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Seminário UTI Luana M Viveiros Mobilização precoce Introdução Mover-se é a forma de o homem interagir com o ambiente. Incapacidade Fisioterapêuta. Movimento e adequação postural. Movimento: passiva, ativo-assistida, ativa ou resistida. Prescrição cinesioterapêutica Carvalho e colaboradores (2006): 1. Prevenir disfunções osteomioarticulares. 2. Declínio prévio a internação, prevenção de agravos. 3. Doenças crônico-progressivas sem perspectiva de cura. 4. Manter qualidade de vida em paciente terminal. SIP Sistema tegumentar: Pele normotérmica são capazes de suportar 12h com 25-32 mmHg. Peles com disfunção do colágeno, perfusão e sensibilidade tem desenvolvimento de úlceras antecipado. Classificação: 1 - pele intacta, 2 - desepitelização, 3 - perda total da pele com danos ou necrose de tec. subcutâneo, 4 - ulceração. Complicações: escaras, sepse. SIP Sistema tegumentar: Presto e Damázio trazem: ● Facilitação neuromuscular e transferências. ● Exercícios autoassistidos. SIP Disfunções mioneurais: DD acelera a hipotrofia e DV retarda hipotrofia. Em SIP paciente tem perda da força de 10 a 15% por semana. E 50% do ventre muscular em 2 meses. SIP Disfunções mioneurais: Alterações histológicas, histoquímicas e metabólicas: ● Degeneração das fibras musculares - atrofia predominantemente nas fibras do tipo I; ● Aumento do depósito de gordura do tec. fibroso; ● Diminuição de O e acúmulo de ác. lático; ● Diminuição da succinil-desidrogenase e creatina fosfoquinase; ● Redução no armazenamento de fontes de energia; ● Aumento do conteúdo aquoso extracelular. SIP Disfunções mioneurais: Presto e Damázio trazem como técnicas preventivas: ● Amassamento e fricção. ● Contrações isométricas (6 s). ● Exercícios isotônicos (65 - 75% 1rm). SIP Disfunções articulares: Mecanismos artrogênico, miogênico e/ou de pele e tec. adjacentes. Mais comuns: ● Lombar; ● Coxofemoral; ● Joelho; ● Tornozelo; ● MMSS. SIP Disfunções articulares: Presto e Damázio trazem como prevenção mobilização passiva evoluindo para ativa. Importante! Mobilizações e posicionamentos cervicais podem elevar PIC. Critérios para realização da MP Sim Discutível Não FiO2 < 60 PEEP < 10 Estabilidade hemodinâmica Uso de aminas vasoativas em baixas doses,desde que esteja estável hemodinamicamente e com baixas doses. FiO2 entre 60 e 70 PEEP um pouco > 10 Queda da SpO2 durante a terapia SpO2 < 88% Início de AMINAS ou elevação das aminas vasoativas por conta da estabilidade hemodinâmica Drenos subdurais Bloqueadores musculares Fraturas vertebrais instáveis Taquipnéia ou desconforto respiratório TMI Introdução VM pode ocasionar em atrofia da musculatura respiratória. Então o TMI pode ser usado como uma estratégia para aumento e manutenção da força muscular. Fluxo linear e aliniar. Manuovacometria Para medição da pressão inspiratória máxima através do Método de Oclusão Simples (MO), os pacientes foram posicionados em decúbito dorsal, com a cabeceira elevada a 45º. O cuff foi hiperinsuflado para evitar escape durante a mensuração. Após aspiração traqueal, os pacientes permaneceram conectados ao ventilador mecânico para repouso durante cinco minutos. Para a medição, foi realizada a desconexão do ventilador mecânico e, após 10 segundos, um conector acoplado à via aérea artificial era ocluído manualmente ao final de uma expiração normal (nível da capacidade residual funcional). A PiMáx foi medida através da utilização do manômetro analógico Instrumentation Industries, com escala de ±120 cmH2O e incrementos de 2 cmH2O. A oclusão foi mantida por 20 ou 40 segundos, de acordo com a randomização, computando-se o maior valor alcançado. Foram realizadas 3 medidas com intervalo de 2 minutos entre elas (durante o intervalo, o paciente foi conectado ao ventilador mecânico para repouso). Manuovacometria Pimáx < -60 cmH2O excluem necessidade de treinamento. Threshold A válvula Threshold consiste em permitir a regulação da pressão sobre a membrana de abertura inspiratória obtida através de uma mola. Exemplo 1: 3 a 4 séries de 6 repetições, 1 vez ao dia de 5 a 7 vezes na semana. Posicionados em Fowler 30°. Escala de esforço linear de 0 a 10 e o treinamento permanecia entre 6 e 8 na escala. 