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Psicofísica 2 2008

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Psicofísica
Detecção e limiar absoluto
Teoria da detecção do sinal (TDS)
Percepção subliminar
O limiar diferencial
A Lei de Fechner
A Lei da potência de Stevens
A relatividade dos julgamentos em psicofísica
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Detecção e limiar absoluto
Qual será a quantidade mínima da intensidade de um estímulo necessária pra a sua detecção?
O estímulo em potencial tem que possuir uma intensidade e uma duração mínima o suficiente para produzir a ativação neural necessária para percebê-lo.
O estímulo mínimo é conhecido como limiar absoluto
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Se o estimulo for excessivamente fraco, não produzindo uma resposta confiável, sua magnitude é conhecida como sublimiar ou subliminar e o contrário, um estímulo superior ao limiar é chamado de supralimiar ou supraliminar.
O estímulo mínimo detectável varia de acordo com o sistema sensorial investigado, condições do teste e diferenças individuais entre os observadores.
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Limiar absoluto
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Tal fato da figura anterior raramente ocorre. No lugar, temos uma curva em forma de S nas investigações empíricas em laboratórios.
Não existiria uma magnitude fixa ou absoluta separando os níveis de energia entre aqueles que nunca são detectados e aqueles que sempre o são.
Adoção do limiar absoluto como sendo aquele que corresponde à magnitude ou intensidade do estímulo que elicia uma resposta de detecção na metade dos ensaios ou seja em 50% das vezes. 
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Limar absoluto arbitrário (50% de respostas afirmativas)
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Métodos psicofísicos
Início com Fechner, considerado o fundador da psicofísica, que buscava examinar a relação existente entre a estimulação física e a experiência mental.
1960, Fechner publicou o seu tratado com o título Elementos de Psicofísica com uma série de métodos capazes de fornecer uma expressão quantitativa do limiar absoluto.
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Método dos Limites (método da variação mínima)
Para determinar o limiar absoluto da detecção da luz, deve-se começar com uma luz suficientemente intensa para ser percebida por um observador, e então paulatinamente reduzir sua intensidade através de alterações pequenas e graduais, utilizando um “dimmer”. Registrar o valor que não é mais percebido e diminuir ainda mais e depois gradualmente aumentar até que o observador comece a detectá-lo novamente.
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Após várias séries ascendentes e descendentes tiramos uma média baseada nos níveis de energia que o estímulo cruza o limite entre a sua não-deteção e sua estágio inicial de sua percepção.
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Ainda que útil o método dos limites é vulnerável as fontes de viés e de erro.
A mudança da intensidade do estímulo ocorre ordenada e regularmente. Depois de uma série de ensaios essas mudanças podem se tornar previsíveis para o observador, ou seja, a expectativa que o observador cria pode distorcer a sua resposta.
Outro problema é o erro de habituação, que é a tendência de se continuar a responder “sim” numa série decrescente e “não” para uma série crescente.
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Os observadores fornecem sempre a mesma resposta em série porque se acostumam ou habituam a uma resposta particular.
Para tentar evitar essas fontes de viés de erro fazem modificações nos métodos. Um alternativa seria o método da escada, que consiste na mudança do sentido do estímulo a partir da sua detecção. 
Começa com um estímulo abaixo do limiar presumido que resulta em uma resposta negativa, e aumenta até o observador passar a detectá-lo (resposta afirmativa), tão logo a resposta muda a direção do estímulo se inverte e assim sucessivamente. 
O limiar vai ser a média dos estímulos nos quais a resposta mudou
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Método dos estímulos constantes
Requer uma série de ensaios de escolha forçada onde um estímulos diferentes são apresentados em um número fixo de vezes em uma ordem aleatória.
Ao final da sessão, para cada intensidade de estímulo computa-se o percentual de ensaios em que ele foi detectado. A intensidade do estímulo detectado em 50% dos ensaios e usada como limiar absoluto.
Ainda que trabalhoso fornece as menores variações e os valores de limiar absoluto mais precisos. 
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Método do ajuste (método do erro médio)
Controle do estímulo fica por conta do observador, ou seja, faz-se com que o observador ajuste a intensidade para um nível mínimo de detecção. Esse valor que é atingido pelo observador como sendo detectado é definido como limiar.
Apesar de ser um método rápido e direto e é um método menos preciso devido a diferença significativa entre os observadores quanto à precisão com que fazem o ajuste.
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Teoria da detecção do sinal (TDS)
Surge para tentar responder o porque em alguns ensaios mesmo que o estímulo não seja apresentado existem algumas resposta afirmativas.
Visão pelos modelos clássicos propõe que existe dois estados de detecção, ou afirmativo (detecta) ou negativo (não – detecta).
A TDS propõe que exista múltiplos estados e que eles estão variando constantemente.
Estamos frequentemente incertos sobre se cruzamos ou não o limiar sensorial.
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Ex: será que escutou o telefone tocar enquanto escutava uma música alta?
Será que ouve a batida da porta enquanto estava tomando banho?
A resposta dessas perguntas e de outras não são facilmente explicadas pela noção tradicional de limiar quando se tem estímulos fracos.
Será que nossas decisões se baseiam exclusivamente nos efeitos dos estímulos, ou será que existem dentro de nós vieses psicológicos influenciando nossas decisões?
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Sensibilidade versus viés de resposta
É variável a magnitude do estímulo para um limiar ou resposta de detecção. Assim sendo, outros fatores (que não são as habilidade de detecção) podem desempenhar um papel na detecção de estímulos fracos.
Nível de atenção
Motivação para executar a tarefa de deteção
Sua expectativa de que um estímulo esteja presente
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Efeitos de Critério: expectativa e Motivação
