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TAXA DE JUROS E AVALIAÇÃO DE OBRIGAÇÕES

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TAXAS DE JUROS E AVALIAÇÃO DE OBRIGAÇÕES
Santa Maria
Março, 2014
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Administração Financeira II
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Taxas de juros e retornos requeridos
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as instituições financeiras e os mercados criam mecanismos pelos quais os fundos fluem dos poupadores (ofertantes) para os investidores (demandantes);
o nível da taxa de juros age como um dispositivo regulador que controla o fluxo de fundos;
mudanças na taxa de juros, determinada pelo Banco Central, tem o objetivo de controlar a inflação (estimular o consumo e investimento);
menor taxa de juros → mais fluxo de fundos
maior taxa de juros → menor fluxo de fundos
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Fundamentos das taxas de juros
a taxa de juros (ou o retorno requerido) representa o custo do dinheiro → é a remuneração que um demandante deve pagar a um ofertante de fundos;
quando são emprestados fundos, o custo da operação (empréstimo) é a taxa de juros;
quando fundos são obtidos por meio da venda de uma participação patrimonial, o custo para o emitente (demandante) é chamado retorno requerido → reflete o nível de retorno esperado pelo ofertante; 
	
	
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Fundamentos das taxas de juros
descontados os fatores de risco, o custo dos fundos resulta da taxa real de juros ajustada em relação a expectativa inflacionária e as preferências por liquidez; 
preferência generalizada dos investidores por títulos de prazo mais curto;
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Taxa real de juros
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taxa real de juros = custo efetivo do dinheiro = r* 
	→ pressupõe-se ausência de inflação 
	→ investidores e demandantes não tem preferência por liquidez
cria um equilíbrio entre a oferta de poupança e a demanda por fundos de investimento;
taxa real muda com as condições da economia, com os gastos e preferências;
maior oferta de fundos → menor taxa de juros (ver gráfico)
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Taxa nominal de juros (retorno)
é a taxa efetivamente cobrada pelos ofertantes dos fundos e paga pelos demandantes;
taxa nominal de juros ≠ taxa real de juros
	→ expectativas inflacionárias (IP)
	→ características do emitente e da emissão (RP)
	(risco inadimplência e condições contratuais – prêmio pelo risco)
	
r1 = taxa nominal de juros
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Taxa nominal de juros (retorno)
admitindo RP1 = 0
 RF = taxa livre de risco = retorno requerido sobre um ativo livre de risco
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Taxa nominal de juros e taxa de inflação
evolução da taxa nominal de juros (Selic) e da taxa de inflação (IPCA), na economia brasileira, entre 2000/01 e 2012/06
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Taxa nominal e real de juros
evolução da taxa nominal de juros (Selic) e da taxa real de juros (Selic - IPCA), na economia brasileira, entre 2000/01 e 2012/06
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Estrutura temporal das taxas de juros
a estrutura temporal das taxas de juros relaciona a taxa de juros (ou o retorno) e o rendimento até o prazo de vencimento da dívida → curvas de rendimento
Teoria da estrutura de capital
Teoria das expectativas
	→ sugere que a curva de rendimento reflete as expectativas dos investidores quanto às taxas de juros e inflação 
	→ taxas mais elevadas de inflação futuras (IP) resultarão em taxas de juros de longo prazo maiores
	
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Estrutura temporal das taxas de juros
	 
	 RF = r* + IP
	1,06 = 0,7 + 0,7 → 3 meses
	2,51 = 0,7 + 1,81 → 2 anos
	3,83 = 0,7 + 3,13 → 5 anos
maior expectativa de inflação resulta em uma curva de rendimento ascendente; uma menor expectativa resulta em uma curva de rendimento descendente
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Estrutura temporal das taxas de juros
Teoria da preferência pela liquidez
	→ sustenta que as taxas de juros mais longas (de mais longo prazo) tendem a ser mais elevadas que as de curto prazo
	I) os investidores tem percepção de menor risco em títulos de curto prazo do que os de longo prazo → curto prazo mais líquidos e menos sensíveis a mudanças não esperadas
	II) os tomadores de fundos costumam estar dispostos a pagar taxas mais elevadas por financiamentos de longo prazo 
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Estrutura temporal das taxas de juros
Teoria da segmentação de mercado
	→ sugere que o mercado de empréstimos está segmentado com base no vencimento e que a oferta e a demanda de fundos determinam a taxa de juros vigente
	→ o equilíbrio entre ofertantes e demandantes de fundos de curto prazo (empréstimos) determinaria as taxas de juros de curto prazo;
	→ o equilíbrio entre ofertantes e demandantes de fundos de longo prazo (empréstimos) determinaria as taxas de juros de longo prazo;
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Prêmio pelo risco
o prêmio pelo risco varia de acordo com as características de cada emitente e da emissão;
cada título com vencimento semelhante apresenta diferentes taxas nominais de juros;
	
	→ risco de inadimplência (relacionados a dívida)
	→ risco de vencimento (prazos mais alongados, maior risco)
	→ risco contratual 
os maiores prêmios de risco estão associados a maiores retornos – títulos emitidos por empresas com elevado risco de inadimplência e vencimentos mais distantes e com condições contratuais desfavoráveis.
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Obrigações privadas
é um instrumento de dívida de longo prazo que indica que uma empresa tomou emprestado certa quantia em dinheiro e compromete-se a restituí-la em período futuro determinado;
a taxa de juros contratada (cupom) é a porcentagem do valor de face que será paga mensalmente/anualmente a títulos de juros;
os titulares das obrigações são os credores, os quais recebem a promessa dos pagamentos dos juros e, no vencimento, a amortização do principal;
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Aspectos legais das obrigações privadas
escrituração de emissão
	→ especifica os direitos do titulares das obrigações e os deveres da empresa emitente
	→ condições específicas da dívida: padronizadas e/ou restritivas 
		˃ padronizadas: associadas a práticas contábeis e empresariais
		˃ restritivas: limitam a liberdade operacional do tomador
agente fiduciário
	→ parte interveniente em uma escritura de emissão; pode ser uma pessoa física, uma empresa ou um banco comercial 
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Custo das obrigações para a empresa emitente
impacto prazo de vencimento
impacto do volume de emissão
	→ custos lançamento
	→ risco das obrigações
impacto do risco da empresa emitente
	→ maior risco, maior retorno exigido
impacto do custo do dinheiro
	→ custo do capital no mercado + prêmio de risco
*** esses fatores afetam o custo do financiamento para as empresas (taxa de juros paga pelo emitente da obrigação)
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Características de uma emissão de obrigações
clausula de conversibilidade
	→ permite aos titulares converter cada obrigação em um número determinado de ações ordinárias → cupom menor
clausula de resgate
	→ preço de resgate: preço predeterminado de recompra das obrigações → juros mais elevados
	
warrants de compra de ações (instrumento que confere a seus titulares o direito de comprar um determinado número de ações ordinárias do emitente a um determinado preço e por um determinado período) → cupom menor
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Rendimento das obrigações
rendimento corrente
	 → pagamento anual de juros dividido pelo preço corrente
	 → R$ 1000,00
	 → cupom de 8%
	 → negociada R$ 970,00 (deságio)
	 → rendimento corrente de 8,25% [(0,08 x 1000)/970] → retorno anual da obrigação
rendimento até o vencimento (YTM)
rendimento até o resgate (YTC)
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