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aspectos do quadro natural paraibano 3

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1 
 
ASPECTOS DO QUADRO NATURAL PARAIBANO 
(Texto em fase de elaboração) 
 
Ivan Targino
*
 
Emília Moreira
**
 
 
 
 
I – A IMPORTÂNCIA DO QUADRO NATURAL 
 
As condições naturais já foram consideradas como fator determinante da evolução 
das sociedades humanas. Essa é uma percepção já presente na antiguidade que defendia a 
influência dos fatores naturais não só sobre a fisiologia humana, como também sobre as 
características dos povos ou até mesmo sobre as formas de sua organização política. A 
corrente do pensamento que defende essa posição é chamada de determinismo geográfico
1
. 
Essa visão divulgou-se através da expressão bastante difundida de que “o homem é o produto 
do meio”. Haveria, dessa forma, uma relação de causa e efeito entre as condições naturais e a 
forma de evolução das sociedades humanas. 
Tal concepção, contudo tem sofrido severas críticas, pois o elemento natural é 
apenas um dos elementos que interfere na organização social, devendo ser levadas em 
consideração outras variáveis importantes para a constituição das sociedades humanas, tais 
como a história, a cultura, a política, etc. 
Porém, mesmo os críticos dessa corrente do pensamento, não negam a importância 
do quadro natural para a evolução das sociedades humanas. Nessa perspectiva, o quadro 
natural é considerado como um condicionante do processo de formação e de ocupação do 
espaço. Desse modo, é de fundamental importância que o economista tenha uma visão dos 
aspectos naturais do espaço que estuda, no presente caso, as condições naturais da Paraíba, 
para poder ter uma percepção mais apropriada da realidade que investiga. Este artigo tem 
como objetivo fazer uma exposição dos principais aspectos do quadro natural da Paraíba. 
 
II – LOCALIZAÇÃO E DIMENSÃO 
 
O Estado da Paraíba está localizado na porção oriental do Nordeste brasileiro, entre 
os meridianos 34º 47’30” e 38º 46’17” de longitude oeste e entre 6º 01’01” e 8º 18’10”de 
latitude sul. No sentido leste-oeste, a distância angular do território estadual é de 3º 59’51”, 
equivalente a 443 km, tendo como pontos extremos a Ponta do Seixas, no município de João 
Pessoa (a leste) e a Serra da Areia, no município de Cachoeira dos Índios (a oeste) e, no 
sentido norte-sul, uma distância angular de 2º 17’06”, equivalente a 263 Km, tendo como 
pontos extremos a Serra do Vale, no município de Belém do Brejo do Cruz, ao norte e a Serra 
Pau d’Arco, no município de São João do Tigre, ao sul (Veja mapa 1). 
 O estado da Paraíba limita-se a leste com o Oceano Atlântico, ao norte com o Rio 
Grande do Norte, ao sul com Pernambuco e a oeste com o Ceará. Entre as 27 unidades 
federativas do país, a Paraíba, com uma área 56.439,838 km
2
, ocupa a 21ª posição. Na região 
 
*
 Professor do Departamento de Economia da UFPB 
**
 Professora do Departamento de Geociências da UFPB 
1
 O geógrafo alemão Friedrich Ratzel é considerado por alguns como a expressão mais elevada dessa corrente 
do pensamento. No entanto, já na introdução do seu livro (Antropogeografia), Ratzel chama a atenção contra 
essa forma simplista de causalidade entre meio ambiente e organização social. Na realidade, ele que há um 
processo de adaptação do homem ao meio ambiente, e que este pode facilitar ou criar obstáculos ao progresso de 
uma dada sociedade, mas não numa relação direta de causa e efeito. 
2 
 
Nordeste, é o sexto maior Estado, situando-se à frente do Rio Grande do Norte, Alagoas e 
Sergipe. O território estadual representa 0,66% do espaço nacional e 3,63% do regional. O 
Estado está dividido em 223 municípios. Grande parte do território estadual está incluído no 
polígono da seca
2
. 
 
 
Mapa 1 – Paraíba: Divisão das mesorregiões 
 
 
 
 Apesar de ser um dos menores estados brasileiro, o quadro natural estadual possui 
uma grande diversidade. De acordo com as diferenciações do processo de ocupação, das 
atividades produtivas e das condições naturais, o IBGE dividiu o território estadual em 4 
mesorregiões (Mata Paraibana, Agreste, Borborema e Sertão Paraibano, veja mapa 1) e em 23 
microrregiões, conforme Quadro 1, em anexo. 
 A seguir será feita uma apresentação dos principais aspectos do quadro natural de 
cada uma das mesorregiões do Estado. 
 
III – PRINCIPAIS ASPECTOS DO QUADRO NATURAL DAS MESORREGIÕES 
 
3.1 - Mesorregião da Mata Paraibana 
 
A mesorregião da Mata Paraibana ocupa a porção oriental da Paraíba. Com uma área 
de 5.242 km
2
, equivalente a 9,3% do território estadual. Essa mesorregião é formada por 
quatro microrregiões e trinta municípios. Ela detinha, em 2010, uma população de 1.391.808 
habitantes o que representava 37% da população paraibana. A densidade demográfica, nesse 
ano, era da ordem de 265,5 hab/km
2
. 
 O clima é tropical úmido com chuvas de outono inverno e temperaturas médias acima 
de 23º C. A precipitação pluviométrica é elevada, situando-se entre 1.200 e 2.000 mm, em 
média anual (ver Figura 2 no anexo). Os meses mais chuvosos são junho, julho e agosto. 
A hidrografia da Zona da Mata Paraibana é constituída por rios perenes. Essa 
mesorregião é cortada pelos seguintes rios: Camaratuba, Mamanguape, Miriri, Paraíba, 
Gramame e Abiá (ou Abiaí). Apenas as bacias dos rios Miriri, Gramame e Abiá estão 
inseridas inteiramente na mesorregião. As bacias dos rios Mamanguape e Camaratuba 
 
2
 O “Polígono das Secas” foi criado em 1936 (Lei n, 175). Em 2005, houve uma revisão da região semiárida 
brasileira, através da Portaria n. 89 do Ministério da Integração Nacional. A área do território paraibano incluía 
no Polígono da Secas representa cerca de 73% do Estado. 
 
