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TRABALHO ESTRADAS

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC 
 
 
 
 
 
ADRIANO DE OLIVEIRA LEMOS 
ADÃO WAGNER FERREIRA 
AMANDA SCHWOLK DOS SANTOS 
BRUNA MIRELE JANTSCH 
FABIO MARTINHO 
MARLON HABLE 
 
 
 
 
EMPOLAMENTO E SUAS TAXAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAFRA 
2017 
ADRIANO DE OLIVEIRA LEMOS 
ADÃO WAGNER FERREIRA 
AMANDA SCHWOLK DOS SANTOS 
BRUNA MIRELE JANTSCH 
FABIO MARTINHO 
MARLON HABLE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPOLAMENTO E SUAS TAXAS 
 
 
Trabalho Acadêmico, apresentado como exigência 
para obtenção de nota na disciplina de Estradas 01, 
do curso de Engenharia Civil, ministrado pela 
Universidade do Contestado – UnC, Campus 
Mafra, sob Orientação do (a) Professor (a) 
Fernando Beneton Thieli. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAFRA 
2017 
RESUMO 
 
O presente tem como objetivo expor os conceitos básicos de empolamento e suas 
taxas, classifica-los em questão para assim, apresentar exemplos de onde este fator 
ocorre. A execução desse estudo foi composta através de uma pesquisa bibliográfica 
em relação há como trata-se o empolamento. Busca-se, portanto, avaliar a sua 
importância e quais são os tipos de empolamento mais comuns na atualidade e como 
são empregados, e também, mostrar como o ramo de terraplanagem torna-se 
altamente necessário a parte de reduzir os gastos. A partir desta pesquisa podemos 
concluir que temos que se atentar muito na hora de fazer os cálculos orçamentários 
de uma terraplanagem devido ao empolamento que ocorre. 
 
Palavras-Chave: Empolamento. Gastos. Taxa de Empolamento. Terraplanagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This aims to expose the basic concepts of blistering and their rates, ranks them in 
question to provide examples of where this factor occurs. The execution of this study 
was composed through a bibliographical research on relationship as it is the blistering. 
Search, therefore, evaluate your importance and what are the most common types of 
blistering today and how are employed, and also show how the Earth branch becomes 
highly necessary in part to reduce spending. From this research we can conclude that 
we have to pay attention too when making the budget calculations of an earthwork due 
to blistering that occurs. 
 
Keywords: Blistering. Expenses. Blistering rate. Earthwork. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Empolamento e Fator de Conversão…......................................................12 
Figura 2 – Empolamento e Fator de Conversão dos Volumes de Terra.......................15 
Figura 3 – Características Técnicas do CAP...............................................................17 
Figura 4 – Qualidade do Asfalto..................................................................................19 
Figura 5 – Rolos Compactadores................................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Empolamento e Fator de Conversão dos Volumes de Terra........................13 
Tabela 2 - FATOR DE CONVERSÃO DOS VOLUMES DE TERRA.............................14 
Tabela 3 – Coeficiente de Empolamento.....................................................................14 
Tabela 4 – Percentual de Compactação CBUQ...........................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E/OU SIGLAS 
 
