Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema linfático Aulas 28 e 30 de agosto de 2017 Órgãos linfoides primários Timo e medula óssea Lamina 28: Medula óssea Diagnóstico histológico •Localizado no Canal medular em formação. Procurar extremidade oposta ao disco epifisário, onde as trabéculas de osso primário foram absorvidas •Contem capilares sinusoides revestidos por endotélio •Preenchido por tecido mieloide •Megacariócitos: grande tamanho, citoplasma acidófilo e núcleo volumoso, denso e lobulado; quando maduros, estão próximos aos sinusoides Lamina 47: Timo Diagnóstico: Órgão capsulado e lobulado, envolto por tecido conjuntivo denso não modelado que emite septos, separando lobos em lóbulos. Cada lóbulo possui córtex e medula. medula córtex lóbulo Corte transversal do timo, menor aumento CORTEX: rico em timocitos. O córtex é a parte mais externa dos lóbulos, mais corado por ser rico em células T. MEDULA DO TIMO: com menor numero de linfócitos, mas com muitas células reticuloepiteliais. Apresenta também os Corpusculos de Hassall, que são acumulos de células reticuloepiteliais em arranho concêntrico. São células acidófilas e as células centrais tendem a queratinizar. LINFOCITOS LINFOCITOS ESTROMA: composto por células reticuloepiteliais, com núcleo grande e vesiculoso, com nucléolo evidente, citoplasma acidófilo mas pouco corado e muito ramificado, tendo difícil observação. Tambem há macrófagos e células dendríticas. linfócitos Celula reticuloepitelial Vênula de endotélio alto de um linfonodo. As pontas de seta indicam as células endoteliais altas (cuboides). Diversos linfócitos estão atravessando a parede da vênula(setas) VÊNULAS DE ENDOTÉLIO ALTO Presentes no córtex e medula. Na junção corticomedular, as vênulas permitem a passagem de precursores de linfócitos T e de células, no geral. Órgãos linfoides secundários Baço, linfonodos, MALT Lamina 44: MALT-tonsila palatina MALT: tecidos ou órgãos linfoides intraparietais, no interior da parede de órgãos ocos. São linfócitos acumulados e isolados em nódulos, podendo conter tecido linfoide difuso entre eles. TONSILA: acumulo de tecido linfoide que ocorre na parede da boca e da faringe Ver: presença de criptas ou pregas no tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado, que esta voltado para a luz do órgão. Abaixo há tecido linfoide infiltrado por linfócitos. Profundamente, há tecido conjuntivo denso que se projeta no tecido linfoide e tecido muscular estriado esquelético e glândulas, mas que pertencem à orofaringe. CRIPTA TECIDO LINFOIDE DIFUSO NÓDULO SEPTO DE TECIDO CONJUNTIVO CRIPTA TONSILAR Tecido epitelial pavimentoso estratificado não- queratinizado (seta) revestindo a cripta. Epitélio característico de aparelho digestivo. Na camada abaixo há tecido linfoide difuso. Ver: O tecido linfoide esta representado pelos nódulos, com centro germinativo claro envolto por uma capa de pequenos linfócitos escura. Entre e abaixo os nódulos há tecido linfoide difuso. -Ver nódulos linfoides com • Centro germinativo: mais claros, envolvidos pela capa de pequenos linfócitos (que é mais corada). Podem apresentar polaridade- um polo mais corado (com linfócitos, linfoblastos em mitose e células em transição para plasmócitos) e um polo mais claro (contém principalmente pequenos linfócitos em migração). • Capa de pequenos linfócitos -Ver tecido linfoide difuso: linfócitos entre o nódulos Capa de tecido linfoide Centro germinativo: polo claro Centro germinativo: polo escuro NÓDULO TECIDO LINFOIDE DIFUSO ESQUEMA DE NODULO LINFOIDE COM POLARIDADE FUNCIONAL LÂMINA 46: MALT- PLACA DE PEYER NO ÍLEO Ver: em pequeno aumento, as placas de Peyer correspondem a formações arredondadas arroxeadas abaixo das vilosidades do tecido epitelial de revestimento. A médio e grande aumento, sao vistos as glândulas intestinais tubulosas e os nódulos linfoides associados na camada de tecido conjuntivo. LEGENDA • Nódulos linfoides • Domus • Tecido linfoide difuso Diagnostico INTESTINO DELGADO COM PLACA DE PEYER Camada de epitélio simples prismático com borda estriada e células caliciformes, contendo vilosidades projetando para a superfície. Abaixo há camada de tecido conjuntivo denso e camada de tecido muscular. Na camada de tecido conjuntivo há nódulos associados na parede do intestino delgado • Cada nódulo esta separado do outro por tecido linfoide difuso infiltrado no tecido conjuntivo denso, e podem apresentar, ou não, centro germinativo, que