Aula 06 Classificação das obrigações

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA-FEST
PROF. TADEU ALVES BEZERRA JUNIOR
Mestrando em Desenvolvimento Regional. 
Especialista em Direito Público – LFG.
tadeujunior.adv@gmail.com
Direito Civil
Direito Civil	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje vamos acompanhar as modalidades das obrigações. As obrigações podem ser:
 OBRIGAÇÃO	 POSITIVA: a) DE DAR	 COISA CERTA
			 COISA INCERTA
	 b) DE FAZER		
					
								
			 NEGATIVA: DE NÃO FAZER
	
Direito Civil	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
No que tange a obrigação de fazer diz respeito sobre o serviço humano em geral.
	
Direito Civil	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
Toda forma de atividade humana pode ser considerada uma obrigação de fazer desde que, seja positiva, lícita, possível e vantajosa ao credor pode constituir objeto de obrigação.
Pode ser a prestação de um serviço, a execução de uma tarefa (material ou imaterial) em benefício do credor ou de terceiro.
	
Direito Civil	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
PRESTAÇÕES DE FATOS: São as de fazer ou de não fazer.
	
As prestações de fato podem ser definidas como:
 no trabalho físico ou intelectual (serviços) determinado pelo tempo, gênero ou qualidade;
	
Direito Civil	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
PRESTAÇÕES DE FATOS: São as de fazer ou de não fazer.
As prestações de fato podem ser definidas como:
no trabalho determinado pelo produto, ou seja, pelo resultado.
	
Direito Civil	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
PRESTAÇÕES DE FATOS: São as de fazer ou de não fazer.
As prestações de fato podem ser definidas como:
num fato determinado simplesmente pela vantagem que traz ao credor
	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
ESPÉCIES DA OBRIGAÇÃO DE FAZER:
OBRIGAÇÃO FUNGÍVEL
Quando o serviço puder ser prestado por uma terceira pessoa, diferente do devedor, a prestação será fungível
EX: Serviços de pedreiro, eletricista, mecânico e etc., aqueles que não podem fazer, podem enviar um substituto.
O devedor é facilmente substituível sem prejuízo para o credor
	
CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
ESPÉCIES DA OBRIGAÇÃO DE FAZER:
 OBRIGAÇÃO INFUNGÍVEL
É aquela na qual só interessa ao credor que o devedor faça o serviço, em vista de suas qualidades pessoais.
É a obrigação personalíssima
	
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
Caso o devedor não consiga cumprir a obrigação de fazer, ou no caso de recusa em realizar a atividade, acarreta o inadimplemento da obrigação.
RESPONSABILIDADE
SEM CULPA DO DEVEDOR
É a hipótese de caso fortuito ou força maior
Resolve-se a obrigação sem indenização, voltando as partes ao statu quo ante.
Art. 248 CC. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
	
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
	
RESPONSABILIDADE
COM CULPA DO DEVEDOR
Havendo recusa voluntária ou se o devedor criou a impossibilidade de adimplir sua obrigação, responderá por perdas e danos.
Art. 247 CC. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
	
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
RESPONSABILIDADE NO INADIMPLEMENTO DE OBRIGAÇÃO FUNGÍVEL
Como o credor está interessado unicamente no resultado da atividade, sem lhe importar se quem a presta é o devedor ou terceiro, poderá determinar seja ela realizada por outrem, executando o devedor para se ressarcir das despesas, perdas e danos (vide art. 249).
	
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
RESPONSABILIDADE NO INADIMPLEMENTO DE OBRIGAÇÃO INFUNGÍVEL.
É o caso da obrigação personalíssima ou intuitu personae.
O devedor foi contratado em razão de sua aptidão ou qualidade especial.
Por sua natureza, a prestação só pode ser executada pelo próprio devedor.
	
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
O QUE FAZER NESTE CASO?
O não cumprimento da obrigação será resolvido, via de regra por perdas e danos, pois não se pode constranger o devedor fisicamente a executá-la.
EXECUÇÃO ESPECÍFICA
O credor pode ingressar em juízo requerendo a execução específica da obrigação.
O juiz assinará prazo razoável ao devedor para o cumprimento, após o decurso do qual, ser-lhe á imposta multa periódica também chamada de astreinte
Conforme o art. 645, do Código de Processo Civil, que
"na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixará multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida".
	
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OBRIGAÇÃO DE FAZER
QUANDO O JUIZ PODE DETERMINAR ASTREINTE?
O juiz poderá fixá-la nas obrigações de fazer, de não fazer e de dar coisa certa.
Não se aplica às de dar coisa incerta, de pagar quantia em dinheiro e de restituir dívida em dinheiro por falta de provisão legal.
	
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Nas obrigações de não fazer o devedor compromete-se a uma abstenção. É uma obrigação negativa.
O devedor se compromete a não praticar certo ato que poderia livremente praticar, se não houvesse se obrigado.
Só pode ser cumprida pelo próprio devedor, sendo, assim personalíssima.
	
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
EXEMPLOS DE OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER
Obrigação do locador de não perturbar o locatário da coisa locada.
Obrigação contraída pelo locatário de não sublocar a coisa.
Obrigação do artista de não atuar senão para determinado empresário ou empresa
Obrigação do alienante de estabelecimento comercial de não se estabelecer no mesmo ramo dentro de determinada região
Obrigação de não divulgar segredo comercial
 Dedicação exclusiva.
	
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
EXEMPLOS DE OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER
	
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
QUANTO TEMPO PODE DURAR A OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER?
A imposição dessa obrigação negativa ao devedor pode ou não ser limitada no tempo, sempre levando-se em conta sua licitude em relação à moral e aos bons costumes.
Art. 1.147 CC. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
	
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
INADIMPLÊNCIA DO DEVEDOR
O devedor se tornará inadimplente aquele que praticar o ato que se obrigou a não praticar.
Art. 251, CC. “Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos”.
MORA NA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.
Presume-se a mora na obrigação de não fazer pelo descumprimento do dever de abstenção, independente de qualquer
intimação.
	
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
IMPOSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO DAS PARTES AO STATU QUO ANTE
Não havendo possibilidade de restituir as partes à situação anterior, não há o que fazer senão impor o pagamento de perdas e danos.
EX: DIVULGAÇÃO DE SEGREDO INDUSTRIAL OU COMERCIAL APÓS REVELAR UMA FORMULA NÃO EXISTE A POSSIBILIDADE DE RETORNAR AO STATUS ANTERIOR A OBRIGAÇÃO.