Sertão 
Paraibano 
Borborema 
Agreste 
Paraibano 
Mata 
Paraibana 
 
 
263 km 
443 km 
3 
 
também cortam a mesorregião do Agreste Paraibano. A bacia do Paraíba, a maior bacia 
hidrográfica do Estado, ocupa áreas da Borborema, do Agreste e da Zona da Mata (trechos do 
alto, médio e baixo Paraíba, respectivamente). 
Dentre esses rios, o mais importante é o rio Paraíba, seja pelo seu potencial hídrico 
seja pelo papel desempenhado no processo de ocupação do território estadual, pois foi a 
principal via de penetração para o interior do Estado. 
Do ponto de vista da interação do relevo, da vegetação e do solo, podem ser 
distinguidas três unidades espaciais nessa mesorregião: a baixada litorânea ou planície 
costeira, os tabuleiros costeiros ou baixos planaltos costeiros e as várzeas (veja Mapa 2a). 
Mapa 2a – Geomorfologia da Paraíba (Zona da Mata) 
 
 
 
3.1.1 Baixada litorânea ou planície costeira 
Trata-se de uma estreita faixa de terra que se estende por toda área litorânea no 
sentido norte-sul desde os limites com o estado do Rio Grande do Norte, até a fronteira com 
Pernambuco. O relevo varia entre 0 e 10 metros de altitude. Nessa faixa encontram-se praias, 
dunas, planícies de restinga e planícies de mangue (veja Fotos de 1 a 4). As praias situam-se 
na área banhada pelo mar, sendo mais estreitas na porção sul do litoral e mais largas no litoral 
norte, dependendo do avanço ou não das falésias. As dunas são formações arenosas que estão 
em constante movimento pela ação dos ventos. As planícies de restinga mais extensas são a 
de Cabedelo, que se estende desde o bairro de Manaíra até a cidade de cabedelo (veja foto 3) 
e a planície de Pitimbu. As planícies de manguezais estão situadas na foz dos rios. As mais 
importantes são as situadas na foz do rio Paraíba, do rio Mamanguape e do rio Camaratuba. 
A vegetação dessa área é bastante diversificada. Nas praias e dunas tem-se uma 
vegetação rasteira, a exemploda salsa de praia. Nas planícies de restinga, havia a ocorrência 
da Mata Atlântica que foi praticamente devastada. Um testemunho dessa vegetação é a 
Reserva Nacional da Mata de Restinga (Mata do Amém) na planície de Cabedelo (veja Foto 
3). Na planície da restinga também se encontra uma vegetação típica a exemplo do cajueiro e 
do coco de praia. A vegetação dessa área tem sofrido uma forte pressão do processo de 
Planície 
Costeira 
Depressão 
sublitorânea 
Depressão do 
Curimataú 
Brejos 
serranos 
Brejos 
serranos 
Várzeas 
Tabuleiros 
Várzeas 
Tabuleiros 
4 
 
urbanização, seja com a construção de edifícios, de condomínios fechados, de áreas 
comerciais, a exemplo do que vem ocorrendo ao longo do trecho da BR 230 entre João 
Pessoa e Cabedelo. 
 
 
Foto 1 - Praia de Carapibus, no município do Conde 
 
 
Foto 2 – Dunas no município de Mataraca 
 
Foto 3 – Planície de Restinga de Cabedelo Foto 4 - Planície de Mangue 
 
As planícies situadas na foz dos rios são cobertas pela vegetação do manguezal (veja 
Foto 4). Trata-se de uma vegetação típica dessa área, que pode atingir até 20 metros de altura. 
Em virtude da grande quantidade de enxofre no solo o manguezal desenvolveu raízes aéreas. 
Essa vegetação tem sofrido um processo crescente de agressão, apesar de ser protegida pela 
legislação. O processo de urbanização e a expansão da carcinicultura têm sido os principais 
vetores de pressão. À exceção dos solos de manguezais, de um modo geral os solos dessa 
área são formados por areias quartzosas com baixa ou nula capacidade de utilização agrícola. 
3.1.2 Tabuleiros Costeiros ou Baixos Planaltos Costeiros 
 
Logo após a planície costeira, estendem-se os tabuleiros costeiros, também denominados 
de baixos planaltos costeiros. Eles avançam por vezes até o mar, dando origem a falésias 
vivas (veja Foto 5) que recuam muito rapidamente em virtude da inconsistência do material 
argilo-arenoso do “Barreiras”, transformando-se em falésias mortas (veja Foto 6). 
 
Foto 5 – Falésia viva do Cabo Branco 
 
Foto 6 – Falésia morta do Cabo Branco e Planalto Costeiro 
Falésia viva do Cabo Branco 
Falésias morta do Cabo Branco 
Baixo Planalto Costeiro 
Mata do Amém 
5 
 
A altitude dessa região varia entre 17 e 200 metros de altitude. Ela estende-se no sentido 
leste-oeste em torno de 60 quilômetros. O relevo apresenta topos planos, como pode ser visto 
pela Foto 6, daí a denominação de baixo planalto costeiro. 
A vegetação primitiva dos tabuleiros era constituída da Mata Atlântica e dos cerrados de 
Tabuleiros. Essa vegetação tem sofrido um processo histórico de degradação. No entanto, ela 
foi acelerada a partir da segunda metade da década de 1970, com o lançamento do Programa 
Nacional do Alcool (PROÁLCOOL)
3
. Para expandir a plantação da cana, houve um intenso 
desmatamento em toda a região dos tabuleiros. 
Os solos são arenosos e argilo-arenosos (com predomínio das areias quatzosas distróficas 
e dos solos podzólicos vermelho-amarelo). São solos pobres e ácidos. Para o uso agrícola 
esses solos necessitam de correção (calagem) pare reduzir a acidez e de incorporação de 
adubos. Em virtude dessas características, esses solos foram pouco utilizados para 
agricultura, à exceção de áreas utilizadas por pequenos produtores rurais, sob a forma de 
posse ou de parcerias. Só com o Proalcool, em virtude da disponibilidade de recursos e da 
elevação do preço do petróleo é que ficou viável a incorporação produtiva dessa área para a 
expansão canavieira. 
 