pode, ou não, ter polo funcional. • Na área da mucosa há áreas sem vilosidades ou glândula, que correspondem ao domus (ou cúpula), que são projeções abauladas. Estão revestidas por Epitélio associado ao Folículo [FAE], composto por células M e enterócitos (células do epitélio intestinal). NÓDULO DOMUS TECIDO CONJUNTIVO DENSO • Corte longitudinal do íleo humano. Uma característica marcante para o diagnóstico diferencial são os numerosos folículos linfáticos agrupados na submucosa. • Estes frequentemente fazem um relevo de tecido conjuntivo rico em células linfáticas em forma de cúpula para dentro da luz, recoberto por um epitélio particular com células M, que desempenham uma função importante na imunidade intestinal. • Coloração: azan. Aumento 14 X Células M São células epiteliais especializadas presentes na mucosa intestinal acima de tecido linfoide. Seu nome deriva do inglês microfold cells, isto é, “células com micropregas”. Possuem sua superfície pregueada, em vez de microvilosidades, como os enterócitos. Elas captam ativamente ou permitem a passagem de antígenos os quais são acumulados no espaço formado abaixo delas, para onde migram linfócitos e células dendríticas (reconhecedoras de antígenos). Elas não são apresentadoras de antígeno, elas apenas realizam a transcitose para que as células do sistema imune do tecido linfoide tenham acesso ao antígeno. As células regulares que formam o epitélio simples colunar que reveste o intestino possuem microvilosidades em sua superfície livre (voltada para a luz intestinal). As células M, no entanto, possuem sua superfície pregueada em vez de possuírem microvilosidades. Este aspecto é visto ao microscópio eletrônico. Outra diferença em relação às células regulares deste epitélio é a existência de um espaço na porção basal da célula. As células M captam ativamente ou permitem a passagem de antígenos os quais são acumulados no espaço formado abaixo das células M. Este fato tem uma grande importância, pois para este espaço migram linfócitos e células dendríticas (reconhecedoras de antígenos), permitindo ao organismo reconhecer antígenos que estejam no interior do tubo digestivo. Em vermelho o epitélio e em verde o tecido conjuntivo da lâmina própria. Em azul, o epitélio e, em laranja, o acúmulo de linfócitos da placa de Peyer. Repare que há um pequeno trecho em cima e à direita em que o revestimento é de epitélio regular. Os astericos indicam a luz intestinal. Lamina 45: MALT-apêndice cecal • Em todo o contorno do lume há tecido linfoide associado à mucosa sob a forma de nódulos, com capa de pequenos linfócitos e centro germinativo. • Os nódulos estão no tecido conjuntivo da lamina própria da mucosa e da submucosa, recoberta por epitélio associado a folículo (FAE) contendo células M. • Entre os nódulos há tecido linfoide difuso internodular. DIAGNÓSTICO: Há nódulos linfoides associados na parede do intestino grosso. Esse, por sua vez, é diagnosticado pela presença do epitélio intestinal e ausência de vilosidades. Contornado em amarelo estão os nódulos linfoides associados. Eles possuemcentro germinativo e capa de pequenos linfócitos. Apontado pela seta há o tecido linfoide difuso internodular. Lamina 48: LINFONODOS • Apresentam uma região périferica mais corada, contendo o córtex e paracórtex, e uma região menos corada central, a medula. • É revestido por uma capsula de tecido conjuntivo denso modelado que envolve o órgão completamente. No interior da cápsula há células adiposas. Da capsula partem trabéculas de curta extensão, que não chega a dividir o orgao em lóbulos. Representação esquemática de um linfonodo. Para maior clareza, o órgão foi dividido em 4 setores diferentes (I a IV) que ocorrem naturalmente por todo o linfonodo do mesmo modo. No setor I, estruturas associadas aos linfócitos B e T; no setor II, macrófagos e células que enfrentam os antígenos; no setor III, microcirculação; e no setor IV, folículos e células reticulares fibroblásticas. Os linfócitos migram a partir da corrente sangüínea pelas vênulas de endotélio alto da região T. CÁPSULA MEDULA CORTEX + PARACORTEX NÓDULO NÓDULO NÓDULO •O tecido linfoide na região periférica do linfonodo se organiza em Nodulo Linfatico e Tecido linfoide difuso, sendo que o primeiro corresponde ao córtex e o segundo ao paracortex, que, por sua vez, é subdividido em córtex internodular e córtex profundo. •Os nódulos linfóides são estruturas esféricas formadas por acúmulos de