ANP – Agência Nacional de Petróleo. 
CAP – Cimento Asfáltico de Petróleo. 
CBUQ – Cimento Betuminoso a Quente. 
DNIT – Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 9 
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 9 
1.1.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 9 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 10 
2.1 ARGILA ............................................................................................................... 15 
2.2 AREIA .................................................................................................................. 16 
2.3 CBUQ .................................................................................................................. 16 
2.3.1 Empolamento do CBUQ ................................................................................... 18 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 20 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Nos dias de hoje se tratando de construção civil o mercado está bastante 
competitivo, com tudo a crise vem afetado o meio como um todo, tornando cada vez 
mais necessário o planejamento de qualquer obra a ser executada. 
Do ponto de vista do empreendedor a necessidade de baratear a obra para 
obter um lucro maior torna cada vez mais necessário, independentemente do ramo, 
seja na parte de projeto, execução, reformas, na parte de terraplanagem, 
pavimentação, ou mesmo em uma construtora. 
Trazendo para o ramo de terraplanagem torna-se altamente necessário a parte 
de reduzir os gastos, pois um mínimo fator pode gerar um grande lucro, como também 
se mal administrado pode levar o empreendedor a ter um enorme prejuízo. 
Terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos 
gabaritos definidos em projeto. Naturalmente o solo possui uma compactação 
causada pela ação da umidade das chuvas, do calor e o vento que reduzem ou 
eliminam a presença da água e do ar entre os grãos que compõe o solo, 
proporcionando assim maior agregação (proximidade) de seus grãos, tornando o solo 
compactado, duro e firme. 
De maneira geral ela engloba os serviços de corte (escavação de materiais) e 
de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses 
dois serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis com 
o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia. 
Um fenômeno característico dos solos importante nos trabalhos de 
terraplanagem é o empolamento. Após a escavação o solo apresenta um volume solto 
(Vsolto) maior do que aquele em que se encontrava em seu estado natural (Vcorte). 
O fator de empolamento geralmente é apresentado em porcentagem e é definido pela 
seguinte expressão. 
f= 
Vsolto−Vcorte 
Vcorte
 
 
 
 
9 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
O objetivo geral que guiou o presente trabalho foi o de propor o significado de 
Empolamento e Taxa de Empolamento. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos
 Definir fatores existentes de uma obra de terrapleno; 
 Exemplificar o significado de Empolamento; 
 Classificar tipos de Taxas de Empolamento; 
 Apresentar exemplos de Empolamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
Terraplenagem é o ato de terraplenar, logo, é escavar ou encher de terra uma 
área, deixar o terreno aplainado ou em platôs bem definidos. Esta operação 
consiste em um conjunto de operações de escavação com transporte, 
espalhamento e compactação de terras. Tem como objetivo atender projetos 
topográficos, movimentando quantidades de solo para reforçá-lo ou torná-lo 
seguro. (DE AMORIM, 2010, p.1). 
 
De acordo com PINHAL (2009), 
Terraplanagem é o conjunto de atividades, que tem por objetivo deixar o 
terreno escolhido para a realização da obra, nos gabaritos definidos em 
projeto. Isto é, nessa fase da obra, serão realizadas operações que deixarão 
o local no nível estabelecido em projeto. Para isso, poderão ser realizados 
cortes e aterros nesse terreno. 
 
Segundo IRVINE (1990, p. 183), os trabalhos de movimentação de terra podem 
ser divididos em duas categorias: 
 Faixas longas e estreitas, como é o caso de rodovias e ferrovias; 
 Grandes áreas, como reservatórios. 
 
As obras de terrapleno podem traduzir em movimentação de solos, existem 
vários fatores a levar em conta nas obras: 
 Tipo do solo; 
 Tratasse de um solo bom ou ruim; 
 Atende as necessidades da obra; 
 Quantidade a ser movimentada; 
 Necessidade de comprar solo para inserir na obra; 
 Necessidade de descartar solo; 
 Necessidade da substituição do solo; 
 Grau de compactação; 
 Grau de permeabilidade, etc. 
 
Os estudos geotécnicos objetivam no que se refere ao subleito, a 
identificação, determinação de características tecnológicas e classificação 
dos materiais a serem escavados de rodovias não implantadas, visando 
fornecer subsídios para a execução do terraplenagem, estudos de drenagem 
subterrânea e futuro projeto de dimensionamento do pavimento. (DNIT, 2010, 
p. 160). 
 