3.1.3 As Várzeas 
 
As várzeas correspondem aos vales dos rios que deságuam no mar a partir do trecho onde 
a influência é essencialmente fluvial. As planícies de várzea ou aluviais do estado da Paraíba 
apresentam-se amplas apenas no baixo curso dos rios, estreitando-se em direção ao interior. 
Destacam-se como mais importantes as várzeas do rio Paraíba, do rio Mamanguape, do rio 
Miriri, do rio Camaratuba, do rio Gramame-Mumbaba e do rio Abiaí. As várzeas mais 
extensas e largas são as do Rio Paraíba (veja Fotos 7 e 8). 
A vegetação primitiva dessas áreas pertencia à Mata Atlântica. A intensificação da 
expansão canavieira levou à gradativa destruição dessa vegetação, não respeitando nem 
mesmo as matas ciliares. 
 
 
Foto 7 – Várzea do Rio Paraíba com plantio de 
cana. No horizonte, o tabuleiro ou baixo planalto 
costeiro. 
 
Foto 8 – Leito do rio Paraíba, que tem sofrido 
um intenso processo de açoreamento com a 
retirada das matas ciliares. 
 
Os solos dessa área são o resultado da sedimentação de matérias orgânicas, trazidas seja 
pelas enchentes dos rios seja pela erosão das encostas. É encontrado também o solo tipo 
 
3
 Esse Programa foi lançado em 1975. Diante da crise desencadeada pela elevação do preço do petróleo pela 
OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 1973, o Governo brasileiro decidiu incentivar a 
produção do álcool para substituir o consumo de gasolina. Para tanto o governo concedeu fortes incentivos 
fiscais e disponibilizou crédito abundante e barato aos plantadores de cana e aos produtores de álcool. 
6 
 
massapé. Em virtude da alta fertilidade desses solos e da sua facilidade de manejo, essas 
áreas foram e ainda são largamente utilizadas para a exploração canavieira. 
A hidrografia dessa área é constituída de rios permanentes, a exemplo da região do Baixo 
Paraíba, da bacia dos rios Mamanguape, Camaratuba, Miriri, Abiaí e Gramame. Destaca-se 
também a barragem de Gramame-Mamuaba, com uma capacidade de 56,9 milhões de metros 
cúbicos, que abastece a grande João Pessoa. 
 
3.2 - Mesorregião do Agreste Paraibano 
 
A mesorregião do Agreste Paraibano compreende uma área de 12.914,069 km², 
equivalente a 28,9% do território estadual. Ela limita-se ao norte com o Rio Grande do Norte, 
ao sul com a Mata pernambucana, ao leste com a mesorregião da Mata Paraibana e ao oeste 
com a mesorregião da Borborema. É formada por 8 microrregiões, agregando 66 municípios. 
De acordo com o censo demográfico de 2010, a população era de 1 213 279. Comparando o 
tamanho da população com a área, tem-se uma densidade demográfica da ordem de 93,9 
hab/km
2
. 
O Agreste é uma área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, estendendo-se desde 
o Rio Grande do Norte até a Bahia. Na Paraíba, a região agrestina estende-se no sentido 
norte-sul, situando-se entre a mesorregião da Mata Paraibana e da Borborema (veja Mapa 
1).Uma característica importante do Agreste é a diversidade dos aspectos naturais, bem como 
das formas de uso do solo, daí ser comparado a um verdadeiro mosaico (ANDRADE, 1963). 
No Estado da Paraíba, o Agreste também guarda essa diversidade. Levando em 
consideração o relevo, a vegetação, o solo, o clima e a hidrografia, é possível identificar seis 
áreas distintas, a seguir apresentadas: Depressão sublitorânea, Esporões da Borborema, 
Escarpa Oriental da Borborema, Brejos Serranos e Depressão do Curimataú (veja Mapa 2b). 
 
Mapa 2b – Geomorfologia da Paraíba (Agreste Paraibano) 
 
 
 
 
 
Depressão 
sublitorânea 
Depressão do 
Curimataú 
Brejos 
serranos 
Brejos 
serranos 
Depressão 
sublitorânea 
Depressão do 
Curimataú 
Esporões da 
Borborema 
Escarpa oriental 
da Borborema 
Brejos 
serranos 
Brejos 
serranos 
Várzeas 
Tabuleiros 
7 
 
3.2.1 Depressão sublitorânea 
 
A depressão sublitorânea localiza-se à retaguarda dos baixos planaltos costeiros (veja 
Mapa 2). Recebe essa denominação porque é uma área deprimida em relação às áreas 
vizinhas. O clima influenciado pelo relevo, do tipo tropical subúmido,com precipitações 
entre 800 e 1200 mm em média anual, umidade relativa do ar mais baixa do que na região da 
Mata. Predomina o tipo de solo bruno não cálcico de aptidão média para a agricultura. 
Por se tratar de uma área de transição, pode-se encontrar tanto as formações vegetais 
típicas da Mata Atlântica e da Caatinga. Essa vegetação atualmente encontra-se bastante 
descaracterizada em decorrência, sobretudo, da expansão da atividade agropecuária. 
Essa região é banhada pelos rios Paraíba (médio curso) e Mamanguape e pelos seus 
afluentes. Influenciada pelo clima, a hidrografia apresentava alguns rios temporários. Graças 
à construção de barragens, alguns desses rios tornaram-se permanentes. 
 