Além do efeito do ruído a expectativa do observador sobre a presença do sinal também afeta na percepção.
A variação de freqüência do sinal cria uma fonte de viés não-sensorial de resposta (expectativa) que afeta o observador em seu estabelecimento do nível de critério (β), podendo isso ser criado durante o experimento. 
A motivação está relacionada com a preocupação do observador com as conseqüências da resposta de detecção.
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Ex: 1. Para cada acerto você ganha 1 real.
2. Para cada acerto você ganha 1 real, porém é penalizado em 50 centavos para cada alarme falso.
3. Diferentemente das condições de pagamento (1) e (2), você agora recebe 50 centavos para cada acerto mas é penalizado em 1 real para cada alarme falso.
Podemos perceber a mudança de critério influência da pela remuneração, logo uma tarefa psicofísica relativamente simples, como decidir pela presença ou não de um sinal sofre interferência de expectativa e motivação.
Não existe um valor absoluto de limiar, possível de ser observado de forma simples.
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Percepção subliminar
Questão controvertida: estímulos muitos fracos e com tempo de exposição relativamente curtos seriam capazes de produzir efeitos indiretos, porém mensuráveis, sobre o comportamento do indivíduo.
Será que existe algo que, de alguma forma, pode ser detectado em nível abaixo da atenção consciente?
Será que a estimulação da qual o observador não tem consciência é capaz de exercer uma influência mensurável em algumas de suas respostas?
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Controvérsia: 
Experimentos que apresentam a sua ocorrência e outros que não.
Evidências de que a exposição subliminar por meio de flashes fotográficos mostrando cenas emocionalmente positivas ou negativas afetam o julgamento de fotos neutras. 
Evidências de que estímulos emocionais apresentados de forma subliminar ativam áreas do cérebro relacionadas com a emoção.
Experimento mostrando
que o significado dos estímulos subliminares podem ficar disponível para o observador sem que o estímulo seja detectável.
“priming semântico” (escolha entre duas palavras onde uma primeira foi fornecida anteriormente na qual o significado prepara a escolha entre duas palavras Ex: enfermeira(subliminar) escolha entre médico e cerca. 
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Concluindo, parece que estímulos fracos e marginais podem ser apreendidos e registrados pelo sistema sensorial e codificados em um nível abaixo do conhecimento consciente. Porém não existem evidências empíricas de que o recebimento e a codificação dessas informações tenham um impacto substancial nos pensamentos e nas crenças das pessoas, ou que possam influenciar seus comportamentos.
Não é porque ocorra percepção subliminar que seremos controlados ou persuadidos por ela. 
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O limiar diferencial
Limiar diferencial é a menor diferença entre dois estímulos para que um deles seja distinguível do outro.
Quão diferentes dois estímulos devem ser para serem considerados diferentes? Duas cores, dois sons, dois pesos...
Assim como no limiar absoluto o limiar diferencial também é calculado por meios estatísticos e corresponde também a diferença entre os dois é percebida em 50% das vezes.
Limiar diferencial é a quantidade de variação em um estímulo físico necessária para que se produza uma diferença apenas perceptível (DAP) na sensação.
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A fração de Weber
mudanças físicas nem sempre produzem mudanças psicológicas.
Problema da relatividade perceptual: Weber inspirou-se em Daniel Bernoulli que em 1838 disse que 1 franco vale mais para um homem pobre do que 10 francos para um homem rico. 
Qual é a menor diferença entre dois pesos que pode ser percebida com confiabilidade? 
A percepção da diferença não era fixa mas variável e dependia do tipo de peso apresentado. 
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“A capacidade para discriminar pequenas diferenças em um estímulo depende não só da intensidade do estímulo, senão também de uma certa relação entre a diferença de pesos e o peso padrão utilizado no experimento” (Wolman, p. 11)
Weber observou que para a mudança de um estímulo fosse detectada, a quantidade de mudança era proporcional à magnitude do estímulo. A discriminação entre as magnitudes de dois estímulos é uma questão de julgamento relativo e não absoluto.
Juntar 1 vela acessa a 60 outras resulta em uma DAP.
Principio fundamental da sensibilidade que é conhecida como fração de weber
 I/ I = k 
Onde I é a medida da intensidade do estímulo 
 I = é o valo do limiar diferencial ou o incremento para produzir uma DAP
K = uma constante do sistema sensorial que está sendo medido.
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 os valores indicam a sensibilidade geral necessária para a detecção de diferenças na intensidade do estímulo em relação a uma dimensão sensorial em particular. Quanto menor a fração maior a sensibilidade de diferença entre estímulos
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A lei da potências de Stevens
Uma diferente escala psicofísica foi elaborada por Stevens propondo que não seria logarítmica a relação entre a magnitude das sensações e a magnitude dos estímulos.
S = kI b 
Onde S é a sensação
K = constante 
I = intensidade do estímulo
b = expoente o qual a escala está elevada (uma constante para cada dimensão sensorial)
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A lei de Stevens tem sido útil para a psicofísica uma vez que quase todas as dimensões sensoriais podem ser distribuídas em uma escala em que o observador podem atribuir um valor numérico confiável à sensação ou impressão subjetiva que experimentam. 
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A relatividade dos julgamentos psicofísicos
Raramente um estímulo é apresentado de forma isolada (exceção para situações de laboratório), portanto ele pode ser influenciado por relações existentes entre ele, o seu plano de fundo e o contexto.
 
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Parece que linha entre os quadrados menores é maior do que a linha com os quadrados maiores, mas na verdade elas são do mesmo tamanho.
Por isso não podemos desprezar a influência do contexto.
Logo a percepção de um estímulo depende não somente da informação sensorial imediata gerada por ele como cor, tamanho, mas também do contexto em que ele aparece.

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