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1 ASPECTOS DO QUADRO NATURAL PARAIBANO (Texto em fase de elaboração) Ivan Targino * Emília Moreira ** I – A IMPORTÂNCIA DO QUADRO NATURAL As condições naturais já foram consideradas como fator determinante da evolução das sociedades humanas. Essa é uma percepção já presente na antiguidade que defendia a influência dos fatores naturais não só sobre a fisiologia humana, como também sobre as características dos povos ou até mesmo sobre as formas de sua organização política. A corrente do pensamento que defende essa posição é chamada de determinismo geográfico 1 . Essa visão divulgou-se através da expressão bastante difundida de que “o homem é o produto do meio”. Haveria, dessa forma, uma relação de causa e efeito entre as condições naturais e a forma de evolução das sociedades humanas. Tal concepção, contudo tem sofrido severas críticas, pois o elemento natural é apenas um dos elementos que interfere na organização social, devendo ser levadas em consideração outras variáveis importantes para a constituição das sociedades humanas, tais como a história, a cultura, a política, etc. Porém, mesmo os críticos dessa corrente do pensamento, não negam a importância do quadro natural para a evolução das sociedades humanas. Nessa perspectiva, o quadro natural é considerado como um condicionante do processo de formação e de ocupação do espaço. Desse modo, é de fundamental importância que o economista tenha uma visão dos aspectos naturais do espaço que estuda, no presente caso, as condições naturais da Paraíba, para poder ter uma percepção mais apropriada da realidade que investiga. Este artigo tem como objetivo fazer uma exposição dos principais aspectos do quadro natural da Paraíba. II – LOCALIZAÇÃO E DIMENSÃO O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental do Nordeste brasileiro, entre os meridianos 34º 47’30” e 38º 46’17” de longitude oeste e entre 6º 01’01” e 8º 18’10”de latitude sul. No sentido leste-oeste, a distância angular do território estadual é de 3º 59’51”, equivalente a 443 km, tendo como pontos extremos a Ponta do Seixas, no município de João Pessoa (a leste) e a Serra da Areia, no município de Cachoeira dos Índios (a oeste) e, no sentido norte-sul, uma distância angular de 2º 17’06”, equivalente a 263 Km, tendo como pontos extremos a Serra do Vale, no município de Belém do Brejo do Cruz, ao norte e a Serra Pau d’Arco, no município de São João do Tigre, ao sul (Veja mapa 1). O estado da Paraíba limita-se a leste com o Oceano Atlântico, ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco e a oeste com o Ceará. Entre as 27 unidades federativas do país, a Paraíba, com uma área 56.439,838 km 2 , ocupa a 21ª posição. Na região * Professor do Departamento de Economia da UFPB ** Professora do Departamento de Geociências da UFPB 1 O geógrafo alemão Friedrich Ratzel é considerado por alguns como a expressão mais elevada dessa corrente do pensamento. No entanto, já na introdução do seu livro (Antropogeografia), Ratzel chama a atenção contra essa forma simplista de causalidade entre meio ambiente e organização social. Na realidade, ele que há um processo de adaptação do homem ao meio ambiente, e que este pode facilitar ou criar obstáculos ao progresso de uma dada sociedade, mas não numa relação direta de causa e efeito. 2 Nordeste, é o sexto maior Estado, situando-se à frente do Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. O território estadual representa 0,66% do espaço nacional e 3,63% do regional. O Estado está dividido em 223 municípios. Grande parte do território estadual está incluído no polígono da seca 2 . Mapa 1 – Paraíba: Divisão das mesorregiões Apesar de ser um dos menores estados brasileiro, o quadro natural estadual possui uma grande diversidade. De acordo com as diferenciações do processo de ocupação, das atividades produtivas e das condições naturais, o IBGE dividiu o território estadual em 4 mesorregiões (Mata Paraibana, Agreste, Borborema e Sertão Paraibano, veja mapa 1) e em 23 microrregiões, conforme Quadro 1, em anexo. A seguir será feita uma apresentação dos principais aspectos do quadro natural de cada uma das mesorregiões do Estado. III – PRINCIPAIS ASPECTOS DO QUADRO NATURAL DAS MESORREGIÕES 3.1 - Mesorregião da Mata Paraibana A mesorregião da Mata Paraibana ocupa a porção oriental da Paraíba. Com uma área de 5.242 km 2 , equivalente a 9,3% do território estadual. Essa mesorregião é formada por quatro microrregiões e trinta municípios. Ela detinha, em 2010, uma população de 1.391.808 habitantes o que representava 37% da população paraibana. A densidade demográfica, nesse ano, era da ordem de 265,5 hab/km 2 . O clima é tropical úmido com chuvas de outono inverno e temperaturas médias acima de 23º C. A