11 
 
 
De acordo com DNIT (2010), os materiais encontrados no solo são divididos 
em três categorias: 
 Os materiais de 1ª categoria são caracterizados e classificados segundo 
o TRB, e os resultados correspondentes, que constam do perfil, referem-
se unicamente aos solos encontrados no intervalo de profundidade em 
que é coletada a amostra. A extensão do perfil, em que se supõe que o 
mesmo material ocorra, deve ser representada por indicação de textura. 
 Os materiais de 2ª categoria devem ser representados pelas 
convenções dos componentes predominantes, como blocos de rocha, 
matacões, rochas alteradas e solos em geral, após sua determinação 
pelo processo de sísmica de refração, eventualmente auxiliado pelo de 
eletrorresistividade ou pelo de sondagem rotativa. 
 Da mesma maneira, os materiais de 3ª categoria devem ser 
representados pela convenção de rocha, após sua determinação pelo 
processo de sísmica de refração, eventualmente auxiliado pelo de 
eletrorresistividade ou pelo da sondagem rotativa. 
 
As obras de terrapleno exigem uma grande gama de fatores que influenciam 
no seu valor, como o grande número de atividades que são executadas no local, 
dentre elas o corte do solo, aterro, compactação, substituição, bota fora e 
aplainamento, todo esse processo necessita de várias máquinas, algumas delas 
trabalhando simultaneamente e muitas vezes uma dependendo da outra para dar 
sequência a obra, então qualquer erro pode acabar elevando o custo e podendo 
também prejudicar o andamento da obra. 
A necessidade de ter a obra bem estruturada é por que muitas das vezes a obra 
é licitada com um valor fixo, com o empreendedor tendo que fazer um bota fora do 
solo ou tendo que comprar solo para inserir na obra ou até mesmo fazer a substituição 
de solo, tudo isso deve ser levando em consideração para que se tenha o mínimo de 
gastos possíveis para obter um maior lucro, pois o valor da licitação é feito a 
intermédio de tabelas em que o valor não está majorado, e o desconto que é dado na 
obra para ganhar a licitação tem que voltar a intermédio das estratégias que cada um 
traça. 
Com toda essa movimentação de solo é necessário um grande envolvimento 
de maquinas dentre elas caminhões, retroescavadeiras, tratores esteira, moto 
12 
 
 
niveladoras e por aí a fora, porém com tudo isso tem um fator crucial em toda essa 
movimentação de solo que é o fator de empolamento. 
Segundo Leandro (2015, p.1) define, “O empolamento de solo é um fenômeno 
característico dos solos onde há a expansão do material após sua escavação. ” 
De acordo com Aldo Dórea Mattos (2014, p.1), 
 
A esse fenômeno físico pelo qual o material escavado experimenta uma 
expansão volumétrica dá-se o nome de empolamento, expresso em 
percentagem do volume original. O empolamento varia com o tipo de solo ou 
rocha, o grau de coesão do material original e a umidade do solo. 
 
De acordo com CAIÇARA apud GARCIA (1984), 
 
Empolamento pode ser definido como o aumento do volume sofrido por um 
material ao ser removido do seu estado natural. É geralmente expresso como 
a percentagem do aumento de volume sofrido em relação ao volume original 
(aumento de índices de vazios). 
 
Levando isso em consideração, na hora escavar uma determinada quantidade 
de solo, vai resultar em uma quantidade ou volume ainda maior de matéria depois de 
escavado, isso ocorre por que o solo em seu estado natural se encontra com um 
determinado grau de compactação, devido às intempéries presentes no ambiente 
como chuva, ventos, sol, tudo isso gera uma eliminação dos espaços vazios presentes 
dentro do solo, gerando uma acomodação do mesmo e uma certa resistência. A partir 
da hora em que o solo é escavado, o mesmo passa a ser descompactado se tornando 
mais solto/fofo ganhando volume e perdendo densidade. Cada solo tem suas 
particularidades com um fator de empolamento, que se dá em porcentagem, maior ou 
menor, devido a uma infinidade de fatores. 
 
Figura 1 – Empolamento e Fator de Conversão 
 
Fonte: MATTOS (2006). 
 
