço, se contar mais de 10 anos de serviço, o agregamento pela autoridade superior, e se eleito, para a inatividade a partir da diplomação.
O art.80 da Lei n.6.880/80 define agregação como: “a situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, nela permanecendo sem número”. OBS: ocorre no momento da candidatura. 
MECANISMOS DE CONSULTA POPULAR
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - Plebiscito;
II - Referendo;
III - Iniciativa popular. 
Lei n.9709/1998: Plebiscito e Referendo:
 art.2º: São consultas ao povo para decidir sobre matéria de relevância para a nação em questões de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.Plebiscito vem antes do ato legislativo
Referendo posterior ao ato legislativo
 §1º e 2º: Distinção: plebiscito é convocado previamente a criação do ato legislativo ou administrativo que trate o assunto em pauta, já o referendo é convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta. 
 Art.3º: Nas questões de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do §3º do art.18 da Const., o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional.
 A const. não traz vedação à modificação do resultado do plebiscito ou do referendo por lei ou emenda constitucional.
Iniciativa Popular: Forma direta de exercício do poder, sem intermédio de representantes, através da apresentação de projeto, dando-se início ao processo legislativo de formação da lei. Refere-se ao start apenas para deflagrar o processo legislativo, cabendo ao Parlamento decidir sobre. Ex: lei da ficha limpa.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
Apresentação de projeto de lei ordinária ou complementar a Câmara dos Deputados.
Não há previsão constitucional de iniciativa popular para PEC. Só lei ordinária ou complementar.
Projeto deve ser subscrito por no mínimo, 1% do eleitorado nacional.
1% do eleitorado nacional deve estar distribuído em, pelo menos, 5 estados, e em cada um deles, não pode ter menos que 3/10 dos eleitores.
Art.13 da Lei n.9709/1998:
 §1º: o projeto de lei de inciativa popular deverá tratar de apenas um só assunto.
 §2º: não poderá ser rejeitado por vicio de forma, cabe a Câmara dos Deputados providenciar a correção.
Os direitos políticos negativos são determinações (regras) que impedem o cidadão de gozar do direito de eleger, de ser eleito, ou de exercer atividades político-partidárias ou função pública.
CAUSAS DE INELEGIBILIDADE
Consistem em situações que uma vez configuradas, impedem o exercício do sufrágio passivo – afetam a capacidade eleitoral passiva. 
Fundamento constitucional: Art.14 §4º ao 7º. Origem infraconstitucional: Lei complementar §9º.
Tem por objetivo proteger probidade administrativa e a moralidade para o exercício do mandato. 
As causas constitucionais podem ser apontadas a qualquer momento. 
Absolutas: prevista no art.14, §4º, afeta todos. Aqueles que nela incorrer estarão impedidos de exercer em qualquer situação a capacidade eleitoral passiva. (São inelegíveis os inavistáveis e analfabetos – estrangeiros, menores de 16, os privados dos direitos políticos. Existe uma flexibilidade em relação aos analfabetos.)
Relativas: restringem a capacidade eleitoral passiva apenas de modo parcial, a depender do pleito ou cargo a ser preenchido nas eleições. 
§5º - Vedação da reeleição para mais de dois mandatos.
§6º - candidato se desvencilha de alguma circunstância que o impede de exercer sua capacidade eleitoral passiva. A não desincompatibilização no prazo de seis meses antes do pleito torna o candidato inelegível. (Isonomia entre candidatos do mesmo cargo)
§7º - Inelegibilidade reflexa: impede o exercício da capacidade eleitoral passiva de terceiros, e não do detentor do cargo. Veda cônjuges, parentes até segundo grau, adoção. O objetivo é impedir um monopólio do poder político. Veta três mandados sucessivos no Poder Executivo por membros da mesma família.
Deve ocorrer dentro da mesma jurisdição do titular: prefeito municipal = município. Governador: Estado. Presidente = todo o pais.
Recai sobre cônjuge, parentesco por afinidade, pais, avos, filhos, netos e irmãos do titular do Poder Executivo. Art.1591 e 1595 CC. 
As causas infraconstitucionais somente podem ser apontadas até o momento do registro da candidatura. (Lei 9.504/1997 art.11, §10)
LC 64/1990 - 135/2010 Lei da ficha limpa. Ampliou o prazo de inelegibilidade de 3 para 8 anos, após o cumprimento da pena relativa aos crimes referidos pela própria lei.
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLITICOS
Tem como consequência a impossibilidade de exercício das capacidades eleitorais ativa e passiva. 
Diferença inelegibilidade x perda e suspensão: inelegibilidade afeta apenas a capacidade eleitoral passiva. 
Em nenhuma hipótese há cassação dos direitos políticos (cassação ter caráter de sanção, enquanto a perda é a consequência do atingimento de algum dos pressupostos do exercício dos direitos políticos.)
Perda tem caráter em principio definitivo. A única forma do indivíduo voltar a fruir dos direitos é por meio da reaquisição.
Suspensão, neste caso, o indivíduo fica temporariamente alijado da fruição de seus direitos políticos, voltando a goza-los assim que superados os motivos que ensejarem a suspensão.
Sempre ocorrerão a partir de uma decisão judicial. Por se tratar de direitos fundamentais não cabe procedimentos administrativos. 