precipitação pluviométrica é elevada, situando-se entre 1.200 e 2.000 mm, em média anual (ver Figura 2 no anexo). Os meses mais chuvosos são junho, julho e agosto. A hidrografia da Zona da Mata Paraibana é constituída por rios perenes. Essa mesorregião é cortada pelos seguintes rios: Camaratuba, Mamanguape, Miriri, Paraíba, Gramame e Abiá (ou Abiaí). Apenas as bacias dos rios Miriri, Gramame e Abiá estão inseridas inteiramente na mesorregião. As bacias dos rios Mamanguape e Camaratuba 2 O “Polígono das Secas” foi criado em 1936 (Lei n, 175). Em 2005, houve uma revisão da região semiárida brasileira, através da Portaria n. 89 do Ministério da Integração Nacional. A área do território paraibano incluía no Polígono da Secas representa cerca de 73% do Estado. Sertão Paraibano Borborema Agreste Paraibano Mata Paraibana 263 km 443 km 3 também cortam a mesorregião do Agreste Paraibano. A bacia do Paraíba, a maior bacia hidrográfica do Estado, ocupa áreas da Borborema, do Agreste e da Zona da Mata (trechos do alto, médio e baixo Paraíba, respectivamente). Dentre esses rios, o mais importante é o rio Paraíba, seja pelo seu potencial hídrico seja pelo papel desempenhado no processo de ocupação do território estadual, pois foi a principal via de penetração para o interior do Estado. Do ponto de vista da interação do relevo, da vegetação e do solo, podem ser distinguidas três unidades espaciais nessa mesorregião: a baixada litorânea ou planície costeira, os tabuleiros costeiros ou baixos planaltos costeiros e as várzeas (veja Mapa 2a). Mapa 2a – Geomorfologia da Paraíba (Zona da Mata) 3.1.1 Baixada litorânea ou planície costeira Trata-se de uma estreita faixa de terra que se estende por toda área litorânea no sentido norte-sul desde os limites com o estado do Rio Grande do Norte, até a fronteira com Pernambuco. O relevo varia entre 0 e 10 metros de altitude. Nessa faixa encontram-se praias, dunas, planícies de restinga e planícies de mangue (veja Fotos de 1 a 4). As praias situam-se na área banhada pelo mar, sendo mais estreitas na porção sul do litoral e mais largas no litoral norte, dependendo do avanço ou não das falésias. As dunas são formações arenosas que estão em constante movimento pela ação dos ventos. As planícies de restinga mais extensas são a de Cabedelo, que se estende desde o bairro de Manaíra até a cidade de cabedelo (veja foto 3) e a planície de Pitimbu. As planícies de manguezais estão situadas na foz dos rios. As mais importantes são as situadas na foz do rio Paraíba, do rio Mamanguape e do rio Camaratuba. A vegetação dessa área é bastante diversificada. Nas praias e dunas tem-se uma vegetação rasteira, a exemploda salsa de praia. Nas planícies de restinga, havia a ocorrência da Mata Atlântica que foi praticamente devastada. Um testemunho dessa vegetação é a Reserva Nacional da Mata de Restinga (Mata do Amém) na planície de Cabedelo (veja Foto 3). Na planície da restinga também se encontra uma vegetação típica a exemplo do cajueiro e do coco de praia. A vegetação dessa área tem sofrido uma forte pressão do processo de Planície Costeira Depressão sublitorânea Depressão do Curimataú Brejos serranos Brejos serranos Várzeas Tabuleiros Várzeas Tabuleiros 4 urbanização, seja com a construção de edifícios, de condomínios fechados, de áreas comerciais, a exemplo do que vem ocorrendo ao longo do trecho da BR 230 entre João Pessoa e Cabedelo. Foto 1 - Praia de Carapibus, no município do Conde Foto 2 – Dunas no município de Mataraca Foto 3 – Planície de Restinga de Cabedelo Foto 4 - Planície de Mangue As planícies situadas na foz dos rios são cobertas pela vegetação do manguezal (veja Foto 4). Trata-se de uma vegetação típica dessa área, que pode atingir até 20 metros de altura. Em virtude da grande quantidade de enxofre no solo o manguezal desenvolveu raízes aéreas. Essa vegetação tem sofrido um processo crescente de agressão, apesar de ser protegida pela legislação. O processo de urbanização e a expansão da carcinicultura têm sido os principais vetores de pressão. À exceção dos solos de manguezais, de um modo geral os solos dessa área são formados por areias quartzosas com baixa ou nula capacidade de utilização agrícola. 