40% de 1 Pimáx. Exemplo 2: 4 séries de 6 a 8 repetições com descanso de 5 a 10 min entre séries, 1 vez ao dia de 6 a 7 vezes na semana. Escala de esforço linear de 0 a 10 e o treinamento permanecia entre 6 e 8 na escala. Com Pimáx medida 1 vez na semana e realização com carga de 50% de 1 Pimáx. TMI Cargas maiores que 40% de 1 Pimáx tem um risco maior de acarretar fadiga. O TMI pode desencadear um aumento do consumo de de O2 , com isso acarretar hipertensão pulmonar em pacientes hipoxêmicos . TMI Uso da sensibilidade do ventilador como forma de treinamento Recomendação: O treinamento dos músculos respiratórios por meio da redução da sensibilidade de disparo dos ventiladores não é fisiológico e parece não representar vantagem na liberação do paciente do ventilador, não sendo recomendada por este Consenso. Grau de recomendação: B Comentário: Somente um estudo utilizou a redução da sensibilidade de disparo para treino dos músculos inspiratórios em pacientes sob VM, desde o início da ventilação, com objetivo de abreviar o desmame da ventilação e reduzir a taxa de reintubação. Foram avaliados 25 pacientes, 12 treinados duas vezes ao dia através do ajuste da sensibilidade do ventilador e 13 controles. Não houve redução no tempo de desmame da VM, assim como, no índice de reintubações. TMI Treino de força dos músculos respiratórios por meio do uso de dispositivos de incremento de carga para facilitar o desmame Recomendação: Não há evidências de que o treinamento muscular, através do uso de dispositivos que proporcionam um aumento de carga (threshold ), facilite o desmame de pacientes em ventilação mecânica. Portanto, essa técnica não é recomendada para pacientes com dificuldade para o desmame. Grau de recomendação: D Comentário: Não há estudos prospectivos, controlados e randomizados que mostrem utilidade de dispositivos de aumento de carga para a facilitação do desmame dos pacientes da ventilação mecânica, sendo a evidência restrita a pequenas séries de casos. TMI Treino de endurance dos músculos respiratórios Recomendação: O treinamento de endurance dos músculos respiratórios pode ser considerado para pacientes em ventilação mecânica prolongada. Este deve ser realizado de forma progressiva e protocolada. Grau de recomendação: D Comentário: O treinamento de endurance consiste no aumento progressivo de carga aos músculos respiratórios. Ao respirar espontaneamente (em tubo T ou com baixos valores de pressão de suporte), o paciente está trabalhando, ao longo do tempo, contra uma carga imposta pela retirada do suporte ventilatório. Referencias ● ALOUCHE, Sandra Regina; SILVA, Andréia Almeida Barros da; LOPES, Newton Sergio. Posicionamento e mobilização do paciente em terapia intensiva. In: SARAMENTO, George Jerre Vieira; VEGA, Joaquim Minuzzo; VEGA, Joaquim Minuzzo. Fisioterapia em UTI. São Paulo: Atheneu, 2010. p. 261-272. ● GONÇALVES, Marcelo Torres. Fisioterapia motora e síndrome da imobilidade. In: PRESTO, Bruno; DAMÁZIO, Luciana. Elsevier. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Cap. 19. p. 367-365. ● III Consenso brasileiro de ventilação mecânica – 2007. ● Adler J, Malone D. Early mobilization in the intensive care unit: a systematic review. Cardiopulm Phys Ther J. 2012;23(1):5-13. 4. 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