13 
 
 
Porém essa porcentagem de empolamento pode ser calculada de acordo com 
cada solo, basta fazer a seguinte conta. Divide-se o volume de solo escavado menos 
o volume do local que ele ocupava, pelo volume do local que ele ocupava, 
multiplicando este valor por 100 obtém-se o valor do empolamento do solo em 
porcentagem, outra maneira de se calcular essa diferença é através do peso de uma 
amostra de mesmo volume ela compactada e ela escavada. 
Hoje em dia dependendo do tipo de material também existem valores tabelados 
os quais funcionam muito bem e chegam bem perto do valor que realmente o solo 
apresenta, basta conhecer qual o tipo de solo que se está trabalhando, a Tabela 1 
mostra valores do peso do solo em seu estado natural e também valores do seu peso 
depois de escavado, sendo assim com uma simples regra de três se descobre o 
quanto é o empolamento de determinado tipo de solo. 
 
Tabela 1- Empolamento e Fator de Conversão dos Volumes de Terra 
 
Mat
erial 
 
kg/m³ no 
corte (Estado 
natural) 
% 
de 
emp
olamento 
Fator 
de 
conv
ersão 
kg/m³ de 
mat. Em estado 
solto 
Argila 
seca 
1.620 40 0,72 1.170 
argila 
molhada 
2.100 40 0,72 1.500 
carvão 
antracito 
1.560 35 0,74 1.140 
carvão 
betuminos
o 
1.350 35 0,74 990 
terra 
seca 
1.020 15 a 35 0,87 a 0,74 750 
terra 
molhada 
2.100 25 0,80 1.680 
pedregul
ho seco 
1.470 10 a 15 0,87 a 0,74 750
pedregul
ho 
molhado 
2.340 10 a 15 0,91 a 0,87 2.130 
Gesso 2.580 30 0,77 1.980 
minério 
de ferro 
2.760 18 0,85 2.340 
pedra 
calcárea 
2.640 65 0,60 1.590 
areia 
seca 
1.320 10 0,91 1.140 
areia 
molhada 
1.470 a 2.340 10 a 15 0,91 a 0,87 1.290 a 2.130 
pedra 
arenosa 
2.400 65 0,60 1.440 
Piçarra 2.640 65 0,60 1.590 
escória 
de minério 
1.740 65 0,60 1.050 
escória 
de 
fundição 
1.560 65 0,60 930 
Pórfiro 
(mármore) 
3.000 50 0,66 1.980 
Fonte: Manual da Caterpillar. 
 
 
14 
 
 
 
Tabela 2 - FATOR DE CONVERSÃO DOS VOLUMES DE TERRA 
Tipo Condições Convertido em 
de 
solo 
em 
que está 
No 
local 
Solto Compactado 
areia No local 
Solto 
Compacta
do 
1,00 
0,90 
1,05 
1,11 
1,00 
1,17 
0,95 
0,86 
1,00 
terra comum No local 
Solto 
Compacta
do 
1,00 
0,80 
1,11 
1,25 
1,00 
1,39 
0,90 
0,72 
1,00 
argila No local 
Solto 
Compacta
do 
1,00 
0,70 
1,11 
1,43 
1,00 
1,59 
0,90 
0,63 
1,00 
rocha extraída 
por meio de 
explosivos, 
calcários e 
equivalentes, 
compactos 
No local 
Solto 
Compacta
do 
1,00 
0,67 
0,77 
1,50 
1,00 
1,15 
1,30 
0,87 
1,00 
Fonte: Livro de terraplenagem - Lopes Pereira. 
 
Tabela 3 – Coeficiente de Empolamento 
 
* adaptada de GARCIA; PIEDADE (1984). 
 
Segundo o livro Como Preparar Orçamentos de Obras, de Aldo Dórea Mattos 
(2006), cada tipo de solo possui uma taxa de empolamento. 
 
 
 
 
15 
 
 
Figura 2 – Empolamento e Fator de Conversão dos Volumes de Terra 
 
Fonte: MATTOS (2006). 
 