3.1.2 Tabuleiros Costeiros ou Baixos Planaltos Costeiros Logo após a planície costeira, estendem-se os tabuleiros costeiros, também denominados de baixos planaltos costeiros. Eles avançam por vezes até o mar, dando origem a falésias vivas (veja Foto 5) que recuam muito rapidamente em virtude da inconsistência do material argilo-arenoso do “Barreiras”, transformando-se em falésias mortas (veja Foto 6). Foto 5 – Falésia viva do Cabo Branco Foto 6 – Falésia morta do Cabo Branco e Planalto Costeiro Falésia viva do Cabo Branco Falésias morta do Cabo Branco Baixo Planalto Costeiro Mata do Amém 5 A altitude dessa região varia entre 17 e 200 metros de altitude. Ela estende-se no sentido leste-oeste em torno de 60 quilômetros. O relevo apresenta topos planos, como pode ser visto pela Foto 6, daí a denominação de baixo planalto costeiro. A vegetação primitiva dos tabuleiros era constituída da Mata Atlântica e dos cerrados de Tabuleiros. Essa vegetação tem sofrido um processo histórico de degradação. No entanto, ela foi acelerada a partir da segunda metade da década de 1970, com o lançamento do Programa Nacional do Alcool (PROÁLCOOL) 3 . Para expandir a plantação da cana, houve um intenso desmatamento em toda a região dos tabuleiros. Os solos são arenosos e argilo-arenosos (com predomínio das areias quatzosas distróficas e dos solos podzólicos vermelho-amarelo). São solos pobres e ácidos. Para o uso agrícola esses solos necessitam de correção (calagem) pare reduzir a acidez e de incorporação de adubos. Em virtude dessas características, esses solos foram pouco utilizados para agricultura, à exceção de áreas utilizadas por pequenos produtores rurais, sob a forma de posse ou de parcerias. Só com o Proalcool, em virtude da disponibilidade de recursos e da elevação do preço do petróleo é que ficou viável a incorporação produtiva dessa área para a expansão canavieira. 3.1.3 As Várzeas As várzeas correspondem aos vales dos rios que deságuam no mar a partir do trecho onde a influência é essencialmente fluvial. As planícies de várzea ou aluviais do estado da Paraíba apresentam-se amplas apenas no baixo curso dos rios, estreitando-se em direção ao interior. Destacam-se como mais importantes as várzeas do rio Paraíba, do rio Mamanguape, do rio Miriri, do rio Camaratuba, do rio Gramame-Mumbaba e do rio Abiaí. As várzeas mais extensas e largas são as do Rio Paraíba (veja Fotos 7 e 8). A vegetação primitiva dessas áreas pertencia à Mata Atlântica. A intensificação da expansão canavieira levou à gradativa destruição dessa vegetação, não respeitando nem mesmo as matas ciliares. Foto 7 – Várzea do Rio Paraíba com plantio de cana. No horizonte, o tabuleiro ou baixo planalto costeiro. Foto 8 – Leito do rio Paraíba, que tem sofrido um intenso processo de açoreamento com a retirada das matas ciliares. Os solos dessa área são o resultado da sedimentação de matérias orgânicas, trazidas seja pelas enchentes dos rios seja pela erosão das encostas. É encontrado também o solo tipo 3 Esse Programa foi lançado em 1975. Diante da crise desencadeada pela elevação do preço do petróleo pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 1973, o Governo brasileiro decidiu incentivar a produção do álcool para substituir o consumo de gasolina. Para tanto o governo concedeu fortes incentivos fiscais e disponibilizou crédito abundante e barato aos plantadores de cana e aos produtores de álcool. 6 massapé. Em virtude da alta fertilidade desses solos e da sua facilidade de manejo, essas áreas foram e ainda são largamente utilizadas para a exploração canavieira. A hidrografia dessa área é constituída de rios permanentes, a exemplo da região do Baixo Paraíba, da bacia dos rios Mamanguape, Camaratuba, Miriri, Abiaí e Gramame. Destaca-se também a barragem de Gramame-Mamuaba, com uma capacidade de 56,9 milhões de metros cúbicos, que abastece a grande João Pessoa. 3.2 - Mesorregião do Agreste Paraibano A mesorregião do Agreste Paraibano compreende uma área de 12.914,069 km², equivalente a 28,9% do território estadual. Ela limita-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com a Mata pernambucana, ao leste com a mesorregião da Mata Paraibana e ao oeste com a mesorregião da Borborema. É formada por 8 microrregiões, agregando 66 municípios. De acordo com o censo demográfico de 2010, a população era de 1 213 279. Comparando o tamanho da população com a área, tem-se uma densidade demográfica da ordem de 93,9 hab/km 2 . O Agreste é uma área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até a Bahia. Na Paraíba, a região agrestina estende-se no sentido norte-sul, situando-se entre a mesorregião da Mata Paraibana e da Borborema (veja Mapa 1).Uma característica importante do Agreste é a diversidade dos aspectos naturais, bem como das formas de uso do solo, daí ser comparado a um verdadeiro mosaico (ANDRADE, 1963). No Estado da Paraíba, o Agreste também guarda essa diversidade. Levando em consideração o relevo, a vegetação, o solo, o clima e a hidrografia, é possível identificar seis áreas distintas, a seguir apresentadas: Depressão sublitorânea, Esporões da Borborema, Escarpa Oriental da Borborema, Brejos Serranos e Depressão do Curimataú (veja Mapa 2b). Mapa 2b – Geomorfologia da Paraíba (Agreste Paraibano) Depressão sublitorânea Depressão do Curimataú Brejos serranos Brejos serranos Depressão sublitorânea