3.2.2 Esporões da Borborema 
 
Constituem os primeiros degraus do planalto da Borborema (veja Mapa 2), com altitudes 
que podem alcançar 350 m, apresentam solos mais profundos e clima local mais suave. 
 
3.2.3 Escarpa Oriental da Borborema 
 
Essa área corresponde à frente oriental do planalto da Borborema (veja Mapa 2) 
apresentando um relevo muito movimentado com serras e vales profundos. Essa área 
coincide com o Brejo Paraibano. A altitude média é de 600 metros. 
 O clima, influenciado pela altitude, apresenta temperaturas suaves, principalmente no 
inverno, quando pode atingir uma média de 16ºC, com chuvas de outono-inverno e 
precipitações entre 1200 e 1500 mm em média anual. 
A vegetação original apresentava ocorrências de Mata de Altitude. Essa vegetação foi 
praticamente eliminada. Existem, atualmente, alguns testemunhos dessa vegetação primitiva 
a exemplo da Mata de Paus Ferro, em Areia, área de preservação determinada pela UNESCO, 
em fase de recuperação. 
Em virtude das altas precipitações pluviométricas, a hidrografia é perene. Nessa área, 
registram-se algumas nascentes de rios, inclusive a do rio Mamanguape. Foram construídos 
alguns açudes como Pirpirituba (em Pirpirituba com 4,6 milhões de m
3
), Canafístula II (em 
Borborema com 4,1 milhões de m
3
), Vaca Brava (em Areia com 3,7 milhões de m
3
). 
 
 
Foto 9 – Pedra da Boca na serra de Araruna 
 
Foto 10 – Paisagem da Serra do Cuité 
 
 
8 
 
3.2.4 Brejos Serranos 
 
Os Brejos Serranos são áreas que se localizam ao norte e ao sul da mesorregião do 
Agreste (veja Mapa 2). Ao norte, destacam-se as Serras de Araruna e Cuité. Ao sul, 
destacam-se as Serras de Natuba e de Umbuzeiro. 
Eles constituem conjunto de serras que originam microclimas locais mais suaves (embora 
bem menos que na escarpa oriental da Borborema) com precipitação pluviométrica em torno 
de 800 a 1200 mm em média anual. 
Os solos mais férteis, o clima mais suave, uma umidade um pouco maior do que as das 
áreas semi-áridas conferem a estas serras um caráter peculiar que possibilita o 
desenvolvimento de uma agricultura diversificada. 
A vegetação dessa área é constituída pela caatinga arbóreo-arbustiva e pela mata seca de 
altitude. Esses dois tipos de vegetação já estão muito descaracterizadas pela utilização dos 
solos para as atividades agrícola e pecuária. 
 
3.2.5 Depressão do Curimataú 
 
Área deprimida situada entre os Brejos Serranos do Norte e o Brejo Paraibano (veja 
Mapa 2). O clima é semiárido, com baixa e irregular precipitação pluviométrica 
(predominando as precipitações entre 400 e 600 mm de média anual). 
Predomina a vegetação de Caatinga, já bastante degradada pela utilização agrícola dos 
solos e, sobretudo, pelo avanço da pecuária na segunda metade do século XX. 
A hidrografia é caracterizada pela presença de rios e riachos temporários com destaque 
para a bacia hidrográfica do Curimataú cujo rio principal, o Curimataú, nasce na região e 
deságua no mar no estado vizinho do Rio Grande do Norte. A escassez de água levou à 
construção de alguns açudes a exemplo de Cacimba de Várzea (em Cacimba de Dentro com 
9,2 milhões de m
3
), Poleiros (em Barra de Santa Rosa com 7,9 milhões de m
3
) e Curimataú 
(em Barra de Santa Rosa com 5,9 milhões de m
3
). 
A última unidade espacial do Agreste a ser registrada é a constituída pela áreas onduladas 
do planalto da Borborema e trecho da superfície plana do planalto situadas ao sul e a oeste de 
Campina Grande. 
 
3.3 Mesorregião da Borborema 
 
A mesorregião da Borborema compreende uma área de 15.817 km², equivalente a 28% do 
território estadual. Ela limita-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com 
Pernambuco, ao leste com a mesorregião do Agreste Paraibano e ao oeste com a mesorregião 
do Sertão Paraibano. É formada por 4 microrregiões, congregando 44 municípios. Segundo o 
censo demográfico de 2010, a população era de 298.263 habitantes, representando 7,9% da 
população estadual. Comparando o tamanho da população com a área da mesorregião, tem-se 
uma densidade demográfica da ordem de 18,8 hab/km
2
, a mais baixa densidade entre as 
mesorregiões. Esta baixa densidade demográfica reflete as limitações do quadro natural
4
. A 
seguir são detalhados os principais aspectos naturais da mesorregião. 
 
3.3.1 Relevo 
 
As principiais unidades do relevo encontradas na mesorregião são: 
 
4
 Borborema é uma palavra tupi que que significa terra seca, desocupada, de difícil plantio. 
9 
 
a) Superfície aplainada da Borborema: ocupa toda a retaguarda da escarpa oriental até os 
pediplanos sertanejos. Possui dois níveis de aplainamento: entre 600 e 750 metros de altitude 
na porção norte, a partir da altura de Campina Grande (superfície da Borborema), e entre 400 
e 500 metros na porção sul (superfície dos Cariris); 
 
Mapa 2c – Geomorfologia da Paraíba (Borborema) 
 
 
 
 
b) Escarpa Ocidental da Borborema: no contato com o Pediplano Sertanejo, caracteriza-
se por apresentar encostas muito erodidas em virtude da vegetação esparsa, resultando em 
solos semi-expostos. A linha da encosta é tortuosa e entalhada pela drenagem. 
 