 
2.1 ARGILA 
 
Tomando por exemplo a Tabela 1, uma obra que demande um corte de 100 m³ 
de solo que é uma argila seca. Para efetuar o descarte para um bota-fora, não levando 
em conta o fator de empolamento, com uma simples divisão dos 100 m³ pelo 6 m³ que 
mais ou menos é a capacidade que um caminhão caçamba transporta por viagem 
seriam necessários arredondando valores 17 viagens para transportar o solo. Agora 
se levar em conta a taxa de empolamento da argila seca que pela tabela é 40% 
utilizando o mesmo volume de terra de 100 m³, para descobrir o valor do volume solto 
é utilizado a fórmula: 
 
(
𝑣𝑠
𝑣𝑛
) − 1 × 100 = % 
 
Depois de realizado os cálculos, o volume encontrado é de 140 m³ que dividido 
por 6 m³ que é o volume que o caminhão caçamba transporta, seria necessário em 
torno de 24 viagens. Fica claro que o fator de empolamento do solo é extremamente 
importante na hora de realizar o orçamento, pois só assim terá o valor aproximado do 
custo da obra. 
 
16 
 
 
2.2 AREIA 
 
Quando se remove a rocha ou solo de sua formação original, do terreno natural, 
tem-se um rearranjo no posicionamento dos grãos. Fazendo assim que o volume de 
vazios de massa aumente. Quando escavado a densidade do material cai, pois, fica 
mais solto e ocupa um volume maior, que a sua posição original. Denomina-se 
empolamento esse fenômeno, no qual se tem um aumento volumétrico do material 
escavado, sendo expresso em % o valor do empolamento. Por exemplo, quando se 
escava 1 m3, obtém-se 1,3m3 de solo solto, ou seja, após escavado o empolamento é 
de 30%. 
Tem-se no empolamento um fenômeno que não pode ser desprezado pelo 
orçamentista, pois deve-se a ele, o dimensionamento de frotas de equipamento, 
principalmente o do transporte. Por exemplo, se um solo tem empolamento de 30% 
após escavado, e foi escavado 100m3, na hora do transporte, será transportado 130 
m3. Se esse volume fosse transportado em caçambas com média de 5m3 seriam 
necessárias 26 caçambas, ao invés das 20 iniciais. 
Em termos de volume temos: 
 
E = (
Vs
Vc
− 1) ou Vs = Vc (1+E) 
 
Ou em outas palavras: 
 
Vfinal = Vcorte x cofator 
 
2.3 CBUQ 
 
O CBUQ é uma mistura executada a quente, sendo composta de agregados 
graúdos, miúdos e material de enchimento (fíler), caso necessário, mais o cimento 
asfáltico (CAP) (BALBO, 2007). 
Concreto asfáltico é uma mistura executada a quente, em usina, com 
características específicas. Composto por agregado graúdo, cimento asfáltico 
modificados ou não por polímero, e se necessário, materiais de enchimento, fíler, e 
melhoradores de adesividades, espalhado e compactado a quente. Este concreto 
17 
 
 
pode ser usado para solucionar vários problemas de infraestrutura viária, como 
revestimento, camada de ligação, regularização ou reforço estrutural do pavimento. 
Sobre tudo em novos empreendimentos viárias, imprimindo um pavimento flexível. 
Os materiais empregados na produção do concreto asfáltico são: agregado 
graúdo, agregado miúdo, material de enchimento, fíler, ligante asfáltico e 
melhoradores de adesividade, quando necessário. Esses materiais devem atender a 
normas pertinentes. Aplica-se na produção do concreto asfáltico o cimento asfáltico 
de petróleo (CAP) sendo este modificado ou não: CAP 30-45, CAP 50-70 e CAP 85-
100, classificado pelo índice de penetração, atendendo o especificado no regulamento 
da Agencia Nacional de Petróleo, Gás natural e Biocombustível-ANP. 
 
Figura 3 – Características Técnicas do CAP. 
 
Fonte: ANP (2013). 
 
Toda essa produção deve ter um rigoroso controle de qualidade e cuidado com 
armazenamento dos materiais, granulometria especificadas, controle de umidade e 
equipamentos adequados que possam atender a demanda de produção. Depois do 
processo de produção na usina, o material estará pronto para aplicação em canteiro 
de obra preparado para receber esse concreto. 
 