Depressão do Curimataú Esporões da Borborema Escarpa oriental da Borborema Brejos serranos Brejos serranos Várzeas Tabuleiros 7 3.2.1 Depressão sublitorânea A depressão sublitorânea localiza-se à retaguarda dos baixos planaltos costeiros (veja Mapa 2). Recebe essa denominação porque é uma área deprimida em relação às áreas vizinhas. O clima influenciado pelo relevo, do tipo tropical subúmido,com precipitações entre 800 e 1200 mm em média anual, umidade relativa do ar mais baixa do que na região da Mata. Predomina o tipo de solo bruno não cálcico de aptidão média para a agricultura. Por se tratar de uma área de transição, pode-se encontrar tanto as formações vegetais típicas da Mata Atlântica e da Caatinga. Essa vegetação atualmente encontra-se bastante descaracterizada em decorrência, sobretudo, da expansão da atividade agropecuária. Essa região é banhada pelos rios Paraíba (médio curso) e Mamanguape e pelos seus afluentes. Influenciada pelo clima, a hidrografia apresentava alguns rios temporários. Graças à construção de barragens, alguns desses rios tornaram-se permanentes. 3.2.2 Esporões da Borborema Constituem os primeiros degraus do planalto da Borborema (veja Mapa 2), com altitudes que podem alcançar 350 m, apresentam solos mais profundos e clima local mais suave. 3.2.3 Escarpa Oriental da Borborema Essa área corresponde à frente oriental do planalto da Borborema (veja Mapa 2) apresentando um relevo muito movimentado com serras e vales profundos. Essa área coincide com o Brejo Paraibano. A altitude média é de 600 metros. O clima, influenciado pela altitude, apresenta temperaturas suaves, principalmente no inverno, quando pode atingir uma média de 16ºC, com chuvas de outono-inverno e precipitações entre 1200 e 1500 mm em média anual. A vegetação original apresentava ocorrências de Mata de Altitude. Essa vegetação foi praticamente eliminada. Existem, atualmente, alguns testemunhos dessa vegetação primitiva a exemplo da Mata de Paus Ferro, em Areia, área de preservação determinada pela UNESCO, em fase de recuperação. Em virtude das altas precipitações pluviométricas, a hidrografia é perene. Nessa área, registram-se algumas nascentes de rios, inclusive a do rio Mamanguape. Foram construídos alguns açudes como Pirpirituba (em Pirpirituba com 4,6 milhões de m 3 ), Canafístula II (em Borborema com 4,1 milhões de m 3 ), Vaca Brava (em Areia com 3,7 milhões de m 3 ). Foto 9 – Pedra da Boca na serra de Araruna Foto 10 – Paisagem da Serra do Cuité 8 3.2.4 Brejos Serranos Os Brejos Serranos são áreas que se localizam ao norte e ao sul da mesorregião do Agreste (veja Mapa 2). Ao norte, destacam-se as Serras de Araruna e Cuité. Ao sul, destacam-se as Serras de Natuba e de Umbuzeiro. Eles constituem conjunto de serras que originam microclimas locais mais suaves (embora bem menos que na escarpa oriental da Borborema) com precipitação pluviométrica em torno de 800 a 1200 mm em média anual. Os solos mais férteis, o clima mais suave, uma umidade um pouco maior do que as das áreas semi-áridas conferem a estas serras um caráter peculiar que possibilita o desenvolvimento de uma agricultura diversificada. A vegetação dessa área é constituída pela caatinga arbóreo-arbustiva e pela mata seca de altitude. Esses dois tipos de vegetação já estão muito descaracterizadas pela utilização dos solos para as atividades agrícola e pecuária. 3.2.5 Depressão do Curimataú Área deprimida situada entre os Brejos Serranos do Norte e o Brejo Paraibano (veja Mapa 2). O clima é semiárido, com baixa e irregular precipitação pluviométrica (predominando as precipitações entre 400 e 600 mm de média anual). Predomina a vegetação de Caatinga, já bastante degradada pela utilização agrícola dos solos e, sobretudo, pelo avanço da pecuária na segunda metade do século XX. A hidrografia é caracterizada pela presença de rios e riachos temporários com destaque para a bacia hidrográfica do Curimataú cujo rio principal, o Curimataú, nasce na região e deságua no mar no estado vizinho do Rio Grande do Norte. A escassez de água levou à construção de alguns açudes a exemplo de Cacimba de Várzea (em Cacimba de Dentro com 9,2 milhões de m 3 ), Poleiros (em Barra de Santa Rosa com 7,9 milhões de m 3 ) e Curimataú (em Barra de Santa Rosa com 5,9 milhões de m 3 ). A última unidade espacial do Agreste a ser registrada é a constituída pela áreas onduladas do planalto da Borborema e trecho da superfície plana do planalto situadas ao sul e a oeste de Campina Grande. 