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01 DIREITO FALIMENTAR

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DIREITO FALIMENTAR
Lei 11.101\05: Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. 
	Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Institutos da Lei:
Judicial (Art. 47)
Especial (Art. 70)
Extrajudicial (Art. 161)
Recuperação de Empresas: Oportunidade de recuperação de uma empresa insolvente. O juiz nomeia administração judicial. O conceito de recuperação judicial de acordo com "Sergio Campinho" é o somatório de providencias de ordem econômico/financeiras e econômico/produtivas, organizacionais e jurídicas por meio das quais a capacidade produtivas de uma empresa possa, da melhor forma, ser reestruturada, permitida a manutenção de fontes produtores do emprego e a composição dos interesses dos credores. 
A) Chance 
B) Observação 
C) Pessoa administrando: (Administrador judicial nomeado pelo Juiz, qual ira acompanhar a empresa, devendo todos os atos ser passados ao administrador judicial e ao Juiz, que por sua vez, irão tentar reerguer a empresa). 
Falência (Art. 75): Inviabilidade de empresa, arrecadação dos bens de uma empresa, a fim de ser liquidado para, posteriormente, pagar os credores. A falência encerra uma empresa. 
Conceito 
Seria a medida juridicamente razoável para resolver a situação jurídica do devedor insolvente. 
a) Inviabilidade de manutenção da empresa: Arrecadação dos bens da empresa como garantia das dívidas. 
b) Encerramento das atividades: A empresa terá suas atividades encerradas.
Pressupostos
Qualidade empresarial do devedor
Empresário
Sociedade Empresária
A Lei de Recuperação e Falência aplica-se somente a quem exerce a empresa, isto é, ao empresário individual e à sociedade empresária.
Contudo, nem todas as atividades empresariais foram contempladas pela Lei n. 11.101, de 2005, tendo sido excluídas as empresas públicas, gênero que compreende tanto as assim chamadas stricto sensu, como as de economia mista; as instituições financeiras, públicas e privadas e cooperativas de crédito; empresas de consórcio; entidades de previdência complementar; sociedades operadoras de planos de assistência à saúde; sociedades seguradoras; sociedades de capitalização e todas as equiparadas a estas.
Disposições comuns à recuperação de empresas e falências: 
Crise da empresa: Para ensejar recuperação ou falência. Existem os seguintes tipos de crise empresarial que ensejam recuperação ou falência, são os seguintes: 
Patrimonial: é a espécie de crise empresarial mais comum. Ocorre quando o passivo da empresa supera o ativo. Ou seja, quando as dívidas são maiores do que os meios de pagá-las.
Econômica: é a retração nos negócios. Ocorre quando uma empresa atua em um setor que caiu em desuso ou que não se modernizou a tempo. O melhor exemplo de crise empresarial econômica é o da Kodak, que não quis investir em uma modernização das máquinas fotográficas a filme, o que causou um sério abalo em sua economia.
Financeira: a crise financeira é parecida com a patrimonial. É a falta de liquidez, falta de bens realizáveis para saldar o passivo em um determinado momento. 
PRINCÍPIOS: 
A recuperação de empresas e a falência possuem alguns princípios comuns, vamos ver: 
 Princípio da preservação da empresa: esse princípio reza que a extinção da empresa só ocorrerá se não houver nenhuma outra forma de salvá-la. É um principio informador, que diz que deve-se fazer de tudo para manter a empresa ativa, manter as atividades da empresa. Este princípio está corroborado pela Lei 6404/76, que dispõe acerca da função social da empresa. 
 Princípio da função social da empresa: Este princípio também está corroborado pela Lei 6404/76. A função social da empresa constitui-se do direito que a empresa possui de ter respeitado a sua propriedade, a livre iniciativa e demais princípios constitucionais, sendo comprometida com a prática de condutas necessárias ao bem da comunidade e da valorização e preservação do ser humano, ligado direta ou indiretamente às suas atividades. 
 Princípio da proteção aos trabalhadores: este princípio diz que o credor trabalhista terá prioridade no recebimento dos pagamentos, pois o salário é um crédito alimentar. 