Foto 11 – Descida da escarpa ocidental da 
Borborema 
 
Foto 12 – Paisagem da escarpa ocidental da 
Borborema 
c) Serras da porção meridional e os alinhamentos residuais: conjunto de serras no limite 
com Pernambuco ao sul do entalhe do rio Paraíba, com cotas altimétricas da ordem de 800 
metros, podendo chegar até 1000 metros como na Serra do Carnoió, em Cabaceiras. 
 
3.3.2 Clima 
O clima é o semi-árido seco com precipitações pluviométricas muito baixas entre 350-700 
mm e médias anuais de cerca de 400mm. Grande irregularidade do regime pluviométrico. As 
Depressão 
sublitorânea 
Depressão do 
Curimataú 
Brejos 
serranos 
Brejos 
serranos 
Várzeas 
Tabuleiros 
Superfície aplainada 
da Borborema 
Escarpa ocidental 
da Borborema 
 
Serras da porção meridional 
10 
 
mais baixas médias são encontradas em Cabaceiras (aproximadamente 280mm). A 
temperatura média anual é superior a 24
0
C, sendo a média das máximas em torno de 28°C e a 
média das mínimas em torno de 19°C. 
 
3.3.3 Solos 
 
Há o predomínio do solo bruno não cálcico. Este tipo de solo ocorre na maior parte do 
território paraibano com destaque para as microrregiões situadas na região semiárida, tais 
como as do Cariri Oriental, do Cariri Ocidental e do Seridó Oriental. 
 
3.3.4 Recursos minerais 
 
No que se refere à produção mineral, a Borborema projeta-se no conjunto do Estado por 
apresentar na sua porção setentrional, a área de maior concentração das ocorrências minerais 
do território estadual, com realce para os minerais de pegmatito (tantalita, columbita, 
molibdenita, etc), para o caulim e a scheelita. 
 
 
Foto 13 – Rejeito da exploração de caulim em 
Junco do Seridó 
 
Foto 14 – Comercialização de quartzoem 
Junco do Seridó 
3.3.5 Vegetação 
 
Predomina a vegetação de caatinga (mata branca). A vegetação de caatinga é 
caracterizada por ser caducifólica, espinhosa, com folhas pequenas ou sem folhas para reduzir 
ao máximo a perda de água pela transpiração. Na Borborema é abundante a presença de 
cactos como mandacaru, xique-xique, macambira e coroa de frade. 
 
 
Foto 15 - Xique –xique em área de solo 
exposto no Seridó 
 
Foto 16 – Aspectos da vegetação da Caatinga 
 
11 
 
3.3.6 Hidrografia 
 
A hidrografia da Borborema é caracterizada por rios temporários de regime torrencial 
durante o período chuvoso. Destaca-se o alto curso do rio Paraíba cujas nascentes situam-se 
no município de Monteiro. Merece menção a sub-bacia do rio Taperoá, afluente do Paraíba, 
que compreende 23 municípios. Algumas barragens importantes também destacam-se na 
paisagem regional: Epitácio Pessoa (em Boqueirão com 411,6 mil m3), Cordeiro (no Congo 
com 69,9 milhões de m
3
), Camalaú (em Camalaú com 48,1 milhões de m
3
),Sumé (em Sumé 
com 44,8 milhões de m
3
), Mucutu (em Juazeirinho com 27,6 milhões de m
3
) etc. 
 
3.4 Mesorregião do Sertão Paraibano 
 
A mesorregião do Sertão Paraíbano possui uma área de 22.466 Km², o equivalente a 
cerca de 40% do território paraibano. Ela está dividida em sete microrregiões (Cajazeiras, 
Catolé do Rocha, Itaporanga, Patos, Piancó, Sousa e Serra do Teixeira). Situa-se na porção 
oeste da Paraíba, limitando-se ao norte com o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco, 
a oeste com o Ceará e a leste com a mesorregião da Borborema. 
Os solos da região são rasos e pedregosos, com baixa presença de matéria orgânica. 
Em relação aos recursos hídricos, destaca-se a presença de rios, na sua maioria são 
temporários. Esses rios, graças às obras hidráulicas, foi possível perenizar importantes rios da 
região como os rios Piranhas, Piancó e do Peixe. Dentre os açudes construídos na região 
merecem destaque: Coremas/Mãe d’Água (em Coremas com 1,3 bilhão m3), Engenheiro 
Ávidos (em Cajazeiras com 255 milhões m
3
), Saco (em Nova Olinda com 97 milhões m
3
), 
Lagoa do Arroz (em Cajazeiras com 80 milhões m
3
), Cachoeira dos Cegos (em Catingueira 
com 71 milhões m
3), Jenipapeiro (em Olho d’Água com 70 milhões m3), Capoeira (em Santa 
Terezinha com 54 milhões m
3
), São Gonçalo (em Sousa com 44 milhões m
3
) e Engenheiro 
Arcoverde (em Condado com 36,8 milhões m
3
). Nos açudes de São Gonçalo e Engenheiro 
Arcoverde foram implantados perímetros irrigados sob a responsabilidade do DNOCS. Nos 
açudes Lagoa do Arroz e Capoeira também foram implantados projetos de irrigação sob a 
responsabilidade do governo estadual. 
A população do Sertão Paraibano, em 2010, era de 863,1 mil habitantes, correspondendo 
a 22,9% da população estadual. Comparando o tamanho da população com a área da 
mesorregião, tem-se uma densidade demográfica da ordem de 43,1 hab/km
2
. 
Quanto aos aspectos naturais, nessa mesorregião podem ser encontradas três grandes 
unidades morfológicas, a saber: Depressão ou superfície sertaneja, serras sertanejas e 
depressão cretácea do Rio do Peixe (veja Mapa 2d). 
 