3.3 Mesorregião da Borborema A mesorregião da Borborema compreende uma área de 15.817 km², equivalente a 28% do território estadual. Ela limita-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco, ao leste com a mesorregião do Agreste Paraibano e ao oeste com a mesorregião do Sertão Paraibano. É formada por 4 microrregiões, congregando 44 municípios. Segundo o censo demográfico de 2010, a população era de 298.263 habitantes, representando 7,9% da população estadual. Comparando o tamanho da população com a área da mesorregião, tem-se uma densidade demográfica da ordem de 18,8 hab/km 2 , a mais baixa densidade entre as mesorregiões. Esta baixa densidade demográfica reflete as limitações do quadro natural 4 . A seguir são detalhados os principais aspectos naturais da mesorregião. 3.3.1 Relevo As principiais unidades do relevo encontradas na mesorregião são: 4 Borborema é uma palavra tupi que que significa terra seca, desocupada, de difícil plantio. 9 a) Superfície aplainada da Borborema: ocupa toda a retaguarda da escarpa oriental até os pediplanos sertanejos. Possui dois níveis de aplainamento: entre 600 e 750 metros de altitude na porção norte, a partir da altura de Campina Grande (superfície da Borborema), e entre 400 e 500 metros na porção sul (superfície dos Cariris); Mapa 2c – Geomorfologia da Paraíba (Borborema) b) Escarpa Ocidental da Borborema: no contato com o Pediplano Sertanejo, caracteriza- se por apresentar encostas muito erodidas em virtude da vegetação esparsa, resultando em solos semi-expostos. A linha da encosta é tortuosa e entalhada pela drenagem. Foto 11 – Descida da escarpa ocidental da Borborema Foto 12 – Paisagem da escarpa ocidental da Borborema c) Serras da porção meridional e os alinhamentos residuais: conjunto de serras no limite com Pernambuco ao sul do entalhe do rio Paraíba, com cotas altimétricas da ordem de 800 metros, podendo chegar até 1000 metros como na Serra do Carnoió, em Cabaceiras. 3.3.2 Clima O clima é o semi-árido seco com precipitações pluviométricas muito baixas entre 350-700 mm e médias anuais de cerca de 400mm. Grande irregularidade do regime pluviométrico. As Depressão sublitorânea Depressão do Curimataú Brejos serranos Brejos serranos Várzeas Tabuleiros Superfície aplainada da Borborema Escarpa ocidental da Borborema Serras da porção meridional 10 mais baixas médias são encontradas em Cabaceiras (aproximadamente 280mm). A temperatura média anual é superior a 24 0 C, sendo a média das máximas em torno de 28°C e a média das mínimas em torno de 19°C. 3.3.3 Solos Há o predomínio do solo bruno não cálcico. Este tipo de solo ocorre na maior parte do território paraibano com destaque para as microrregiões situadas na região semiárida, tais como as do Cariri Oriental, do Cariri Ocidental e do Seridó Oriental. 3.3.4 Recursos minerais No que se refere à produção mineral, a Borborema projeta-se no conjunto do Estado por apresentar na sua porção setentrional, a área de maior concentração das ocorrências minerais do território estadual, com realce para os minerais de pegmatito (tantalita, columbita, molibdenita, etc), para o caulim e a scheelita. Foto 13 – Rejeito da exploração de caulim em Junco do Seridó Foto 14 – Comercialização de quartzoem Junco do Seridó 3.3.5 Vegetação Predomina a vegetação de caatinga (mata branca). A vegetação de caatinga é caracterizada por ser caducifólica, espinhosa, com folhas pequenas ou sem folhas para reduzir ao máximo a perda de água pela transpiração. Na Borborema é abundante a presença de cactos como mandacaru, xique-xique, macambira e coroa de frade. Foto 15 - Xique –xique em área de solo exposto no Seridó Foto 16 – Aspectos da vegetação da Caatinga 11 3.3.6 Hidrografia A hidrografia da Borborema é caracterizada por rios temporários de regime torrencial durante o período chuvoso. Destaca-se o alto curso do rio Paraíba cujas nascentes situam-se no município de Monteiro. Merece menção a sub-bacia do rio Taperoá, afluente do Paraíba, que compreende 23 municípios. Algumas barragens importantes também destacam-se na paisagem regional: Epitácio Pessoa (em Boqueirão com 411,6 mil m3), Cordeiro (no Congo com 69,9 milhões de m 3 ), Camalaú (em Camalaú com 48,1 milhões de m 3 ),Sumé (em Sumé com 44,8 milhões de m 3 ), Mucutu (em Juazeirinho com 27,6 milhões de m 3 ) etc. 3.4 Mesorregião do Sertão Paraibano A mesorregião do Sertão Paraíbano possui uma área de 22.466 Km², o equivalente a cerca de 40% do território paraibano. Ela está dividida em sete microrregiões (Cajazeiras, Catolé do Rocha, Itaporanga, Patos, Piancó, Sousa e Serra do Teixeira). Situa-se na porção oeste da Paraíba, limitando-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco, a oeste com o Ceará e a leste com a mesorregião da Borborema. Os solos da região são rasos e pedregosos, com baixa presença de matéria orgânica. Em relação aos recursos hídricos, destaca-se a presença de rios, na sua maioria são temporários. Esses rios, graças às obras hidráulicas, foi possível perenizar importantes rios da região como os rios Piranhas, Piancó e do Peixe. Dentre