 Princípio da celeridade: é preciso que as normas procedimentais na falência e na recuperação de empresas sejam, na medida do possível, simples, conferindo-se celeridade e eficiência ao processo e reduzindo-se a burocracia que atrapalhe seu curso. 
 Princípio da participação ativa dos credores: é necessário que os credores participem ativamente dos processos de falência e de recuperação, a fim de que, diligenciando para a defesa de seus interesses, em especial o recebimento de seu crédito, otimizem os resultados obtidos com o processo, com redução da possibilidade de fraude ou malversação dos recursos da empresa da massa filiada. 
 Princípio da maximização do ativo falimentar: a lei deve estabelecer normas e mecanismos que assegurem a obtenção do máximo valor possível pelos ativos do falido, evitando a deterioração provocada pela demora excessiva do processo e priorizando a venda da empresa em bloco, para evitar a perda dos intangíveis. Desse modo, não só se protegem os interesses dos credores de sociedades e empresários insolventes, que têm por isso sua garantia aumentada, mas também diminui-se o risco das transações econômicas, o que gera eficiência e aumento da riqueza geral. 
 Princípio da execução concursal: existem diversos tipos de credor e cada um possui um tipo de prioridade na hora de receber seus créditos. O melhor exemplo, como já dito, é o do trabalhador, que possui preferência acima de todos para receber o que lhe é devido.
Legitimidade, lei 11.101\05: Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. A Lei 11.101 é especifica sobre os legitimados para propor ações de falência e recuperacionais. Vamos ver, a seguir, quem são eles: 
Legitimidade Passiva (art. 1°):
	Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. 
Por legitimidade passiva, entende-se que seja aquele a quem vai recair a ação, aqueles que sofrerão os efeitos do processo. De acordo com o artigo 1º da Lei 11101/2005, a Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Assim, temos os seguintes legitimados passivos:
 
 Empresários: nos termos do artigo 966 do Código Civil, empresário é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
	Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
 Sociedade empresária: as sociedades empresárias também são legitimados passivos nas ações de falência e recuperação, conforme texto da Lei 11101/2005. 
ATENÇÃO: Não são legitimados passivos:
 Sociedades simples, pessoas físicas e não empresários (elencadas no artigo 966, § único): nestes casos, não será possível ajuizar ação de falência ou recuperacional, pois estes não são legitimados passivos. Se o devedor insolvente não for empresário, o procedimento aplicável à sua execução concursal será o concurso de credores, e o procedimento ocorrerá na forma dos artigos 711 a 713 do Código Civil. 
	Art. 966. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Legitimidade Ativa (recuperação judicial) art. 48 caput, 11.101/05. 
	Poderá requerer recuperaçãojudicial o DEVEDOR que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; 
IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
        § 1o  A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.  
Legitimidade ativa na recuperação judicial: somente os empresários (empresários individuais e sociedades empresárias) podem requerer recuperação judicial, sendo estes os mesmos legitimados da falência. Assim, os legitimados são: 
 O próprio autor. 
 Cônjuge, herdeiro ou inventariante; 
 Cotista ou acionista; 
 Qualquer credor
FALÊNCIA
Legitimidade Ativa (falência), art. 97, Lei 11.101/05. 
	Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
I - o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; 
II - o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; 
III - o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; 
IV - qualquer credor.
Nas ações de falência, os legitimados ativos estão elencados no artigo 97. Assim, são legitimados ativos para o pedido de falência: 
I. O próprio devedor: é o que se chama de autofalência. O pedido de autofalência, apesar de estar previsto em lei é hipótese raríssima na prática. Veja-se que a lei impõe ao devedor o dever de requerer sua própria falência, determinando em seu artigo 105 que o devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial. Porem, não obstante a lei imponha ao devedor este dever, não prevê nenhuma sanção para a hipótese de descumprimento, o que desestimula ao devedor a seguir o comando legal. 