18 
 
 
2.3.1 Empolamento do CBUQ 
 
O fenômeno do empolamento se dá naturalmente quando se meche na 
característica natural de uma topografia, ocorrendo a expansão do volume devido a 
entrada de ar em meio aos vazios proporcionados pela movimentação do material. 
Sendo um processo oposto quando se trata de compactação, que por esse processo 
expulsa os vazios ocupados pelo ar, solucionando um material mais rígido. 
O CBUQ, sendo um aglomerado de materiais, não se dá de uma extração de 
materiais compactados em sua topografia natural, mas sim pela mistura de alguns 
materiais que por sua vez tinham uma forma natural e com empolamento específico 
de cada material. Sendo assim, um material empolado que ao imprimir em topografia 
preparada recebera o processo de compactação. 
Segundo o Engenheiro Antônio Santos da empresa Engevix engenharia S.A, a 
taxa de empolamento do CBUQ deve ter uma variação de 20 a 25%, mas podendo 
ter variações especificadas em projeto, devido a inserção de aditivos na composição 
do concreto. Levando em consideração o peso específico do material compactado e 
não compactado, pode-se ter um percentual de compactação demostrado na Tabela 
4. 
 
Tabela 4 – Percentual de Compactação CBUQ 
CBUQ Peso esp. natural Peso esp. Comp. Porcentagem 
 1,6 a 2 t/m³ 2,3 t/m³ 
Mínimo 1,6 t/m³ 2,3 t/m³ 30,4% 
Max 2 t/m³ 2,3 t/m³ 13,0% 
Media 1,8 t/m³ 2,3 t/m³ 21,7% 
Variação --------------- ----------------- 17,4% 
Fonte: DNIT (2010). 
 
 Em uma análise nesses dados da Tabela 4 pode-se verificar que o que compõe 
o concreto, como o tipo dos agregados, quantidade e granulometria de cada 
componente utilizado irão impactar diretamente em seu peso final, e ao mesmo tempo 
o empolamento e seu grau de compactação diretamente influenciado. 
 Considerando na pratica um pavimento com espessura de 5 cm acabado e 
empolamento de 30,4% terá que ser aplicado 6,52cm. Sendo assim 1,52 cm será a 
19 
 
 
perda de volume na compactação. Representados nas Figuras 4 e 5 aplicações direta 
e compactada respectivamente.
Figura 4 – Qualidade do Asfalto 
 
Fonte: Asfalto de qualidade, Blog sobre tecnologia. 
 
Figura 5 – Rolos Compactadores 
 
Fonte: Andreetta. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
 
Podemos concluir que empolamento é um fenômeno característico dos solos, 
que ocorre pela sua expansão volumétrica ao ser escavado, devido a introdução de 
ar nos vazios. É um processo oposto ao da compactação. Este aumento volumétrico 
chega a ser considerável em alguns casos, fato que o torna importante na 
terraplanagem e principalmente, quanto ao transporte de material. 
Após o desmonte o solo assume, portanto, volume solto (Vs) maior do que 
aquele em que se encontrava em seu estado natural (Vn) e, consequentemente, com 
a massa específica solta (γs) correspondente ao material solto, obviamente menor do 
que a massa específica natural (γn). 
Assim temos que se atentar muito na hora de fazer os cálculos orçamentários 
de uma terraplanagem devido ao empolamento que ocorre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS 
RESOLUÇÃO ANP (2013). Disponível em: 
<file:///C:/Users/1511%20IRON/Downloads/65467%20(1).pdf>. Acesso em: 10 set. 
2017. 
 
AMORIM, Construtora de Obras. Terraplenagem. Disponível em: 
<http://deamorim.com.br/novidade-artigo/3/terraplenagem-ou-terraplanagem>. 
Acesso em: 10 set. 2017. 
 
ANDREETTA. Imagem de Obras Rodoviárias. Disponível em: 
<https://www.google.com.br/search?q=Andreetta+foto+rolo+asfaltico&tbm=isch&imgi
l=PowL5KArGSmNaM%253A%253B9CPx1HqYWlYkOM%253Bhttp%25253A%2525
2F%25252Fwww.andreetta.com.br%25252F&source=iu&pf=m&fir=PowL5KArGSmN
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