linfócitos. Sua estrutura varia dependendo do estado de atividade do nódulo. Quando em repouso ele tem aspecto homogêneo. Mas quando os seus linfócitos estão em processo de reconhecimento de antígenos e de desenvolvimento de uma resposta imunitária, o seu centro se torna mais claro e é chamado de centro germinativo. •A zona paracortical pode ser subdividida em córtex internodular, correspondendo ao tecido linfoide difuso entre os nódulos; e córtex profundo, correspondendo ao tecido linfoide difuso abaixo dos nódulos. Nessa área, há vênulas pós-capilares de endotélio alto, com epitélio cubico, infiltrado de linfócitos. Cápsula com tecido conjuntivo denso e tecido adiposo Cortex: nódulo linfoide. Contem capa de pequenos linfócitos e centro germinativo Paracortex: córtex internodular Paracortex: córtex profundo Medula: seios medulares Medula: cordões medulares Abaixo da capsula, há o seio capsular (região mais clara abaixo da capsula), que é continuo com o seio cortical. Próximo ao córtex há o córtex internodular e o córtex profundo, que integram, os últimos, o paracortex. Não é possível determinar com precisão seu limite com a porção mais superficial da região cortical, porém seu limite interno é onde se inicia a região medular. Zona periférica Vias linfáticas intranodais: Após perfurar a cápsula do linfonodo, o vaso linfático despeja a linfa em um espaço existente abaixo da cápsula, denominado seio subcapsular. Este espaço possui muitas células estreladas e com muitos prolongamentos denominadas células reticulares. Prolongamentos destas células se prendem às paredes deste espaço. Estas células sintetizam e secretam colágeno o qual se organiza em fibras reticulares. CORTEX CORTEX INTERNODAL CORTEX PROFUNDO Zona medular Compreende os cordões linfoides e seios linfáticos medulares. • Cordões linfoides: acúmulos de linfócitos B e T, macrófagos e plasmócitos • Seios medulares: entre os cordões. Vias linfáticas intranodais: 1. Seio subcapsular 2. Seios corticais 3. Seios medulares Formado por células reticulares associadas a fibras reticulares e macrófagos. Através dos seios, a linfa é filtrada no interior do linfonodo. CORDÕES LINFÓIDES • Córtex • Paracórtex • Medula Colorido: seios medulares. Composto de células e fibras reticulares, macrófagos e células dendriticas Colorido: cordões medulares. Composto por linfócitos B e T, macrófagos, plasmócitos. Lamina 49: BAÇO Ele possui muitos nódulos linfóides, porém diferente dos linfonodos em que os nódulos se acumulam na zona cortical da periferia do órgão, no baço estes nódulos estão espalhados pelo órgão. A lamina, a olho nu, possui 2 regiões: a polpa branca e a polpa vermelha, que, com a coloração HE, acabam invertendo (a polpa branca fica escura e a polpa vermelha fica mais rosada). A Polpa branca corresponde aos pontos basófilos que contem acúmulos de linfócitos, e a polpa branca representa o restante do tecido esplênico. Polpa branca Polpa vermelha A cápsula do baço é constituída de tecido conjuntivo denso modelado. Em alguns animais a cápsula e as trabéculas de tecido conjuntivo do baço possuem fibras musculares lisas. A cápsula é revestida externamente por epitélio simples pavimentoso que também recebe o nome de mesotélio, por integrar o peritônio visceral. Da capsula partem as trabéculas esplênicas, que dividem o baço em compartimentos, mas não em lobos. Nelas há artérias e veias trabeculares. Estroma: tecido conjuntivo reticular. Polpa branca: nódulo linfoide. Contem as bainhas linfocitárias periartiolares, constituídas de linfócitos T, e nódulos linfoides esplênicos, constituídos de linfócitos B. BAINHA LINFOCITÁRIA PERIARTERIOLAR ARTÉRIOLA CENTRALNÓDULO LINFOIDE Bainha Artéria central Polpa vermelha: esta entre os elementos da polpa branca. Constituída pelos cordões esplênicos (cordões de Billroth) e seios esplênicos (ou capilares sinusoides). • Cordões esplênicos: trama reticular rica em macrófagos e plasmócitos, e contendo todas as células sanguíneas. São vistos como uma massa de células sanguíneas aglomeradas. • Seios esplênicos: podem ou não estarem colabados. Correspondem aos capilares sinusóides do baço. Zona marginal: entre as polpas branca e vermelha. Regiao onde a trama reticular forma uma malha mais fina, com poucos linfócitos, mas rica em macrófagos. É identificada como uma estreita faixa de tecido menos basófilo envolvendo a polpa branca. Zona marginal Polpa branca Arteria central Polpa vermelha
Compartilhar