os açudes construídos na região merecem destaque: Coremas/Mãe d’Água (em Coremas com 1,3 bilhão m3), Engenheiro Ávidos (em Cajazeiras com 255 milhões m 3 ), Saco (em Nova Olinda com 97 milhões m 3 ), Lagoa do Arroz (em Cajazeiras com 80 milhões m 3 ), Cachoeira dos Cegos (em Catingueira com 71 milhões m 3), Jenipapeiro (em Olho d’Água com 70 milhões m3), Capoeira (em Santa Terezinha com 54 milhões m 3 ), São Gonçalo (em Sousa com 44 milhões m 3 ) e Engenheiro Arcoverde (em Condado com 36,8 milhões m 3 ). Nos açudes de São Gonçalo e Engenheiro Arcoverde foram implantados perímetros irrigados sob a responsabilidade do DNOCS. Nos açudes Lagoa do Arroz e Capoeira também foram implantados projetos de irrigação sob a responsabilidade do governo estadual. A população do Sertão Paraibano, em 2010, era de 863,1 mil habitantes, correspondendo a 22,9% da população estadual. Comparando o tamanho da população com a área da mesorregião, tem-se uma densidade demográfica da ordem de 43,1 hab/km 2 . Quanto aos aspectos naturais, nessa mesorregião podem ser encontradas três grandes unidades morfológicas, a saber: Depressão ou superfície sertaneja, serras sertanejas e depressão cretácea do Rio do Peixe (veja Mapa 2d). 3.4.1 A depressão ou superfície sertaneja A depressão sertaneja (veja Mapa 2) situa-se logo após a escarpa oriental da Borborema. Tem uma altitude média entre 250 e 300m. O relevo é plano com alguns morros isolados (inselbergs). São encontradas várias depressões: depressão de Patos, a depressão do Piancó e a depressão do rio Piranhas. Nos pediplanos sertanejos predomina o clima Aw’ de Köppen. Nessa área, os solos são pedregosos e rasos, muito erodidos de fertilidade média limitada pela carência hídrica. A caatinga arbóreo-arbustiva hoje bastante descaracterizada predomina nesta área. A precipitação pluviométrica apresenta média anual entre 600 e 800 mm. O regime pluviométrico além de irregular apresenta uma forte concentração de chuvas em poucos meses (janeiro-maio). 12 Foto 16 – Depressão sertaneja, vendo-se os inselbergs Foto 17 – Subida da serra de Teixeira, vendo-se ao fundo a Depressão Sertaneja Mapa 2d – Geomorfologia da Paraíba (Sertão Paraibano) 3.4.2 As serras sertanejas As áreas limítrofes com Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte são caracterizadas pela presença de serras, denominadas de Serras Sertanejas (veja Mapa 2). O conjunto de serras, que se dispõe a sudoeste do Estado no sentido leste-oeste, denomina-se Serra do Teixeira. Ele apresenta uma linha de escarpa muito íngreme, com desníveis que podem alcançar até 500 metros na porção voltada para a superfície sertaneja. Blocos graníticos (matacões) que formam os “mares de pedra” ou “caos de blocos” são comuns na superfície dessas serras que apresentam altitudes médias em torno de 700 metros. O pico mais elevado do estado, o Pico do Jabre, com 1.197 metros de altitude (segundo as cartas topográficas da SUDENE), destaca-se na altura dos municípios de Teixeira e Maturéia. Além da Serra de Teixeira distingue-se a Serra de Monte Horebe, a oeste, entre o município do mesmo nome e o Estado do Ceará. Essas serras imprimem modificações no quadro climático local e regional em virtude de sua disposição perpendicular às correntes aéreas dominantes. Nas regiões Depressão sublitorânea Depressão do Curimataú Brejos serranos Brejos serranos Várzeas Tabuleiros Depressão cretácea do Rio do Peixe Depressão sertaneja Serras sertanejas 13 serranas os índices pluviométricos variam entre 800/900 mm e até 1.000 mm em média anual, nos anos bons de chuva. Os solos são do tipo Latossol e Podzólico vermelho amarelo. 3.4.3 A depressão cretácea do Rio do Peixe A depressão cretácea do Rio do Peixe situa-se no extremo noroeste do estado (veja Mapa 2) e constitui uma bacia sedimentar de forma alongada “com cerca de 75 km de comprimento entre Pombal (PB) e Umari(CE) e com 20 km de largura no trecho mais amplo” (CARVALHO, 1982:61). Com altitude média em torno de 200 metros, é um pouco mais baixa do que os pediplanos vizinhos apresentando em relação a estes, desníveis de até 50 metros. Em relação aos inselbergs próximos, o desnível até os topos é da ordem de 200 metros em média. Nesta área, que a drenagem rebaixou a partir da Superfície Sertaneja, o relevo é plano, pouco expressivo, apenas trabalhado pelos rios do Peixe, Piranhas e seus afluentes. A vegetação de Caatinga e a presença da oiticica conferem uma particularidade especial à paisagem regional. Predominam os solos bruno não cálcico e eutróficos (CARVALHO, 1982:61). IV CONCLUSÃO O estado da Paraíba, apesar da sua pequena dimensão, possui uma grande diversidade nos seu quadro natural. O fato da maior parte do território estadual estar incluída no chamado Polígono das Secas representa uma grande limitação ao desenvolvimento da agropecuária. A escassez de recursos hídricos limita a possibilidade do uso da irrigação, particularmente nos períodos cíclicos de seca. Destaca-se também a escassez dos recursos minerais no território paraibano. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Cristiano das Neves. Análise de dados pluviométricos. 2007. Disponível em: http://lrh.ct.ufpb.br/almeida/material/05%20- %20Consistencia%20de%20dados%20pluviom%C3%A9tricos.pdf ANDRADE, Manuel Correia de. A terra e o homem no Nordeste. CARVALHO, Maria Gelsa R. F. de. Estudo da Paraíba. Classificação Geomorfológica. João Pessoa: Universitária/UFPB, 1982. MELO, Mario Lacerda de. Regionalização Agrária do Nordeste. Recife: Sudene, 1977. MOREIRA, Emilia de Rodat Fernandes. Mesorregiões e microrregiões da Paraíba: delimitaçãoe caracterização. João Pessoa: GAPLAN, 1988. FRANCISCO, Paulo Roberto Megna. Classificação e mapeamento das terras para mecanização agrícola do estado da Paraíba utilizando sistema de informações geográficas. Areia: CCA/UFPB, dissertação de mestrado, 2010. 14 ANEXOS Quadro 1 – Paraíba: Divisão em mesorregiões e em microrregiões Mesorregiões Microrregiões Municípios Mata Paraibana João Pessoa Bayeux, Cabedelo, Conde, João Pessoa, Lucena e Santa Rita Litoral Norte Baía da Traição, Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima, Itapororoca, Jacaraú, Mamanguape, Marcação, Mataraca, Pedro Régis e Rio Tinto Litoral Sul Alhandra, Caaporã, Pedras de Fogo e Pitimbu Sapé Cruz do Espírito Santo, Juripiranga, Mari, Pilar, Riachão do Poço, São José dos Ramos, São Miguel de Taipu, Sapé e Sobrado Agreste Paraibano Brejo Paraibano Alagoa Grande, Alagoa Nova, Areia, Bananeiras, Borborema, Matinhas, Pilões e Serraria Campina Grande Boa Vista, Campina Grande, Fagundes, Lagoa Seca, Massaranduba, Puxinanã, Queimadas e Serra Redonda Curimataú Ocidental Algodão de Jandaíra, Arara, Barra de Santa Rosa, Cuité, Damião, Nova Floresta, Olivedos, Pocinhos, Remígio, Soledade e Sossêgo Curimataú Oriental Araruna, Cacimba de Dentro, Campo de Santana, Casserengue, Dona Inês, Riachão e Solânea Esperança Areial, Esperança, Montadas, São Sebastião de Lagoa de Roça Guarabira Alagoinha, Araçagi, Belém, Caiçara, Cuitegi, Duas Estradas, Guarabira, Lagoa de Dentro, Logradouro, Mulungu, Pilõezinhos, Pirpirituba, Serra da Raiz, Sertãozinho Itabaiana Caldas Brandão, Gurinhém, Ingá, Itabaiana, Itatuba, Juarez Távora, Mogeiro, Riacháo do Bacamarte, Salgado de São Félix Umbuzeiro Aroeiras, Gado Bravo, Natuba, Santa Cecília e Umbuzeiro Borborema Cariri Ocidental Amparo, Assunçao, Camalaú, Congo, Coxixola, Livramento, Monteiro, Ouro Velho, Parari, Prata, São João do Tigre, São José dos Cordeiros, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra Branca, Sumé, Taperoá e Zabelê Cariri Oriental Alcantil, Barra de Samtana, Barra de São Miguel, Boqueirão, Cabaceiras, Caraúbas, Caturité, Gurjão, Riacho de Santo Antonio, Santo André, São Domingos do Cariri, São João do Cariri Seridó Ocidental Jundo do Seridó, Salgadinho, Santa Luzia, São José do Sabugi, São Mamede, Várzeas Seridó Oriental Baraúna, Cubati, Frei Martinho, Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Picuí, Seridó e Tenório Sertão Paraibano Cajazeiras Bernardino Batista, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, Monte Horebe, Poço Dantas, Poço de José de Moura, Santa Helena, Santarém, São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas, Triunfo e Uiraúna Catolé do Rocha Belém do Brejo do Cruz, Bom Sucesso, Brejo do Cruz, Brejo dos Santos, Catolé do Rocha, Jericó, Lagoa, Mato Grosso, Riacho dos Cavalos, São Bento, São José do Brejo do Cruz Itaporanga Boa Ventura, Conceição, Curral Velho, Diamante, Ibiara, Itaporanga, Pedra Branca, Santa Inês, Santana de Mangueira, São José de Caiana, Serra Grande Patos Areia de Baraúna, Cacimba de Areia, Mãe d’Água, Passagem, Patos, Quixaba, Santa Teresinha, São José de Espinharas e São José do Bonfim Piancó Aguiar, Catingueira, Coremas, Emas, Igaracy, Nova Olinda, Olho d’Água, Piancó e Santana dos Garrotes Serra do Teixeira Água branca, Cacimbas, Desterro, Imaculada, Juru, Manaíra, Maturéia, Princesa Isabel, São José de Princesa, Tavares e Teixeira Sousa Aparecida, Cajazeirinhas, Condado, Lastro, Malta, Marizópolis, Nazarezinho, Paulista, Pombal, Santa Cruz, São Bentinho, São Domingos de Pombal, São Francisco, São José da Lagoa Tapada, Sousa, Vieirópolis, Vista Serrana 15 Mapa das microrregiões do Estado da Paraíba 1- Brejo Paraibano 2- Cajazeiras 3- Campina Grande 4- Cariri Ocidental 5- Cariri Oriental 6- Catolé do Rocha 7- Curimataú Ocidental 8- Curimataú Oriental 9- Esperança 10 10 Guarabira 11 Itabaiana 12 Itaporanga 13 João Pessoa 14 Litoral Norte 15 Litoral Sul 16 Patos 17 Piancó 18 Sapé 19 