3.4.1 A depressão ou superfície sertaneja 
 
A depressão sertaneja (veja Mapa 2) situa-se logo após a escarpa oriental da 
Borborema. Tem uma altitude média entre 250 e 300m. O relevo é plano com alguns morros 
isolados (inselbergs). São encontradas várias depressões: depressão de Patos, a depressão do 
Piancó e a depressão do rio Piranhas. Nos pediplanos sertanejos predomina o clima Aw’ de 
Köppen. Nessa área, os solos são pedregosos e rasos, muito erodidos de fertilidade média 
limitada pela carência hídrica. A caatinga arbóreo-arbustiva hoje bastante descaracterizada 
predomina nesta área. A precipitação pluviométrica apresenta média anual entre 600 e 800 
mm. O regime pluviométrico além de irregular apresenta uma forte concentração de chuvas 
em poucos meses (janeiro-maio). 
12 
 
 
Foto 16 – Depressão sertaneja, vendo-se os 
inselbergs 
 
Foto 17 – Subida da serra de Teixeira, vendo-se 
ao fundo a Depressão Sertaneja 
 
Mapa 2d – Geomorfologia da Paraíba (Sertão Paraibano) 
 
 
 
3.4.2 As serras sertanejas 
As áreas limítrofes com Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte são caracterizadas 
pela presença de serras, denominadas de Serras Sertanejas (veja Mapa 2). O conjunto de 
serras, que se dispõe a sudoeste do Estado no sentido leste-oeste, denomina-se Serra do 
Teixeira. Ele apresenta uma linha de escarpa muito íngreme, com desníveis que podem 
alcançar até 500 metros na porção voltada para a superfície sertaneja. Blocos graníticos 
(matacões) que formam os “mares de pedra” ou “caos de blocos” são comuns na superfície 
dessas serras que apresentam altitudes médias em torno de 700 metros. O pico mais elevado 
do estado, o Pico do Jabre, com 1.197 metros de altitude (segundo as cartas topográficas da 
SUDENE), destaca-se na altura dos municípios de Teixeira e Maturéia. Além da Serra de 
Teixeira distingue-se a Serra de Monte Horebe, a oeste, entre o município do mesmo nome e 
o Estado do Ceará. Essas serras imprimem modificações no quadro climático local e regional 
em virtude de sua disposição perpendicular às correntes aéreas dominantes. Nas regiões 
Depressão 
sublitorânea 
Depressão do 
Curimataú 
Brejos 
serranos 
Brejos 
serranos 
Várzeas 
Tabuleiros 
Depressão cretácea 
do Rio do Peixe 
Depressão 
sertaneja 
Serras 
sertanejas 
13 
 
serranas os índices pluviométricos variam entre 800/900 mm e até 1.000 mm em média anual, 
nos anos bons de chuva. Os solos são do tipo Latossol e Podzólico vermelho amarelo. 
 
 
3.4.3 A depressão cretácea do Rio do Peixe 
 
A depressão cretácea do Rio do Peixe situa-se no extremo noroeste do estado (veja 
Mapa 2) e constitui uma bacia sedimentar de forma alongada “com cerca de 75 km de 
comprimento entre Pombal (PB) e Umari(CE) e com 20 km de largura no trecho mais 
amplo” (CARVALHO, 1982:61). Com altitude média em torno de 200 metros, é um pouco 
mais baixa do que os pediplanos vizinhos apresentando em relação a estes, desníveis de até 
50 metros. Em relação aos inselbergs próximos, o desnível até os topos é da ordem de 200 
metros em média. Nesta área, que a drenagem rebaixou a partir da Superfície Sertaneja, o 
relevo é plano, pouco expressivo, apenas trabalhado pelos rios do Peixe, Piranhas e seus 
afluentes. A vegetação de Caatinga e a presença da oiticica conferem uma particularidade 
especial à paisagem regional. Predominam os solos bruno não cálcico e eutróficos 
(CARVALHO, 1982:61). 
 
IV CONCLUSÃO 
 
O estado da Paraíba, apesar da sua pequena dimensão, possui uma grande diversidade 
nos seu quadro natural. O fato da maior parte do território estadual estar incluída no chamado 
Polígono das Secas representa uma grande limitação ao desenvolvimento da agropecuária. A 
escassez de recursos hídricos limita a possibilidade do uso da irrigação, particularmente nos 
períodos cíclicos de seca. Destaca-se também a escassez dos recursos minerais no território 
paraibano. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Cristiano das Neves. Análise de dados pluviométricos. 2007. Disponível em: 
http://lrh.ct.ufpb.br/almeida/material/05%20-
%20Consistencia%20de%20dados%20pluviom%C3%A9tricos.pdf 
 
ANDRADE, Manuel Correia de. A terra e o homem no Nordeste. 
 
CARVALHO, Maria Gelsa R. F. de. Estudo da Paraíba. Classificação Geomorfológica. João 
Pessoa: Universitária/UFPB, 1982. 
 
MELO, Mario Lacerda de. Regionalização Agrária do Nordeste. Recife: Sudene, 1977. 
 
MOREIRA, Emilia de Rodat Fernandes. Mesorregiões e microrregiões da Paraíba: 
delimitaçãoe caracterização. João Pessoa: GAPLAN, 1988. 
 
 FRANCISCO, Paulo Roberto Megna. Classificação e mapeamento das terras para mecanização 
agrícola do estado da Paraíba utilizando sistema de informações geográficas. Areia: CCA/UFPB, 
dissertação de mestrado, 2010. 
 