Art.15 – Não podem ser acrescentados novas hipóteses. Somente se dará nos casos de:
Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; Perda.
Incapacidade civil absoluta; Suspensão
Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; CAUSA DE SUSP.
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.5º, VII. Lei suspensão e doutrina perda.
Improbabilidade administrativa, nos termos do art.37, §4º. Suspensão
PERDA
Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; Perda.
Desnecessário que a sentença mencione a perda dos direitos políticos. Abrange também a aquisição voluntária. 
 A reaquisição somente se dará mediante ação rescisória
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.5º, VII. 
 Lei 8.239/1991. Ex: serviço militar obrigatório/ participação do júri. 
De acordo com autores, para que o indivíduo readquira os direitos políticos precisará tomar a decisão de prestar o serviço alternativo, não sendo o vício suprido pelo mero decurso do tempo – como nas demais hipóteses de suspensão de direitos políticos.
O cumprimento das obrigações devidas possibilita a reaquisição dos direitos políticos.
SUSPENSÃO
II. Incapacidade absoluta. 
Ocorre nos casos de interdição. Trata-se de efeito secundário da sentença judicial que decreta a interdição.
III. Condenação criminal transitada em julgado
Se dará mesmo que a condenaçãoseja por crime culposo ou contravenção, não importando também a natureza do bem jurídico tutelado.
Necessidade de transito em julgado da decisão para que a hipóteses seja aplicada. Não cabendo recurso.
 Sumula 9 TSE. Pena cumprida ou extinta.
Efeitos em relação aos que detém mandato eletivo: será afetado, será afastado do cargo direta e automaticamente com a sentença condenatória, tendo em vista a suspensão dos direitos políticos. Exceção: parlamentares art.55, VI, §2 da const. 
SERVIDOR PÚBLICO E EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO - Art.38 CF.
O servidor público que se elege: 
I – Sendo o mandato eletivo federal, estadual ou distrital, será afastado de função/cargo.
II - Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, podendo optar pela sua remuneração antiga ou atual.
III – Vereador é o único que pode acumular função, e salario, tendo ele a compatibilidade de horários. 
IV – Qualquer caso que seja necessário o afastamento, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. (Questão de aposentadoria).
V - Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. 
REGRA DA ANUALIDADE EM MATÉRIA ELEITORAL – art..16 CF.
A lei que altera o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação. Não se aplicando a eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
Prazo de um ano para que o controle de constitucionalidade possa ser feito.
Objetivo: preservar o processo eleitoral e a própria democracia de alterações bruscas e casuísticas.
Direito a não-surpresa no âmbito do processo eleitoral – segurança jurídica. 
Incide sobre qualquer lei que implique modificação no processo eleitoral e que interfira nas condições de competição.
PARTIDOS POLITICOS
É uma associação – especial. Tem um objetivo especifico: ascender ao poder para aplicar seu programa de governo (ideais).
Cada partido deve ter um programa de governo diferente. 
LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO DOS PARTIDOS – art.17 CF.
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos. 
Limitados pela soberania – caráter- nacional. Logo todos os partidos devem visar o pais, as propostas não podem visar um estado apenas. 
É vedado o recebimento de recurso financeiro advindo de entidade e governos estrangeiros. Devem ser apenas nacionais. Protege a soberania nacional. (As multas por exemplo de quem não vota, vai para um fundo partidário, gerando fundos.)
Prestação de contas à Justiça Eleitoral. 
Funcionamento de acordo com a lei.
AUTONOMIA INTERNA – art.17, §1º
Autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. Devem seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Evita mudanças de partidos). 
EC 52/2006. Ausência de obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital, municipal. (Caso dois partidos se filiem para candidatura nacional, não afeta as eleições dos mesmos no estado.
Caráter nacional dos partidos X autonomia partidária.
CONSTITUIÇÃO DOS PARTIDOS POLITICOS - art.17, §2º.
Após adquirem personalidade jurídica, deve registrar seus estatutos no TSE para tornar-se legal/regular.
Partidos políticos de pessoas jurídicas de direito privado.
Se dá na forma da lei civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas competente. (Acontece em Brasília).
BENEFICIOS DOS PARTIDOS POLITICOS
Uma vez constituídos e com registro perante o TSE, os partidos tem direito a:art.38 da lei nº. 9.096/95
Recursos do fundo partidário, e acesso gratuito ao rádio e a televisão – art.17, §3º, CF)
Imunidade tributária (art.150, VI, c, CF).
Distribuição dos valores do fundo: 5% - serão para entrega, em partes iguais, a todos os partidos aptos com estatutos registrados. Os outros 95%, serão distribuídos a eles na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
FIDELIDADE PARTIDARIA
TSE CTA 1.407: A perda do cargo pela infidelidade partidária também se aplica aos cargos letivos do sistema majoritário. (Chefes de Executivo e Senadores).
Resoluções n.22.610/2007 e 22.733/2008 – julgadas constitucionais pelo STF.
Veda principalmente a mudança de partido durante o mandato.
Art.1º, §1º: Considera justa causa para a mudança de partido:
Incorporação ou fusão de partidos
Criação de um novo partido
Mudança substancial ou desvio retirado do programa partidário
Grave discriminação pessoal

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