Seridó Ocidental Paraibano 20 Seridó Oriental Paraibano 21 Serra do Teixeira 22 Sousa 23 Umbuzeiro 16 Figura 2 – Estado da Paraíba: Isoietas para o estado da Paraíba Fonte: ALMEIDA (2007). Mapa da do relevo do estado da Paraiba. Fonte: ALMEIDA (2007) 17 18 RELAÇÃO DOS AÇUDES MONITORADOS PELA AESA Bacia / Município Açude Capacidade Máxima (m3) Bacia do Camaratuba Duas Estradas Duas Estradas 410.260 Serra da Raiz Suspiro 276.400 Bacia do Curimatau Algodão de Jandaíra Algodão 1.025.425 Barra de Santa Rosa Curimataú 5.989.250 Barra de Santa Rosa Poleiros 7.933.700 Cacimba de Dentro Cacimba de Várzea 9.264.321 Bacia do Espinharas Patos Farinha 25.738.500 Patos Jatobá 17.516.000 Santa Teresinha Capoeira 53.450.000 Teixeira Bastiana 1.271.560 Teixeira Riacho das Moças 6.413.411 Teixeira Sabonete 1.952.540 Teixeira São Francisco II 4.920.720 Bacia do Gramame Conde Gramame-Mamuaba 56.937.000 Bacia do Jacu Cuité Boqueirão do Cais 12.367.300 Bacia do Mamanguape Araçagi Araçagi 63.289.037 Areia Vaca Brava 3.783.556 Areial Covão 672.260 Bananeiras Lagoa do Matias 1.239.883 Borborema Canafístula II 4.102.626 Cuitegi Tauá 8.573.500 Juarez Távora Brejinho 789.000 Mamanguape Jangada 470.000 Massaranduba Sindô Ribeiro 3.022.715 Montadas Emídio 461.151 Pirpirituba Pirpirituba 4.666.188 Serra Redonda Chupadouro II 634.620 São Sebastião de Lagoa de Roça São Sebastião 453.075 Bacia do Peixe Cachoeira dos Índios Cachoeira da Vaca 339.156 Cajazeiras Lagoa do Arroz 80.220.750 São Francisco Paraíso (Luiz Oliveira) 5.340.024 São João do Rio do Peixe Chupadouro I 2.764.100 São João do Rio do Peixe Pilões 13.000.000 Triunfo Gamela 472.926 Uiraúna Arrojado 3.596.180 Uiraúna Capivara 37.549.827 Bacia do Piancó Agua Branca Bom Jesus II 14.174.382 19 Aguiar Frutuoso II 3.517.220 Catingueira Cachoeira dos Cegos 71.887.047 Conceição Condado 35.016.000 Conceição Serra Vermelha I 11.801.173 Conceição Video 6.040.264 Coremas Coremas – Mãe d’Água 1.358.000.000 Curral Velho Bruscas 38.206.463 Diamante Vazante 9.091.200 Emas Emas 2.013.750 Ibiara Piranhas 25.696.200 Igaracy Cochos 4.199.773 Imaculada Albino 1.833.955 Itaporanga Cachoeira dos Alves 10.611.196 Juru Glória 1.349.980 Juru Timbaúba 15.438.572 Manaíra Catolé I 10.500.000 Nova Olinda Saco 97.488.089 Olho dÁgua Jenipageiro 70.757.250 Princesa Isabel Jatobá II 6.487.200 Santa Inês Santa Inês 26.115.250 Santana de Mangueira Poço Redondo 8.931.340 Santana dos Garrotes Queimadas 15.625.338 Serra Grande Cafundó 313.680 São José de Caiana Pimenta 255.744 Tavares Novo II 706.080 Tavares Tavares II 9.000.000 Região do Alto Curso do Rio Paraíba Barra de São Miguel Bichinho 4.574.375 Boqueirão Epitácio Pessoa 411.686.287 Camalaú Camalaú 48.107.240 Caraúbas Campos 6.594.392 Congo Cordeiro 69.965.945 Monteiro Pocinhos 6.789.305 Monteiro Poções 29.861.562 Monteiro Serrote 5.709.000 Monteiro São José II 1.311.540 Ouro Velho Ouro Velho 1.675.800 Prata Prata II 1.308.433 Prata São Paulo 8.455.500 Sumé Sumé 44.864.100 São Domingos do Cariri São Domingos 7.760.200 São Sebastião do Umbuzeiro Santo Antonio 24.424.130 Região do Alto Curso do Rio Paraíba Ingá Chã dos Pereiras 1.965.600 João Pessoa Marés 2.136.637 Mari Olho d’Àgua 868.320 Sapé SãoSalvador 12.657.520 Região do Médio Curso do Rio Paraíba 20 Campina Grande José Rodrigues 22.332.348 Fagundes Gavião 1.450.840 Itatuba Acauã 253.000.000 Massaranduba Massaranduba 604.390 Puxinanã Milhã 802.684 Riacho de Santo Antônio Riacho de Santo Antonio 6.834.000 Região do Alto Curso do Rio Piranhas Bonito de Santa Fé Bartolomeu I 17.570.556 Cajazeiras Engenheiro Ávidos 255.000.000 Carrapateira Bom Jesus 343.800 Sousa São Gonçalo 44.600.000 São José da Lagoa Tapada Jenipapeiro 1.948.300 São José de Piranhas São José I 3.051.125 Região do Médio Curso do Rio Piranhas Belém do Brejo do Cruz Escondido 16.579.250 Belém do Brejo do Cruz Tapera 26.418.660 Brejo do Cruz Santa Rosa 2.843.984 Condado Engenheiro Arcoverde 36.834.375 Jericó Carneiro 31.285.875 Riacho dos Cavalos Riacho dos Cavalos 17.699.000 São José do Brejo do Cruz Baião 39.226.628 Bacia do Seridó Picuí Caraibeiras 2.709.260 Picuí Várzea Grande 21.532.659 Santa Luzia Santa Luzia 11.960.250 Seridó Felismina Queiros 2.060.000 São José do Sabugi São José IV 554.100 São Mamede São Mamede 15.791.280 Várzea Várzea 1.132.975 Bacia do Taperoá Desterro Jeremias 4.658.430 Gurjão Gurjão 3.683.875 Juazeirinho Mucutu 25.370.000 Livramento Livramento (Russos) 2.432.420 Olivedos OIlivedos 5.875.124 Serra Branca Serra Branca I 2.117.062 Serra Branca Serra Branca II 14.042.568 Soledade Soledade 27.058.000 São José dos Cordeiros São José III 956.000 São João do Cariri Namorado 2.118.980 Taperoá Lagoa do Meio 6.647.875 Taperoá Taperoá II Marcionilo 15.148.900
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