 
 
 
14 
 
ANEXOS 
 
Quadro 1 – Paraíba: Divisão em mesorregiões e em microrregiões 
Mesorregiões Microrregiões Municípios 
Mata 
Paraibana 
João Pessoa Bayeux, Cabedelo, Conde, João Pessoa, Lucena e Santa Rita 
Litoral Norte 
Baía da Traição, Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima, Itapororoca, 
Jacaraú, Mamanguape, Marcação, Mataraca, Pedro Régis e Rio Tinto 
Litoral Sul Alhandra, Caaporã, Pedras de Fogo e Pitimbu 
Sapé 
Cruz do Espírito Santo, Juripiranga, Mari, Pilar, Riachão do Poço, São José dos 
Ramos, São Miguel de Taipu, Sapé e Sobrado 
Agreste 
Paraibano 
Brejo Paraibano 
Alagoa Grande, Alagoa Nova, Areia, Bananeiras, Borborema, Matinhas, Pilões 
e Serraria 
Campina Grande 
Boa Vista, Campina Grande, Fagundes, Lagoa Seca, Massaranduba, Puxinanã, 
Queimadas e Serra Redonda 
Curimataú 
Ocidental 
Algodão de Jandaíra, Arara, Barra de Santa Rosa, Cuité, Damião, Nova 
Floresta, Olivedos, Pocinhos, Remígio, Soledade e Sossêgo 
Curimataú 
Oriental 
Araruna, Cacimba de Dentro, Campo de Santana, Casserengue, Dona Inês, 
Riachão e Solânea 
Esperança Areial, Esperança, Montadas, São Sebastião de Lagoa de Roça 
Guarabira 
Alagoinha, Araçagi, Belém, Caiçara, Cuitegi, Duas Estradas, Guarabira, Lagoa 
de Dentro, Logradouro, Mulungu, Pilõezinhos, Pirpirituba, Serra da Raiz, 
Sertãozinho 
Itabaiana 
Caldas Brandão, Gurinhém, Ingá, Itabaiana, Itatuba, Juarez Távora, Mogeiro, 
Riacháo do Bacamarte, Salgado de São Félix 
Umbuzeiro Aroeiras, Gado Bravo, Natuba, Santa Cecília e Umbuzeiro 
Borborema 
Cariri Ocidental 
Amparo, Assunçao, Camalaú, Congo, Coxixola, Livramento, Monteiro, Ouro 
Velho, Parari, Prata, São João do Tigre, São José dos Cordeiros, São Sebastião 
do Umbuzeiro, Serra Branca, Sumé, Taperoá e Zabelê 
Cariri Oriental 
Alcantil, Barra de Samtana, Barra de São Miguel, Boqueirão, Cabaceiras, 
Caraúbas, Caturité, Gurjão, Riacho de Santo Antonio, Santo André, São 
Domingos do Cariri, São João do Cariri 
Seridó Ocidental 
Jundo do Seridó, Salgadinho, Santa Luzia, São José do Sabugi, São Mamede, 
Várzeas 
Seridó Oriental 
Baraúna, Cubati, Frei Martinho, Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, 
Picuí, Seridó e Tenório 
Sertão 
Paraibano 
Cajazeiras 
Bernardino Batista, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, 
Cajazeiras, Carrapateira, Monte Horebe, Poço Dantas, Poço de José de Moura, 
Santa Helena, Santarém, São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas, 
Triunfo e Uiraúna 
Catolé do Rocha 
Belém do Brejo do Cruz, Bom Sucesso, Brejo do Cruz, Brejo dos Santos, 
Catolé do Rocha, Jericó, Lagoa, Mato Grosso, Riacho dos Cavalos, São Bento, 
São José do Brejo do Cruz 
Itaporanga 
Boa Ventura, Conceição, Curral Velho, Diamante, Ibiara, Itaporanga, Pedra 
Branca, Santa Inês, Santana de Mangueira, São José de Caiana, Serra Grande 
Patos 
Areia de Baraúna, Cacimba de Areia, Mãe d’Água, Passagem, Patos, Quixaba, 
Santa Teresinha, São José de Espinharas e São José do Bonfim 
Piancó 
Aguiar, Catingueira, Coremas, Emas, Igaracy, Nova Olinda, Olho d’Água, 
Piancó e Santana dos Garrotes 
Serra do Teixeira 
Água branca, Cacimbas, Desterro, Imaculada, Juru, Manaíra, Maturéia, 
Princesa Isabel, São José de Princesa, Tavares e Teixeira 
Sousa 
Aparecida, Cajazeirinhas, Condado, Lastro, Malta, Marizópolis, Nazarezinho, 
Paulista, Pombal, Santa Cruz, São Bentinho, São Domingos de Pombal, São 
Francisco, São José da Lagoa Tapada, Sousa, Vieirópolis, Vista Serrana 
15 
 
Mapa das microrregiões do Estado da Paraíba 
 
 
1- Brejo Paraibano 
2- Cajazeiras 
3- Campina Grande 
4- Cariri Ocidental 
5- Cariri Oriental 
6- Catolé do Rocha 
7- Curimataú Ocidental 
8- Curimataú Oriental 
9- Esperança 
10 10 Guarabira 
11 Itabaiana 
12 Itaporanga 
13 João Pessoa 
14 Litoral Norte 
15 Litoral Sul 
16 Patos 
17 Piancó 
18 Sapé 
19 Seridó Ocidental 
Paraibano 
20 Seridó Oriental 
Paraibano 
21 Serra do Teixeira 
22 Sousa 
23 Umbuzeiro 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
Figura 2 – Estado da Paraíba: Isoietas para o estado da Paraíba 
Fonte: ALMEIDA (2007). 
 