II. O cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante: esta regra é aplicável apenas ao empresário individual, não sendo possível à sociedade empresária. Se o empresário individual falecer, seus sucessores podem ter interesse em dar continuidade à sua atividade ou não. Caso não tenham interesse, em princípio cabe a eles promover o encerramento normal das atividades, com a devida baixa na Junta Comercial. Mas, caso se note que o empresário individual faleceu em estado de insolvência, caberá e eles, nesse caso, pedir a sua falência, com base no dispositivo legal em comento. 
III. O cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade: nas sociedades empresárias, pode o acionista pedir a falência da empresa. Essa prática é pouco utilizada nos dias atuais sendo que, caso os outros acionistas não concordem com o pedido, retirarão o sócio dissidente e continuarão com a empresa. 
IV. Qualquer credor: é o que acontece com a ampla maioria dos casos. A ação falimentar pode ser ajuizada por qualquer um de seus credores. Nem sempre o credor, com o ajuizamento da ação, pretende a quebra definitiva da empresa devedora e sim pressionar para que esta pague o que deve. Com relação ao credor ser empresário, deve-se atentar as seguintes ressalvas legais: 
 Artigo 97, §1º: o credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. 
 Artigo 97, §2º: O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta Lei. Esta indenização é devida em alguns casos de denegação de falência. 
Exclusão relativa aos casos previstos em lei. 
	Art. 2o Esta Lei não se aplica a: 
I - empresa pública e sociedade de economia mista; 
II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. De acordo com o artigo 2º, a Lei 11101/05 não se aplicará a: 
 Empresa pública e sociedade de economia mista: uma vez que possuem leis próprias para tal. Instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores: pelo mesmo motivo. Porém, aplica-se a Lei 11101/05 de forma subsidiária, no que couber. 
JUÍZO COMPETENTE 
Unidade do juízo falimentar
Somente um juízo é competente para conhecer as questões envolvendo a empresa em crise econômico-financeira: o do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial do empresário individual ou sociedade empresária que tenha sede fora do Brasil.
	Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
O princípio da unidade do juízo falimentar, previsto no art. 3º da LRF, abrange todas as medidas judiciais visando à recuperação da empresa ou a decretação de sua falência: deferimento do pedido de recuperação judicial; concessão, convolação de recuperação em falência; decretação de falência; conversão de concordata preventiva em recuperação judicial e homologação de plano de recuperação extrajudicial.
O juízo competente para as ações recuperacionais e falimentares é o do LOCAL DO PRINCIPAL ESTABELECIMENTO (do centro de negócio da empresa). Isso acontece porque, muitas vezes, uma empresa é registrada em uma cidade, mas não tem nenhuma atividade nela. Tal fato é causado, na maioria das vezes, por causa de impostos mais baratos (ou até mesmo de isenção total). 
O que é estabelecimento?
	Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Quando a sociedade tem mais de um estabelecimento? Como se define o estabelecimento principal?
1ª Corrente (minoritária) – No local do registro dos atos constitutivos
2ª Corrente (minoritária) - Local onde se possa observar o maior volume de negócios (bens). Esse entendimento está voltado a facilidade de satisfação do credor.
3ª Corrente (majoritária) – Local de onde surgem as principais decisões políticas, administrativas e financeiras. Centro Gerencial da Atividade Econômica
Considera-se principal estabelecimento o “ponto central dos negócios, de onde partem todas as ordens, que imprimem e regularizam o movimento dos estabelecimentos produtores” (Miranda Valverde, 1999:138, v. 1).
 Empresas estrangeiras: o juízo competente para julgar os mesmo casos referentes às empresas estrangeiras é, também, a do principal estabelecimento. Este conceito deve ser entendido como a da filial (no caso de a empresa possuir apenas uma filial) ou da maior filial (quando possuir mais de uma). 
Prevenção do juízo falimentar
A distribuição de pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido dessa natureza, relativo ao mesmo devedor.
 Prevenção: diz o artigo 6º, §8º que a distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor. Ou seja, o juízo prevento fica responsável pela falênciaou pela recuperação. Se algum credor ajuizar ação ou requerer habilitação de crédito, o juiz o oficiará para informar que já existe um processo igual em outra comarca, devendo o credor requerer seus direitos nesse local. 
	Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. 
(....)
§ 8o A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor.

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