 
Mapa da do relevo do estado da Paraiba. 
 Fonte: ALMEIDA (2007) 
17 
 
 
18 
 
RELAÇÃO DOS AÇUDES MONITORADOS PELA AESA 
 
Bacia / Município Açude Capacidade 
Máxima (m3) 
Bacia do Camaratuba 
Duas Estradas Duas Estradas 410.260 
Serra da Raiz Suspiro 276.400 
Bacia do Curimatau 
Algodão de Jandaíra Algodão 1.025.425 
Barra de Santa Rosa Curimataú 5.989.250 
Barra de Santa Rosa Poleiros 7.933.700 
Cacimba de Dentro Cacimba de Várzea 9.264.321 
Bacia do Espinharas 
Patos Farinha 25.738.500 
Patos Jatobá 17.516.000 
Santa Teresinha Capoeira 53.450.000 
Teixeira Bastiana 1.271.560 
Teixeira Riacho das Moças 6.413.411 
Teixeira Sabonete 1.952.540 
Teixeira São Francisco II 4.920.720 
Bacia do Gramame 
Conde Gramame-Mamuaba 56.937.000 
Bacia do Jacu 
Cuité Boqueirão do Cais 12.367.300 
Bacia do Mamanguape 
Araçagi Araçagi 63.289.037 
Areia Vaca Brava 3.783.556 
Areial Covão 672.260 
Bananeiras Lagoa do Matias 1.239.883 
Borborema Canafístula II 4.102.626 
Cuitegi Tauá 8.573.500 
Juarez Távora Brejinho 789.000 
Mamanguape Jangada 470.000 
Massaranduba Sindô Ribeiro 3.022.715 
Montadas Emídio 461.151 
Pirpirituba Pirpirituba 4.666.188 
Serra Redonda Chupadouro II 634.620 
São Sebastião de Lagoa de Roça São Sebastião 453.075 
Bacia do Peixe 
Cachoeira dos Índios Cachoeira da Vaca 339.156 
Cajazeiras Lagoa do Arroz 80.220.750 
São Francisco Paraíso (Luiz Oliveira) 5.340.024 
São João do Rio do Peixe Chupadouro I 2.764.100 
São João do Rio do Peixe Pilões 13.000.000 
Triunfo Gamela 472.926 
Uiraúna Arrojado 3.596.180 
Uiraúna Capivara 37.549.827 
Bacia do Piancó 
Agua Branca Bom Jesus II 14.174.382 
19 
 
Aguiar Frutuoso II 3.517.220 
Catingueira Cachoeira dos Cegos 71.887.047 
Conceição Condado 35.016.000 
Conceição Serra Vermelha I 11.801.173 
Conceição Video 6.040.264 
Coremas Coremas – Mãe d’Água 1.358.000.000 
Curral Velho Bruscas 38.206.463 
Diamante Vazante 9.091.200 
Emas Emas 2.013.750 
Ibiara Piranhas 25.696.200 
Igaracy Cochos 4.199.773 
Imaculada Albino 1.833.955 
Itaporanga Cachoeira dos Alves 10.611.196 
Juru Glória 1.349.980 
Juru Timbaúba 15.438.572 
Manaíra Catolé I 10.500.000 
Nova Olinda Saco 97.488.089 
Olho dÁgua Jenipageiro 70.757.250 
Princesa Isabel Jatobá II 6.487.200 
Santa Inês Santa Inês 26.115.250 
Santana de Mangueira Poço Redondo 8.931.340 
Santana dos Garrotes Queimadas 15.625.338 
Serra Grande Cafundó 313.680 
São José de Caiana Pimenta 255.744 
Tavares Novo II 706.080 
Tavares Tavares II 9.000.000 
Região do Alto Curso do Rio Paraíba 
Barra de São Miguel Bichinho 4.574.375 
Boqueirão Epitácio Pessoa 411.686.287 
Camalaú Camalaú 48.107.240 
Caraúbas Campos 6.594.392 
Congo Cordeiro 69.965.945 
Monteiro Pocinhos 6.789.305 
Monteiro Poções 29.861.562 
Monteiro Serrote 5.709.000 
Monteiro São José II 1.311.540 
Ouro Velho Ouro Velho 1.675.800 
Prata Prata II 1.308.433 
Prata São Paulo 8.455.500 
Sumé Sumé 44.864.100 
São Domingos do Cariri São Domingos 7.760.200 
São Sebastião do Umbuzeiro Santo Antonio 24.424.130 
Região do Alto Curso do Rio Paraíba 
Ingá Chã dos Pereiras 1.965.600 
João Pessoa Marés 2.136.637 
Mari Olho d’Àgua 868.320 
Sapé SãoSalvador 12.657.520 
Região do Médio Curso do Rio Paraíba 
20 
 
Campina Grande José Rodrigues 22.332.348 
Fagundes Gavião 1.450.840 
Itatuba Acauã 253.000.000 
Massaranduba Massaranduba 604.390 
Puxinanã Milhã 802.684 
Riacho de Santo Antônio Riacho de Santo Antonio 6.834.000 
Região do Alto Curso do Rio Piranhas 
Bonito de Santa Fé Bartolomeu I 17.570.556 
Cajazeiras Engenheiro Ávidos 255.000.000 
Carrapateira Bom Jesus 343.800 
Sousa São Gonçalo 44.600.000 
São José da Lagoa Tapada Jenipapeiro 1.948.300 
São José de Piranhas São José I 3.051.125 
Região do Médio Curso do Rio Piranhas 
Belém do Brejo do Cruz Escondido 16.579.250 
Belém do Brejo do Cruz Tapera 26.418.660 
Brejo do Cruz Santa Rosa 2.843.984 
Condado Engenheiro Arcoverde 36.834.375 
Jericó Carneiro 31.285.875 
Riacho dos Cavalos Riacho dos Cavalos 17.699.000 
São José do Brejo do Cruz Baião 39.226.628 
Bacia do Seridó 
Picuí Caraibeiras 2.709.260 
Picuí Várzea Grande 21.532.659 
Santa Luzia Santa Luzia 11.960.250 
Seridó Felismina Queiros 2.060.000 
São José do Sabugi São José IV 554.100 
São Mamede São Mamede 15.791.280 
Várzea Várzea 1.132.975 
Bacia do Taperoá 
Desterro Jeremias 4.658.430 
Gurjão Gurjão 3.683.875 
Juazeirinho Mucutu 25.370.000 
Livramento Livramento (Russos) 2.432.420 
Olivedos OIlivedos 5.875.124 
Serra Branca Serra Branca I 2.117.062 
Serra Branca Serra Branca II 14.042.568 
Soledade Soledade 27.058.000 
São José dos Cordeiros São José III 956.000 
São João do Cariri Namorado 2.118.980 
Taperoá Lagoa do Meio 6.647.875 
Taperoá Taperoá II Marcionilo 15.148.900

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